Mapas!
Esta é, sem dúvida, uma palavra que resume o funcionamento do império português entre os séculos 16 e 18. Preocupados em administrar um império incontáveis vezes maior que sua própria nação, os portugueses encontraram na cartografia moderna a ferramenta ideal. Em pouco tempo, mapas seriam usados por todas as nações europeias como uma fonte de poder, e de vários lugares surgirão cartógrafos que receberão a missão de mapear o território da América portuguesa.
A Capitania do espírito santo entra aí, e terá mapas específicos para seus territórios a partir de 1590, feitos principalmente por portugueses, holandeses e italianos. Infelizmente, não há muitos estudos sobre a cartografia histórica do nosso estado, nem mesmo estudos importantes sobre o espírito santo nos séculos 16 e 17. Para explicar isso, há pelo menos dois pontos: há uma inegável depreciação da história do Espírito Santo em relação à história de outros estados de destaque, como são paulo, Rio de Janeiro e bahia; e é comum o argumento de que não há fontes históricas suficientes para que sejam feitos trabalhos de fôlego sobre o período colonial do Espírito Santo.
Assim, a exposição Mapas do Espírito Santo Colonial quer ajudar a preencher essa lacuna da nossa História, lançando nova luz sobre este momento tão importante da formação do nosso estado e demonstrando que há sim fontes e assuntos a serem estudados.
Esta exposição, um antigo sonho meu, não poderia ter acontecido sem o apoio de algumas dezenas de pessoas, que ajudaram na busca por um espaço, na produção dos textos e das placas e, também, na campanha de financiamento coletivo para a realização deste evento. A todas elas agradeço imensamente.