Uma dissertação de mestrado, defendida em 2018 no Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), dedicou cerca de 7 páginas a discutir elementos presentes na Exposição Mapas do Espírito Santo Colonial, que recebeu visitantes no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) entre março e junho de 2018.

O autor é o pesquisador Diego Mauricio Contreras Novoa, que apresentou a dissertação com o título O Laboratório de Arte e suas Articulações do Mundo: Práticas artísticas, ecologia, modernização e o alcance das suas redes na desembocadura do Rio Doce, Brasil. No resumo da obra, o autor escreveu que aborda “o laboratório de arte como espaço que possibilita questionar de maneira ampla as relações, contradições e alcance das redes que conectam ciência, natureza, ecologia e paisagem nos lugares contaminados pela modernização”. Ele foca o seu texto no laboratório de paisagem Landart-Lab (2016-2018), que atua na Foz do Rio Doce em Regência, Estado do Espírito Santo, Brasil, onde “são descritas as inscrições da paisagem e suas transformações após do crime-catástrofe ocorrido em novembro do ano 2015, pela ruptura duma barragem de rejeito mineiro responsabilidade da empresa Samarco Mineração S.A.”

Entre as páginas 201 e 207, Diego Novoa apresenta algumas questões presentes na exposição de mapas, principalmente as representações históricas da região do Rio Doce, assim como  minha tese de doutorado, As Representações Cartográficas do Espírito Santo no Século XVII. Seu objetivo era seguir as articulações das paisagens de Regência encontradas no APEES.

Em um fragmento de sua dissertação, Novoa escreve que:

Otro aspecto crucial para la comprensión de la realidad contextual del paisaje del Rio Doce durante la colonización es la descripción que hacer Reis de las diferentes comunidades nativas que habitaban las inmediaciones del rio.

“(…) a região do Espírito Santo era habitada por tupiniquins, quando os portugueses chegaram. Ao norte, próximo ao rio Doce, viviam os aimorés. Ao sul, os tamoios viviam no Rio de Janeiro, próximos à divisa com esta capitania, e para cá vieram os temiminós, fugindo dos tamoios, e passaram a ocupar regiões no sul e próximas as vilas de Vitória e do Espírito Santo. E essa presença indígena não está apenas nos mapas, mas esteve de forma muito clara entre os religiosos e os colonos do século XVII (…). (REIS, 2017, p.213)”

Clique aqui para ler a dissertação.

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