João Teixeira Albernaz, o Moço, é bisneto de Luís Teixeira e neto homônimo do cartógrafo que fez mapas do Brasil e do Espírito Santo entre as décadas de 1610 e 1640. Seus mapas unem dados sobre a região que vem desde o primeiro mapa de Teixeira até Albernaz, o Velho. Ele complementa, assim, o mapeamento da costa do Brasil e forma a imagem mais completa da América portuguesa do século 17.
Há quatro grandes conjuntos de mapas do Brasil feitos por Albernaz, o Moço. Dois deles datados de 1666 e os demais de cerca de 1675. Os primeiros são conhecidos pelo título Livro de toda a costa da Provincia Santa Crvz e estão no Brasil: um no Ministério das Relações Exteriores e o outro na Biblioteca Nacional, que mostramos aqui.
Quando analisamos os mapas, a impressão inicial é que eles têm um visual mais sóbrio e talvez mais padronizado que seus antecessores. Alguns dos topônimos que aparecem e que se destacam são as Barreiras Vermelhas (Marataíses) e o Monte Aghá (Piúma), no sul da Capitania. Muito próximos um do outro, provavelmente serviam como pontos de reconhecimento da costa da capitania, e por isso eram importantes.
Se levarmos em consideração que a Capitania do Espírito Santo foi vendida de volta para a Coroa portuguesa em 1718, os mapas deste cartógrafo podem ser considerados como a última visão do Espírito Santo dos donatários.