Referência
Link Original
Créditos
Encontrou um erro?
Este mapa encontra-se no Livro de toda a Cos ta da provincia santa crvz feito por ioão teixeira Albernas anno d. 1666, cuja autoria é de João Teixeira Albernaz, o Moço. Ele é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo. A obra está na Mapoteca do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no Rio de Janeiro.
Junto com o mapa, não há descrição.
Os topônimos presentes no mapa são:
Paõ dasucar
Nossa Senhora do Rozario
Villa Velha
Nossa Senhora da Pena
Morro de João Moreno
Ilha Escalvada
Barra do Porto do Spirito Santo
Vigia
Villa
Vigia
Forte
Ilha de Dom Iorge
Rio Moruype
Enseada de Areya
Ponta do Tubarão
SERRAS
Serras do mestre Aluauaro
Aldeya dos Reis Magos
Reis Magos
Rio dosse
Ponta do Rio Dose
Os livros de 1666 são conhecidos pelo título Livro de toda a costa da Provincia Santa Crvz. Um está no Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o outro está na Biblioteca Nacional, também do Brasil. Sobre o primeiro, os autores dos Portugaliae Monumenta Cartographica afirmam que suas cartas foram feitas sobre papel e ainda trazem cores bastante vivas. “O frontispício tem uma portada”, continuam, “com as armas de Portugal na parte superior e o brasão dos Condes de Atouguia na inferior, dentro da qual vem o título da obra…”1Cortesão& Mota, 1987 (IV), p. 46..
O segundo livro não está assinado, “mas é, sem qualquer dúvida, da autoria de João Teixeira Albernaz, o Moço, tão flagrantes são as semelhanças de estilo e letra em relação às outras obras deste cartógrafo”2Cortesão& Mota, 1987 (IV), p. 47..
Isa Adonias escreve em um catálogo do Ministério das Relações Exteriores, oferecendo algumas informações. Sobre a obra em si, descreve-o com “um colorido vivo e harmonioso, com predominância dos tons azul e amarelo (contorno da costa); do rosa-arroxeado (relevo); de vermelho (ilhas e povoados) e, sobretudo, dos traços a ouro (…)”[notaAdonias, I. (1960). Mapas e planos manuscritos relativos ao brasil colonial conservados no Ministério das Relações Exteriores pp. 21-22.[/nota].
Agora, enquanto a vegetação e até alguns cursos de rios são figurativos e não tinha o objetivo real de retratar a realidade do território, mas sim de passar a informação básica, é possível dizer que os mapas anteriores a 1666 buscavam uma sensação de realidade às serras do interior da capitania, onde esses mesmos rios desapareciam para o desconhecido. Nos mapas de Albernaz, o Moço, as elevações perdem toda a individualidade anterior e assumem um modelo específico, padrão. A padronização dos elementos cartográficos ganha força em finais do século XVII e é apenas no século seguinte que se efetiva muitos desses padrões, tornando a cartografia mais sóbria e pouco imaginativa.
Nesta obra, este mapa é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo, como pode ser visto abaixo. Cada um deles é acompanhado de uma página com uma descrição do mapa. Clique para acessar informações de cada um: