01/01/1861: Relatório apresentado à Assembléia Legislativa Provincial do Espírito Santo no dia da abertura da sessão ordinária de 1861 pelo Presidente, José Fernandes da Costa Pereira Junior.

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Relatório apresentado à Assembléia Legislativa Provincial do Espírito Santo no dia da abertura da sessão ordinária de 1861 pelo Presidente, José Fernandes da Costa Pereira Junior. Victoria: Typ. Capitaniense de Pedro Antonio d'Azeredo, 1861. Disponível em: . Acesso em: .

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Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO ^P<'0 ftl(> BIBLIOTECA DIGITAL RELATORIO APRESENTADO A' ASSEMBLÉA LEGISLATIVA PROVINCIAL DO ESPÍRITO SANTO NO DIA DA ABERTURA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 1861 PELO PRESIDENTE. VICTORIA. TYP. CAPITANIENSE DE PEDRO ANTONIO D'AZEREDO. 1861. Vitória, agosto de 2003 Arquivo Público do Estado do Espírito Santo - www.ape.es.gov.br - ape@es.gov.br Rua Pedro Palácios, 76 - Cidade Alta - Cep 29 015 160 - Te] 27-3223-2952 - Espírito Santo - Brasil Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 SRS, MEMBROS DA. ASSÈMBÍ.EA LEGISLATIVA PROVINCIAL*, ííonrado por S. MagesEadp o Imperador com,a nomeação deipfeâideií'- iaMÍ’esía província, prestei juramento e assumi o exercício do cargo no dia %% do mez de mareou No cür|o espaço dè %. iuclcs que; medeia entre aqueiié dia* e o àcíuai, om que íenhoi ,a honra* de.comparecer ante es eleitos da província, fôra impossível ainda mesmo á intelligencia oiais esforçada elaborar umrela,- Iprio completo e minucioso, a respeito de todos os ramos do serviço admi- nislrativo, N’esta província principal mente jOfíde çfííásitudp pertence dos, vossos julgamentos, è.que hoje como sempre.no trabalho, que:ora sujeito a vossa .eri ti ca, as sim momo em todos os- actosda m i n ha a d m i n i s tr a çâ o, encontrareis Seguras provas da lealdade: éidedicaçãç^oiu= qüêr-|3S®Eiífj9 vCorreshonderLá ^cp-níiaffça Imperial e ao generoso acolhimento dò povo, > Sarífense. Conto que os meus exforços recen.i-ão poderoso auxilio do vôsso patópt tisino e queligados pelo mesmo* pensamento,,0 de engrandecer esta província, para quem a natureza*foi mãe desvelada na distribuição de seus dons mas ,onde o trabalho do homem,nãq tem ainda fructificado com a abijn- dancia e o valor das esperahçasque-.o alentão, o delegado do Imperante e os pleitos do povo.possão algum dia prestar contas:do;seu procedimento, com gloria para si e o legado de importantes benefícios para o paiz. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Toda a província cs lá em paz. A íulta eleitoral qüe em' outros pontos do Iraperio perturbou o socego publico, causando até derramamento de sangue, terminou aqui,sem que tivéssemos que lamentar sCenas luctuozase' o passamento de victknas. Os partidos correrão ás urnas, pleitearão com o ardor natural das paixões políticas,mas graças ao gonio eminentemente ordeiro do povo Espirito Santense, nãó descerão até a violência, o espancamento e o homicídio- que deslustrão-o mandato e-imprimem no diploma do tnandaíarío que os excitou, um stygma vergonhoso. ffuina parochia somente, o pleito eleitoral ia degenerando emconflicto. Foi na davilladeBenevente.parãoúdô a Prezidcncia mandou logo uma forca: de í.* linha coaimandada pelo capitão Ti to Livio da Silva. Á indoie pacifica dos cidadãos tornou inútil a acção dt authoridadee o emprego de forfca, e a eleição terminou no meio do mais completo sócego. E’ com prazer que faço justiça a esta província, reconhecendo os senti»' mentos nobres da sua população, Se n’ella os partidos são inspirad >s ánfes péla'afTeiçâo individual dó quo ' peto antagonismo dê idéias políticas, se concordes no justo tributo de respeito e acatamento á' lei constitucional, no apoio a authoridade legal, tvo dezejo de progresso relleetido e das reformas indispensáveis, operadas coma segurança da- medita ão—disputão' com ardor a respeito das pessoas que devem reprezentar no parlamento as necessidades locaes, < euf geral, núnca levão esse ardor.e a aíieição que' os inove ate o quebran- tamento d's deveres sociaes.e antes dotado, reconhecem que sem ordem e socégo publico são impossíveis uma clciç-âo digna euma victoria honrozaf E’ porque o cspirilff de ordem e o respeito á lei e à sulboridade legitima que aoxêcnts,dòniiha no província como um legado do sangue—nobre tradição de familia que radicada proluadámenle no coração, prepondora como hum devèr sagrado sobre ledos as mitras paüões efaz ouvir suar vòz ainda mesmo nos assobios uo enlliusiasmo, quasi -sempre desorienta- dor, das luttaS-.efeíloraes. ' Sé exceptuarmos velhas inímiza o ciúmes de preponderância que se guerréião nas pequenas povóa^ães, «nas que geral mente recuão ' a-rito a perturbação dosocego publmo e a 'ignomínia do crime, poderemos ' aífirmnr que e;n parte nenhuma do firazil a luíta política se trava tão iu- ‘crwcmfa e legal como aqui. Procurando conciliar esse amor o ordem,e respeito ã a tanto distinguem o povo da província, com o gozo íranqui uthoridade qua Uo dos direitos dos cidadãos e o do roeommendür isto exercicio da liberdade inJi s oulliuiidades policiacs todo e< vidual, não rtio descuido omedi mento e legalidade Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BEf.ATORIG 5 par da precisa energia, no cumprimento dos deveres que lhes cabem, .separando escrupiosamente a opinião política, os compromissos e os de- zejos do indivíduo, das obrigações do funccionario publico aquem no exercício do cargo deve dominar a mais completa imparcialidade. Com quanto annulladas pela cantara dos Srs. deputados, os eleições .das paroçhias de Carapina o Benevente, se tenha de proceder alli a ou- *ras,no dia S8 do mez vindouro, nem por isso julgo que devamos receiar .desordens, boje sobretudo, que desappareceu o principal interesse;—a eleição de deputados geraes. Conto pois que continuando a reinar em toda a província soeego.e quietaçuo, possa a acção administrativa, favorecida por este estado lizongeiro, exercer-.se de hum modo profícuo e tutelar. Ô atraso em que se achão muitos lugares da província a respeito de instrucção, a extensão de alguns districtos policiares, onde a acção da.au- reprimindo os turbulentos pela certeza de imraediaio castigo—a indulgência com quo alguns cidadãos exercem cargos de policia, são poderosos mora, antes pelo contrario,falta decerto modo em abonodo bom sensoe rectidão de um povo, que em grande parte privado das luzes da sciencia e até da f.mplesinstrucção rudimentar, parecia condemnado gos erros deploráveis da rusíicidade. Essa estatística revela 6ô crimes,que são dcsíribuidçs do seguinte mod~ Seguhaxçi Lvmvrn u.u. Homicídios Tentativas de hornicidio Ferimentos grates 4 Ferimentos leves Gílensas phisicas % Uzo de armas prohibidas % 9 Ameaças Dainno Roubos Furtos Injurias % 1 4 \ '1 4 Gíiensasá moral ínfracção de posturas Entrada em casa alheia Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ° HELATORiO. De todos essesdelicíos,o mais atrozfoi obrados selvagens. Refiro-me ao assâssinãt© do infeliz Avelino Rodrigues dos Santos Franca Leite, que nó ser tão,ao norte do Rio Doce,' cahiú ^victima da ferocidade-dos índios Pan^ íáSi Õ;.,s , , , j ‘t " t:‘“ t '.i i . *l ti, " E’ sobretudo notável o ver-se que n’essa lista figura o crime de roubo quasiem unidade. Sabeis, Srs ,que apezar da estrema fertilidádéi do solo,- existe na província üm numero considerável de indivíduos que luttSo com 0 infortúnio-da* pobreza, inspiradora de*crimes. Grupados: nas cidades e villas,arrastão vida lastímbzà, sofírem privações, recbrrèmmtiitas vezes è inuníficendaFdos ífavorecidóS'da fdrtüna reuiiindo ao soffrimeiito da po-= brezaó soffrimento às vezes não menos doloroso dà'humilhação que se íecebe comã esmola eno entanto, justiça1 lhes seja feita; oü temor salutar da pena oú virffidS IràdicionaKú respoitão á propriedade alheia e preferem o toírnepíoida mizeria ás probabilidades de bom rezullado de um crimeqfiõlhes;permitólseVSacjar •» . Estas reflexões ,que as frequentes e1 prolongadas iníerimúadcs .nas varas- judiciaes da província .susçitãõ, podemser apphcadas aos promotores pu-. bliços, aqui, onde, só; existe, pm d’esses; füncéionsrios graduado com. o diploma de bacharel em direito, E’ .o bacharel Erancisco Gonçalves de ; Jleirçlles Bastos/que nomeado promotor da cpmarca de S. Matheus. epi 3.j de novemèr.o de, *18.59,foi d’alli removido para a da Víctoria,pela resolâção de 21 de fevereiro de 18(30. ; ; , . . ■ h Com quanto a nomeação. d’estes fqnccionarios esteja na alçada da pre-, sidencia, não tenho ppdido conseguir o preenchimento: das vagas nas 3 comarcas—o que realmente c.bemdesagradavel para quem corno eu:, não sfr thçorica,mas praticamente tamhem, cophece qúala inaportímhia do pa- pélqüe perante ostribunaes representa aípro.çnotoria publica, , ; . ... - Sei que a voz do promotor como a da; própria sociedade oftendida— cgmo a da justiça uítnajada,.ergue-se terrível,parais, má9sre^rplectDra;pftr. ra 'osijb^nsj? elhi.alçm disso,a voz da humanidade que desafiava .o niiseç ravel pedindq hbq jpizes a çopdemnaçqo da iniquidade. cjue p molestou,>. advogando a causa dà yiçtimadesyalida eoinõ se;fo.sse. a.-própria causa social. Mas, como. encontrai facilmènte, l^árçih eiaj, direito^ óníel-. ligentes, probos e illustrados, que se sugeitem a exercer em lugares, pequenos e sem recursos,, hum ministério de tanta responsabilidade, ecòmptométtimento, sem honorários que lhes assegurem de hum lado Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 niíLAromo, 11 © pão quotidiano e do outro a independência exigida ' pola natureza das íuncções,e ainda máis,sem estabilidade, pois que ao prdinotori nem ao' manos é garantido como aojüiz municipal o exercício de hum tfdatrieniò? i Entretanto não desespero c continuarei a procurar quem preencha os lugares vagos. As esperanças qúe a palaYra*impeHal,ultim3mente proferida ante o parlamento, deve ter gerado, talvez que faca apparecer pretendentes a esses lugares.1 - ■ ■ ■ ' . ■ Ojury no anno passado celebrou 13 sessões. ForSo julgados 66 proces* sos em que figuravão 73 réos. Sahiião absolvidos 56, ê,furão conderami-: dos 17 a sàbèr, 1 á morte, 2 a galés, 7 a prisão com trabalho, 7 a prisão $imples. Houve 9 apellaeões ex-oííicio pelos juizes de direito, 6 pelas par* tes(=e 1: protesto por no vo julgamento. As sentenças versarão sobre os seguintes crimes, Ho miei di os 17 Ferimentos e oflensas phisicas 30 Ameaças 3 Hso de armas defezas 1; í- EstelüonaLos 3r lloubos 3 Furtos 3 Dam nos g Estupros , 1 Oífensas úlib cidade individual 1 Calutunias , 1 Fuga de presos. ■ 1 ; , : : ; ■ : - 1 Dos 73 ròos, 3 erão soldados, 43 lavradores, 9 juriialeiros, 4 negociantes, o marinheiros, f criadu, 1 sem profissão e 7 escravos. 23 subião lèr éescrever e 50 erão analfabetos. : . . r , * As authoridades policiaes julgarão defini ti va mente 23 rcos cm 23 processos,classificados do modo seguinte: Injurias ç o 7 O Ofensas á moral ínfracção de posturas Outros crimes 7 Furão condemnados io e absolvidos 7. Snegociantes, 3 jòrnaieiros, % criados, sabião ler e escrever e 14 erão mualfãbolos. - Dos crimesespeciaes dá ccmpetenciados juizes de direito,forão julgados 2, em que figuravão 3 roos, um por falta de txacção; uo cumprimento de deveres, outro por peculato e c â.° pur prevaricação. Apenas hum fui condemnado, a-susnôrjsào do emprego, ! Hrcsenlernenleem ioda a província,só hum funccionarió responde a processo de.responsabilidade. . Iv u ex-jqis municipal o duUrphãus dos termos de i. Hathouc o Ihuru hoje dos de Guara rnirv e isuiievcate. 3 Dos 23 réos, 10 erão lavradores, 3 sem profissão e 4 escravos. 9 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 12 BELATOSIOi Sabendo pola oxpsrieneia e estudo do paiz, que nem sempre os proces4- sos tem a marcha prompta que a lei e a humanidade exigem, o que em parte ê devido ás distancias, interinidades, longos intervallos entro as sessõós do jury, demora nas remessas e transportes dos autos c por conseguinte nos acordãos dos Iribunaes superiores quando se dá apellação, eem parto a algum descuido no processar, oíFicieí aos juizes de direito e ás demais authoridades criminaes,exigindo huma nota dos processos pendentes, com indicação dc tempo em que os réos forão presos e processados, do dia em que ti verão a sentença depronuneiae a definitiva,e da datadas appelações param relação dodistricto.a fim de activar os juizes .pie se mostrarem retnis- sosno cumprimento de seus deveres.Quanto aos processos demorados em apellação,pretendo dirigir-me ao Sr.dcsembargador presidente da Relação do districto,enviando-lhe a nota queexigi e espero firmemente que,graças ao reconhecido zelo'e rectidão d’esse alto funccionario.sejão elles despachados com a maior orevidadesem prejuízo do exame min-ucioso dos_at2- ths-e preenchimento das formalidades judiciaes. Facil é córeprehender que a demora dos julgamentos, sobretudo a rcspd:- iõ dos indiciados que não práslão fiança ou porquesejãoos seus crimes inafiançaveis oifiporque não-achem fiádores, constitue grave offensa áos' diclames do direito penal eás exi gencias da nossa lei do prtícesso respécti-' vo, assim co-mo ao interesso da ordem publica. 0 castigo que segue logo o delicto,exerce infiuancia saluíar sobre o espirito do povo. Quanto mais estreita for a uhíãò das duas idéias, crime©’ castigo, dizem acerladameníe os criminalisías, tanto melhor para a socic-' de.E a demora na appiicaçüo da pena torna de certo meuós estreita a união ’ dessas idéias.«O delicto já está esquecido quando é executada asentença;—o Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ílEUATOHiO que passa r3 dias miabastnnça enns praaores, do outro, o infeliz que (kítnlia nas lagrimas, ne fundo de horrível caUvbouço !» Tem se visto frequentemente no paiz, prisões preventivas que excedem o tempo da pena a que mais tardo é condemnado o delinquente. Este facto.aleaide dsshumano e pernicioso em relação ao eífcfto moral do castigo qno deve exemplificar á sociedade, traz uma consequência não menos grave,e que convem prevenir. E! a indulgeacia do jury.que cxhorbitandoda esphera de suas aUri&uiçõJs,converto-se em tribunal de graça c pronunciando contra as provas exhibidasno processo,hum rerdbi negativo do crime. causa a absolviçãodo accusado, para que esteja sofíyedor do prisão prolongada, não tenha cora a pena que Ibo cabe pela culpa, hum castigo dobrado ou treplieado do que a iei criminal lhe impunha. E o jurado que assim procede, violando a religião do juramento que prestou, ultrapassando as raias dos seus deveres, julga-se livre das censuras da consciência porque,nq seu pensar, o ráo, com a demorada prisão preventiva,fora já severamente punido. Por todas estás razões, presto a maior aftenção á rapidez dos julgamentos recommendando ás diversas authoridades policiaei e criminnos que dom prompta expedição aos processos, sem prejuízo das pesqnizas e investigações a quetenhão de proceder no empenho conhecer a verdade, para que se possa sem delongas,alcançar o almejado fim, do castigo jmmediato d$ criminoso ou da soltura o tranquilidade doinnocenle. Basta que militem contra essedesideratum, as circunstancias de extensãq, falta de luzes e de pessoal que em todo o império vedão a rapidez da ins-* trucção e julgamento criminaes Não se reunão a males cujo remedio só pode ser obra do tempo, o deleixo e a incúria das authcridades, Força publica. , À força publica na província compõe-se do corpo do guarnição de 1* linha com 173 praçase da companhia de policia que deve contar 36. Aquet- le corpo fui crendo polo decreto n.° 2C82 de 6 de outubro do 1860 e orga- nisado a 16 de novembro do mesmo anno, sendo então supprimidas as companhias üva ode pedestres. Para completar o seu quadro faltao ainda 3 praças. Tem sido enviados pelo chefe do policia nos 2 mezes da minha administrar,fio 10 recrutas, alguns dos quaes seguirão para a còrle; e npparcceii apenas um voluntário. lofelizmente.o recrutamento o unia meio coca qnc se pode contar para que seja preenchido o quadro do nosso exercito. Como beni sabeis, aqui Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 íà íiFÍ.ATOKlO. nãò succcdecomo ern alguns paizes beliieosos da Europa, onde muitos ci- dadãus abração cxpoiiíanoaineníe o animados das mais nobres esperanças, a jiarreira niilitar—ardua, penosa mas cheia de glorias. Raro 6 entro nós ó indivíduo que assenta praça voluntariamente,embora a lei comvidecom promessas ;de prêmio e, datas de terras. , •. * ' !: 1 Preferem correr o risco do recrufamento.cqntatiuo com muitas probabilidades de salvação. As mattas são exteitsase cèrradás—vaslhs as solidões— nuinerosós os escondrijòs no paiz. 4 óclividade.zélo' e perspicácia do recru- iadordiüicilmente conseguem descobriras prezas no szylo que ellas pró- çurão.soffrendoás vezes as. maiores privações—arrostando a fone—intempéries ç graves enfermidades. Demais.u&o está ehi ò casamento—realisá- do sem que o coração falle—muitas vezes precoce, somente como um meio doizempção ? 11 ■ : ' ' : ; t' ! ‘ ; 'Para o geral das authoridades policiaes encarrogadas do recrutamento, a milícia representao papel de diurna pena, imposta suramarissimamente $os,turbulentos ednáorrigiveis, dos seus d is trictos. ; ' ' b ■felizmbritè,a disciplina militar, os sentimentos do honra que ella desperta ém corações ás vezes não comiptos do; todo.elevão o soldado alista- ijò por raeió dorecrutanienLo;—a bandeira nacional entregue á súa guarda despería-1 lio os brios—e o occioso,ovagabundo c o desordeiro, emendados, servem o paiz.comvalor e dignidade. • . E’isso porem,hum verdadeiro milagre uo patriotismo, com que não devemos contar sempre. ; : ■ Paliando do exercito em França,Broutía diz e com rasão.que representando elle a sociedade,nãópode ser hum .refugio para o vicio e hum asylo jpara a deshnnra,o tpesmp deve^ser de f&cto para nós. . , ■ ;E’ certo que nãò temos como aquelle paiz, hum viveiro pcrenne de soldados—alli.oiule o menino c embalado no berço com hymnosde guerra—, dníretido desde a infaneia coma narração dos feitos gloriosos de seus avós qüè se, imraortülisarão em renhidas campanhas—acostumado a amara gíoríá militarcomo se ama a honraea dignidade de homem;—g onde ítlèm disso, ha o rocenseapiehío espeto da população. : : '/'Mas tadpsreçpnhecem que q system a de'recrutamento adoptado entre nósfexi^e seria reforma. Já o ex-ministro da guerra,o Kxm.Sr. conselhoi- ro Sehasliao do Rego. Barros, c declarou no seu relatorio lido perante o Parlamento,. e;pi 1860 e é de crer que pactuai,. encnneçido na cai rei ra milhar, profundamente conhecedor das necessidades de um serviço que tem feito, á sua gloria desde, tenros annos, preste todaa';aUenção a hum negocio de tão grande importância. ' . , ' : ' , ; ; Estas verdades que acabo de ex pender,com a franqueza que devo ao Imperante cuja generosa comlança agradeço emprecio como alto favor o aos eleitos da província,onde desejo daitar honrosa memória, explicãc o vagar com qnc se tom ido preenchendo o quadro do corpo do linha. ’ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 HELATGRIO. Á casa que serve de quartel aesíe corpo, é aletn de mal situada, insuficiente para conter tão grande numero de praças Collocado no centro da 'cidade,fora de todas as condições hygienicas,acanhado,mal dividido, com lutar xadrez baixo e estreito —verdadeiro cárcere onde a custo se respi- ba huma atraosphera pesada c mephitica, não pode de certo tão impróprio cdiíicio,servir para habitação com moda e sadia dos soldados.' ■ pó '• À enfermaria militar está nas mesmas eondicções. Alem de húmida e pequena é tal a sua situação que nas grandes marés fica’sitiada pelas aguas 1 jDscuidadose'desvelas do Dr Fiorencio Francisco Gonçalves, digno medicó do corpo de guarnição,encúnírão o grande obstáculo das dimensões acanhadas e da posição dacasa;seruqueao menos haja o recurso da mudança; Nirigiiem quer alugar seus prédios para aquartelamento e enfermaria da tropa e se os alugão,pedem sempre um preço exagerado. Apenas tomei conta da administração daprovincia.fui pessoalraeníe examinar liumá e outra Casa e verificandotudo quanto rne tinha representado o tenente-coronel José Pereira Dias que aqui se acha inspeccionando o corpo, pude com- perféito conhscimeuto, informar a este respeito ao Exm. Sr. ministro da guerra, de quem espero providencias. > ' '' ■ , , - O unico meio que actualmeiite occdrre como o mais seguro para melhorai a sorte qa mitiòia, é obter-se o velho e arruinado convento do Carmo para nelle estabelecer quartel e enfermaria, executados alguns concertos o repáros que o estado do edifício exigem. A companhia de policia occupa o pavimento inferior do convento, que é bastante vasto para que' contenha faúm e outro corpo. 