Estes esquemas mostram, a partir do formato atual do Estado do Espírito Santo, a área exibida em cada mapa do período colonial que observamos (nos retângulos cinzas). Comparando-os com o esquema de mapas do Brasil, é possível ver que o mapeamento do nosso território acompanhou o processo que aconteceu em toda a costa do país.
Em 1590, apenas a região das vilas foi mapeada. Até a década 1620, esse espaço cresceu para boa parte do litoral dos atuais Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. No caso do Espírito Santo, já aparecia toda a área ao norte de Vitória. Em 1631, Albernaz mapeou praticamente toda a costa da colônia, e todo o litoral capixaba. Em 1640 esse trabalho foi ampliado e completado, abrangendo parte maior da Capitania de Porto Seguro. Assim, em aproximadamente 50 anos, a cartografia do Espírito Santo saiu dos mapas que cobriam simplesmente os arredores da ilha de Vitória, no final do século 16, para o mapeamento de toda a capitania, em meados do século seguinte.
Nos esquemas também é possível acompanhar o surgimento dos topônimos pela costa e, alguns, pelo sertão da Capitania do Espírito Santo. Fica fácil perceber os saltos no número de topônimos que acontecem em 1616, depois em 1631 e, por fim, em 1640. Há um único topônimo novo a aparecer depois disso, em um mapa do sul do Espírito Santo em 1670, que é a “Aldeya de Nossa Senhora da Asumção”, a aldeia de Reritiba (Anchieta). Foram contabilizados 84 diferentes nomes próprios espalhados pelo litoral, sendo que o máximo encontrado em um único conjunto é 57 (1642).