O Estado do Brasil é um impressionante conjunto de 37 mapas da América portuguesa, o maior até então. Talvez por isso, encontramos nele três mapas da Capitania do Espírito Santo:
- Um mapa bastante semelhante ao mapa da Razão do Estado do Brasil, entre a vila de Vitória e o rio Mucuri;
- Um mapa dos arredores da ilha de Vitória, à semelhança do mapa de Luís Teixeira;
- E, pela primeira vez, um mapa que mostra o território de Vitória até o Cabo de São Tomé, hoje no Rio de Janeiro, considerado pelo cartógrafo o limite entre o Espírito Santo e a Capitania de São Tomé (também chamada de Paraíba do Sul).
A região Sul da capitania, devido à baixa ocupação portuguesa, estava sujeita à presença de outras nações. As praias do sul do Espírito Santo, como Itaoca e Itaipava, acabaram servido como um ponto de apoio para colonizadores franceses. Diante dessas praias, a Ilha dos Franceses teria sido utilizada como base militar para a invasão no Rio de Janeiro, de meados do século XVI.
Já no mapa dos arredores de Vitória, vemos, pela primeira vez, três engenhos, com os nomes:
- Engenho “de Azeredo”, provavelmente relacionado a Marcos e Miguel de Azeredo. O primeiro foi o descobridor da Serra das Esmeraldas. O segundo, foi Capitão na época em que Luiza Grimaldi governou a Capitania após a morte de seu marido, Vasco Fernandes Coutinho Filho.
- Engenho “de Francisco de Aguiar” Coutinho, que foi donatário da Capitania entre 1605 e 1627.
- Engenho “de Leonardo Froes”, que se destacou por denunciar Francisco de Aguiar por permitir a entrada de um navio inglês no porto de Vitória.
- “Trapiche” – um armazém e moinho de açúcar de tração animal.
Exposição Completa
29/03/2018
Nos séculos 16 e 17, encontramos mapas bastante diferentes do Espírito Santo. Alguns são meros rascunhos, com cartuchos ou rosas dos ventos incompletas, outros cuidadosamente desenhados, com cores vivas que resistiram ao tempo. O solo muda de cor, as árvores se espalham pelos mapas ou diminuem em quantidade, os morros […]
29/03/2018
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29/03/2018
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29/03/2018
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29/03/2018
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29/03/2018
Quando o cartógrafo holandês Joannes Van Keulen obteve a patente do governo para publicar mapas, ele comprou diversas placas de outros cartógrafos, vindo inclusive a adquirir o ateliê de Joan Blaeu, onde Johannes Vingboons trabalhou, e certamente utilizou os desenhos de Vingboons para compor suas obras. Este mapa do Espírito […]
29/03/2018
Estas cartas pertencem ao valioso Dell’Arcano del Mare. Reconhecido por sua beleza e por sua importância, o Arcano del Mare é um trabalho impresso e foi o primeiro atlas a mostrar ventos, correntes e variações magnéticas. Foi também o primeiro a imprimir todos os mapas na famosa projeção de Mercador […]
29/03/2018
Os mapas que vemos aqui fazem parte do Livro da descrição de toda a costa do (estado) do Brasil. As duas cópias existentes do livro estão na Sociedade Hispânica da América, em Nova York, Estados Unidos, e são datadas de cerca de 1670 e 1675. Estes são os últimos mapas […]
29/03/2018
João Teixeira Albernaz, o Moço, é bisneto de Luís Teixeira e neto homônimo do cartógrafo que fez mapas do Brasil e do Espírito Santo entre as décadas de 1610 e 1640. Seus mapas unem dados sobre a região que vem desde o primeiro mapa de Teixeira até Albernaz, o Velho. […]
29/03/2018
Das obras sobre o Brasil de João Teixeira Albernaz, o Velho, esta é a última que se tem notícia. Ela está na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, e foi feita no ano de 1642. Com o título de Descrição de toda a costa da província de Santa Cruz…, ela segue […]
29/03/2018
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29/03/2018
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29/03/2018
Filho de Luís Teixeira, João Teixeira Albernaz continuou o trabalho de seu pai e produziu mapas de notável qualidade artística da América portuguesa, com destaque para os mapas regionais, e hoje conhecemos cerca de 340 mapas originais seus, e mais de 320 cópias. Quase metade das 315 cartas portuguesas do […]
29/03/2018
O forte interesse holandês no Brasil foi registrado em diversos mapas. Isso corresponderia a uma necessidade que os holandeses tinham de obter o máximo de informações possíveis para compor suas pinturas e seus desenhos. Assim, colocaram nas mãos do naturalista George Marcgraf e, posteriormente, de Cornélio Golijath, a responsabilidade de […]
29/03/2018
O quadro do Porto do Spirito Santo está em uma das páginas das Taboas geraes de toda a navegação. Este atlas hidrográfico é um impressionante conjunto de cartas do cartógrafo português João Teixeira Albernaz, o Velho, feito em 1630 com a descrição de diversos portos do mundo. Tanto o atlas […]
29/03/2018
A cartografia holandesa do século 17 foi influenciada pelos mapas portugueses do mesmo período. Porém, enquanto em Portugal a produção ficava aos cuidados dos Armazéns da Guiné, do governo, nos Países Baixos esse trabalho ficou a cargo das Companhias das Índias Ocidentais e Orientais, particulares. Os holandeses tiveram uma participação […]
28/03/2018
Este mapa, que pertence à Real Academia de la Historia, na Espanha, é um impressionante trabalho de mapeamento da ilha de Vitória e seus arredores. Ele é, talvez, o melhor mosaico de informações dessa região organizado no século 17. Ele foi encontrado costurado a outros mapas, de Cabo Frio, Salvador […]
28/03/2018
O Atlas de las costas y de los puertos de las posesiones portuguesas em América y África é uma coleção de 35 mapas feitas por um cartógrafo desconhecido, mas provavelmente português. Eles nos dão a impressão de estarmos diante de um rascunho. São mapas coloridos, com cores brilhantes, mas com […]
28/03/2018
Gaspar Ferreira Reimão foi um dos mais importantes navegadores da Carreira da Índia, as rotas de navegação entre Portugal e suas colônias. Ele era cavaleiro-fidalgo da Casa Real e tinha tomado o hábito da Ordem de Santiago, uma das grandes ordens religioso-militares portuguesas. Como navegador, Reimão é lembrado por ter […]
28/03/2018
Luís Teixeira foi um dos mais importantes cartógrafos portugueses no século XVI e um dos poucos a de fato percorrer e reconhecer a costa do Brasil pessoalmente, entre os anos de 1573 e 1574. Seu objetivo era atualizar as informações que se tinha em Portugal e produzir novo material, na […]
28/03/2018
A Capitania do Espírito Santo fez parte do processo de reconhecimento e ocupação da costa e entre os mais antigos mapas do Brasil estão alguns de seus principais rios, portos e vilas. Um dos mais antigos, o Atlas Miller, de 1591, é um trabalho conjunto dos cartógrafos Lopo Homem e […]
27/03/2018
A CARTOGRAFIA MODERNA PORTUGUESA O processo de mapeamento do Espírito Santo seguiu dos moldes do reconhecimento e mapeamento de toda a costa do Brasil, um processo importante para Portugal. Mapas eram considerados verdadeiras fontes de poder, ferramentas que permitiam criar um discurso imperialista e estabelecer o domínio de territórios distantes. […]
27/03/2018
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