1 A despesa com os reparos e concertos foi orçada em 17 contos de reis e n’essesentido ofiiciei aoExra. Sr. ministro da guerra. " O corpo de 1.6 íinha faz não somente o serviç® da guarnição na capital mas também fornece destacamentos para o Porto r]a Souza, Rio Novo, Linhares,'S. Maiheus, e Fortaleza da Barra. ' AUendénüo a huma representação do tenente coronel Dias, determinei que esses destacamentos fossem periodicamente mudados como o exige a disciplina militar, marcando para cada huen delles hum praso, proporcionado ás distancias e diííjcüldado de transporte. ' ' Em virtude da ordem do dia de 4 do mez passado, seguirão para a corte o tenente José Ferreira de Azevedo Junior e o furrie! cadete dntonio de Lima Bueno,para o fim de, exercitados na eschola de tiro, servirem mais tarde de instruetores ao edrpo a que pertencem. Cumpre-me nesta occasiào dar testemunho do procedimento brioso do commaudante assim como de toda a ofiiciálidade da guarnição. ' A companhia de policia tem actualmeníe 32 praças faltando por tanto 4 parajque se preencha o pessoal marcado no lei ds 13 do julho de d860. ’ Algumas praças completarão o tempo do alistamento, edeclarnudo que Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 4” tUÍUTCiUIO. querido alistar-so rle novo,recebemagratificação concedida pelo artigo ?S, do regulamento de 7 de maio do anuo passado. Parece defeituoso este regulamento, quanto ao praso de 3 annos quq marca para o serviço, embora maior do que o que era designado pelo regulamento de H$ de agosto de 1852, O Uíslamento não devia ser por menos de 5 annos. O tempo marcado por aquelle regulamento, é sufíici-! ente apenas para que o guarda policial tenha adquirido pratica do serviço e hábitos de disciplina. Comtuiio.huma reforma no sentido de augmentar esse praso tornara-se inexequivel ao menos no presente, pois, apezar da pouca duração do alistamento, e do soldo maior do que em outras províncias mais opulentas, corá diíliculdade apparecem guardas e se completa a companhia. ' " ’ ' ' ' ' Para isso concorre a idéia errônea que se propaga pelo vulgo, da baixeza do serviço policial. ' ' E no entanto,as repetidas exigências das diversas oulhoridades locaes, a necessidade da manutenção da ordem publica em lugares remotos, e da efTectividade da acção da justiça, clamão por um numero de praças maior do que o que existe açtualmente e do que foi qiarcado pela precítada lei de IS de julho de 1860. ‘ : ' A populacãc da província está, como sabeis, disseminada em. grupos mais ou menos remotos—e onde nem sempre se deve contar cora a influencia da illustração;o5 dousgrandes núcleos coloniaes de S.Isabel e S. beop.f aug- meníão, com a aquisição de colonos, cuja boa índole nem sempre d íora de duvida, e tudo isso reclama policia vigilante. Ora, sendoinsuíRciente q força policial e não. podendo contar-se com a de 1."linha destinada ao serviço da guarnição na capital e nos outros pontos já indicados,porque meio ha de manter-se a ordem nas diversas localidades, auxiliar á acção da au- thoridade, guardaras cadeias, escoltar presos? Só [ elo destacamento da guarda nacional, fado extraordinário c de péssimas consequências, qup se deve evitar cuidadosamente. Não ignoraes que ocçnpar a guarda nacional no serviço da milicia é arrancar á lavoura braços, quando eíIa não os tem suíücientes— quando a terra pela voz das suas florestas e campos incultos—as classes pobres pela alta dos viveres—a civil isoção polo orgão eloquente dos delidos e oííensas ao direito, podem o trabalho continuo da enxada e do arado-e a ninguém é desconhecido que seeui algum ponto do mundo a enxada e o arado devem receber o culto da veneração como os instrumentos dilcctos—os símbolos abençoados da ei- viiisaçuo e do progresso,ódecerto no Brasil, onde quasi toda a riqueza publica e privada nasce dos esforços generosos da agricultura. Demais, quem diz tiú Brasil g tarda nacion ú d i activa, diz o —lavrador sem fortuna,—o agricultor que vive do s.uor penoso do sou trabalho ou o artista que se alimenta da rua industria* Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 helatorioc \7 _ E tanto ó carta a insutfícisnciada força soldada, e único, o remedio do destacamento da guarda nacional, que paesen temente é ella quem em ^arte.navillade Ilapemenmjcontribfie para aguarda da cadeia e outros serviços desta natureza. O commandante superior do Sul representou-me á respeito dessa onus que os cidadão sofírião. Immedialamente mandei reunir o policiaes de que podia dispor e enviei-os em destacamento para aquelía villa. Como porem na prisão publiea se achassem alguns criminosos que peia gravidade da accusação devião ser guardados co:m a maior vigilância, declarou-me o referido commandaute que as 5 praças do destacamento policial não' bastavão para o serviço, tornande-se por conseguí ute indispensável que outros tantos guardas nacionaes os auxiliassem, Recommendei a maior igualdade na desíribuição cio serviço como a lei èxige e espero que sendo augmentaáa a força policial,possa finai mente poupar aos guardas d1aquella villa o onus que sobreeíles pesa ba tantos mezesr Muitas são as vicissitudes porque tem passado a força de policia n’esta província, sendo ora aíigmentadã, ora diminuída e ás vezes' até suprimida. _ , , Antes da òreação das assembléas provinciacs esta força consistia n’um corpo de permanentes A lei n.° 9 de 6 de abril de 1835 auíhorizou a pre- zidencia a ir graduaimeníe dissolvendo essa corpo, e ereou' em- substituição huma guarda composta de 11o praças. . , (XaltstameiiLodeviadurarSannosearespeito dosrecrutadoso—o que não podia ser cumprido,pois como sabeis,não é da competência das assemblbas proviriciaes legislar sobre o recrutamento.Aqüelíe n.° desceu ao de71 pra,- éas pela lei n. de 27 de outubro de 1838, elevou-se a 93 pela de 8 de maio dô 1839,a 9S peúídeG de maio de 18áG,desceu a'7i pela deláde oütubrode 1842e a i! pela de 3! da julho de 18-Í-31 No anno seguinte,pela lei de \Q de novembro, foi dísolvida aguarda, ficando apenas para a' manutenção da ordem a companhia de caçadores de ia. linha destacada na província. Está medida'trouxè graves embaraços á administração e ao serviço policial, porque aquella companhia àlem de considerar-se como provizoria.não era suííiciente para acudir ^ todos os pontos dá província ondéfosse precisa a intervenção da forra publica. Quanto á guarda nacional, estava desorganisada, de tal sorte,que não appreseníava huma só- companhia preparada' o capaz de prestar serviços. A falta de hum eorpo uü policia continuou por alguns ahnos excitando reclamações da administração. A nova força de pedestres de que coubera a esta província huma companhia de 82 praças, segundo a destribuição feita pelo decreto de 30 de setembro de ISiS.diíIicilmeiite se or- ganisava porque, então com Uoje,havião os obstáculos que já vos refeii e cuja eimeurreaíia bbslâo ao preenchimento do quadro do nosso exercito. Edí iB47 o Sr. consclhcifd Pedreira, digno presiUênte, vinha declarar a Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 18 belatorio. ' ■ = . ■ ' , , S assembléa provinciaI.no seu relatorio,que qquella companhia ainda não possuía nem. ao menos o numero de praças indispensável para guarnição da estrada de S. Pedro de Álcanlara ! ? , ‘ ; Como de todos os lados se clamasse contra o grandon." de escravos que fugindo das casas de seus senhores grupavào-seem diversos lugares, sobretudo perto dos povoados e d’al!i corrião a attacar os viandantese os: lavradores das vizinhanças, creou a assembléa,pela lei de 29 de julho de 1845 hu ma guerrilha cuja missão devia ser a captura desses fugitivos e a destruição dos seus quilombos. Mas essa guerrilha que com muita diíGcul- dade foi prganisada,não podia prestar senão o serviço especial para que era destinada.e de que não convinlia distrahi-la. • - Finalmente em 1848, pela lei de 4 de maio teve a presidência authori- sa.çãp parai alistar até 13 guardas que íizossem o serviço da policia na capital, numero que no armo seguinte foi elevado a 20,e'em 1850 a 30, descendo porem a 81 .pala lei de 29 de julho de 1852. Reconhecendo a necessidade de hum corpo dé policia permanente e bem disciplinado, -a as- semblea restaurou em 1855 peia lei de S de julho, a antiga guarda, limi-, tando-a porem a 31 praças. Esse n.‘ foi no anno seguinte,elevado a 40, voltou outra vez a 30 e íhsalmeníe chegou a 36 pelas leis de 23 de julho de 1859 e!3de julho do 1850. , : . . , Gomo já vos esptiz, p5 guardas não bastão para as primeiras necessida des :do serviço policiai : a experiencia o mostra todos os dias. ; Na actualidade,sobre 3B praças ha 13 destacadas. 7 empregadas em diversos serviços,% enfermas, % servindo de ordenanças á presidência e ao. chefe de policia, % licenciadas.e apenas 7 em disponibilidade. E notai que.; são muitos os lugares da província que carecera de destacamentos e para °nde não os posso mandar por falta dé força. : Se é certo que □ nosso povo pode gloriar-se de primar por muito ordeiro e respeitador da lei,não é também menos certo que para isso Concorrem- poderosa mente a energia da auíhoridade e a força- armada,que tem de entrar em acção onde falhar o poderio e a influencia do prestigio dos representantes da policia e da justiça social. O receio docasligo, a certeza d'elle, a convicção de qne a autboridade tem meios promptose seguros para re- primiros excessos dos turbulentos e criminosos,eatrãopor muito'na combinação dtjselemontos a que devemos o. grande resultado dá tranqhiHdadg publica e do acatamento aos direitos individuaes. ■„ E nem sa conte coma guarda nacional para todos os serviços do,policia. Ha muita differetica entre o homem que consagrado á vida avonlurosa da armas, ordinariamente solitário na vida, abraça por vocação e ,com soldo a profissão eos vaivéns da milicia e o indivíduo que arrancado por ordem repentino e as vezes com surprcza.aos trabalhos paciíicos da lavoura ainda outra industria, ás duçuras do lar domestico, ás suaves alegrias da vi- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BELÀTOIHO 10 da dtífamilia, tem de prestar com constrangimento hum serviço Inteira- iaimte alheio aos seus hábitos, profissão e tendências, Comestes, ha serviços que se tornão uma perfeita burla—por exemplo, a do recrutamento . O estado das finanças parmitte hum augnaento que eleve a companhia de policia ao numero de 53 praças. Convem que ao mesmo tempo seja melhorada a sorte do respectivo commaridantej cujo soldo mesquinho nuolho permitte subsistir com decencía, i\Tão direi que aquelle numero seja . Süfficientcj mas pelo menos^hadfi melhorar a situação; e ás autboridadespoliciaoe dos lugares maisimpor- iánlesdisporão de força com que se mantenha á ordem publicá. Prisões Pcíiucas, Não só os princípios da humanidade,mas também a nossa lei constitucional que dslles recebeu inspiração.exigernque as cadeias sejão limpas e arejadas, À segurança completa, o requisito legal. . : Não posso dizer-vos que essas exigências sejão plenamente satisfeitas em todos os pontos da província; antes pelo contrario, Em muitas prisões fállão as condições hygienicas, n’outras o requisito essencial da segurança c infeliz mente, por melhores que sejão os vossos‘desejos eos da presidência ,nào ê possível, attentos os mingóa.dos rendimentos da província, fazer que em iodas ellas concorrão as qualidades exigidas pelo legislador constitucional.Gòmo alguns dos meus antecessores e especialrnenta oExm®. Sr.Fernandes de Farros,entendo que fôra conveniente estabelecerem-se, nas cabeças dás cômarcas, prisões vastas e seguras.ediíicadas comrigorosa observância dos preceitos bygienico^,Nas villas epovoações secundarias, em quanto não houver considerável crescimento das finanças, simples casas de detenção,pequenas, seguras eaceiadas. On.c de presos que ordinariamente são recolhidos nas prisões existentes nesses lugares, justifica e au- ihorisa plenamente esta opinião1.. . . . Sazeado ora em informações do digno cliefe do policia,ora na inspecção que fiz pessoalmente, passoa expor-vos o estado de cada humá das cadeias Õa província» FkiOiirl A cadeia desta cidade é a melhor da província já quanto á segurança,já pelo que respeitaá vastidão. Tem no pavimento Eerreo duas enxovias, pouco extensas e arejadas. No 1 0 andar ha outras duas,'a primeira, no interior, pequena e escura;QOO reis. 0 edifício é vasto, mas em seu pavimento superior ba muito que. fazer ecreio que com menos de 5 contos de reis não será possível dividi-lo, de modo que. sirva para as sessões da camara municipal e do jury. Entrarão para as prisões durante o anno passado 54 presos, sendo o, máximo 43 e o mínimo 6. Por esta resenha succinta,podereis conhecer a exactidào do asserto que ennunciei, quando vos disse que as prisões publicas da província, estavão. longe das condições exigidas pela lei constitucional. Convinha sobretudo, que ale m do aceioeda segurança,houvessem nfessas casas,aposentos especiáes.para que os simples indiciados não Gcassem em Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ♦ fíELATOIÍIO. 23 çommerao e convivência com os sentenciados ou mesmo com indiciados íle tnáos precedentes e reconhecida malvadez. Como bem sabeis,o processo não significa a condem nação nem a prisão preventiva,a pena.Do indicio veliementa que authorisa a pronuncia á sentença definitiva, bazoada cm prova plena e irrecusável —decretada depois de uma defesa mais ampla, minuciosa e protegida em suas pesquizas e exhibieão de provas, é muitas vezes grande a distancia, E se a justiça humana— se ojuizo do magistrado embora esclarecido, pode falhar quando ouve o accusado,escuta os debates.c tem meios mais seguros íle íllusírar- se, o que não diremos quando procede simplesmente á instrucção do processo, onde a defesaé mais limitada, vedaado-se-lhe até a exibição da prova testemunhai ? Imprimir por huau desconfiança precipitada, o stygmada ignomínia nq simples indiciado, que pode um dia, com muito maior probabilidade do que Calas e Lesurques, reabilitado pelo tempo ou absolvido no juizo planario, vir na voz do remorso castigar a imprudência do juiz que o maltratou; lançar na mesma enxovia,ao lado do facoinora reconhecido, do cynico e depravado que escarnece da moral e ri-se com o aspecto' do infortúnio alheio, homens cm cuja vida pesa apenas a accusação dehuma falta que os arrastou ú prisão, mas da que talvez se possãojustif car, è offender gravemente não só os dietames da humanidade mas também os da nossa própria lei constitucional ,que no seu artigo 179 §27 estabeleceu sabiamente, que havería nas cadeias diversas casas, para separação dos réos, conforme suas circunstancias e natureza dos seus crimes. Reuní o homem honesto, a qnem hum momento de coléra ou o cego furor do fauma peixão precipitarão, ao ente degradado pelo vicio ou pelo crime—-sujeitai-o ao contacto impuro d-essa depravação—aos molejos do cinismo- ao escarneo do perverso que se compraz em zombar dos bons e humilha-los com a insistência de huma insultuosa intimidade, e vós lhe tereis imposto uma pena terrível. Em vez de simples prisãcr preventiva, o infeliz sofrerá as torturas de hum castigo rigoroso; quando por ventura o contacto, o exemplo quotidiano, a cumunhão do captiveiro, o desgosto o a ira contra a sociedade, não lhe apaguem do coração os instinctos do bem—os últimos lampejos da honestidade, e de mero indiciado que era quando entrou para a prisão, saia convertido—corrupto—presa do vicio—-propensoa infamias que d’antes lhe repugnavào. Não entrarei em considerações a respeito da necessidade de se fundar festa capital huma casa ds correcção, onde sejão cumpridas as sentenças de prisão com trabalho. A’ revolução benellca que a philosophia christâ operou nos domínios do direito penal, elevando a pena — convertendo-a de vingança odienta—■ irosa e cruel, em castigo justo—imparcial, c humanitário, porque mira á Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ♦ 2^ RELATOlílO. emenda ccorreccão do delinquente,devemos esses estabelecimentos pfiilan- tropicos, onde ocomlemoado encontra a par do mal da prisão o beneficio do ensino, eo habito, do trabalho. ‘ ' Infelizmente d’isto como de muitas outras cousas não ò dado á província curar, porquesenão lhe falta a opulenciade hum soloíertilissim.o e da excelente clima, falta-lhe do certo a que provera do trabalho humano, pouco produetivo aqui, não sómeníe pelaescacez dos braços mas também porque parte da população vivo disirahida do serviço rural, único que podería ac- í.ualmente cnriquece-la e dar-lhe os bens da civilisação. C. - Saetjde PmtLicj,. E lisoagei.ro o estado saaitano da província. Nenhuma epidemia a alli-; ge e devasta. íieconhecen ioa necessidade de hum medico que fo$se destinado ao tratamento dos enfermos pobres, necessidade tanto maior quanto nesta província ora, e ainda é, limitadíssimo c n/de pessoas dadas a aquellaphilantmpicaprofissão, ereou a assembléa provincial pelalein,0- 2 da 8 de julho de 1S3S o lugar de medico da provincia. As obrigações deste funccionario, marcadas posterionnente pela lei n.° 1 de de julho da 1859 são: receitar c, assistir ao ■ tratam.en.to, dos doentes pobres e das praças do corpo de policia e accudir a qualquer ponto, da provincia ondn.se desenvolvão moléstias epidêmicas, observando as ordens da presidência. Devião caber-lhe também as funeções de medico da ca- mara municipal da capital, logo que este emprego vagasse. 0 Dr. Francisco Goomes ds Azambuja Meirelles exerce aetualmenfe. aquelle cargo, recebendo, o ordenado de 1 rs. n-muaes. Era virtude da authorisação concedida á presidência pela precitada lei de.. 1859, trato de fazer hum regulamentoparao bom andamento d’esse serviço. Estadandoa questão, pareceu-me que era indispensável aítender a 2 pontos importantes e que são omissos na lei: t.° extender as obrigações do. medico até o exame’ sanitario dos indivíduos que se apresentarem para alistamento na companhia de policia, conforme o art. 9," do reg. de 7 de maio de 38o9;dos que pedirem baixa e em geral a todo o serviço medico que diga respeito a aquella companhia : regular de hum. modo. fixo e invariável as gratificações que deva receber quando tenha de acudir a algum, ponto da provincia infestado por moléstias epidêmicas, Realmente, exigir queo medico deixe a, capital e 09 comraodos da vida para ir aos confins da provincia exercer o'sau arduo ministério, luLLando com infermidades terríveis, eás vezes contagiosas, soffrendo privações, e fazendo longas viagens e tudo isso remunerado unicamente com os honorários queo lei de 8 de julho. deiSoS prefixou, 6 pretender um actò de caridade e dedicação cujo cum- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 KELATORIO. M5 primento só se póde esperar da philantropia levada até o sacrifício, lado pouco commum e com o qual era regra não devemos conlar. Fora por tanto de equidade que abonásseis huma gratificação, ao menos para cavalgsdura e transporte, regnlando-a pelas distancias. D‘esla 'ssrte, não somente a lei seria equiíaliva naas ainda seevitarião reclamações Fundadas no onus do serviço, em circunstancias extraordinárias. í)ô relatorio, que na conformidade doart. 2o. da lei n°. 1 de 22 de junho de 1839, deve aquelle empregedo appresentar semestralmente a presiden-' cia, vè-se qtie forão por elle tratados de novembro de '1860 a abril do eor- Feate anuo 27 doentes pobres, n.° de certo fímitadoio que se pode altribuir parte ao estado sánitario da província e parte ao habito que teoi muitas pessoas de se medicarem còm remedios homeopathicos ou de uso domestico. Àlem do cargo de medico da província,exerce o Dr, Aaambiija Meirelles o dc Vacinadore uUimaménte pela resolução do 15 de maio p. p- faz parte da comruissão creada pelo regulamento que baixou com o efecreto do 3 «ü do maio de 1838» O cargo de inspector de saude é exercido pelo Dr. Aotonio Rodrigues de^Souza Brandão que por disposição do aviso de 29 de novembro de 1839 pode acumula-lo com o de secretario do governo provincial. Pouco tenho que dizer-vos a respeito da vaccina. A falia quasi constante da pus yáccínico, assim como o receio que muitas pessoas do povo nutrem,de recorrer áinoculação, tornão o emprego de Vaccinador pouco atarefado. C.iSXS DE CARÍDÍDÉ Fm toda a província existe apenas um d’esses estabelecimentos pliitan- tropicos, onde a mão beneficente da caridade cura as chagas do enfermo, azyla os alienados e dá ao exposto, filho damizeriá ou do npprobrio, abrigo e protecção. E’ a denominada casa de Misericórdia desta capital. O Alvará de(1 .* de julho de 1603 que concedeu ácasa pia da Yictoria os mesmos privilégios de quegdzavaja S» Casa de Misericórdia de Lisboa, faz acreditar que iVaqueltes tempos já existia hum estabelecimento de caridade n’esta cidade. O aciuai tem origem menos remota e bem conhecida ; data de 18-17. O governador Francisco Alberto Rübim, cujos importantes seniços a está província são ainda hoje lembrados por algumas obras, encontrando apoio rio zêlo philanlrdpico dos fazendeiros e commerciantes do município da Yictoria, foi quem promoveu a fusidacção d’esse estabelecimento, que os vindouros devião receber como hum legado precioso e hum digno monumento da sua beneíka administração . Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 20 REUITOUÍO. Por decreto de 23 de outubro «Taquelle atino, E!-Rey confirmou odoiiá- tivo de huma porcentagem sobre os generos de importação e exportação, a que os referidos lavradores e commerciantes se tinbão obrigado para cons-, irucção do edifício. No anno seguinte, pela provisão regia de 15 de abril foi approvado o compromisso da respectiva confraria e instituído o hospital. , r 0 cotmaerciantoLuizÁntonio da Silva, doou immediatamente hum prédio para sede do estabelecimento, rnas como o ediOcio fosse acanhado e insuíficienle para o serviço a que o destinavão, cuidou o provedor, que era então o proprio Francisco Alberto Rabina, em levantar huma casa onde se acuassem reunidas todas as corídicções hygienicas e a necessária vastidão para que pudesse conter grande n.° deenfermos. N’esseempenho, foi elle poderozamente coadjuvado poraquella beneme- rito cidadão que, economico na vida domestica, atésofirer privações, empregava o frueto d’essa rigorosa poupança na obra caridosa a que se dedicara, concorrendo não somente com os seus cabedaes, mas também com serviço pessoal e por fim legando-lhe o resto da sua fortuna. Com o auxilio de subscripções e esmolas, de hum o loteria concedida pela assemblòa geral, da cobrança de impostos especiaes creados pelo já referido decreto de23 de outubro de I8i8e substituídos em ISiO por huma contribuição marítima e fina [mente da dotação annual do 1:200# rs. elevada a 2:400# rs. pela lei provincial n.° 26 de M da julho de 1858 concluio-se o hospital e funccionaregularnvtrite.Para isso convem reconhecer que muito concorreu a dedicada administração do capitão do porto' Francisco Luiz da Gama Rosa. O local é excellentee a casa vasta, clara e bem arejada. Tem 2 grandes enfermarias, vários quartos aceiados, boíi- ca, e huma capella pequena mas decente. Acíualmente, na auzencia do provedor, o bacharel Lourenço Caetano Pinto, occupa interinamente aquelle lugar o escrivão Venceslao da Costa Vidígal, cujo relatorio encontrareis no logar competente. Delle se vê que a receita da casa, foi do 1°. de julho de 1839 a SO dê junho de 1880, de 10:837#930 incluindo-se a esmola de 3 contos generosamente doada por 3. M. o Imperador; e adeapeza de 9:749#i8G, restando por tanto hum'saldo de 1:Q88#7ii, que não pode scr considerado’ do hum modo lizongeiro porque aquelles 3: contos de reis constituem; huma verba extraordinária com que não se pode contar, O patrimônio do estabelecimento consiste em 17 apólices da divida publica geral, no valor do 1,000# cada huma e 16 prédios situados rfesíã cidade. O rendimento éo que provem das apólices, do aluguel dos prédios que produz apenas 800# rs. por anno, da contribuição annual do 2:tj00# rs. com que a província concorro o final mento de outras pequenas' verbas que não avuííáo. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 RELATO tVIO, 27 ^ Buráülo aquellâ período, entrarão para o hospital 549 enfermos, sah.irao curados 223, falescerão 12 e ficarão em tratamento li. O n.