O Atlas de las costas y de los puertos de las posesiones portuguesas em América y África é uma coleção de 35 mapas feitas por um cartógrafo desconhecido, mas provavelmente português. Eles nos dão a impressão de estarmos diante de um rascunho. São mapas coloridos, com cores brilhantes, mas com um desenho impreciso das principais capitanias do Brasil.
No mapa do Espírito Santo, muitas vezes é possível ver a sobreposição de tintas e linhas, como se o cartógrafo não tivesse terminado sua obra. Isso era comum na cartografia moderna: mapas eram muitas vezes deixados de lado quando novas informações surgiam e exigiam que se fizessem novos. Isso podia fazer com que alguns fossem abandonados antes de serem concluídos.
As casas, igrejas e fortes estão coloridos, mas é possível ver a falta de retoque ao redor delas. As duas maiores construções no mapa representam o “Sittio da Vila da Vi[ctoria]”, que, estranhamente, não forma uma ilha.
Próximo à vila, há o desenho muito característico de um forte, chamado de São Miguel. Do outro lado do canal, há outro forte ao lado do “Pam de Asucar”, o Penedo. O nome deste forte está parcialmente encoberto, mas a documentação da época nos mostra que seu nome era Forte de São Marcos, e que os dois formavam um conjunto de defesa das vilas.
A Villa Velha aparece como um conjunto de casas pequenas e, próximo a ela, há a “Nossa Senhora da Pena”. O Convento ainda não existia nesta época, mas já havia a ermida, iniciada ainda em 1558 pelo franciscano Pedro Palácios.
