Aqui, vemos esquemas que mostram a evolução do mapeamento da ilha de Vitória e seus arredores a partir de um mapa atual da região. Dos 84 topônimos encontrados nos mapas do Espírito Santo colonial, 42 ficam nos arredores da ilha de Vitória. Aqui, novidades surgem de 1590 até 1642. Diferentemente do que vimos nos esquemas do Espírito Santo, é difícil apontar picos na evolução do mapeamento, com os destaques, talvez ficando para o mapa de Luís Teixeira (1590), o de Alexandre Massaii (1608-1616) e o de João Teixeira Albernaz (1631), onde vemos pela primeira vez alguns engenhos e um trapiche.
Podemos aproveitar também para observar a variação do formato da ilha de Vitória nos mapas. Como os cartógrafos desenhavam seus mapas na Europa, sem vir ao Brasil (com raras exceções), era comum que não houvesse precisão de detalhes. Alguns deles, como o mapa da Biblitoeca Nacional de Espanha (16–) e o do Reys-Boeck (1624) ignoram a existência da ilha e mostram a vila de Vitória fundada no continente, à beira do rio. Os demais desenham ilhas em formatos semelhantes, sendo que entre eles, há alguns (o de Alexandre Massaii, por exemplo) que dão maior destaque para a entrada do canal de Vitória e outros (como os de João Teixeira Albernaz, o Moço, e o de Johanes Vingboons) destacam também as ilhas na entrada da baía.
Observando as imagens, é possível dizer que foram os mapas de Albernaz, o Velho, de 1630 e 1631, que mais se aproximaram, de fato, do formato real da ilha antes dos aterros realizados no século XX.