° de expostos ò apenas de o- , A assembléa provincial,attendendo ás. enfermidades quereinavão muitas vezes na villa da barra de S. Matheus e sobretudo ao grande n.e de pessoas consagradas á prqíissão marítima, que frequentando aquelle portos erãomnitas vezes íiccommeüidas d’essa enfermidade e ordinariamente pobres não podião tor hum tratamento acurado, creou al!i,. pela lei. de 26 de-setembro de 1850 huma casa da caridade, ficando consignados para fundação e costeio do estabelâcimanlo, a contribuição do despacho roa ri limo creado em '1840 que fosse arrecadado no lugar,e o produeto do imposto de \ por °/a soore os geaeros despachados para exportação. , , , , infeliz mente, o pensamento da assembléa nunca foi executado, senão na parte que se refere á cobrança do imposto marítimo e, do de exportação. Êm fins de 1853, essa cobrança montava a 12 contos de reis que furão, por deliberação da presidência, convertidos em apólices da divida publica geral. , . , ■ f - , , Verificando, por liumi viagem á villa da Barra,que os serviços presta-, dos pela projectada casada caridade não compensariào as despesas indispensáveis para funda-la e susíenta-ía convcnienlcmè.ite e.que o lugar não offe- irecia segurança de duraeçáo para o estabelecimento,opinou o Exro-Sr. Dr. Valioso no seu relatorio,entregue em 18J[) ao %11 Vice-presidente da província, que não se executasse a precitada lei de 23 de setembro de 1850 mas antes fossem consagradas as quantias arrecadadas em virtude d'ella,aos melhoramentos e obras mais proveitosas para a comarca de S. Mafheus. , A tssembléa adoptou este parecer e na lei do orçamento vigente,em data de 23 de julho de 1830, autbonzou a presidência a mandar vender as 12 apólices pertencentes ao projectadp hospital, empregando o produeto na conformidade d’aque!la opinião. O meu antecessor rezolvido.a servir-se drnssa authorisação,mandou eífectuar,a venda.Demorada ao principio, pelo embaraço que cansou a inseripção feita em nome de huma entidade não existente, ainda não se pode eífectuar, porque apenas removido aquel- le obstáculo, declarou a pessoa encarregada de representar a Iliezouraria Provincial,queas apólices tiuhão descido a 92,pelo que não quizera venderías sem ordem expressa.Approvei essa resolução e mandei, sobreestár na venda em quanto não se pudesse realizar sem prejuízo da província. : Quanto ao resto dos dinbéiros arrecada Jos como contribuição para.o hospital,tem sido applicadqs como empréstimo ao supprimento dos defic'- ts verificados nas orçam üit is provinciais, como podereis ver no referido relatorio do Exm. Sr. Leão Velloso. £’ huma falta raoil<> sen dv d nfesta província e que infdizmente só pi deria ser suppriJa pola bilsa dos cidadãos, a exislencia de buma çasá 4 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 2S nrxdToniG, do edueandos artífices e de outra para a creaçãoe educação de meninas des- validas. Aquella instituição,que já exista era varies províncias, tendo em algumas* principalmente no Maranhão onde data demais longe, produzido excellen- las multados, seria verdadeiramente providencial, aqui,onde tia deficiência de pessoas dadas ás artes rüechanieas. Grande n.° de meninos, mal amparados pela caridade, privada, crescendo na mizorin, adquirindo hábitos de indolência e vicios funestos, vivendo dia por dia da profissão de pescador, terião hum futuro mais vantajoso c cora elles a província, se encontrassem n’hutna casa de ofílcinas, a educação moral e intcllectual, 0 ensino de artes ou oflicios e a obrigação do lrabalho,que sa lhes fosse tornando um habito salutar. São menores vantagens podería a províacia colher de uma cesá de órfãs educandas. Muitas infelizes que vegetáo nas vi lias e cidades,mal cobertas pelos and rojos de huraa pobreza tanto mais precursòra da perdicção quanto lhes falia 0 beneficio da educação mcral e religiosa; muitas d es validas filhas do erro ou da mizeria, destinadas a huma vida de opprobio e ignomínia, serião salvas, pelo amparo de huraa casa pin, onde, cora 0 pão quotidiano, recebessem a esmola da educação e do ensino ínleliec-tual, até que chegadas á nubiüdado pudessem, com o auxilio de modestos dotes tirados da renda do estabelecimento, contrahír matrimônio e mães de família honestas, alimentar sous filhos cora 0 leite da virtude 0 ensinar- lhes a sã moral que apprenderão no hospício protector. Opaiz ganharia consideravelmente cora huma casa destinada a esse generoso mister,porque pode-so disor sem receio de errar,que hoje como eni todos os tempos, 0 ensino maternal exerce sobre 0 coração do menino que hum dia será homem e cidadão, a mais decidida influencia. Recorrendo a huma phraze imiilo conhecida direi, quo 0 coração infantil é como huma folha de papel limpo; à mãe cabe escrever nelle as 'Jns verdades da vida. Eo que a inão desvelada da maternidade escreve alli, vós bera 0 sabeis Srs, r ò indeleve], reziste â accão dos accontecimeatos e muitas vezes aos mais cruéis liezengnnos, nos infortúnios mais desoladores . Quereis bons cidadãos ? Educai a mulher, fazei que seja boa raãc—tornai-a virtuosa—crente*—dada ao trabalho e a economia domestica ; arrancai ao vicio a filha do vicio ainda innocenle. A casa de educandas teria essa missão civihsadòra. Sptília ge podería tirar mais outro proveito qno corno 0 -1,° tende ao bera social Sufficienleuieute illusteudes, as educandas, logo que cnegassera a maioridade, poderião reger as cadeiras de ensino primário publico ou particular. Sei que 0 plano è por domais dispendioso para huraa província cuja renda ma! podo accudir ás suas primeiras necessidades.—Pois bem, sir Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BiíLATORIO. 2E> ja embora a qoesi.no do futuro ; se não posso ambicionar a gloria de crear hum d’esses estabelecimentos, ciia virá e talvez não longe, cm que alguém, mais feliz, acceitando a idea que è hoje apenas ha ma esperança mas que tende a tornar-se realidade, possa dotar esta terra, digna de boa sorte, com o benefício que eu lhe desejara legar, como hum testemunho do muito em que prezo o cumprimento de meus deveres de delegado do governo paternal de S. M. o imperador. Em todo o caso, sempre tue caberá a satis* fação de ter ennunciado uma idea vantajosa para a prcvinc.ia. Contudo, se por ventura encontrar, como espero, o auxilio da caridade privado,o apoio do opulento assim como o do simples remediado,ss concorrerem com fervor, o donativo da moeda do rico, assim como o obolo do pobre, para bnrn liai tão piedoso, talvez que me seja permeiíido lançar os alicerces de algum dos dons estabelecimentos, hum dos quaes já encontra como que haoi ensaio, nu modo cariialivo porque a casa de misericórdia cTesta capital rceobo c educa os expostos, Clíj.to ítbuco, Seria ocrioso tudo quanto vós dissesses respeito da influencia da religião sobre os cosíamos e por conseguinte sobre a felicidade publica eprivada. Com quanto vivamos ifliuina épocha em que a impiedade parece querer çyassalar tiulo—fallanclo na voz do homem da scieneia que discute com. escarneo os preceitos disciplinares da Igreja e pretende até sujeitar aos rigores dasuaanalyseo proprio dogma, bem como no abandono dejquemuilos, menos i!lListrados mascomoaqusl!es,tomados de csterilisadòra indifierecça, vão deixando os offlsios religiosos eo sanctuario dos ternplos.comtudo, não creio que alguém, sincera monte, seja capaz da desconhecei' que a religião represente na sociedade buma missão tutelar. Si Dleu nemíatl i! fiuidr-nhiuwtter. E’ a palavra desrepeiíosa mas profunda do philosopiio que sondando o coração humano, reconheceu ivolie a necessidade do cúb e verificou a influencia da religião sobre as sociedades. Ora, o sacerdotee o leu pio são como sabeis, dous grandes missionários e % conservadores do culto —o primuro pela aulhoridade de que o investe o sacramento—>pelo exemplo da vida —e o mérito egrandeza do sacrifício que faz com a abnegação das vaidodes mundanas— pelo estudo e o ensino do Evangelho e daTradieçn. 0 templo, pela comunhão na oração e na penitencia—pela fraternidã-ledus preces que sabidas de muitos labiosjigão-se estreitamentoifivum só cântico,aliinautan.lo-se o íè e a crença década hum pelo fervor a e templo da de todos, pala r.)éa da presença de Daos, sempre lembrada ao eoniemuiar-ss o altar ende se queima o incenso da religião. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 30 REI.ATultiO, Pois bem,as gerações passadas, aecesas no fogo sagrado da fé,alentadas pela sinceridade e vivacidade da crença,erguião nas solidões da nossa lería grandes templos que hoje vão cahindó, desamparados,ao lado das mesquinhas capeílàs daó nossas parócíiias; constrúião maravilhas como ado Convento deiN~. S. da Penha d’esía província, que assentado ha 3 séculos sobre himia rocha dqscalvada, desafia as tempestades e àpparece dcalto de sua montanha ao viajante,como se'fosse hum testemunho eterno da piedade do passadò e huma reprovação' eloquente da descrença do prezente. ' A esté respeito a província dó Espirito Santo tem retrogradado. Na ça“ pilai assim'como etn jBonevente.e Nova Almeida, os conventos erguidos por Nòhrega, Anchieta, a seus esforçados companheirosbcm como os dos Carmelitas e Franciscanosarróiúão-se e comêlles vão dezabândo grandes e ri- ctís templos. Só o convento dos Jesuítas da capital escapa a esse abandono geral contra quem hum dia a história hade erguer sua vòz exprobádôfas. Aproveitado para palácio do governo e sede de quasi todas as repartições publicas, ainda reziste á acção do tempo, massuás vasta igreja como todas às outras suas companheiras testemuntiãõ a iadsíferénça do século. O estado das Igrejas e capellas que servem de matrizes nas parochias da" província não é’ menos iastimavel . Se excepturaiuos a de ita- pemirim, em to.das as outras não yere.mos a decencia que o culto exige; — em geral,, são edifícios mesquinhos, mal assoalhados e até som forro. Sei que a religião não está na magnificência do templo. Muitas vezes soh a's abóbadas dás grandes e sumptuosas cathedraes, ao pé dc alfare^ ricamente adornados, floresce a impiedade, faz sua terriyel propaganda e- .idoradôra da arte humana que alli ostenta maravilhas, esquece-se que ella seria nada, sóm a divindade que creou o artista e acendeu-lhe na fronte a cham ma do gênio. ' ■ ' " ' A educação religiosa, a virtude que sa inspira ao menino, o respoito e acatamento á divindade recebidos nó berço pela dupla lição dá palavra e*doeiemplo dos paes, eis o principalcuid uio e meios decerto mais pro- ficúos, do que o apparàló dos templos, ifas o lim a que estes são destina® dos, a santidade do culto que se celebra no seus recintos, pedam que se- íãó decentes.  casã íle Oeos deve certamente ser mais decente e grandio- sá do que a dos homens.: Outrora, esta tarefa tornava-se fac.il epoucoílispendmsa para o estado, porque as dadivas da piedadecalnão abundantes,e todos coutríhuiac paia o Ie vantamento dos templos. Hoje, devo confessa-lo com pezar-á matriz arruinada que talvez se reerguesse com pequeno.concerto,em vao esprobaáos fieis a indifiórenca em que jazem submersos. A riqueza, se por ventura não fecha sua bolsa,amesquinha-se na offrenda e o pobre, indolente—sem o poderoso estimulo da fequó n’ouiros tempos operavamilagres, nem no menos concorre como serviço de algumas boias de sua existência—carrega a pedra — Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 RELATÓRIO. 31 prepara a madeira e dá em holocauto à divindade a offerfa do suor meritorio dõs seus trabalhos. O cofre provincial c quast sempre quem tem de acudir ao levantamen- toje reparos das matrizes e pobre comoosabeis, não pode acudir com eííiçq- cia a tantos teclámos. ' Não escrevo estas palavras corno hum slygraa que se lance sobre toda a população da província —digo apenas huma verdade que feliz monte, em inuitoslugares,encontra honrosasáxcepaões. Que o diga sobretudo, a ma- íriz de Itapemirim, vasta e a aceiada, erguida só a custa dos lieis, graças á perseverança, zelo piedoso, e dedicação verdádeiramente edificantes de frei Paulo Antoinio Gasas Novas seu fundador. ' Seja porem esta lamentação comòhüm apêllo, não somente áreligiosida- dedopovomas também á piedade doclero, que devo por rauitos'e constantes exforços, obstar á marcha audaz da impiedade, excitar o zelo religioso, multiplicar as predicas da palavra e as ainda mais efítcazes do exemplo das virtudes, guardar cuidadosaménte o templo e o altar, e exercer sobreos fieis a influencia da aulboridade, pura de vicios. Ninguém o ignora, se o bom sacerdote é hum dos grandes pilares qu Jsustentão a Igreja, o máo é o martello que oom mais violência a destróe e certamente que nada prejudica tanto á: religião, nada incute ao animo do povo, com tanta ef- íicacia, ogermen da impiedade, como o exemplo da vida do padre, que esquecido de seus juramentos profana a santidade do ministério, dá largas ás paixões mundanas, e entregue aos prazeres ou á ociosidade, deixa que emmudeça o campanário da matriz e se abatão com o templo, o altar e o crucifixo. ' Convicto do apoio que a este respeito, minha administração hade encontrar no clero Espirito Santense espero que o cofre publico encontre allivio com asoíTcrtas dos íieis,devidamente exbortados por seus parochos. Na rapida rezenha que vos offereço vereis o estado de todas as matrizes da província. ‘ Victomà. Á matriz d’esta paroebia é humdemplo vasto e seguro, cuja fundacção, data—dos tempos coloniaes.Apezar dos reparos quesoffreu ha poucos mezes, nãoofferece hum aspecto condigno do culto e da capita! da provineia. Tem ítumas das torres apenas começada e a outra ainda uão está rebocada. Em alguns lugares o assoalho mostra-se carcomido Existem na paroebia, alem da matriz, as igrejas de S. Gonçalo, Rozario, Gonçsição, e S. Luzia, e os templos do Carmo, e S. Francisco adjuntos aos conventos das ordens respectivas eo do S. Thiago que faz parle do vasto edifício construído pelos Jesuítas, onde está actualmente o palacio do governo. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 32 RECATORIO. Yiànna. A matriz d’esta populosa parochia foi inteiramente reconstruída em 1853^ parte á custados cofres provinçiaes, parte á dos particulares. Reformou-se todo o material do íecío e do telhado ea maior parte do assoalho. j\"’essa re- coustruoção despendeu-se a qu< ntia de i:308^bíjí), sendo 3 contos consignados pela província e o resto, produeto de subscripção entre os paro- chianos. A commissão que presidiu aos trabalhos e cujos bons serviços, Gumpre reconhecer, compunha-se do respectivo parochoe dos cidadôes tenente corooeíTorquato Martins de Araújo Malta e Francisco Coelho de Mello. Faltão comtudo muitas obras parajque o templo fique seguro e decente!; principalmeníe nas torres, assoalho, coro ejanellas. Existem na parochia,alem da Igreja de S. Izabel-, na colonia d'est,e nome. Scapellas, buma na fazenda de Araç-aíiba pertencente aos cidadãos Manoel; Vieira Machado eseusirmãos, outra na de Bslòm de que é proprietário o tenente coronel Torquato Malta ea 3 A na fazenda do cidadão José Freire de, Andrade. Carjacica. Com quanto começada ha / 2 annos, a matriz d’esta parochia não sò não, está concluída, como acapelia mór que já se prestava ao culto, ofíbrece o, triste espetáculo de horas ruina prematura,devido á ccUocação do ediücio sobre hum formigueiro. O parocho reclama promptos reparos para qae mais tardenão sejãoprecisas maiores despezas.Sendo alguns reparos muito urgentes, mandei abonar para isso em datadeSiío orr.nlea quantia de rs . •)00# valorem que forão orçados e ordenei ao engenheiro da província^ que orçasse as despezas com o resto da obra. Garàpima. A matriz óhuma capella de pequenas dimensões outFora annexa á fazenda do padre Rocha que a legou para o culto publico. Está bem situada -« tem 2 torriohas — altar mór e 2 pequenos alares laíeraes. Falta-lhe o forro. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 SEtAToraó 33 Queimado. k Igreja que serve de maírz a esta parccliia, é de fundação moderna e devida ao concurso dos cofres públicos e da piedade dos lieis. Não esíá inteiramente prompta. Falta-lhe forro a o telhado em alguns pontos,carece de reparos; tem só altar iuór;—e hum dos laíeraes apenas começado. Espirito Santo.  matriz d’esta paròchia è hum templo sem apparericia nobre nem la- Vorés dearchitectura, com o simples aspecto de huma capella de aldêã. Alem d’isso está intcirameute arruinada—falia-lhe parte do assoalho forro e altar mor. Contrasta com elle a Igreja de N, S. da Penha sita na paròchia, sobre huma montanha que so avisía de longa distancia. Este templo que pertence é ordem Seraphica dgeralmeníe admirado e dá idèa muito vantajosa do espirito religioso do século em que foi edifscado. A fé abala as montanhas, como diz a Escriptura. Era de certo necessário b seu ^poderio irrezistivel para que hum pobre frade, habitante de humilde e escura caverna, que a admiração dos viajantes ainda hoje abençoa, auxiliado por huma população pouco numerosa; pobre de artistas e de operários conseguisse erguer no alto da hum monte e sobra a rocha des- calvada,hum templo que ha 3 séculos affrontã o tempo e os furacões e solido como o granito que lhe serve debaze, prometteattravessar os séculos e dar ainda a muitas gerações o testemunho do muito que pode a religião. Foi em 1538 que frei Pedro Palacios religioso Gastalhanojempreliendcu aqueb lã obra admiravel. Serrí. Tem uma pequena matriz que não basta para a população da esperançosa villa e paròchia. E’assoalhada mas falta-lhe fórro. Qs altares são despidos de ornalos. A parte do edifício que devia ser destinado para coií- sisíono conde a municipal ida 3c celebra suas sessões ê acanhado, e câtú em ruinas; Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 «í BliLATOUia. Xo VA AU!£IDA- ' Á maírizé decente. Está annexaao velhoconvento dos Jesuitas, n'huma excelleníe posição. Data de 'Ií>80, epocha em que aquelles homens intrépidos esíabelecerão-se no lugar, douiesticando os selvagens cujos serviços aproveitarão para consírucçâo do templo e do convento. Depois de alguns reparos que se íizerão ha 4 para 5 annos, a matriz parece segura ; fal-; tão-lhe pequenas obras que o vigário reclamou em officio de 19 do tnez passado e que mandei orçar: S, Cruz, JIa»’esla parochia duas igrejas; a velha matriz onde ainda boje se ce- lebrão os ofíicios religiosos e a nova. Esta, começada apenas e com proporções grandiosas, tem sò o frontespício e parle das paredes da capellã. mór Collocarão-na em tal situação,que encerra a outra igreja, dü sorte que para corrclui-la será preciso destruir a antiga. Ó plano da obra exije mais de 10 contos para que seja acabada. Linhares. O edifício que serve de matriz é huma casa pequena que necessita de reparos. Existe na praça da villa, hum templo começado pelo cidadão Ba- fáel Pereira de Carvalho que o oílertou á província, para servir de matriz' dá íreguezla. E’ hum edifício de pedra e cal, que só tem as paredes late- raes e parte do frontespício e que para ser concluído reclama huma dès- poza de 10 a contos de reis. Cidade de S. Mati-ieus. Serve-lhe de matriz hmná pequena capella, com paredes de taipa. . Princ:piou-se hurn templo maior e mais solido que infeliz mente ainda exige grande dispendioparaque sejaacabado.A câmara municipal representou-me declarando que era precisa a quantia de f0 contos de reis para com ctusào d'essa obra. Se por ventura os fieis uào concorrerem com o fervoroso donativo da sua piedade, só lentamenteserá a nova matriz edificada. Existe na cidade outra igreja; é ã dc S Bonedido, pequena capella de? pouca segurança. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BELATORIO. 35 Barra de S. Màtheüs. * À triatriz.çomaç&da ha poucos aanos,ainda não està concluída, mas coberta e ao abrigo das chuvas, já se podem celebrar n’ella os oííicios religiosos. Esta parochia esteve por muitos mexes privada de pasto espiritual. UI ti ma mente, na occadão em que attendenclo aos pedidos da respectiva municipalidade, dirijia-me ao Esm. Bispa Diocesano pedindo-1 lio providencias, apresentou-sô-ms hum sacerdote com provisãodo vigário en- commendado. Cuusapary. ,■ k matriz está situada no alto da li uma collina. E’ hum íemplò pequeno: e dè aspecto cummum Suas dimensões são muito limitados cm relação á população dá parochia Já se tentou reformar tifiacões e os enfados do ensino, como esperar que a intelligencia a quem essts carreiras estão abertas com as mais lizongeiras esperanças, com promessas as vezes as mais animadoras, lhes prefirão os sacrifícios do HHg-isterio-Bía choupana—as privações—as necessidades no prezente e a miséria no porvir ? Só a vocação poderia vencer esses obstáculos, mas a vo- ca;ão para o magistério não é cammum e de mais, antes de tudo, está a nicessidade do viver. Ejn referencia a esta província o mal não consiste apenas na falta de pjssoal e na mesquinhez dos ordenados —extende-se á inspecção do ensino. Porque meio entre nós se vela sobre o ensino? porque mei js inspacckma- Ic, jer olhos attentos sobre os professores, corrigi-los e remediar-lhes os eris, despertar-lhes a actividade? O regulamento de 212 de julho de 18591 estatuo que esse serviço esteja a cargo do director da insírucçao publica e de inspectores municipaes, e delegados (Pestes nos districtos, mas coa- veáa dize-lo com franqueza e sem injuria á boa vontade dos cidadãos, não podemos esperar dos inspectores e dos seus .delegados sollicitude* e actividade. A uuica inspecção profícua é a inspecção paga. N’huma província ondeas communicaçõsssão difficeis.onde a riqueza não ostenta por- a parte o,seu fausto, fornecendo não sómente os com modos mas tam- nem os regai os da vida—-onde é preciso a cada hum empregar toda. a som,- me de sua actividade nos cuidados da industria ou profissão, de que subsiste, exigir que o cidadão deixe o lar domestico, o trabalho lucrativo,, e *nde com paciente cuidado inspeccionando eseholas, ás vezes distantes, perigrinando, pelos sertões, admoestando, reprehendendo e suspendendo professores que quasi sempre lhes são ligados pelos laços da amizade, da protecção ou daalliança política, èíncontestavelmente querer hum serviço^ pial feito,não pela raá vontade, mas pelas difficuldades qua appirecemsempre que as exigenoias imperiosas do interesse .pessoah do interesse de subr. sistencia, luttão com as do serviço publico, gratuito e sem ao menos remuneração honorífica. À pratica o diz pela voz.irrezistivel dos factos; alia m’o diz n’este momento na falta de resposta ás circulares do director da instrucção publica,que. pedia aos inspectores municipaes informações a respeito das eseholas dos Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 EELATOBIO. M seus niunicipios para que as trouxesse ao conhecimento dos eleitos da província-, E rigorosamente Srs. não temos de que accusar os cidadãos investidos d^quellecafgo senão de o terem aceeitado quando nãopodião exerce-ld Satisfactòriamente. O magistrado cuida no serviço pdr demais laboriosd da administração da justiça,o fazendeiro lavra a terra, sem descanço; o ne; goeiante nãò dezampara o balcão e o escriptorio senão para em outro ponto cuidar nas tranzacções donde lhe provem a fortuna e como estes serviços são os da subsistência—os serviços da conservação, fica a escola em abandono eo professor entregue ao sen propriòzeío e direcção. Algumas províncias atíendendo sem duvida às lições da es^ieríeneia èréarão inspecíores geraes subvenoíonados.Na do Riode Janeiro por exemplo onde pelo regulamento de 1 & de dezembro de 1849 erão os professores ãujeitos áinspecção: 1.“ do inspeeíor párochiaí do conselho municipalí sendo esses cargos gratuitos, existem actualmente,pela reforma que a lei n. \ \%7 de 4 dé fevereiro de 1859 operou ifeste ramo de serviço publico, a leoa, dos irispectorés parochiaes, 3 inspéctores geraes cuja obrigação maU-:‘fl* portante consiste na inspecção das escholas da provineia, peb^011?3 ^ vezes tio anno. Hum bom ordenado e alem d’isso gratificar*0 PíV,-^^ora= c a ddicional, quando sahirem da capital, torpãoo çfi^bdigno de cidadãos intelligentes eillustracbs. ' _ A província do Espirito Santo pão pode certamente com os seus miti- guádos rendimentos acompanhar outras que maís opulentas dispoeni dos meios necessárias-para a manutenção de instituições dispendiosas,por-* que exigem,hom ámccionalismo numeroso e bem remunerado. O que porem èlfa pode e deve, è promover ainda mesmo com algum sacrifício, a aequisição de professores cujas qualidade moraes e intehectuaes e cuja illustracâo sejão huma garanüa de Ràdezerapenho do cargo sem necessidade de continua e dispendioRbspecção. Para isso, o único meio con- sentaneo com as finanças de dispõe, fòra diminuir o n.° das escholas,. reduzindo-as aos povõ^os onde sejão frequentadas por grande numerd de alumnos e augj“eatar aos professores gratificação' a par de outras vah- tagèns. ■ ’ . , , Quant^ã mspecção, fôra acertado que creando-se inspecíores parnotuaos §eRemuneração, para serviços menos onero*ao-ctmttí, attestados de frequência , rubrica des livros das- matriculas , informações de petições dos professores q vezila as escholas, [mais fácil desde qúese limitasse as que existissem na parochia) &. recahindo a nomeação para este cargo, nos vigários, se deixasse ao director a tarefa que actualmente é confiada aos inspecíores municipaes. . . ; A este funeciotiario bem remunerado por huma gratificação'proporcionada ás distancias, extensão das viagens o dificuldade de transporto, cá- beria a obrigação de, ao menos humá ou % vezes por anuo; Vizitar tódás’ ás escholas da província. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 43 REÍiATüRIO. : E nem se poderá objectar que areducção das cscholas condemne grande parto da população ao mal da ignorância.Poucas sãoasactuacsque prestão .relevante serviço áprovincia. À instruccão que nfellas se oííerta á mocidade é de tal natureza quo vale tanto ou mais do queaignorancia.Viciado,cheio de preconceitos,e de ideas errôneas que se enraizão com a tenacidade vias las noções' na infancia,quando algum dia õ menino encontre meios de corrigir seus dfefeitos, terá de luttar com os maiores obstáculos e a tarefa do discípulo assim como a do novo mestre será dupla—como seria a dolayrádor que tivesse de arrancar do sen terreno, plantas nocivas que alli se enraizarão, * k para que ao depois pudesse semea-lo de arvoras fructiferas. • . Que'lição pode dor aqualia que mal sane os primeiros rudimentos das :lettras e quéálem d’issonão tem nem a pratica nem o amor á pedagogia? E bem sabeis que a instruccão publica éxige sérios cuidados.  missão do mestre, melindrosa por que se refere â infeilígencia e aó coração,_ não: pode ser entregue á ignorância, á incúria ou á, inexperiencia. O menino '.ue é confiado aos seus cuidados deve ser instruído para o duplo fim da vida Hvada e da vida publica. Não basta que lhe ensinem as lettras e }he dezeüvo^Q os germens das Virtudes domesticas. £’preciso mais alguma cousa: é'-pu,cis0 q{ie se prepare o cidadão: que as lições do mes- |re mirem também a 'Qóar'ó paiz còm o beneficio de huma geração de ‘ eicellentes servidores. ■■ . - ; Guisot notta e com o seu costumado aceito.que os povos antigos, sobretudo os'Gregos, prestavãa tao^^de atlenção a esta parle do' ensino, que - deixando a irtstru cçãó á livré vóntadè Ieguos e outro tanto d’aqu . ' , 1 , 30 EELAXOKIO. Acção n’esla província despovoada. Poucas são"as fazendas importantes e os lavradores que, com opulento cabedal, se possão entregar sem perigo de ruína, a explorações dispendiosase a emprezas de enorme custo. A maioria senão os ã terços dos que lavrão a terra, compoem-se de pessoas que Irabalháo cornos seus proprioibraços ou com hum n.D limitadissimo dé escravos. . ; , O trafico de Africanos que, em qüãsi todos os pontos do Brasil, lançou milhares de captivos que ainda hoje, por si oü por sons descendentes, enriquecem irirrumeras famílias com o suor de hum trabalho grosseiro mas aturado e valente, foi pouco exercido n’e$ta província. Extincio repentí- tiamente,quando talvez alguns de seus lavradores se affoitassem a comprar essas machinas de trabalho que a avidez dos especuladores offertavão ao= milhares nos mercados,ílcou o extenso território reduzido ao serviço de suã pequena população liyre e do limitado n.° de escravos que tinha gran- geado düraüte o longo período d’aqus!ie commercio desbumano. . , E’ verdade que em 100 léguas de costas havia lugares propícios para dezembarques- mas quando muito prestavão para a importação de grandes tropas de captivos que ião povoar as solidões de Minas e alli, arrancar a terrenos prodigiosos- o ouro e o diamante, a par de produetos agrícolas não mends dignos de ápreço. ; . .,. , Ao mesmo tempo que maqurila província o braço do lavrador, com au- daeia tradicional, explorava as maltas,rompia florestas o transpondo nlon- tanhas, arrostando a fome, as íóras e a guerra do genUo, descobria os lhesouros que a natureza escondéra no dezerto—abria picadás pára com- municação com os povoados é fundava arraiaes que mais tarde se torna vão grandes vil ías e cidades, aqui, apequena população, alimentada nas praias pelos dons abundantes do mar—estendida n’huma estreita uu- réla ao longo do üLíoral — e n’ella cultivando a terra sem o a-ríor das aventuras deixava aos selvagens a posse de magaiíicos sertões onde o lavrador encontraria no solo admirável liberalidade. Só alguns infelizes ião a medo assentar seus arraiaes nas longas florestas do Rio Doce e alli fundar a villá de Lmhares,ainda hoje tão pouco extensa e povoada ;e os terrenos de llape- merim explorados apenas junto ao liLLoral, recebido da emigração Mineira contigente de povo e de trabalho. E’ ainda hoje essa emigração que convem promover, porque o Mineiro não traz comsigo somenleus braços e a força material. O gênio industrio- $o eemprehendcdor, a tenacidade no trabalho, a andaciana* explorações, áeconomia epaciência—são qualidades queemgráo eminente destinguecr aquellepovoe tornão dezejavel pára esta proviucia sua prezença eemigração. Para conseguir esse üm e chamar o couírrtercid Mineiro aos diversos portos áa nosso líttoraí,o governo geral tem, por informação dos seus delegados, promovido a abertura de algumas estradas que infeiumoalo, cum- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BtLATOlUO. 5t V\ !) K jjjre corifessa-to, não segun.Io o traço raais conveniente,nenhum proveito iios oífarecem, actualmet.te Toes são as estradas, do S. Pedro de Alcanla- ra, e de S. Thereza. , , „ ; . • Ao mesmo tempo que essa empreza, patrocinada:peío estado, procurava ligar ás £ províncias franqueando á lavoura mineira o.s portos do Espirito Santo, os minguados recursos das rendas provmciaes mal podião aqui, acudirás necessidades locaçs, e os nossos .agricultores víão-se, , çomq ainda hoje, privadosdeboas estradaspór o ade, dos diversos terrUoripsilovassem seusge- neros ao embarque e exportação para o grande mercado do Rio de Janeiro. ; Como consequência di falta de população e do atrazo da agricultura, temos que lamentara escassez das finanças eco raella hum ma! que concorre poderozamonte para que a província seja pobre .em-obras, lauto pelo que ççspeitá.â, quantidade,como á qualidade. Esse mal 6 a falta de pessoas^habiá íitadas pára execução dostrabalHos que a assemblóa provincial decade. A mesquinhez du renda não pernaillequa aprovincia lenha ao.seu &eniço>mais do que um engenheiro e já vedes que huni só. engenheiro, não póde dirigir trabalhos que tenhão de ser executado, ao mesmo tempo em pontos ás vezes longínquos. Í)’aqui;iiáscequeosystema du obras por meio de administração ssja raalisavel, somente quando se trate de algum serviço maiá importante èm que estejão empenhados grandes interesses e avuítãdos capitão*. ' A arrematação é quasi tão difEciL Poucas pessoas se queretn encaiv regar das obras publicas sujeitando-se árcspoiisalib-idade e a huma severa fiscalisação que lhes podaria causar prejuízos. Bemais, hão comportando as finanças provinciaesa execução de obras de grande preço, doixão os ar-j remátantes de-recorrer á direcção de engenhei ros ejprofessionaes que as execu- tarião segundo as regras daarte.eentregãoqnas a homens intitulados práticos —mas «l’ess.a grosseira pratica que se chama a rotina. E não pode a administração da provinciá tornar-se exigente, pois que do contrario, se não se contentar com aquillo que podem fazer os recursos da grosseira engenharia ,do,vulgo, apenas da vez em quando melhxruda pela inspecçào dó professioiial; se exigir niais do que solidez a segurauga, nunca acuará quem se .avanture a arrematar a execução dacbras provinciaes. o O sy^terna de obras por meio de comissões gratuitas, hoje proscripto na provinciá do Kio de Janeiro, rrías ainda e sempre observado aquií Éern inconvenientes defacil percepção. Se o arrematante, frequentes ■ vez,es: não satisfaz, muito uienos se deve esperar do simples comissionado, que acceita hum onus sem retribuição, nem esperança de lucro de qualquef esnecie, e graciozaãieníe trabalha para a provinciá, ; : ; i A Iodas essas catisas que associa ias concorrem' para o mal que lamentamos, podeun reunir-se q itras de natureza diffsrenle e que se referem especial mente ao modo porque em geral são feitas as plantas e uiar-.- cadas as condições seieaUlieus das obras, e vós as podareis ver apontadas ' totorio do engenheiro da província. ~ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 f.eLA ryliíü. Com tudo não nos venhão d’aqui o desanimo—-ã áttenção particular qüe festa província tem merecido do governo imperial—a aequisição de braços,graças á colonisação estrangeira e ao estabelecimento de nacionàes que de Minas vem procurar bum solo fértil e vizinho do rriar, devem animar- vos e fazer que o raio consolador da esperança, lllumine o quadró escuro do nosso átrazo, que tive de traçar-vos co^a sentimento. Dividindo as obras publicas em duas cathegorias: geraes e proviticiaos, procurarei dar-vòs noticias senão minuciosas, pelo menos fieis do íteti estado, ná aetnalidade. Obras ^Geraes, Entrada deS.Pedrú dWlaintarii. lia muitos annos que o pensamento de cómmunicar esta província doní a de Minas Geraes preocupa o governo geral e os seus delegados.em ambas as províncias. Lavado d’esse pensamento,mandou o governador Francisco Alberto Rubi ui, èm setembro de 1814, que se fizessem explorações' para que se reconhecesse a exequibilidade da empreza eo melhor meio de realisa-la. Foi ocápitão [gnacio Pereira Duarte Carneiro quem se encarregou d’essá tarefa difficile arriscada, e com grandes sacrifíciosjdeu-lhe honroso cumprimento,servindó-lhe de ponto de partida,o í* Cachoeird' do rio Santa Maria,, denominado Cachoeiro de Josè Cláudio de Souza, a Gleguas d’esta cidade. O bóm réziMtado da expedição acceiídeií os ânimos d’aquelle governador que era homem de genio activo e emprehendedor, e' mereceu.' louvores dó governo real, sendo expedido por El-Rey D’ Joao 6.° hum aviso a 10 deabril de 1815, em que ordenava que se prosseguisse na empreza. O benemerito capitão Carneiro não deu por terminada a sua missão" eom a primeira e arriscada'viagem -encarregou-se da abertura da estrada e cunseguio realisar o pensamento grandioso do governador Rubim; Sendo então auxiliado pelo governo da provincia de Minas Geraes. Lvgc que soube da abertura da/estrada, até; perto do Rio Pardo, o go- vérno real ordenou que se tomassem providencias no sentido de,á custa da' fazenda real,abrirem-se novascomijíunicaçõrôs entre as: t províncias. Para' tal Rm expediu-se u carta regia dei de dezembro de Na estrada, até Souzol.nns limites coara provincia de Minas, forão estabelecidos 8 quartéis,parasegurança, protecção ecominodidade dos viajantes,' a saber, Bragança, PiuhoRSerpa, Ourem, Rürcellos, Viíla Viçosa, Monfoíte e Aumzid, na extensão de ãá léguas. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 TftELATOBI.J; 53 Considerando que o primitivo ponto de partida, na cachoeira de S Macia obrigaria os viandaníes a huma navegação, ern parte imcommoda e perigosa, pois que tinha j de attravessar o lamvrão, na. embocadura d’aquel!e cio,lugar on Je as aguas quasi sempre esta vão agitadas,mandou o governador que se desviasse a estrada, Je modo que viesse tocar no denominado Porto Yelho,quasi em frente á. cidade da Yiçtoria.O novo ponto de partida dos trabalhos foi acolonia de Yianna donde para a capital já existia bom caminho. Desse ponto a nova estrada seguiu a encontrar a antiga, pouco alem do quartel de Ourem,sendo estabelecidos na distancia de 9 léguas os quartéis de Borba^e Melgaço.Alemdo Rio Pardoforãolevantadosos de Chaves,S.Cruz e. flmalmente vilja do Príncipe,na margem direita do rio Guandu. D’ahi dirigia, s^a estrada para Villa Rica hoje cidade do Ouro Preto,passando pelos ser- tões,do Manhaussu,arraial da Casca,Ponte x\ova,Furquim e Marianna,sendo a sua extensão de mais de 70 léguas,e terminando-se o, serviço em 1821 Infelizmentenãose colheu o fructode tantos esforços, fadigas e dedica., ção. A estrada que fôra encetada sob os auspícios das mais lizongeíras esperanças, Eornou-sehum inútil sulco no dezerlo.de tal çorte que em 1826 se achava obstruída. Em abril d’esse anno o Exm. ministro do Império Josò Feliciano Fernandes Pinheiro, ao depois Visco,ada dc S, Leopoldo, pediu ao Exm. Sr. Accio.U que on.tão governava esta província, o orçamento das despezas necessárias para desobstrucção, e melhoramentos.da estrada, mas nenhuma pro,videneia:eííicaz lbi tomada n’csse sentido. 0 intrépido Duarte de Carneiro que recebera em remuneração de tantos trabalhos o. posto, d a tenente coronel e ao depois o, de coronel, interveio de novo cornos seu,s serviços eo\ 1833,,encarregaado-se de executar aquelles melhoramentos,pprem diversas occureneias Ihoobstarão ea estrada continuou abandon,nad.a, Ém 18íO.o SrJIach ido da Oliveira a uuarno governo imparia! confiara a administração d’esta província,estudando aqueslãpcomocuidadoezelo que lhe são nntura.es,escreveu huma luminosa m.e,m.oria;em que demonstrava a aecessidads.de.se melborar-essa importante via de communicação.Despertada a attenção do governo geral recebeu,o digno e laborioso administrador os auxílios precizos e determinou que se desse andamento aos trabalhos que prqjectara. O coronel Gamei roçou correu de novo como podereso contin-, gente da sua dedicação, sendo coadjuvado pelo.engenheiro da província Fre" (Jerico Wilner.As administrações posteriores prestarão igual attenção a est° serviço. Em 1817, graças a numa consignação de20-coutos de reis no orçamento geral, fizerâp-se importantes atalhos na parte da estrada que atravessando o territjrio da, colonia deS. Izabel, vai ter ao lugar denominado Chapéu. Tnfelizmente não appareceu o tranzito tão dezejado.eern 1850 o Exm.° Presidente !)r. Azambuja assim o declarava no seo relatori) appresenta do á assembléu provincial, cxplican lo e com razão que os lavradores m n i- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Si RKLATMlfO. ros preferião a huma viagem longa o incommoda.o transporte mais façii aos portos monos nlTdsíados,do Rio de Janeiro e de Campos, pelo que,era seu parecer que todasas despezas como mel llora mento da estrada scíornarifio'' inúteiseinteiramenteimproduciivas, convindo qunndcmudo, paranãoen- trega-laa completo abandono, guarnece-Ia com soldados nos diversos quar- tais, Acando encarregadosdb serviço da conservação. ‘ i Alerri d'as razões expendidas pelo Exm. Sr. Azambuja, milhava contra a obrao defeito do traço que seguirae com oqual iiâo se evitarão 'ntuitõs ■ montes e alâgadiçes. .Vão obstante, crendo ainda Pa possibilidade de se" encaminhar o commerciode bumaparíe daprovincia de Minas, para o porto da Victoria, mandou em 1855 o Exrn.Sr. conselheiro Vasboncellos presidente d’aquellá província, que o engenheiro Dumoní explorasse não_ só huma picada que diversos lavradores eentreelles' Francisco dePaulaCu- riba, tinhão aberto1 para commünicàçãodos habitantes do Alegre com a es< rada de S. Pedro de Alcantara no lugar denominado' S. Cruz, mas tam-' trem toda esta estrada. A opinião do engenheiro foi favoravel aoap- proveiíamento^da estrada e como; elle concordou em i 8o5 o engenheiro João; José deSepuIveda e Vasconccllds que por ordem dapresidenca d’esta pro- vincia fez igual exploração. JV’esse empenlio achou a estrada facilmente íranzitavel desde 0 Porto Velho atò proximo ao territoriò da colonia de S. Izabel.porem dáhi para adiante,péssima e até cheia de precipícios. O seir estado aotual nãòé mais lizongeiro.A somma superioça50 contos de reis que com cila gastarão os cofreà geraesé hoje inteiramente iiiiproductiva. Aban-' donnada, qnasi sbm tranzito, existe apenas como huraa triste decepção e auando muito hum. apello para o futuro. L 1 Por ordem do meu antecessor o Exm.° Sr. Dr. Souza Carvalho,foi o engenheiro Street encarregado de examinar esta estrada,assim como a que do. Cachoeiro de Itapemirim se dirige á cidadedoOuro Preto, aíim de se lo-' mar huma resolução a respeito da importante questão de estradas que liguem esta província: com a de.Minas Geraes." ‘ ' ' ■ , ' Se porem os trabalhos antigos'parecem irtiproficuos, e inteiram,ente perdidos com elles te.mpo e dinheiro, não cessão os cuidados, e núvas ex-' plorações tendem a fazer conhecida a possibilidade de hum traço unis conveniente j qué dirigindo-se a lugares povoados d’aquella‘ província,. ponhão seus habitantes cm constante commercio com os do' Espírito Santo, promovendo, a tão dezojadn emigração de lavradores laboriosos No n.° destas explorações entra a picada de Guarapãry ás Minas do Castello, preparatoria.de huma estrada qued’esle excedente porto se deverá dirigirá cidade dojOurò Preto. A picada, com 11 leguãStfe extensão, foi aberta pelo niajoÁ Antônio Vieira Machado'que com ella despendeu a q.uantia de G:835íb reis, por c.onta da cofre geral. A idéa que inspirou essa, exploração e qúe, alagada-por muitos, se an tolha como de grande futuro pura a província éde: especialnieníe.ai.lrahirse a população c c commercio í ' ' Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 eklatoiuo 55 âp Jfinas para o porto franco e abrigado da villa de Guaraparv. 0 engen- beiro Street encarregado de orçar a despeza com a abertura da estradaf n’.esse sentido, opinou que nao podeiia ser ella menor de 100:8205 reis dquefoi levado ao conhecimento do governo Imperial. Na extremidade da província a estrada deverá seguir entre :a de S Pedro de Âlcantara e a, do Alegre ate encontrar esta. perto da fazenda do capitão Costa, existindo já, segundo me inforroão, diversas picadas n’essa direcção, todas ellas abertas por lavradores Mineiros. Á distancia entre os 'poQ.tos terminaes $ excedente de 70 léguas. ' : " Aguardo a chegada do engenheiro Street para que possa cuidar d’esta importante questão, 'procurando informar o governo do modo o mais fiel e. vantajoso para o paiz. : ■ . .. • . Estrada de S. Tuèreza. pomo a deS. Pedro de Âlcantara, esta estrada, aberta com as raaisli- norigeifas esperanças e na firme persuasão de, se chamar para o porto da' fictoria ocoromercio e exportação dos generos de Itabira, Cuyethé e outras povoações da província do Minas, não correspondeu á expecliva geral é hoje, quasi inteiramer# obstruída, nenhum prestimo oílerece senão dó, seu ponto de partida até oCrubixá.na pequena extensão de 8 a 9 léguas.' Gomo já tive occásião de dizervos.a idea de ligar esta província com a de Minas, originou, alsmda exploração a qué se deveá estrada de S. Pedro de Âlcantara,outras, em direcção differente.Comqüant,o malogradas, as primeiras, não produzirãoo dazanimo. O Sxtn°.Sr Conselheiro Pedreira, tendo obtido da àssenibláa provincial a consignação' de í;â00tjb reis para esse íim, mandou em 18i'7 qúè o sargento Norberto Rodrigues de Medeiros, tentasse no vas explorações, o quo se eJXectuou, sendo o explorador acompanhado, por Vários indígenas e por hum soldado. Esta pequena expedição luttou com os maiores obstáculos, vendo-se obrigada n viver de caça e a romper sertões iuhospilos e inteira mente dozerlos, porem não conseguiu o fim a que Aura va. ' ■ ' ’ : ; ' " 1 Em 1849 nova exploração obteve o dezqjado rezultado, e a presidência mandou começar a abertura da estrada, sob a direcção do tenente coronel Antonio dás lí e ves Teixeira. Em fevereiro de 1,8.5 3 esta vão prom- ptas 17,619 braças e' melhoradas 6,000 da estrada que da villa da Serra st* dirije ao Timbuhy e a presidência, auxiliada pelo governo geral, com Hum credito de 12 contos de reis, nutria, a lizongeira esperança de termi-" nbr a ò.bra â^Rtro de poucos mezes. O'cá pi tão Antonio Fernandes de. Àa- ífpde, no Atino,,seguinte, encarregou-se de executar os trabalhos que rcs.» Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 üf; Rf^XOItíÇ». tavão, mediante ,o preço de f reis por íegun, e o prasc de 20 moves. Para? verificar qual devia ser exactameníe o ponto terinjoal, junta á província de Minqs.mando.u este emprezario htimR expedição» pelas maltas.,até çhegar á po.voação da Cuyethé- Alii se assentou que a estrada deveria procurar a pedra, denominada de Urubu perto da >'aiividade e íve.sse sentido prosseguirão os trabalhos. Em 185.7 o Èxm. Sr. Barão deítapemirim, Vi- ceApresidente em e^ercicio,; pôde percorrer todaA estrada jà concluída» qlô.o'seu ponto terminal njaquèll^ pedra, rrhurna extensão, excedente de I8.Í léguas e 76.Ò braças, a contar ido Tirnbuy. Infelizmenle, o máo fado que. inutflisou a obra do coronel Duarte Carneiro, extendeu sua^ influencia até eçte ponto ea estrada que custara ao estado mais de 34contos de reis, não; deu o. menor proveito. 