Referência

Cartas para Álvaro de Sousa e Gaspar de Sousa (1540-1627). Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses: Centro de História e Documentação Diplomática, 2001. p.271. Disponível em: . Acesso em: .

Créditos

Centro de História e Documentação Diplomática/MRE

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30/05/1615: Do vizo rei, sobre os ingreses que pretendem fazer hũa fortaleza entre o Rio de Janeiro e Spirito Santo

1À margem esquerda “A pólvora e mais munições que vem da caravela assi para o Maranhão como para o Spirito Sancto e Rio de Janeiro”. Governador amigo, eu el Rey vos envio muito saudar.

No porto de Londres se armão algũs navios pera hir fazer duas fortalezas na costa desse estado do Brasil em hũ porto que dizem haver descuberto entre as capitanias do Espirito Sancto e Rio de Janeiro, e porque ainda que não he de crer que se persuadirão de que se podem sustentar em sitio tam desacomodado pella pouca capacidade do porto e por estar tão vezinho a duas fortalezas minhas, todavia porque a prevenção não pode nunqua fazer damno, e do descuito e dilação tem resultado muitos que depois se remedeão trabalhosamente, ouve por bem que se vos enviassem pera acodirdes ao Rio de Janeiro e Sperito Sancto cem mosquetes, e sem arcabuzes apparelhados, e vinte quintais de polvora, e de chumbo dez quintais, de formas pera pelouros quarenta, e de murrão dez quintais¹, e para o provimento do Maranhão quarenta quintais de polvora de espingarda, o que tudo hora vay na caravella em que envio a Diogo de Campos Moreno a esse estado com outras cousas de meu serviço; vos mando que na ditta caravella, chegando pera isso, ou em outra embarcação, ou embarcações, com toda a brevidade e sem faltar ao que esta ordenado para o seguimento da jornada do Maranhão, envieis logo as ditas armas e monições e algũa gente para que a cargo de pessoa de confiança mandeis tudo a estas capitanias do Rio de Janeiro e Espirito Santo para se proverem aquellas fortalezas; e porque em meu serviço não falteis e assy entendo o farei nesta matteria por ser da importância que vedes e em que tanto vay, vo lo não encarrego mais.

Escripta em Lisboa o ultimo de Mayo de 615.

E a pólvora que vay pera o Maranhão he fora a que daqui se vos mandou nos navios que forão em companhia de Vasco de Sousa Pacheco, que foi por capitão de Pernãobuco.

a. O Arcebispo Primas; a. Dom Estevão de Faro.

Nenhuma polvora  trouxe Vasco de Sousa que ate agora seja recebida.

Para o governador do Brasil.

Do vizo rei, sobre os ingreses que pretendem fazer hũa fortaleza entre o Rio de Janeiro e Spirito Santo.

Por el Rey ao governador do Brasil

Andre Cardoso Pinto do Rio de Janeiro, filho de Jorge Pinto Beredo, que de servir de capitão na caza de pedra (?)

Por el Rey a Gaspar de Sousa do seu Conselho, seu gentil homem da boca e capitão geral e governador do estado do Brasil.

De Sua Magestade, pelo arcebispo primas, em 30 de maio sobre a mesma conqista em que veio com o sargento mor.

 

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