História.
Não há palavra que tenha maior importância para entender o Espírito Santo e um de seus personagens mais marcantes: José de Anchieta. Por isso, trazemos para você um pouco dessa história abaixo, com detalhes, curiosidades e fatos que todos deveriam conhecer.

Você sabe quem foi José de Anchieta?
Hoje considerado santo pela Igreja Católica e padroeiro do Brasil, José de Anchieta foi, além de um missionário, um dramaturgo, gramático e poeta nascido nas Ilhas Canárias, noroeste da África. Foi o autor da primeira gramática da língua tupi e um dos primeiros autores da literatura brasileira, para a qual compôs inúmeras peças teatrais e poemas de teor religioso e uma epopeia.
Além disso, José de Anchieta, ajudou na fundação de São Paulo, Rio de Janeiro e da cidade de Anchieta, no Espírito Santo. Suas obras e seu legado estão espalhados por todo o mundo. Em Anchieta, onde fixou raízes e faleceu, deixou muitas marcas que compõem a cultura local.
As relações com os indígenas no Espírito Santo colonial

Para falarmos sobre a presença indígena no Espírito Santo colonial é importante imaginar que em todo o Brasil de 1500 provavelmente viviam quase dois milhões e meio de indígenas, divididos em diversos grupos familiares e linguísticos. Desses, cerca de 160 mil, ou 6% do total, viviam no Espírito Santo, um número próximo ao encontrado em São Paulo e Rio de Janeiro.
Os portugueses dependiam dos índios para a proteção das vilas e aldeias da capitania do Espírito Santo e também para a realização das entradas e bandeiras que buscavam riquezas no sertão.
De fato, eles eram os principais responsáveis por garantir a segurança das áreas habitadas pelos portugueses.
Por outro lado, as relações entre portugueses e índios nas vilas não era sempre positiva para ambos os lados. Muitos índios foram escravizados nos primeiros anos da colonização – eram os chamados “negros da terra”.
A religiosidade no Espírito Santo colonial
Não há como negar a importante participação da igreja católica na fundação da América portuguesa. No Brasil, os religiosos foram os responsáveis pela educação e instrução na colônia, trabalhos de assistência e até mesmo por apoiarem e realizarem entradas para o sertão em busca de indígenas para suas missões ou de riquezas.
Não é errado dizer que o grande passo para a expansão da religião católica na colônia foi dado pela Companhia de Jesus, que chegou ao Brasil a partir de 1549.
No Espírito Santo, a igreja rapidamente se estabeleceu em diferentes espaços, ocupados por diferentes ordens com diferentes templos. Aqui, a Companhia de Jesus criou um impressionante sistema de igrejas, missões e fazendas, que as sustentavam, por todo o litoral de Vasco Fernandes Coutinho.