0, comuEercio Mineiro, cuja vinda fôra sonhada çom.o bem, sopro dp vida para ésta província.,’ dão Japproveito» o. sulca/ que a custa de tantos, suores e sacrifícios tinha sido aberto na espessura das mattas. Abandonada, a estrada ficou muito depressa intranzitaveí. Prezen temente, alguns íavradores.querezidementreosnosTimbohyeCrubixá, e que tem de tranzitar por ella até avilla da Serra, cuidão cm traze-la desobstruída mas d’ãquòllè sitiõ para diante está completamente intranzitaveí^ 'EsrruDA de Itatemírim a Minas Ha tuivez mais de.Mannos, o capitão-mór Manoel José Esteves yiãnn% o» eom eileoutros sertanejas empreh.endedores abrirão huma picada pará com- rnunicaçào dos magníficos sertões d,o Cachoeiro do. ííapemirim com. ò do. Alegre, seguiado d’ahi para a província de Minas. Km breve a noticia da fer- ii!idade,d.ps terrenos nova mente, explorados,promoveu n;e$igracãpe vários lavradores Maneiros, entre oaquaes,, oqapitãp Pedro ;Biag do Prado com ãj sua numerosa família, vierãp povoar a,s margens, d’aquelle rio, aòndè sé jprão exíendendo para o rio Ca.stelio, tão celebre nos tempos coloniaes, por suas minas de onro, .. . * l)e explorações e simples picadas passou-se a obra, nvajs qw-portarite, de, sorte que na. aptupíida.de, existe huma estrada que communica a villa de, ltapemirira com a cidade de Ouro Preto, na distancia de 7â léguas. Esta. estrada que, como. veifeis d o., relatorio do engenheiro da provihcia, pode e, deve ser melhorada, procurando-se e.m.algu na pontos hum traço que a des-, vie de terrenos montanhosos, éqnuito tranzitada. A província lem gaaló algumas quantias para beneficiada mas convem,confessar qiip quási fodo o trabalho,da abertura c de conservação tem. pesado pobre-.os particulares. i emigíação Mineira afflue para ajli e é-certameriteo ponto da provificm ^B.de ella se realisa ccm maior fofqct. S*c por ventura a barra de Itapemi- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 íláíLATORlO. úl fim fôsse mais profunda ona melhorassem importantes obras d’arle, sem duvida nenhuma, em pouco tempo* seria o: município muito povoado e à província qüe n’elio encontra huma das silas principaes fontes de : renda, .dc certo que as veria crescer cotei rapidez', " Mandei orçar as despezás necessárias para melhoramento da estrada desde a íillade Itápemirun áté ò Cachoeiro. Elèvão-se a 16:ã80$iOO rs. ò que é devido prinéipalmenteaos aterros indispeiísaveis nos lugares denominados Barro Branco e talião Lancha, perto d’aqnella viila.Esta estrada fem ügiírado sempre hás obras provinciaes e até na lei do orçamento vigente è authorizada ã presidência a despender á quantia precisa pára melho- ia-la. Sendo huma dás viás de comaiu nicação coar a prdvinciá de Minas devia ficar a cargo do cofre gerai, que estóu corto, encontraria na boa vontade, tantas vezes manifestada, dos importantes lavradores da localidade, auxilio valioso e liumá coadjuvação tanto mais certa e profícua ijuantoé alfí dezenvolvido o amor ao trabalho. Comtudo, creio qüVapfó- tinciá justamehte esperançada na fertilidade do s'õlo: que n’aqüel!as bem' ííotadas paragens, áttralíe apovoáção, deve fazei até sacrifícios' para melhorar esta obra,’ certa -de que não serão perdidos. ' ’ _ : Picada de S. Ciará. ibefla ,eoi 1858 pelas diligencias do engenheiro Carlos de Bèrnard O unicolugar rias vizinhanças d’esta província, que já conta população e d’onde tem sabido emigrantes é o longo terriíorio banhado pelos rios Preto, Veado é cabeceiras do Matipoo, mas nem a população áhi é tão mi-r merosa que produza grande commercio, nem a barra do Itapemirim baixá e apenas accessivel q pequenos navios , pode aürahir esse commer^ çío, de preferência a boas estradas por onde sè iranzita direclamehte ad Rio de Janeiro. , : ■ ; ' - ; > ; ; ■' : ■ q Penso a este respeito domo dous dos meus antecessores os Exm03 Snr? Azambuja e Leão Velloso, Vãoé natural que o.habitante de Itabira* Barra Longa, Mariana e Ouro Preto; tendo excellentes caminhos pelos quaes transportar ião seus generos ao grande mercado do Rio, .distante 7ã léguas tTaquella ultima cidade, preíira seguir pela estrada de S. Pedro até ã cidade da Vicloria nliuma extensão quasi igual á que teríão de percorrer, para aquelle porto. Ao N, também os .habitantes de Itabirae oütros lu» gares imporLantes e aflastados, não podem preferira estrada deS.Tberezá írhuma extenção de mais 80 léguas, ao caminho franco que sa dirige ao Ouro Preto e (Tatu ao RiodeJaúeiro com igiialextehsão. No território mais próxima a Itapemirim, tem o conunercio mineiro a estrada que de Ss Miguel segue para o Riojie Janeiro, terminando no porto da Piedade, com huma extensão de menos de 70 léguas, a contar da òidade de Murianna; no entanto qua d’esta cidade á barra de ítapemirim ha pelo menos igual distancia e diínculdade de navegação. , _ Contar pois que repentinámente, só com a abertura de estradas seja es-, ta provitioia povoada pela emigração de Minas, à os Seus portüS alimentados coma exportação dos productosda lavoura mineira, é nutrir hurnár esperança inteiramente illusoriae contra a qual protesta a experiencia dos primeiros ensaios, cuja historia vos referi em poucas palavras. E’ certo que algum dia os portos d’esta província serão também o:S de Minas GeV raes, mas é isso questão de hum füturo.ainda remoto, que convem ir preparando, com toda a prudência, sem projectos precipitados, nem pia-, nos filhos da imaginação mais do que do estudo dos homens e das cousas., Quando os magnificos sertões de Guarapary, quando o CuVethé, os terrenos, banhados pelo Manhaussú epelo Matipoo estiverem todos píovãdos, a, província do Espirito Santo poderá ouvir em seus portos o generoso rumor do cmnnitírc’0 mineiro. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 RELATÓRIO S9 0 qúeactualmenlese podee se devõesperar deiiinas, é hutna emigração, femponto pequeno,dos seus habitantes mais vizinhos do sul desta provin- cia. : , Para isso, convem promover o mellioramenlo ds estrada que do Ouro Preto segue até ávilla de Itapemirirn, e abrir commnnicáção entre o excel- íente porto de Guarapary e os terrenos alem do Rio Pardo.  conservação das entradas de S. Pedro d’ilcántara e de S. Thereza deva ser feita ud sentido de promover a pdvoação, ainda que lenta, dos sertões por onde passão. Essa povoação será em grande parte composta dos propnosíilbos da província,que,deixando profissões menos proveitosas,abra~ cem ü dá lavoura e em terras uberríinas , procurem abastança e talvez mesmo que a opulência. . Este juizo,nascido do éstüdo do térritorioe em parte dá experiencia quese colhe aid pássádd dá ádministraçãoda prdvirícia.tájvezque aálguém pareça desalenlador, mas estou convencido quééexacto e o tempo raejustiíicará perante òs illudidosque, am seussonhós ephantazias, entendào que bastá abrir-se huoaa hoá nias extensa estrada entre Minaseo Espirito Santo, para que, comei huma ponte magica, transporte a esta província ghmdes caravanas de homens; ede generos. Eisto quando falta aos sertões limitrophes com Minas, a enxada transformadora do agricultor e o som animador da Voz humana; Canal de Itaünàs . Esta obra projectadá pará commutlicar os sertões d’aquelte nome com d rio S. Matheus.proximo dabarra, ainda não produz os bens quese esperava. O 'governo geral mandou em 1859 orçar a despezá necessária para esse fim. 0 engenheiro major Antônio Pedro de Drummond opinou que seria preciso despender a quantia de 11:6iifl>30d . Não appareceu quem quizesse fazer á obra por meio de arrematação. Coraella approveitariãó muitos lavradores', qna tem importantes estabelecimentos naquelles sertões. Obras pròyjncues 1 1 populaçãoda prtívinciáestá quasi toda estendida tfhurria estreita ourélá qne ao longo doliUoraljoflerece diversos portos, dos quaes,3 são exçellentes; ós dá Victoria eGuaraparjqe umsoíífriveljodeS.Cruz. Só o município delta- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 tiú Kld.ÁTíUUd. pemlrim tem povoação notável no interior, o que è devidopriricipalmenle, a emigração Mineira,aürahidu pela uberdade do solo. O da Capital vai sendo occupado, excepto no ponLo mais central e d'ahi até os limites com a província de Minás.Alera dos â grandes núcleos coloniaes de S.lzabei e S. Leopoldina.alguns dos seus sertões, já contão população laboriosa.Man- garahy.S.Maria,Queimado,Cariacica.ttapoca, Vianna, Araçatiba, Carioca, Peixe Verde , e outros lugares, são habitados e a maior parte do seus terrenos, deziguaes em fertilidade, recebem cultura. No município da Serra, o sertão doTimbohy, ainda ha pouco tempo inteiramente dezerto, conta ha adualidade alguns cultivadores, que tranzitão pela antiga estrada de 3. Thereza até aquella vilía edfahi seguem para o município da capital, tendo param lis fácil transportes navegação pelo rio Una. Em S; Cruz, a quem hum bom portoe solo uberrirno promettera brilhantefuiuro,os sertões denominados Piraqniassú e Pirequeamirim temattrahido alguns lavradores, mas em geral, n’esLücomo em iodos os outros municípios da'provincia,excepto no de {tapetai ri ai, só está occupada a parta rnais vizinha do liítoral. Este facto, dé hum lado e do outro a escacez das finanças, explica a falta de gran^ das e bdjs estradas no seio da província.CoIJocadaquasi á beira mar, tendo em todos os pontos rios nr vegaveis,a população não carece por ora deextensas vias terrestres para transporte de seus genercs e só de pequenas linhas deca- miniios víciuaes e quanto ao tranzitode viajantes nãoé ainda tão frequente qud por si sò reclame grandes caminhos A colonisação tem a esse como a outros respeitos melhorado a sorte da provínciaspois comella veio a abertura das excell antes estradas que cortão o territorío de S.ízabel.a de Bragança eraS. Leopoldioa que sem duvida será prolongada,e talvez quebrevemente o melhoramento do caminho entre esta colouia e oporto deSlangaraby.Estendendo-se aíern do rio Braço do sul. a colonia de S. Tzabc. exigirá hum bons caminho que a communiquecom o porto de Guarapary. Com elle ap provei- tarão muitos lavradores rezidentes nos sertões intermedies.Contudo, muito ha que fazer tanto a respeito dos caminhos vieinaes como da estrada mais extensa,que se prolonga de hum a a outra extremidade da província,podendo-se desvia-la.de sorte que preste à lavoura maiores serviços do que naactua- Jidadeem que serve quasi unicamente para o fnmzito de viandantes. Examinando o que se tornava de mais urgente necessidade e inquestionável vantagem a respeito deste coma de outros melhoramentos, vcriíiquei que' se devia prestar toda a atlençãn <Í3 seguintes obras, nlem das que já mencionei quando vos oxpuz o estado das matrizes, cemitérios, cadôas e casas dé camaras. Limpeza do Rio Uai. Este rinque serve p ira o transporte dos generos dó município da Serra, estava de tal sorte obstruído que diífieultava e quast i npedia a navegação, polo que, a lavoura e o commercio iTaquelle importante municipio levantarão repetidos c! amores. Mandei preceder ao orça mento da obra que ms foi protuptamente apprezentado pedo engenheiro 1a M«r- {iiiièrc, no valor de 1 :2Ô0$reÍ3, e 300$ annuaos destinados á conservação. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 fcSL.4TOP.iO. 4ppar-eeerão diversos ooncur rentes para aorrematação d i serviço o que fez diminuira despeza,sondo aeceito o lanço de 500.ji> reis oííerecido por Frun- ciscoRodrigues Feo. O arrematante,poraquellepreçoeos 1100$ reis annuaes, obrigou-se a limpar eamplelameníe o rio e a conservado sempre u’ess3 estado. Picada do quartel de S. Cru; ao rio Piraqueassú Os terrenos que se estendem doquartelde S, Cruz, na estrada deS. Thereza ao rio Piraqueassú, queformao porto da villa de S. Cruz, são reconhecidos como de primeira qualidade e vão aUrahindo lavradores. Graças a huma estrada que oom- m unicasse estes sertões com. aquelle rio, pouco mais ou menos 11a direcção da fazenda de S. Emilia, atíravessamio huma extenção de ia 5 léguas,terião OS: lavradores meio fecil de transportar seusgeneros ao porto da villa deS.Cruz, sempre accessivel a navios que não. sejão de alto bordo. íía quem se encarregue de proceder as necessárias explorações mediante huma pequena som- íita. Reconhecido o terreno ebem expio;adoc aberta a estrada, éde crer que fucilmente se povoem aquelles imporlantesserlões, pois ao lavrador que cs procurar hade offereeer-se inosó a vantagem da uberdado do solo,mas lambem. a de fácil exportação dos seus generos. Estradado Timbohy a Cnionb.i. Esta estrada que servirá para a exportação dos generos agrícolas de mais de 70 lavradores,situados entre os % sertões queella deve comgnunicar, prolongando-se até 0 rio S. M.aria, no lugar denominado Nova Coimbra, é de tanto maiornecessidade quanto aquelles, lavradores,actualmento, só tem para otranzito huma picada em altas montanhas. Demais, os importantes sertões do Timbohy que vão attrahindo, população agricultora, gánhariâo consideravelmente com huma via de ctm- rnunicação que permet.tisse ao lavrador conduzir seus generos, cora pequena viagem terrestre, alé 0 rio 3. Maria, onde serião embarcados para esta capital em vez de seguirem 0 caminho mais longo da villa da Serra- Q engenheiro da província orçou a obra om. 3 contos de reis. ■Aterra lo da Lapa. A asse-nabléa provincial 11a lei do orçamento vigente, authorisou a presidência a mandar fazer esta obra, cujo fim é impedir que nas grandes marés seja ínnundado 0. caminho queda ruacis Lapa desta- capital se dirige ao Cara pinho, O engenheiro da província orçou os serviços indispensáveis com os aterros ecom hum. pontilhão, em. 2:38^240 reis. Vou mandar executai-os. Pontes sobre 0 rio Jum e estrada de Araptiba. Este rio fitrravessa terrenos quasi todos já muito povoados e em alguns lugares, largo e profundo, impede 0 íranzilo.Existem diversos pontes sobre el Se, tuas em alguns lugares a passagem se faz em pequenas canoas. Em sua foz, os riandan- tes que do sul da província se dirigem a esta capital,tem de passar em huma Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 62 BULATUriO, cauda pequena e mal tripulada, pois que o rendimento da passagem por fiiuito diminuto,não perniitte ao arrematante que, disponha de melhor ve- hiculo'. E no entanto, a largura é alli superiora 60 braças e em alguns pontos ha considerarei profundidade. ' : A áí)0 braças da barra do rio, fo.i começada huma ponte, approveí- tando-se huma ilha arenosa. Infelizmcnte não se concluiu a obra, ficando apenas nos enqpedramentos que hoje se achão arruinados Ordenei ao engenheiro dq província que fizesse o. orçamento da despeza necessária para a edificação d'e;ssa ponte que approyeita a grande numero da viandanles, " Subiu o orçamento a 16 contos de reis. Àcon,sideraçâo de; tão avulíada despeza qnese teria de fazer sem proveito da agricultura, queé insignificante nos terrenos vizinhos da fóz d’esse rio e nos que são nfiravessados pela estrada do sul a esta capital, quasi kdaâ beira-mar, fez com que me parecesse preferível outra idéa que aquelle engenheiro sugeriu. E’ a de desviar, a esttada desde. a. villa de Benevenfe ou a de Guarapary,fazendo que siga hum traço mais central, atésahirna fazenda de Âraçatioa e d?ahi ao Porta Velho, quxsi era frente da capital, Jà existe, hum caminho n’:essa direcção, porem quasi intranzUaveJ. Seguindo-se este traço, não, somente havia a grande vantagem de se auxiliar a lavoura, mas também a de pouparem- se enfadonhas jornadas pelas praias; a de se attravessar o rio Jucíi em lo- gar muito mais estreito e íinalmenle de evitar-se a navegação da villa do. Espirito Santo ou pelo menosda Pedra d’agua,alè esta cidade,pois quea nova estrada víria ter ao Porto Velho, ponto certameiib mais proxirno. O orça- ifteatocom. esta obra importante e cuja utilidade me parece incontestável, hão excede a quantia 8 contos de reis, para o que. chamo particularmcnte a vossa altenção. ?íão longe dolugar denominado EamaPreta, existe spbreo mesmo rio aponte de S.RafaehEsta ponte,construída pelo cidadão Rafael Pereira de Carvaiho. dá tranzito a numerosos lavradores dos sertões do Peixe Verde e. Carioca. Temde!460 a 180 palmos, mas está do tal modoarruioada queem breve deixará deprestar-seaotranzito frequenteque ha por alli. - O Exm; Sr.'Souza Carvalho attendendo aos pedidos da lavoura, que florescen’aquelles sertões, mandou entregar ao tenente coronel Fernando AotonioFerreiraCastello:a quantia de3005 reis.para. os, reparos mais urgen- tesda ponte,porem tão deminuta quantia,segundo ojuizo não só d’esse cidadão dias tambemdo engenheiro da proviüciaaqueraordeneíqueexainiiias- Soaobrajéinsuíficieníessendoindispensavel odisp,endiodeS:0:í)05d2:5005rs. s íía entrada da colonialdò Izabel,sobre huma -caxoeira do,rio Jucú existe oulraponte,solidaraèn(èçdiistrnrdá,iju'e presta utilidade,nãosó ácolonia mas a alguns viandanles que passando pela estrada; de S. Pedro dbilcantara na; lugar denominado Chapéu, seguem d’ahi pela Colonia até o Purlo Velho. ; .Vão vos fali arei a respeito da ponte sobre o rio Braço do sul do Jucú c Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 REIATORIO ^ do h;irm estrada que dessa ponte va ter a Guarapary. gão obras que interessando pariicultirtnente á colonia de S. ízabel, devem ser feitas por conta do cofre geral, A. utilidade de ambas è do fácil percepção para quem. conheça a tapographia da província e estou convencido que o governo imperial, devidamente informado, mandará executar essas duas obras, E&tratl ís do B im brancoe Cachoeirqs de Itapemirim. Os sertões das cachoeiras de Itapemirim constituem,como sabeis,hum dos lugares mais esperançosos e prqductivos do sul da província a pela sua extrema fertilidade tem at- trahido a emigração Mineira queallí vai fundando grandes estabelecimentos agrícolas. Ora,o rio Itapemirim,como também não ignorais, énavigávelsà atè8 léguas acima de sua foz. D’ahipara diante numerosas cachoeiras o obstruem durante grandeexteusSo, Esta circunstancia c princip.alrnente a pou- paprofundidade do rio, que em occasith de secca sò dá navegação a pequenas canòas, torqa indispensável huma boa estrada que se dirija d’aquel-. les sertões á villa e ao porto. A que existe e que enumerei entre as obras goraas, pois que serve para pommumcaçãQ d’esta província com a de Minas, precisa do grandes melhoramentos. No ponto em que esta estrada passá pelos sitios denominados Barro brancos Vaüão Lancha, perto da villa de [taperairim, (orna-se frequentemente intranzitavel pela abundancia das aguas. O terreno baixo e alaga- diço exigo grandes atterros, sendo insuílícuntes os que tem sido feitos por diversas vezes O tenente coronel MoãoRodrigues Barbosa importante fazen- çíciro do município,eue&rregou-so d’esse serviço em 1857 e-dezempenhando a sua tarefa com zeloa dedicação,aterrou a estrada n’hum extensão de 1,000 braças, para o que recebeu do. cofre provincial a quantia de 5 contos de reis. As frequentes innun ilações e os chuvas, te.ih destruído parte daobraefazém que sejãq necessários novos aterros, que fora o orçados pelo engenheiro da província em 11:770# reis e em iG:3S'dífíif|0 o melhoramento de toda a estrada, sommu ceríamente avultada paráas rendas escassas da provin- pia, Com quanto, coam já vos disse, deva esta estrada figurar propriamente entre aso brasgeraes, pois queservepara communicar esta província com a de Minas,todavia,attcntas as grandes vantagens que a lavoura do importante mnnicipio de Itapemirim ganharia com hum meio fácil de eommimicaçãa entre os seus sertões e o porto da villa ou o do Itabapoana seguindo-se nova direcção(deYe o. cofre provincial concorrer para o, sou melhoramento Caes'deltaps/n.iri:n. Alguns habitantes do tnunicipio de Itapemirim, gratos pelaviagerndeSS, Mageslades Imperiaes,quizerão manifestar o seu regozijo e memorar tão fausto acontecimento construindo na villa hum caes cuja denominação deveria ser cáes da Imperatriz. A subscripção que se abriu pa- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Ôi KEÍ.ATOFíÔ. esse fim, produziu segundo rae consta, 3 contos de reis, sendo o cidadão; Joaquim Luiz de Azevedo Qmntues o encarregado de cobrar os donativos. A este cidadão officiei nomez passado, para que remeUesseáthe7ouraria provincial o importe *do que já tivesse recebido, activando a cobrança do restante. íníèlizmente aquella somma não basta e para realisnção da obra precisa-se pelo menos de 8- a 9 contos, segundo me informa o engenheiro da província a quem ouvi a íal respeito. Ponte de Piuim. Esta ponte, principiada ha muitos annos, ainda precisa de algum dispendio para que seja concluída. Desde 18Ü8 qne os seus pegões llcarão prom.ptos. Posteriormente, na ad-. rninistração do Em°Sr Viriato Catão, gastou-se a somma de 8 contos de reis para termina-la,mas convem confessa-lo,quasique.seno proveito e segundo até me informão pessoas da lugar, todo o trabalho deve considerar-se perdido não sò pelo rqáo local como pela fraqueza dos pilares, o que vou mandar verificar. " . .. Situada—na estrada que deIfapemirim segue ó Victovia , esta ponte seria hum importante beneficio para os vi and antes que se dirijem d’aquella villa A de Banevente e ao N. da província, Com o auxilio dealguns materiaes, comprados em' 1839 e de serviços com que vários habitantes do lugar estão, promptos a concorrer, talvez que se possa terainar esta obra, malfadada, mas de reconhecida utilidade. na wwyrçjarca de S. Ufathsus Tendo, a asserabléa aulhorisado a presidência a mandar vender as 12 apólices compradas eom o produclo do im-, posto que se destinava á fundacção do hospital deS. Malheus, forão n’esse sentido, pelo meu antecessor, expedidas as ordens necessárias, ernpuja execução mandei, por emquanto, sobrestar, pelàs razões que já vos expendi. O produetodas apólices deve, na conformidade da lei do orçamento vi- gstiíe, ser destinado aos melhoramentos mais nacesg.ino.s a’aqnella cornar- Ç il - 1 Para. cumprir o preceito legal de maneira que não seja, gasto em peque» nas obras infrucliferas oprodueto de tantos aneps de economia, mandeb proceder ás indagações precizas, eespero que bem informada, possa a administração acudira obras de real eincontestável utilidade, A camara municipal da cidade deS- Mathau.s reclama a construcção de. uma ponte sobre o rio Tira Chiada, para facilitar o, transito entre aquella. cidade e o sul tia província..  da villa da Barra raprezmtoa-rne que,a casa,destinada às sessõas do |iiry estava intuiramenb desprovida das alfaias necessárias para que aquel- je tribunal podasse celebrar.su-as,sessõas. dttendendo a esta reclamação, mandei na conformidade do art, 3.° § G do orçamento vigente, entregarão, presidente da camara a quantia de 400$ reis em que forão avaliadas, as. Áespezas com aquelle serviço. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ííEFatokío. . 53 O Exm. Sr. Souza Carvalho, determinou que se entregasse ao coronel Ánlonio Rodrigues da Cunha a quantia de 3 contos de reis,para construo^ ção da ponte de S. Amaro, qus devia encurtar o camiüho entre os municípios da cidade de S. Matheuse villa do mesmo uotne. A camarã municipal d!aqualbi cidade acaba de representar-rao com data de 1 ! do cdrren- te declarando que,melhor informada,entende mais conveniente levantar-sã a ponte no lugar denominado Pexingolá. Vou estudar esta questão e sobré ella mandei .já ouvir o engenheiro dajprovincia . ■ Nos appausos vereis que de muitas obras pequenas carece a província, sendo reclamadas pelas respectivas municipalidades. Por esta occasião cabe-me representar-vos que o systema seguido enl referencia à lei do orçamento vigente, embaraça a marcha da administração. Para aquelle que receiosode compromettimentos e incapaz de rezistii á sollicitaçous, dezuje administrar a província, pedindo á assembléa provincial, dezignadamente,na lei do orçamento a indicação dos serviços em que deva empregar a importância da verba destinada ás obias publicas, este systemd será decerto o melhor, m is permitti que com a franqueza dé qüeni ednfia inteiramente na vossa sollicitude pelo bem publico, vosfaça observar, que pof hd modo a acção administrativa é tolhida, reduzindo-se hum presidente laborioso, e sínceramente possuído de zelo no cumorimento dos seus drs Veres a simples executor de obras que podem não estar rio piá tio geral da administração,nom serem exequíveis ou aproveitáveis, ouvidas as pessoas proíissionaes e estudadas as localidades. Nessa posição, ou hadeelle sujeitar se e ainda mesmo em pura perda destribuir migalhas com que as vezes nem ac menos se pode colher a menor utilidade, oü deixar de executar a disposição da lei* que assim se tornaria lettra morta. Cercada de pessoas proíissionaes, dispondo ds. todos os meios de esclarecimento, obrigada pelos seus deveres a estudar iodas as necessidades da província e a vêr o meio porque poderia saíisfaze-ias com cs recursos das finanças publicas, pode e deve a presidência de hum modo acertado, destribuir a verba destinada a obras publicas, servindo-se das authoriza- çòos que lhe forem conferidas, somente quando o julgar conveniente. Terras publicas tfelos dados que existem na repartição das terras publicas, vé-se qüé existem na província mais de 300 léguas quadradas de terrenos devolutos. Sertões immensos aehão-se incultos esem população, ãeexeptuarmosos das Cachoeiras de Ilapem irim j o Alegree o lugar denominado Minas do Castelío, veremos queem todos os outros pontos cenlraêsò territorioestácompletamenle Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Í36 relàtíuuo. dezerto. E no entanto a fertilidade do solo em quasi toda a província é prodigiosa. Sem faliar nó município de Iíapomiritn já explorado e no de S. MaUieus.onde a agricultura prosperas ha no de Guarapary; nos de S. Crus Nova Almeida e final mente no grande váll.e do Rio Doce, que diamante bruto scrâ em tempos mais remotos lapidado com grande lucro, pelaacü- vidade do lavrador, terras uberrimas e adaptadas a todos os ramos de cultura. fnfelízmente a falta de população e a pertinácia com que muita gente se dedica ú pescaria, dominados d’essa indolência histórica que em muitas famílias Se transmitte como hum legado, fazem com que tantas riquezas naturaús e íiuma fertilidade tão promeLtedôra de grandes fructos, fiquem desapproveitadas e escondidas nas sombras das florestas. Com- tudo.convem reconhecer ;qúé parte da população convencida da utilidade daJavoura,vai procurandoos sertões para exercer essa vantajosa profissão. Sio numerosos os requerimentos para compra de terras devolutas . Só nos üinézes dó corrente anuo elevarão-se ao ri. dá 86. âpezar de existirem! ná província vários engenheirosmão 6 possível activar-se o serviço das medições e por conséguiatejarcalisação das vendas requeridas.cA]guris[d’ecsesengenheiros executão obras cspeciaes que Ihestomãoo tempo e se por ventura procedem â medições, tem de luítar comas difliouldades quo sempré apparecem n’íium paiz despovoado, e ondeha falta de reccursos e mingua de operários . Na aclualidade as medições são distribuídas aos engenheiros : tenente Manoel Feliciano Muuiz Freire que; como vereis do relatorio do delegado das terras, tem realizado 7 medições de 1/Ü legua cada humano municipio de Bencveníe. desde novembro do anno passado atémeiádos de março ultimo ; Eugênio de la Martiniere, engenheiro dá província que durante as medições deixa de receber a gratificação a que tem direito pelos cofrres provinciaes, ao Br. Leopoldo Diofcleeiario de Mello e Cunha comissionado pelo governo especial mente para reelíilcar as rnedicões dos prazos na colonia deS, Leopoldma, Restão o capitao Pedro Cláudio Soido que acaba determinar a preparação de prazos para novos colonos em S.ízabele S. Leopoldinaeo engenheiro civil Âmelio Pralon. O quá se emprega effaclivamenté e semfdistração n’esse serviço é o tenente Muniz Freire ; os outros estão actualmeate occupaddos em trabalhos differentés. D’aqui se pode concluir que as vendas não tem sido numerosas e sò lentamente se vâó realizando; Orçâo em 28 milhões 9 mil cento e 13 braças quadradas os terrenos vendidos até hoje,produzindo 26:43O$700 reis; Os pedidos de terras mais numerosos são rio município dá capital,o quá se explica não somente pela vizinhança d’esta cidade, e população mais numerosa, nias também pela mudança de terreno qüe muitos lavradores Se vem obrigados a fazer,para que possão de escapar á devastadora formigá que vai invadindo todo o soloe destruindo as plantações. Os terrenos do Ah Cruz á Rio Doce que já são procurados embora por muito menor n.° dc pessoas Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 MLATÜRIO 67 attrabem não ta.ito psla saa reconhecida fertilidade* conto pelo jacarandà que cresce nas suas grandes florestas. Em Piutna, no município de Benevente,'ha igualmente grande exploração d’essa preciosa ríiadeiía e parle da população dedica-se a este serviço . Se realizar-se á estrada projeclada entre Guarapary e o Custello, seguindo-só d’ahi para Minas 6 de esperar que ãs vendas de terras nos sertões dp município dé Guarapary sejfto numerosas, graças ao gênio emprehemledqr dos Mineiros. A legitimação das posses e revalidação dassesaiariase òutrãs concessões 'do governo, vai-se fazendo com grande vagareza pór falta de agrimcnsores. Àctualmente existem 4 juizes comissários^ o da capital, Manoel de Siqueira e Sá, o da Serra, bacharel Antonio Joaquim Rodrigues, o de Nova Almeida, bacharel Ti to da Silva Machado, o de Benevente, tenente Manoel feiicitino Huniz Freire. Os quo esislião nos outros mauicipios furão éxho- nerados a % de julho e 6 de setembro findos. Erii Guarapary e&lava está serviço incumbido ao respectivo juizaninicipal Dr.João dos Santos Ne ves, mas tendo sido removido para o termo de S. Malheus, exlicmerei-o d’esse cargo: O ucíuaí juiz municipal d'aquell6 teruio, está suspenso e responde a um processo de responsabilidade, pelo que não se pode realizar a seu respeitei o qde é aconselhado pelo aviso do 3 de setembro de 1830, o qual declara que para juÍ20s comissários deveis ser preferidos osjuizes municipaés,quando sejào bacharéis formados. E’ de incontestável necessidade hum juiz ci> missarioque continue os trabalhos começados pelo bacharel Santos Neves o roesse propositocontobrevemerile nomear quem dezempenhe;com iníelligen- cia e probidade, hum lugar certa mente importante. Creio também que nos miiuicipios dacidade.de S.Sialhous e villa da Barra existe grande n.° de posses no caso de serem legitimadas Pedi informações e aguardo-as para proceder como fôr conveniente. A falta de agrimensores que já foi manifestada ao governo imperial pelo Exia. Sr. í)r. Souza Carvalho, impede que se faça hum serviço tanto maiá necessário, quanto muitos posseirosí approveilan Io a demora, vão derrubando rnattase fazendo benifeitorias em terrenos devblulus euuliguos ás ' suas posses,com oíimde.aiigmenlaudo a cultura,pretenderem maioi- qúaii- tidade de terras ua occasiáo das iegitimações. (lOLON'Siç.iO. liste assuiiiptd preocupa a administr^ri lo s para aporovei. •. monUi dos dmis ' * ‘ 0 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 J88 híLiTOJiio. com que a natureza brindou a terra americana. Adormecidos á somlirã da opulência que o trabalho Africano nos proporcionava, confiados no futuro e descuidosos de ir pouco a pouco substituindo a importação dos escravos 0 o seu serviço vigoroso mas rotineiro, pela emigração Europea 6 pelos exforços do homem civilisado.forão os íiossoslavradores violentamente surprehendidos pelas energicas me lidas que o governo tomou para a repressão do trafico. Erão porem medidas que a humanidade, o respeito ao direito , a fá dos tratados, o bem entendido interesse do paiz e ntais do que tudo, os dictarnes da moral, reclamavão era altos brados, Profundamonle abalados, accorneUidos no ponto melindroso do interesse individual,os nossosagricultores reconhecerão todavia que o governo tinha rasão . Era fácil prever as consequências de hum* inedida tão rapidamente toma* da,quando a imprevidencia geral não tinha cuidado em promoveraemigração :Europôa Os braços escravos qnsjá ôxistiãonoiai;)iírio,tomaváo-se insuífici- entespara ocuitivodeseusioimensos terienose povoaçSode suas intermináveis solidões. -As tentativas de colomsação anteriores a aquellaepoclia, linhão produzido apenas Nova Friburgo, S. Leopoldo, alguns pequenos estabelecimentos era S. Catharina e outros particulares em S. Paulo— isíoé; hum a gotla no Oceano. 0 nosso povo em geral não acreditava na =pn ssibií j dade da colonisaçSo Era paraelle hum a uiopsia,o sonho tresloncado de alguns veziomuúos que domaziada mento exigentes, não se contenta vão com os rezuítados muito sensíveis do trabalho grosseiro do escravo,nem adrai- ‘■ravão sufficien temente o celebre dito: a África cioilisou o BraziU A voz da necessidade fallou desde logo e o governo Imperial cuidou era ;:acudir aos sons reclamos. Inútil ò historiar os exforços que se tem feito e os obstáculos cora que se tem lutado para promover a emigração Eu- rnpêt», qua esquiva aos nossos chamados, só raui len lamente vem colher os abundantes Jirucios que a fertilidade do solo a a hospitalidade do gênio do Brasileiro lhe affhracera. Hum viajante de mérito que tillimamente per- 'correu n nosso magnífico paiz, declarou muito alto que só Ihefal tava po* : pul iç.hs 0 aolo.oclhna.as instituições,a intelligenda nosfàvoracem,mas na- íIü d’isso podeprosporar se o solo íicar iucullo; as instituições sem homens iHusírodos que as sirvàn em tones os pontos do grande terntorio; a inlel* ligmicia reduzida ao izulü mento, sem prompto commercio e coommnica- d.is ideas através de tão bragas extensões, (i ihmisar o puiz é dar-lhe vida, vós todos o reconheceis e hoje o reco- nh cem nqueliss mesmos para quem ainda a pouco tempo era este ser- \i!M Imuia utopia. ÍVoiti província que oíferoce á actividade do colono terras magníficas, rios n iv »* iveii e m liloi porl is, d ;s qu ms alguns exccHonles, a colonisa- -f?õ i to ei luttci 1 i rn n obst mulos, mis cm to que se vai accümafando- Hum citih *1 mi n jaty»} ode Via mi a doviiu á suliioilude e genio empnq Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 REIÀX08I9 '-'ti ' Ivendedor do governador Francisco Alberto ílubim, datado 1813 e ape- . sar do pessiínolocal.dedevastaçõesprodnzidas por huma febra perniciosa, conseguiu fazer de hum território cheio de maltas e doentio,hu ma das nossas mais importantes freguozias, sendo hoje os deseniidantas dos colonos e alguns d’elles que ainda vivem, pela maior parte, proprietários abasta" d.cs e cidadãos açlívos e laboriosos. Àctual menta existem em toda a província 3;colonias, 2 fundadas e mantidas pelo estado c a 3.a por huma associaçãocornmereial, alern dos projectados estabelecimentos do Guandú e do Limão o do quasi extincto aldeiamento Âfíhnsino. A c-olonia do Guandúmalogrou.-seea nacionaidoLimão,ainda não recebeu ; liabitadores porque não está findo o preparo do terreno, serviço que esta , р. residcBcia contracto li como agrirnensor Oeleçarliense Drutnotid da Aien-,, с. ar Araripe. 3. Jzabil. Desde a epocha em que o governador Francisco Alberto Rubim fundou :i; a colonia de Viauna, até o anno de 4847, nehuma outra tentativa d’estç geoero foiemprehendida tvesla província,que rpelngovenioquerpeíosparticulares. Ao Sr. conselheiro Pedn ira cabe a gloriada tercmilinuadit a cbra daquelle benemérito administrador. S, Et. veado em lodosos municípios falta de população sobretudo de população agricultora,o abandono d** ter- rasfertilissimas.a solidão que por toda a parte se notava n’hum sidu tao favorecido pela natureza, emprehendeu & fundação de humn colonin perto da estrada do S. Pedro de - Alpantara, que então parecia destinada a at- trahir infalli ve! mente o commercio Mineiro. N’esse intuito, requisitou do governo gera! a remessa do alguns casaes . da colonos que então tinhão chegado à corte Furão enviados 1 $3 colonos allèraãas.que receberão terras entro os rios Jucú a Braço do Sul a 7 léguas cie distancia d’esta capita! e3 da povoarão do Fianna-. O solo era montanhoso porem nãolho faltava fertilidade e parecia ao fundador da çoloni*- quegriças á,navegação do rio S. Agostinho, e á estrada que de Vianoa vem a esta cidade, seria fácil a promplo o transporto das prodnctos da c-olonia- Al em d’isso,passando perto do estabelecimento a estrada de S, Pedro de Alcantara que devia promover a cointnunicação cora Mitias, com eila muito lucraria a colonia. Receberão os colonos, cada hum, o seu praso de 209 braças de frente e G.00 de fundas, transforivcl a seus herdeiros; forão soaeomd.is durante G mezes cora meios de subsistência, medicamentos e instrumentos proprios P^l0 contracto, assignadoaS Jeoutubro de 18A7 sugeilarão sea pagai’:. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 RELAT&IUO. estas despczas no, pras.o de 4 armas , como melhor pudessem, hvpa-, íhecando seus prazos , obrigando os seus serviços, a esse pagamento* e não podendo, sahir da província sem licença, antes da"Sclução dos respectivos débitos. Cumpre confessa-lo em honra da província e da humanidade; muitos cidadãos coneorrerão com os seus exforçose serviços em auxilio do administrador que tão desveladamente curava de seus deveres. No relatorio d*es~ so digno fuoccionam, lido perante a aísetnbléa provincial no dia 23 de maíode 1847,vereis meticiOQados.com gratidão, os nomes de tãobenenae- riíos cidadãos. Felizmente para o novo. estabelecimento era excedente a indolo dos colonos, Pacíficos, morigorados elaboriosos,cuida vão com afinco na cultura dos seus prazos esatisfeitos,promovião a emigração de parentes e amigos. Vencidos os obstáculos que entre nós surgem sempre, no começo das grandes emprazas d’esta especie, entrou a colonia em prospero caminho e seus habitantes forão augmQntandn em cabedaes,de sorte que hoje existem çlguns,senão com fortuna, ao menos com meios de commoda subsistência. Em 22 de agosto de J 858 o governo Imperial entregou muito aeeriadameníe a administração do estabelecimento ao engenheiro Prussiano Adalberto Jahn que ainda hoje exerce o cargo, de huua modo inteiramenle saiisfac- iorío. A população da colonia compõc-se de 882 pessoas divididos do modo seguinte. - Allemães (Prussi05) 447. Homens Jlumcres Slaiores mítoi-?? Sortearas Casados Catboiicos Proses Es Alguns colonos já possuem boas casas.de pedra 8 cal, etodos prosperão, á excepção de 8 ou 10 famílias. Q produeto do trabalho d'esía população é por ora pouco avultado, chegam para o consumo da colonia,cora algumas sobras que são vendidas na povoação da Vi/mna. Muitas rasões tnili- tão para explicar a escassez d’essa producção, relativamente á longa data da fundação da coionia.eaogranda n. dehraçosquen’ellacultivão a terra, sendo incontestávelaienté huma, d,'essas razões a natureza do terreno quo çmbora não sejaegleril, todavia não é dos mais ferieis da província. Boas estradasattravessão o território da colonia,mas convem reconhecer que já se acha em parte muito distante da capital e mesmo do pequena mercado de Vianna. - Para remediar este inconveniente,tem-se pensado em communicar a par- ip.dp estabelecimento que se acha nas vizinhanças do rio Braço doSule os Suissos Sardos Eráocezes Brasileiros (filhos c colonos) i 336 826 350 312 419 243 274 388 Total 662 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 HEtATORlO. Al; prazos alern deste rio, co® o porto do Guarapary ; fazem se explora-, ções para esto fina e segundo creio serão coroados de e?:cel!en!.es rezultados. Existe na colorna huma capella, destinadifao culto catholico, cuja ediflca- cão édevida ao zêlo religioso de Frei Wa rs deli no de Insbrnch. E’ hum edifício solidamente conslruicjo, vasto, mas ainda não'acabado, onde offieia Frei Pedro Regalado a quem esíá imeubido a direcção espiritual dos colonos que pofessão o catltolicismo. < , Quando tomei conta da administração da província,appãrocião rfesta ca>- ,pitai, frequentemente,grupos de 4,5 e mais colonos,sem licença por escripto é aqui se demora vão a pretexto de obterem á satisfação de exigências que» segundo aquellu regulamento, deviãosubir porintermedio e cothinformação do director. . Este facto não podia deixar de ser prejudicial ao serviço da lavoura. Ordenei termmantemente ao director que explicando aos colonos o disposr to no,Regulamento e mantendo a disciplina, não lhes permiltisse sahirdq território iia colonia saro huina guia, aconselhando-lhes constantemente o trabalho como omoiosegurodeobterem não sóo pão mas também afortuns.. : Além d’isso tenho íomado outras medidas tendentes a manter a ordem úa colonia, a sustentara disciplina sem a qual é impossível, que prosperem, .estabelecimentos d’aquella ordem, a promover o trabalho e fiscalizar os dispendios dos diuheiros públicos. ■ , . . . ; . Conlimio a prestar a maior attenção a este estabelecimento que pretendo tizjlare inspeccioaar mimiciozamtíate.eiaminandoos principaes pontos por onde se devem estender ás estradas e os diversos: serviços antliorizados pelo governo e confio que os meus exforços conseguirão remover os defeitos que prejudicãu ao estabelecimento, e colloça-lo no .caminho da prosperidade, se por ventura encontrar no seu director leal observância das me^ didas que lhe forem determinadas e hum estudo mais acurado dos meios práticos de fazer fíorecer o estabelecíixteiito. ■ . , , , Considerando que muitos prazos se extendem para o lado do rio Mau- ^arahy,afluente do S. Maria, determinou o governo que se abrissehumá es-, Irada de rodagem ,do porto cTesterío, até encontrar a colonia, trabalho que pelo aviso de 2 de maio ultimo deve ficar a cargo do engenheiro Praton éx-director interino da colonia. i . fÕ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 76 RÈLATOtíiO. À população do estabelecimento orça em 1016 colonos divididos do seguinte modo. A direcção espiritual dos'cathòlicos esíà confiada ao capuchinho frei Adriano Lantchesner a quem recommendei particularmenteíoda a prudência elegatidade no exercício do seu ministério, de sorte qnepGr èscessode zêlo não prejudicasse a ordem publica, provocando contendes entre Protestantes e Catholicos. Se aquelles que gratuitamento nos guerreiao ante os povos civilisados da Europa; so os que acreditando cegamente nas caluromas b falsidades dé maldizenles que em grande parte receberão os dons da l iberal hospitalidade Brazileirã, procúrão pela imprensa,contando sonhados horrores, impedir a emigração para o nosso paiz, pudessem avaliar os sacrifícios que o governo Braziléiroíem feito, não direi já para o florescimento de todas as eolonias estabelecidas no Império, mas só para a de S. Leopoldina, certamente que recuariao ante a propagação de calnmnias cujo rezultado, se nos pode ser prejudicial aífaslando-nos a emigração, também prejudica ás telhas naçõesEuropeas e aos proprios compatriotas dos que nos guerrèãoq privando-os de gozar dos benefícios da abastança que encontrarião em nosso solo—uberfimo, — elles que pela maior parte scra fortuna, mal nutridos polo pão amargo de trabalho, retribuídos com parcimônia, de pais m tilbosj arrastão avida psuosa da pobreza e até da miséria. ■Rjo Novo. A respei to do és (ado d’este estabelecimento, fundado por húma associa-1 h;ào particular a quem ó governo tem auxiliado com alguns favores, yos - . darei minuciosas informações, oiíerecendo-vos O contexto do oílicip que o engenheiro Adalberto Jabn.directiir dacolonia deS. lzabel-, dirigiu a esta -.presidência,om cumprimento d a tarefa deinspecção que por cila Hicfoieom- nreltidaem abril do anuo passado, às modificações quede então para cá tens "soiiVido acolonia não allerão a veracidade do relatorio cTesse dignofancciof- mriu: Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 aELAtomp 77 lllm\ Sr,—Encarregado pela presidência do exame da colonia do rio Novo, situada no Município de 1 tape mi rim, eaibarquei no paquete á vapor S. Matheus e parti para a mesma colonia no dia 28 do mez p. p. Chegado que fui a Itapemirira no mesmo dia, procurei no dia seguinte ao major Caetano Dias da Silva, Director da. dita colonia, e coinmunieaa- do-ihe o íim da minha viagem, elie se mostrou satisfeito e deu logo as providencias para seguir-naos da fazenda do Limão., onde se achava, para o centro colonial Pao (Valho. Pernoitando naquçlle ponto,logo no dia 30 do mesmo mez, de manhã, mediaouz a percorrer a serie de prasos ruraes que íicão á direintm esquerda do caminho que segue do lugar Santo Antonio para Itapoama, começando o meu exame pelo praso do colono portuguez João José Ribeiro e concluindo-o nessa serie pelo praso do colono portuguez José de Abranches Romão. N’esse mesmo dia fui percorrer 5 prasos, todos situados no. lugar denominado— Dezerto —á margem norte qo Rio Novo, e rne recolbi a casajas 5 horas da tarde, depois de ter apreciado os trabalhos feitos em 37 prasos cuja superfície cultivada orcei em 300,000 braças quadradas pouco mais ou menos; o valor dos diversos trabalhos, feitos nestes 37 prasos, como plantações de café, larangeiras, bananeiras, mandioca e outras plantas desta família, o dos—aniraaes—e aves dos colonos foi, orçado por mim na quantia de 33:000^000. Devendo notar as condições da colonia em face do primeiro quesito, proposto rtooíücio da presidência, tratarei desde já dos terrenos percorridos, e direi sem receio de errar—que sãoellesde excedente qualidade, segundo o meu fraco entender, que bazeio na iuspecçãoa que procedí em differentes pontos das terras altas e baixas, no crescimento das arvores, no desenvolvimento das plantas & na opiniãp de alguns lavradores práticos, com quem conversei.—Estas terras ss prestão â cultura de mandioca e outras plantas desta fumilia, do café, algodão, milho, feijão e fumo, nas'terras altas ou planas cem outras, e à do arroz que dá com vantagem,nas terras mais baixis. Nenhuma facilidade existe para o transporte de pro- duetos; mas esta condição muito essencial se obterá com a abertura e desóbstrucção do Rio Novo até per mi Ui r a navegação em canoas ou mesmo em pequenas barcas, e com a faeturao conservação de^ caminhos regulares'', que communiquem os prasos entre si e estes ccm os pontos dhunbarque, que se estabelecerem á margem do mesmo rio.. A salubridade nesta serie de prasos não tem sido boa atè acerca de dois: annos a este parte . e na minha opinião só melhorará com a der' r-ubada dos maítos proximos ás habitações dos colonos, com a melhor epnstrucçâo das mesmas habitações em lugares convenientes, que sempre Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 7:8 BELATOIUO-' |e escolhera depois des primeiros serviços nos pontos que se desrxatíão; e jjirincipalmehte com a desobstruccâo1 do rio Novo, de modo a esgotar as ágoas represa-das em differenles lugares d,o brejo por ondo olle cursa.— Nesta serie não existe quasi uma família que ficasse completamente eximida da moléstia geral, que reinava entre os colonos.—Estas condicções de salubridade, a habitações dos colonos, os alimentos, o clima do paiz, e: a melhora de recursos, que devem esperar da seu trabalho bem dirigido, hão de necessariamente íra.zor-lhes bem estar, ; Actualmenle porem é. estremarnente sensível, alem das faltas referidas, a dos soecorros da medicina e dó culto religioso em toda a coloma, sendo estas faltas a causa principal do desanimo que se nota nos colonos. " A este respeito direi em abono da verdade, que o director da coloma vive-magoado por não ter os meios de remover as difficuldades poç este lado:e que procurã minorar os soíTrimenfos dos colonos quando enfermos, mandando-os conduzir para os commodos de que dispõe; onde lhes fornece, alimentos e o tratamento que permitiem as circunstancias,em que se acha- Para Continuaracomtnissãp, deque a presidência ma encarregou, no dia 1.° do corrente mez fui percorrer os prasos, que se achão fundados á esquerda e direita do ribeirão Pão d.’Alho, á esquerda e direita do cor- rego.de Santa Rachel, confluentes do mesmo ribeirão. Nas margens d’aquel- le riberãò se achão Estabelecidos í 6 prasos habitados com a cultura do 450,000 braças quadradas pouco mais ou menos, contendo em bemfeito- rias cerca dê '16:000500,0 de reis, O terreno è de excellente qualidade como o; da serie de prasos 0 i)irectorda colonia não teve já mais alguma reclamação á este respeito, mas concordando na mudança ficou disposto á eflbctuar a dos colonos que o desejarem. O transporte, de productos como nos outros lugares de que já tratei, è djificil, e mais diffícil porque o caminho 'hoje nada mais do que urna picada pedregosa,) qua communiea os prasos entre si está por fazer e é mesmo da mais diííicuitosa execução.—A salubridadeaqui é boa eparaisso concorrem, na minha opinião, i.° localidade alta . desvio das agoas represadas do Rio Novo, 3 0 Optimas agoas do uso qu didiaiio, e se á estas condições se juntar a d.o desmatíamento mais extenso em torno das habitações, ficará a localidade completamente salubre. Tías margens do corrego de Santa Rachel so achão dois prasos habitados çom o cultivo de 2.5,000. braças quadradas, contando em bemfoitorias rs. 4:000-^000 .Estes 2 prasos estão muito bem situados, quanto álocalidade, bom terreno e salubridade, soflrem porem o mal dos anteriores quanto á vias de transporte, mas este mal poderá remover-se e.o.rn as providencias indicadas. â\s cinco horas da tarde havia terminado q inspecção de33 prasosruraes e dando.por concluído o trabalho deste dia, regressei para casa. Tío dia 2 d© corrente ás 3 horas da manhã, guiado pelo director da co- lonia, fui percorrer alguns prasos, situados nas margens do corrego de S. Antonio, continente do riberãoPáo diAlho. Saiiirulo pela margem esquerda do dito corrego por máo caminho (picada em malta virgem, encontrei cinco porções de maüa roçada por ordem do director, as quaes hião ser conveniente menti preparadas para se installarem duas famílias Belgas,que recusarão os primeiros prasos, que se Ibeshavião entregado. —Âpou- ça distancia deste lugar encontrei cinco prasos habitados, situados nas margens do dito corrego, cm boas condições quanto ás, terras e salubrída-, de, resenlindo-se porem da falta de vias. conductoras. Estes 5 prasos tem cultivada uma. superfície de 40,000braças quadradas* contendo í ;600db00f> reis de bemfeiíorias. i • ■ ^ Pelas informações que reçebi de ura colono nacional que por alli se estabelecera, continuão as boas condições do terreno desta lugar até longa distancia, passando as cabeceiras de um riberão, quevaidesagoar no Rio Novo,, e a de outro que vai desagoar no rio ítapoama, de forma que ce podem accommodar bastantes famílias nas margens d’esses dois ribeirões. Regressando deste lugar fui depois percorrer a serie de prasos, que existe, á margem norte dollio Novo, de cuja serie fazem parte os prasos cituados^ no lugar .denominado «Dezerfo.» que mencionei no primeiro dia dp trabalho naquelía colonia.—São 10 os pr-ssos estabelecidos, tendo, cultivada, uma superfície de 127,000 braças quadradas,com 14 contus dureis de beqi- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 80, E Ef.ATORIQ- feitorias, mas não mefoi possível visitar 3 destes prasos por ser necessário , ir em canoa,que na occasiaO não existia. Ás condições desta serie, quanto á bondado do terreno e quanto á snkt- hridade.são quasi as mesmas, que notei em relaçãoá primeira serio percorrida; e quato ás vias de transporte e communicação. ellas. serão perfeitas çom a desobstrucção do ílio Novo ; por isso que todos os habitantes poderão embarcar os seus productos junto das suas habitações. Tendo visitadoeça toda a colonia 84 prasos, desei de ver trez outros pela difficul.lade que notei, mas orcei á sua cultura em valor superficial por informações do direçínr e de.colonos visinhos, sendo deste modo 87 os prazos habitados, Tendo mais tratado das suas condições em relação á qualidade de terrenos e facilidade de transporte o á salub.ridade,. çumpre.-m.edeclarar á V, Ex. que seudo-me appreseníado o mappa estatístico por extenso e o. resumo desta, à pouco orgauisado polo director da . çolonia, Fui verificando a existência da, população alli notada, a proporção que visitava os prasos de cada família e depois na residência da direcção á respeito de indivíduos, que alü seachão iustallados, no trabalho de parceria em sertões e mn tratamento na fazenda do Limão, pertencente 4 companhia, onde alguns se ocupuo no plantio da canna por contracto de parceria., Isto posto, V Es. verá pelo mappa junto, que os colonos existentes das nacionalidades Portugüeza, Franceza, Ingleza, Alemã, Suissa, Hol- laodeza, e Belga, sobem a 370 indivíduos, o que juntando á este n.° 89 indivíduos nacionaes estabelecidos, 57 asialicos, que qua.si na totalidade se occupãa na cultura de cereaes por parceria, e 50 africanos, temos a. existência de 563 indivíduos, demonstrado no mappa em resumo, que mp foi apresentado. & que conferi com o mappa estatístico por extenso exarado no livro da colonia. Quanto ao estado desta população não é tão liz > ig úv > como poderia ser e era para desejar esso estado manifesta logo á I d vista o.daz.arranjo que . tem vindo á colonia. das auzen-cias do seu director, auzeneias a que elle tem sido forçado, segundo rae informou, por diSTerentes dificuldades, que ç. sorpreheoderüo e que procurava remover na Corte. Tambsm se conneçe sem esforços que o falta de meios pecuniários tem, ocrasionado muitos inconvenientes ú colonia e dessa falta resultou sem duvida em,grande parte o descrecimento, que notei da população, entrada em n.® 85.9 para a existepcia. de 58,3; por quanto dos m,eius, que o director tivesse á sua disposição resultaria a sustentação de trabalhos uteis onde os colonos so oçcuparião. com vantagens, o que melhoraria as condições coloniaes. Quanto á queixas nenhuma foi apresentada . contra o director, que . Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 relatouio 81 Cediços e pelado culto religioso; por certo, se estas faltas forem removí- 'das, a população se animará eompletamente e procurará chamar outros emigrardes com quem tem relações em seu paiz. Os colonos, que occupão prasos ritraes, são proprietários fureiros por õoníracto de foro perpetuo onde se regdlão as condições dos domitlios utij edirects; mas ha excepçãó e nesta parte existe contentamento: notarei principalmente os colonos; alemão Cvrlos Schsider, os súissos Jõão Schc- deyger, Daniel Schéarer, José Seber, Daniel Rochas, os poítuguczes S. Pascoaí, João José Ribeiro, Antonio Araújo de Chedeiros e José Francisco Harias, os Fraacezes Francisco Davi.de o Fransciseo Senoege &. Eia minei esses contractos e os achei raioaveis de parte a parte, tendo 'sido cumpridas as condições estabelecidas por parte da direcção; mas por -parte dos colonos em geral nãd lera sido observadas. Eli es installarão-se d 'tendo sido supridos constantemente, ainda nada tem dado por conta de seus débitos, salvo pequena excepçãó.-—A bondade das terras que oecupãò e ofacto de terem tanto incommodado a diiecção da colonia com exigen- 'cias, mefaz crer que não foi a mesma calunia bem aquinhoada quanto á gente laboriosa; Por outro lado déve-se atíender que a falta de recursos, enl que se tem visto o directors nSopermiUeradcsr-.se trabalho á esta gente para prover as suas necessidades cora Os ganhos do mesmo trabalho, é em tal casd menores sacrifícios devia fazer a mesma direcção e fl companhia. Tendo começado a poiico as limitadas parcerias rio plantio de cannapiãd sepode predizer a vantagem, que íaes parcerias darão: hé porem certo que podem os parceiros tirar vantagem da excelíente terra que cullivão, se forem cuidadosos no trabalho e bem correr o tempo. Os proprietáriosforeircis na minha opinião, melhor andarão; por isso queutilisão em terra sua todo o trabalho que fazem, o que não se dá com os parceiros, que colhido ò frueto nada fica no silo á que o colono lenha direito. Cabe aqui fazer uma menção favorável aos chins, que sdmpregão nesta especie.—Estes homens, segundo mo informou o director, em quanto trabalharão pelosseu.í engajamentos.nunca presta vão serviços correspondentes á despeza que fizerão, mas depois que o mesmo director os desligou dõ trabalho sujeito ao engajamento, torriando-os parceiros, vivem satisfeitos, não incomoaodãoi a direcção com exigenéiás, pagão actualmente a parla' de prol Lícitos que pertence á companhia i—vi alguns bem arranjados é entre estos um, casado com urna viuva [portügueza , qiie trata bem á sua mulher; já colheo SO alqheresde milho alem outros legumes, d tem porcos gordos no valor de fiOOtffcOOQ reis. Os colonos deouiras nacionalidades; que seaclíão nas mesmas corídic- ções, não «preseulão taes vantagens: ao contrario tem pouco seniço e Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 82 J1ELATOIUO. parecem carecer de duelo: faz gosto ver os trabalhos dos Chins em face dos trabalhos de outra gente. Desejando fazer, digo satisfazer o preceito que me impõe o 9.° quesito proposto no dffieio da presidência, conhecí algumas difhculdades praticas só removíveis por um e.íame muito municioso em todos os bens dá companhia, e corrio julguei dever tratar unicamente dos terrenos e bem- feitorias, que tem relação com a entidade colonial, tive de valer-me da esr cripturação dá companhia e viqué no fim dd IS4S devião os colonos a esta a quantia de 111 ;ÒQ0$0G0 reis. . , ; Acscripturaçao, áegundo me expoz o directór, hão está ainda posta em limpo de Janeiro de 1857 em diante, não só porque a sua longa dizem cia do estabelecimento .oceasionou o átrazo d es se serviço, ccmo porque falharão os encarregados delle sem qüe fosse possível supril-o nesta localidade da colonia, onde a falta de pessoas habilitadas è absoluta ; mas orçando ásdespezas carregadas aos terrenos e bemíeítorias dos annos 37, 38a 59 cm53 contos df reis, lemos que estas eaquellas montão a 184 contos, incluindo todos os trabalhos em relação aos terrenos d,i companhia, eaos dd governo Imperial, onde se acbüo parte dos colonos. Os terrenos dá companhia oecupados por colonos, forão por mim orçados em 4:GOO$OOt) reis, os trabdhos de 7,000 brecas da estrada de rodagem, que conduz da fazenda do Limão, estabelecida lia margem norte du rio Itapemirim passa o centro da colonia Páo d’Alho,forão por mim cal* Culados em 16:000$ reis; -9,000 braçasdecaminhos, qus coamunicão os prasos entre si , passando por meio de cada serie delles furão orçados em 3:600$ reis, em 22,000 braças dé medição lide ares era todas os prasos habitados(supposto que todos estes prasos cejão completamente medidose demarcados, o que por feita de tempo não pude verificar,] forão orçadosem 3:o20$ sommando tudo 27:120$ rs, que reputo trabalhos dá bolonia, feitos por conta da companhia, o deduzida esta sonoma de reis 164:000$ em que são orçados os terrenos o bémfeitorias escriplurados; à esses terrenos deve ser carregada a somma de 136:880$ i:s. que reputo valor dós próprios da companhia. | Quanto áo 10° quezito, proposto no officio da presidência, pouco rhe é dado veriíicár, porquanto não tem ainda os colonos grandes sobras dos bereaes necessário! á sua subsistência, e alguma que se tem verificado, tem sido permutadd eui pequenas porções de cada vez por generos do com- rnercio vizinho. Os colonos pela máior parte não podendo cultivar grande porção de terra, começão por plantas na pequena superfície que desmattâo : mandioca, aypi, feijão, milho, arroz, e café mas serido tildo isto ém pequena quantidade, quasi no geral, apenas vai chegando, s°gundome informou o direc* íor, para parte da sua subsistência ; famílias existem, que não pòdeih berh subsistircon! o recurso do terreno , por isso que lendo poucas braças Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Jiteis, tem ao contrario consumidores de mais em relação áo protluclo que podem haver. . . Ha no reg. da colonia ura artigo fespeciál que òtíriga bs colonos a ma* hifestár todos os otijeclos quedeslinarcm an commercio, maselles, segun- ,Uo me foi informado, não querendo applicar pdr ora algdina parte desses objectos para encontro de seus débitos (salvo pequena excepçüo,) co- çjo que não se prestão á esse manifesto,talvez com re jeii^nàg fundado,de lhe ser notada a falta dessa explicação, do que vem a falia do conhecimento exacto dos produc-los coloiiiaes» . ... , Quantoá quaiitidadode produclos, eíla se circunscreve em niandiuca, iniího, feijão, arroz, cafée algumas outras plantas de seo diário; e com a desohsírucçüò do Rio iNovc, terão todos us colonos bom producto enl madeiras que deixarão de entregar aorogo, como lem feito a lò agora. , Em conclusão do fraco trabalho, a que procedi, direi á V, Ex. que os.tã bolonia, convenienteinhnte auxiliada, pode prosperar cm muito pouco tempo, e para isso bastará: , , . ■ 1. ° que s.e ponha ella s.ob a protecção e doiiiinio do governo imperial; visto que o limite das forças particulares não lhe permitle dnsenvuher-se. 2. D que se ciesenvolvão os primeiros trabalhos de cámiyhos, onde os colonos possào haver por,seus sal a rios os meios de prover as necessidades = , 3.* que se lhe açuda com os socorres da medicina, gfatuiíamcnte, para cada colono no espaço de algum tempo, apoz o estabelecimento década família.. . . , , : ,, , , ,, 4.° que se estabeleça o culto divino para evitar o estado irregular de mui, |os colonas,,que não tem meios do procurara regula ri seção de seu estado na .villa d? liapemiriin, e para confissões e applioações dos sacramentos, , 3.3 que se estabeleça uuia esijola de primeiras letírrfs e se proteja o estabelecimento de alguma,industria util, em relação ao bem estar da colonia. Il Com o provimento ,d’estas neeessi lades palpitantes, esto nucleo. colonial, aüenlo, asbqas. condições quanto, aos terrenos a proximidades de portos exportadores e as conJuccões fluviaçs, se tornará interessante, podendo seryir a muitos milhares de indivíduos,, qtis se podem estabelecer ao. longo da costa do marque vai do Itapemirim a Ginrnpm-y na «tensão de ■lã léguas, lendo os quatro portos exporlíukres de Síapsubrim, Pinrsiq, Bane venta e Guarapary. que podem ser visitados pelos vapores da companhia do Espirito S;mlo, duas vi>/.es por :üí’z . • Recupilülando verè.V. Ev. , rs, (oiir uma superfície de 697 mil braças quadradas, que os trabalhos na colonia,,, feitos por conta da companhia »irçao em 2 /: I IM) *> reis, que ao vaipr dos nroprins da companhia quanto aos terrenos e liemíçihirias, segundo a d**} f,'za feita uvea nda du nti.i 1; n>:83Hr>. e làn dm mtoqim o p.->sr. iNícoláo ito- dtigues dos Santos França Leite possuía alli. Na realidade, todos osque pass íò pejas magníficos sertões banhadas por aqtieüe rio, admirão ás riqueza-' que eilrsutctiiUio u prevéift o‘futuro grau liuso que os iigut>rda. Falte Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 &EE.ATDMO. S5 ^oretn.alli a enxadado agricultor, para quede seios tãofecundosse tiro a rí* queza e ás margens do magestoso rio, de seus muitos afluentes e das lagoas vizinhas, se plante a arvore da civilisaçao. Infelizmente até hoje. poucos são os que se tem aventurado a deixar as vizinhanças do liLlond rflesta província Os dons com que a natureza dis- tjnguiuaquelles terrenos,são apreciados quasiqucunicamcntepelo viaíidonte que vépartedelIes.Gpovo.rmgera',receia o eriíioeasaventuras,eá sua irnagi- tiação supersticiosa, atterrada pelas féhres que em certos períodos grassào no solo banhado pelo rio Üòce, surge sempre como hum memento desani- rnador as palavras attribuidas ao venerável Anchieta:—Será muito cobiçado mas nunca possuído. Em virtude dos avisos do^agosto, de 3e SQdeoutubrodo anno passado, cpnlractou esta presidência em data de 11 jde fevereiro ultimo, com o agri- mensor Delecarliense Drurnoruide Alencar Araripe a medição de 50 prazos no p recata do lugar do Limão,a consLrucçãode i barracão, derrubadas e preparação de terreno para assentamento da hum st povoação urbana, ser- ■ vicos que o contraliente está executando desde aquelle" tempo. Seja-me permitüdo por esta occasião expenier minhas idéas a respeito do importante assumpto de que trato, em referencia a esta província. No curto praso da minha administração talvez que nãc seja possível formar hum juizo seguro,e o tempo,a maior experiencia adquirida por hum estado mais prolongado dos homense das ciusas, pelo exame ocular de todos os lugares da província,po ie sem duvida modificar o juizo qoe faço no prezente. Feiizmente o meu pensamento não è solitário e nem mesmo tenho o direito de rne honrar com a iniciativa, porque antes de mim., já alguém pensou da. mesma maneira, provocando da parte do governo geral,sempre sollicito pelo bem do paiz,ordens para huma expiot ação cujo rezuliado aguardo com. a chegada do engenheiro Street. Para mim,o ponto da província que raaix se presta á cnlcnisnção, já pela, vizinhança da população e por conseguinte pelos recursos que os colonos en-< c?n.trarião,já porsua posição próxima da província de Minas, já ÍInalmente pelo seu excellente porto é o território proximo da villa de Guarapary Àlli, as terras são iertilissimas e existem devolutas em grande quantidade distando da capital da província quando muito -10 a lâ léguas.,Q porto da villa, profundo e'abrigado, dá entrada franca mesmo a navios do grande tonelagem e .convida o commercio. Amolonia. situada afr léguas, da villa e estendendo-se em direcção à de S. Izabel, cujos últimos, prazos , á margem direita do rio Braço do Sul, não distão muito dhtlfi, teria as vantagens Ia. da vizinhança de hum povoado importante, onde fossem vendidos os produetos da lavoura dos colonos,quando estes não ps exportassem pela excellente barra, formaria mais tarde Inmi só to,do, pela sua união com S, Izabel. 3.” pov.oando-se a sertão e tcrnando-s.o menos desabrigada,a emigração Mineira o procuraria , Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 PELATOJtiO, melhor vontade, certa do não peneirar ulinm território deserto, i$ihospitaleiro e fa! to de iodos os recursos. Se por ventura este juizo que furmo, pelo estudo da cartada província o o conhecí mento djt villadeGüarapary.por ondepasseCreceber confirmação, graças aosoxámes a que procedeu o engenheiro Street, serei sciliciloem pedir ao governo Imperial providencias no sentido de se approveiíarem terrenos excedentes e com proporções pará a prosperidade dpJ grande estabelecí- ífiento colonial, ! À povoação dos magníficas sertões do Ria Doce será obra do tempo.—-Remotos, ainda em parte infestados pelos índios que uUimamente alli assassinarão o infeliz Avelino dos Santos França Leite, lendo hum porto qtic não é ch façil accesso, só lenta manto in\a formiga, cuja acção desíruidôra leva o desanimo á a lua a do mais laborioso agricultor Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 A sulliçitude Imperial se manifestou mais huma vez ,na falia cotnqucLí- aberta a presente sessão do parlamento, reclamando escholas praticas de agricultura, como huma necessidade ufgente.Não sei se humesta-^ be]ecimentod’esfa ordem prosperaria rfesía como em outras províncias^ onda a rotina ,está enraizada, no espirito do povo. Todavia, os fazendeiros mais abastados talvez,que procurassem cclher instrucções e tim ensino que se iria propagando lentamenle. Ha na província huma industria que prejudica á lavoura, distrahindo d’ella numerosos braços—é a pesca. Muita,s povoaçoezinhas situadas á beira, mar compõe-se de numerosas famílias que se dedicão a esta industria. O mar è abundantíssimo'de peixe eofierece seus dons,sem ossacritkios nem os suores da lavoura. Piuina, Myahipé, übii, Perocão, Una, Pontada Fruta, 3ucú, ílagencia etc,, são outras tantas povoações cujos habitantes se çoa-' sagrão quasi que exclusiva mente á pescaria. Atem d’essas povoações,existe em frente da villa de Guarapary huma longa fileira de casas de palha em n.° de 10Q a 120,deno,minadasMuquiçaba,ondeseazylãonumerosasfamilias de pescadores., São outros tantos braços que abandonào o cultivo da terra, de certo mais vantajoso para oindividuo e para o estado. O cor|e:de Jaçarandá e de outras madeiras concorre igualmentepara af- fastar da lavoura muitos braçrs que poderião empregar-se n’e!Ia,principal- mente nos sertões de Beneveute, em. parte do de ítapemirim,e nos de S.Cruz , e Nova Almeida. O, conrisçreio d’a,.ta província se. faz comosporíos do Rio de Janeiro eBa- h.ia,,m.as principalmente como doRiodeJaneiro.sendooda Bahia com o porto de S. Matheus, cuja principal exportação consiste em farinha de mandio- lUl * O valor dos generos, exportados durante os ?* últimos, annos á o seguinte. 185.8 960,677$600 rs. 1839, l:1l3,533$860.rs. 1.860, 1:633,01 £$540 rs. O augmento considerável entra o va.lor dnexporÈaçãodo atino de 59 eode _ 60 explica-se.p,elo, augmento da colheita e do preço do café, que figurando, em 1838 no valor do 337:879$. em 18.39. no de o 15,992$96° em 186(1 elevou-se a 1:109,5;19$600 rs. A navegação de çuh,o,tagem. e a fLuvial occupão os. seguintes navios e ca,-. VÔas: Pataçhos 7 Sumacas 6 Escunas % Hiates 9 Lanchas 19 Canoas %'di Na pcs.ca empregão-se 17 lanch vs-e 48 caudas. __ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 HVLAT0RÍ8 8Ü ÍSsião maíriculaiios na Capitania do Porto. Carpinteiros 14 Aprendizes 13 . -Calafates !3 Aprendizes 5 Mestres de tripulação 40 Contra mestres 38 Praticantes 6 Marinheiros 276jdos quaes180 livres e 87 escravos. À navegação a vapor cujos benefi cios a província reconhece é exercida pela “companhia Espirito Santo que actualmcnte possue hum excelienle navio,o Juparanã.daforça de 130cavallos. Este navio faz mensal mente humá viagem, tocando nos portos de ífa- penairim, Victoria, eS. Matheus. A companhia Hucury enviava lambem üma vez por mez ao porto dá capitai ,o vaporS.Matheus.Tendo sido encampado o contracto d’esta companhia, nalúralmente o governo ccntractará com alguma empreza a navegação a que el!a estava obrigada. Ultima mente, o commendador Francisco José Cardoso é filho tdm enviado o vapor Si Matheus, de sua propriedadcmo porto d^esta capital.sCguindo ao depois para Caraveílas . A assembléa provincial peSa íei do orçamento vigente, authorizcti a presidência a subvencionar qualquer emprezario que se obrigasse a mandar Imm vapor todos os mdzes aos portos de Guarápary, S.Cruz e Rio Doce, Procurarei entender-mc com a companhia Espirito Santo ou com o pro- iprietario do S. Matheus para que se encarreguem desse serviço. Fazenda Geral.  refceita gerai arrecadada do 1Sde jnlíio dó anno passado á marçd Jd Corrente foi de 06:831 $176; a despeza orçou em 39 :380#S36 rs. JNT’estes últimos annos oexcessoda despeza sobre a receita tem sidoex-1 íraordinario, o qué é facilmente explicado pela existeneia de coloniás dispendiosas e alimentadas com terdãdeiro sacriGcio dos cofres geraes. No exercício de 1858 a 1859 fui a despeza de375:i68#316, nó de !859 a 1860 elevou-se á somma considerável de 535:438$342e no correnÊe.co- mo já indiquei,segue o mesmo caminho. ínfelizmente.a receita não marcha na mesma proporção. O seu crescimento élentoe pouco considerável. Em 1857 a 38 foi de 6S:873#77S rs , de 58 a 59—75:281 #645 de 59 a 60-de 80:398#739. A lhesouraria de fazenda dirigida por hum experientee honesto funccio- ha rio, lutta com d.fficuldades pròveriieíües de pessoal. Os seus empregados üufbrçáo-se pelo cumprimento dos deveres que lhas cabe ;’; mas convem re- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 SÓ J1 EI, AT MUS. conhecer que são em numero insufíicientepara o serviço, crescido com os negoeios financeiros respectivos á colonisoção. Não apparecem candidatos íios lugares que se achão vagos,não só pela mesquinhez do ordenado cómá3Õ r-. . 0 mesmo succeileu a respeito da laxn de heranças elega ios.que orça Já em iá:!66v>O0Q produziu.apenas od2l)l!íiM>32 rs. Aquelle fact<> encontra prompta explicação ; Exliucto o trafico poucas Sli>» ás transaeçoes que se fázeai de que os escravos sejão o objecto.Osque os possuem,entregues á lavoura, procurào conjerva los com cuidado e sò os veu- tíena em ultimo caso e extrema necessidade Não h a importação de outras províncias, Oi qus v-mí doNorie quasi todos são com orados paios fazendeiros do interior do Rio de janeiro que se dedicão à lavoura do caré. Nã renda arrecadada entra no valorde ! 0:163&932o prodoclo do principal e iurns daflontribuicãoesaecial da nonle de í lacibá que se achava no Banco do Brazil. Esta contribuição, como sabeis,foi creada pela lei n" 16 d« I o do julho de 1838,como fim Uesepo ler construir huuiii ponte que lidasse a ilha onde se acha esta ca pi tal, com o coulstíerile; Com o os la obra, orçada em 300 contos excedesse as forças da província, não foi emprçheodida. Alem d’issd figurão também no balanço da receita o juro das \% npohces compradas com a contribuição oara o Hospital a S. ^Jatheus, uo valor de IniiOçMKFJ Fã porcentagem para as miFrizes da iidade de S. Mr.lheus e vilía da Barra qu s c!i o86 que ügwrào no balanço cuiro receita ovei i'uai, assim, èo'mo o {:43i^09A saldo do exercido ]e 53 a 53 havr-ria sumnrn humo dif- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 U£LATOjnO. 91 ferença de 23:309*315 para mais, enlre a receita arrecadada e a orçada restando ainda para se cobrar /i:262*588 rs. Pelo seu lado, a despeza, orçada em 82:914*313 rs. , elevou-se a i 16:704#ISO rs.havendo excesso,principalmente na verba ; sustentoevestuário de prezas pobres, computanda-se a porcentagem aos administradores de rendas,ao procurador fiscal, agentes fiscaes,e escrivães,e sendo o resto proveniente de diversas despazas com obras autliorizadas por diversas leis ou pelas disposições geraes da lei do orçamento. Examinando o estado das finanças na provincia.desde 1850até hoje.vere* mosque ellas vão crescendo lentamente, como o demonstra o seguinte quadro 3 850 39:739*474 rs. ' 3831 4*2:086*517 3 852 50:870*187 1853 51:619*109 í 854 69:750*233 d Soo 61:808*997 i 856 81:600*880 1857 95:433*361 1858 95.433*664 _ 4859 d2.3:378* ^ contando-se com o supprimente extra- \ ordinário de renda consagrada a fun- dacção do Hospital de S. Matheus no ) valor de 9.167*496 e com 2:876*729 de saldo doanno anterior. 1860 139:723*901 Ç contando-se os 13 contos 227*386 rs. í de receita eventual extraordinária. A agricultura e sempre a agricultura é a fonte principal da renda desta qaravincia.Aqui corria na província do Uio, como em muitas outras, eíia concorre com hum contigente igual ou maior de que o dobro de toda a receita. A porcentagem que act uai mente paga.é de certo elevada,e penoza,mas como abaixa-la quando todos os dias surgem necessidades, e com o crescimento das rendas tem vindo também o das despezas ? Poderiamos talvez contar mais avullada receita, porem não o permiíte a difficuldadede se cobrar a porcentagem sofire a exportação, em alguns lugares, sobretudo no porto de Itabapuana. Este rio,comosabeis.éa divisa aefcualda província coma do‘Rio de Janeiro Ora,no Rio de Janeiro o café paga somente 4 por o/0 no entanto que aqui,está sujeito a 6 por 7<>.Ccmo énatural.osproductores eos commercianles.pre- ferem pagar menor porcentagem e por tanto,dirigem-se para oladodo sul do rio,que pertence a aquella província e por alli, exporlão os seus generos Oguarda encarregado da cobrança por parte da província do Espirito Santo, quiz impedir aquelie desvio. Não podendo diminuir a percentagem,tratou de abaixar os preços, mas de ui*n modo exborbitante, aflasíando-èe tanto do que estava fixado na pauta, que chegou a cotar o café em 2,500 a*ar, o ainda assim, arrecadou apenas durante o onno 1:394*105 reis, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 92 *KU>rosio. Seria conveniente que rela ti va mente a aquelle porto fosse tomada alguma medida com que se pu d es se aSrontar a concurrencia do Rio de Janeiro o que talvez se obtivesse como abaixamento da porcentagem ou dos preços. Devidamente autbom&dó, o Exm. Sr. Leão Velloso expediu a 25 de fevereiro do armo passado hum regula mento para a tbesouraria de fazenda provincial,creando o lugar de Inspectorem vez do de administrador que existia pelo regulamento anterior de ãí de 10 deoutubrode 4857. Para este importante cargo foi nomeado o inspector apozentado dathe- zouraria de-fazonda Luiz da Silva Alves da Azambuja Siizano, cidadão probo, ií.borioso e com pratica do serviço. Ro relatorio d'esse digno funccionario vereis as faltas que se notavão na lôpartiçâo a que hoje dirige e as medidas que requer da vossa sollicitude pelo bem da província. Pela minha porte procnrocom todo o empenho cor_ tar os abusos eíiscalisar a arrecadação, de modo que-as- rendas publicas, sejão floresce ntes- Secretaria do oovenxo.. Esfarepartição fúncciona regularmente sob a direcção da seu digno chefe o Dr-An-tonio Rodrigues de Souza Brandão, nomeado pola carta Imperial- de % de maio de 485;). Eflc empregado e em geral todos os outros.se mos- Irâo cuidosos no-cumprimento dos seus deveres. O regulamento que aclualmunle lhes serve des norma é de 3 de dezembro de 4:848- modificado pelas disposições que baixarão com. a re- zolução de 43 de agosto de 48581 Q-n.° dos empregados é pequeno, sobretudo se attendermos a que o ex~ pedieníe tem augmenta do consideravelmente fiestes últimos annos sobretudo pelo estabelecimento de colonias.cujhdirecção e andamento exigem sérios- cuidados da presidência. Felizmente o reconhecido zelo des empregados permilte que O serviço se realise sem. prejuízo da boa administração da província. São elles os-seguintes: O Secretario, l .oííicial maior, 4 l.° offlcial, 1.’ offíoial archivisla, 11‘ ©íficial,2’amanuenses,l. porteiro e icontiuuo.O Exm.Sr.Í>r;Souza Carvalho altendendo ao. augmento do expedientechamouparaoserviçocomo collabo radores2escripturarios ganhando cada tauma gratificação defiQ$ rs.msnsaes Tendoalein.0 ldeüHe julho do atino findo, creadoohigar dò arehivista como que satisfez uma necessidade indeclinável, foi para. elle nomeado em. daía de 17 de agosto de 4860, AníonioJósõ Ferreira de Araujó. O trabalho que competa a este empregado exige grande actividade.— O arehivo.esht em, confusão, diíFicuItando por conseguinte o servi~- ço e tornando difficilima a acção da presidência que tantas vezes tem que recorrer ao passado. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ; BüLATomo 93 Urgido palü muito serviço que frequentemente exigia trabalhos ms propriosjías feriados , chamei pira o gabinete da presidência o 4 .“ofíicial Manoel Corrêa de Lírio qaa tem servido com zelo e dedicação,recebendo huma diminuía gratificação pelos serviços que presta. Uai virtude daauthorisaçãoconferida pela lei n.02odej! dejulhode 1839 o Exm.Sr. Dr Leão Volloso encarregou ao oííieia! maior da secretaria José Maroellino Pereira de Vasconcelíos a organisação de um repertório das Ieis e regulamentos provincíaes obra cuja necessidade era manifesta. Está terminada e convem que seja impressa. Srs.—Francoe sincèro acabo de expor-vos a situação da provincia,suas necessidades, as esperanças que a devem affãgar, assim como os erros do passado cuja memória hade servir-nos para lição no presente e no porvir. Entendí que não devia embalar-vos com phantazias, nem dissimular a verdade aos eleitos do povo. Tracei alguns quadros com tintas menos agradavais—mostrei sen rebuço os viciosa que convinha debellar e creio que com isso cumpri religiosamente o meu dever. A quem, mais do que ao Imperante que do alto do solio escuta todos os clamores^do soffrimento publico, attende a todas as reclamações dos seus delegados e dopovo;a quem mais do que aos mandatarios da província,de- verei recorrer para acura dos males que a molestàue entorpecem o seu progresso 1 .\ão pude ofíertar vos pompas liderarias, mas em troca, estou convencido de que vosministrei informações exactaseconscienciosase que disse em tudo a verdade a quem a tudo a devia. Prezo o concurso do vossozelo patriótico e com elle espero deixar na provincia mêmoria digna da confiança Imperialque medistinguiu, commettendo-mehuma tarefa tão difficil quanto honrosa. ílidade da Yíctoria §3 de Maio de \ 861. José Fernanda da Costa Pereira Junior. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Na pag. 6 linha 32 em vez « 7 » 39 » « 9 » 37 » » 10 » 32 » » 12 34 » » 13 » 20 » >> 13 » 23 » » 18 » 42 » )> 29 » 22 > 29 » 38 » » 31 » 4 » » 33 » 5 » » ht » 23 » » 56 » 26 » » 58 » 18 » » 70 » 33 )V » tr o ; o » 1o » » 73 » 16 » » 73 » 30 » » 73 » '34 » » 7 o » 2 t> » 80 » 5 )> de—reconamondem—leia-se—recommen- dando —vida privada—'» —vida domestica — ■—juizes munieipaes para os cidadãos um anus— »—juizesmunieipaes, torna-se hum grande onus para os cidadãos etc. — praticamente tambem — »— tambein pralica mente — no ponto i[ue— » —no ponto em que — tio empenho conhecer—» —no empenho de conhecer —extensão, falta de luzes etc.— » — extensão do território,falta de luzes tfe. — lavoura ainda » —lavoura ou de —abandonrto de que— * —abnndonno em q uo ~ polo fervor— » —com o fervor — oecudir — » —altander — apenas começado— » —está apenas começado — cuida— » —cuidavão —onde se entremea na estrada que vem de S. Clartl para Philadelphia seguindo d’cdii ete.— »—o ali se entremea na estrada qu ’ tindo d - 8. CWa a Philadelpüia segue para ete. — Jnu espertam o — » —transportem —chegar— » —chega — muito limitado » —-éde certo limi- hui o — hoje— » —Novo —estcjào explicados-^-»—seja explicado —6 directores — » —9 direetnres — se augmeutar— » - se augrneute —qnato— » — q ua ato,. Yictoria.—Typ. dcP. A. á- Azeredo.—1861. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 QUE ASOSAFÀKSãO ' o RELATORIO APIEÍEIIUBO A’ ASfflBLÊA IJGISLATIYA PBOYIÜCIAL DO WNNHUrV* MUM» KO DIA DA ABERTURA DA SESSÃO ORDÍNARIA DE 1861 PELO <#®sè Fmudes da Costa Pereira df uwloiv Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Jllm. e Es», Sr.—Bm comprime do ao o81 cio ile V, Ex, ii.it.idi> do 7 do corrente mez lenho ã significar a V. Ex. i.a Qac a receita (ia Santa Caza da Mísericoi dia desta cidade, no armo compronms ii tio i". de julho de 1859 a 30 de junho de 1860 foi, inclusive a esmola de Ires contos dada por ,S ?,1. O Imperador, de reis, 1Q:8375?930, eu despesa de rs 9:7Í9$18S, ficando per conseguinte o saldo de J;088$744 que passou conto receita paro o anuo em que e*íamos, —2 ° Que o seo patrimônio consisto em 17 apólices do divida publicando valor de 1:0G0|) rs. cada uma, e de ISr-azas nesta cidade cujos alugueis apenas nmnlSo a 800$ rs : íifltn disto tem mais pelo cofre provincial uma subvenção de 2:ríOG$ rs. Os outros Sumos de receita são tão diminutos, c produzem tão pouco, que vale a pena nao t o-> çar-sc n'elies, porem V. Es. os conhecerá !ogn que Iho cheguo às mãos a respeeli» vo demonstração, que em cumprimento riu resolução, n.o 7 do 7 de maio do deiíS39 em de ser presente a as&embié-i legislativa provincial —>3 0 One entrarão no res - pedi to Hospital 219 due.Hes, s. hiiSo cur.uios 293. fslieeerão 12, e ficarão em tra- íimeiio !'a •—4,o Que o pessoal do Hospital ò assài diminuto, pois iimila-se ellt*, alem de Meiicu, a um admuistra ior, nma enfermeira, uma cozinheira, o Ircz afri-» ^aiios jjara o serviço íiiteniu, e externo. Com este posso,-il, e com os deus capellam?, e uns saclvistSo despende-sc aonualtrenlu 280$ rs.,—5.5 ítuaimuutu, que acaso leu» a soo cuidado a cresçan e educação dc 5 expostos Eis Ex n Sr o q -e em resumo pusso levar ao conhecimento de V, Kx. á cerca do estudo da Santa Caza da Misericórdia d'ost> cidade, e cm ç.atisfiçiío ao citado oflido de V. Ex.—L)ôns Guarde a V. Es. Victoi tii ÍOde unia de 1881. Illrn u Exm. Sr. Dr. José Perua ides da Costa Pereira Juntar, D. presidenta desta prourncia. VtnecsMo da Cosia Vithg/U; Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital RBIjAÇAO d®s Pftraelios pcrtoneent^i a esta Br«fiiieiii? com «teclara ção ate suais s*csi»ec1 3 de agosto de 185,3 25 de jinhcj de 1853 29 de maio de 1837 í°de setembro de 1859 h de junho.de 1333 18 de feicreiro de 1861 j 4 do junho de 1853 | -2'à de seieiiibro de 1857 i de jouliu de 1.833 4 de j..nhe 1833 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 DELEGADOS E S(JBr)ELESAD<>S. TERMO [Mi ITaPEMIMM'. DATA DA NOMEAOdÓ. íHiiriclOida Barra doMuqvi. SEBISEtEÜADIt. Francisco Detr: N o cio SUPPLEH iTES. Francíít-c de P.iala d’Oli«eirau Castro Manoel Geniiaiío ileuiimu? Vago ' José Ricardo Xívcs Aüsniiis Ferreira (ia Silva JüQuda Aíeiedo Mello e Castro BUsristo do A!?jre. SuBDEELGADO, Joaquim M.irMImo da Silva Lima Scppjlentes, Misse! Ferreira de Paúa Josè Aiitm-io Fd< de Garveíhc TE11MO DE BENEVENTE. Delegado, Francisco Xavier Nunes Seppiektes. Hermes Jo.-é Alves RacgJ Vago ^ Manoel Ribeiro da Costa Héíindiiro José' Guines Pinheiro Feiísberlo Fusiscisco dos Santos Vigo VtUa de Benevente.- Sti co ELE GADO. Hermes José Alves Piangel Soper.Esrf.4. José Goiu.s (TQIiieíra Vago Manoel de Jesus Miranda V;tgo Idcm Iguaeie da Loyola Silva Üistricto de Piurna, ScCDEUEOÁDO, João Detsi 26 de abril dj 1859" 27 de juuiio ile 1 85T 5 » t> ■ » 22 de iunbo de ÍS5" 22 » >i » no w )• 28 de feiereiro de 1861 5 c!e jonlso de 1857' » » a # í> W # i) *22 de junho de 4859 22 » » 1857 » » » » 28 de fevereiro de 1861' Io defeverciro de 1859 11 do fevereiro de 1859 27 de abril de 1859 27 » » » 28 de fevereiro de 1851 26 de abri! de 1859 l.° do abril de 1848 20 de fevereiro de 1851. 10 de abril de 1858 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 IiKí.EGA»<‘S V, SÜS1>EU.GAD0S líisi iugto D!í c ScPPLKNl Es. H.-urique Kri;e*lu Midusi ,l!ti!U!ií.i Pire» M «rtiii s-, Termo de Guarcpary. ÜELEGAIJO. (KíoHisira R 'ííi j[:u!e 'vl iia SlíPPLE5TL>. . j ü.l'i\ 15 1 MORlÇiO. j___________________ t j 10 'le maio d;.- 3859 f 25 de it£Osus de ISii) [ '21 iíc t;t s i de í 85 9* Jii.iqcix) Ju»é Simões Afilouiu Pedi o dMguiar Manoel tia 'iUa Si uni s- TtifijHiiiü úe SiUíí;í iíoiiiigues José Pernis a Rodrigues J. Fortuiiuta da Mendonça Sar.FAuaa : 18 d j.meii ode t> ; 3í> » abri! de >: )> '• >:■ ! » M i; Villa de íhiarapartj. Suedki.egado. Eduardo Manoi-t ie Oliveira Sdeplestes. Ucniúíigoi Ourençn Via nua Seicrit Jn>è Simões Manoel da Coslu FíjiI® - "Vago Vireale Ferreira Jorge JatiSo Pereira Rodrigues TERMO Dl CAPITAL, 29 de novembro de 1853 12 de iiiiiiií de 1853 " 30 io'Bdr:1 de 1859 â de seSernbró de 1850 Io de janeiro dn 1S5V, prestou meiitii a 8 de fevereiro de 1851 30 de abrü de 1859: V icioria. Demgado. Manoel Goulart de Suma Süpplkntes. José Ferreira Barroso Eemcslàu da Custa Vidigrií Vago 1 » » )> Bernardhio José Ferreira d'Araujo Vago Bisiricto ãa Capital. Sobdelegado* Joaquim Francisco da Costa Süpplentes. Fraociseo Rodrigues Pereira Vago Manoel Augasto da Silveira i IS de janeiro de ÍS61 28 de junho de 1861 j 5 de uiurço de 18S9 . j : h dejnnho de 1853, prestou juram esto a 28 de junho de 1853 19 de feiereiro de 1861 23 de dezembro de 1859 20 de dezembro de 1859, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 DAT i l)A NO lí iÇAO. 20 de dezembro da 18õ9 !i de junho do 1S33 DlSTuldTü DA CAPITAL. Josá Gonçalie» Ks^iiiduia Vego Villa do Espirito Santo, SCBDKLCGADO. JoSo de Freitas Magalhães StnrreNTRí. Jtiiá Pitiití (!e Queirós Vsif) 0;i.'ã Pinin Continha Rangel V‘H» Ai »=>■•(! da Rodia P! montei ’ Vsen DiStfüto de Víiinna. SuBuliI.K0.Mso. Far.'Uijilo Aiilisniu Peneira Casleifo SUPPLtiKfES. j Pnrfirin ■;.!.( ílmítiiiiuj .) i| uns Uuisih s tia Uellu J . i.n p teir. M>i:!i<íi!o J.iiè Pereira Pimeatei Vago Districio de Canasica, Sciscíhlegau s. JJ inuel Fui Msira de Paiva SoEPLEKTEÜ. Msn«id Pr adendo Rudtlgnes Uátaia V,.gf« Miiiioet Munes ÍCreirs Junior Joiujniin. Pi Ao fie Sii[s>ein> Jínistií Manoel Piiiair;. Pinto diluiu o V ioccutu Ferreira do .Vnorim fiistrüto ãe á/a n^arahy. SusnEf.sGAísü. Fraucisro Ladj&Iáu Pereira 0 de deremltm tfe l-Sõít. firestnü juramento a 10 dtjjiueiru do lSS7 . 4 d" junh i do IS5-J pre-Uou js.utauiíi ita a 20 ite juifm itn Í8..3 h d< j-iiilm !p 1813, js?es’oa jtimmon'o a 20 te iSaí 2> lio n"! "lííbro de 1^57 20 A'1 fiuef‘"ín ie )S;iíl, preMair jur»- ;i i 10 de us.rrn Jt’ 1853 } 1 Úi! u lie [857, jji eüln.i j ura- H-cnin .* 23 i! ■ <1 2i'iolsro d is 1857 k ;(o j.iuhu Oi; ÍSòJ, fuesiou juramento iL i 2 lio ag • i M U 1Ü 1853 ! 23 de Nciesnfcns rio 38a9 A d<# jn .i>n Oo 1831, preitfsi) jaríHReji> i: ( í iío jü!!;n do 18Ò8 S-iir] i)iin •!« I8à3, pmum f«rei«eato a O no ii dr .8511 4 (I'1 j;l I-ÍÍ 1S53, prestou juritOJWJln íi s 0 'ir j ..lao ri'' 185A A iJt jit d« I8õs juestmi jura mente a 2/ liti jiudio de 185.1 1° de juHin dc'1857, prpífcw* j»**»®*- tua 17 üyjuiiio tle 1857 5 J ; iie juiíb■ i de 185 J 27 de ju!üi> do 1859 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 BEIECADOS E StJjnELECADOS. 5 DATADA NOMEAGlu. * 4 7 DISTRICiTO DE MAYGARAHY. SüPPLENTES. José Gáudio de Freitas Vsgo Sebastião Vieira Machado Manoel de Siqueira Dutra Vago Manoel Nunes do Amara! Pereira BisiricU do Queimado. Subdelegado. João da Víctoria Lima Supjnmtes. José Monteiro Rodrigues Vellio Manoel da Rocha Piüiente! Freire Paulo Cantinho Mascarcnb-ns Mar celiuo Vieira Machado Vago João Vieira Machado Disíriclo de Carapiãü. Subdelegudo. José Correia Maciel Supplentes. Cyrillo Pinto Í-Iomem d'Azevedo José Francisco da Silva Mello Joaquim Correia da Fraga Josè Pinto Ribeiro Vago Antonio Ferreira de Queirós TERMO BA SERRA. Delegado, José Correia d’Azeredo Supplenles. Joaquim Fernandes Franco 25 de agosto de 1837 h de jonlio de 1853, prestou juramento a 1L de julho do dito anuo A dejonlio de 1853, prestou juraosentò a 5 de agosto do cito anno 4 de junhe de 1853, prestou juramento a 28 de oulubru de 1357 4 dc junho de 1853, prestou juramento a 21 de julho do dito annei h de julho de 3 853, prestou juramento a 12 de agosto do dito ;inno 28 de outubro » » 27 de fevereiro de 1861 27 de juibo de 1S57 25 de fevereiro de 1857 12 de maio de 1859 17 de desmbro de -183S 27 de fevereiro de 1861 1 8 de janeiro de iSG1 2!) iie moio de 1857 iíi de maio de 1833 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 DELEGADOS E SUÍÍDHLEC A DOS, DlvrniCTÜ DE NOVA ALMEIDA. inri n.i nomevção. Pedro d; Lima^ Vügu A ago 1)is'ricio de Linh ires, Sl; BE ELEGA DO. José Maria Nogueira da Gama Sitppí. estes: Gorlus Augusto Nogueira da Gama Jii'é ile Almeida ilü Pm Cajumi) Vago Alexandra Fi anrisco da Silva Calinori «1. Thomaz VAIuiijiFi CjInjuii riu Pi.i José FfancFccs da Silva Ululeda TERMO DA CIDADE DE S. MATHEUS: Cidade de S. Matheut. Delegabj; I. de Mello Coutiulio Vieira Machado Süpplestes. Gaspar Francisco Ferreira Gestauo Bentj de Jesus Silvares Matheos Antonio des Sauíos Conslanimo Gomes na Cunha Roulino Francisco d'ü]iveira’ João de Jesus Silvaras Junior íhslrick) da cidade de Si Matheos. Sgbdelegado. Cais José dos Santos Guimarães' Sdpplemtes, Vago _ Anlonio Leite do Barcellos Adeudato Anloaio dos Santos José Autonío Bustos João Gotnes dos Santos Manoel JoséRifardo Muricy TERMO DA BARRA DE S. MATHEUS. Barra deS. Matheus. Delegado. José Rodrigues Fontes Guedes Süpplentes. Joaquim Leite Pereira da Silva Tora Joaquim Gervasio dos Santos PorGrio dos Santos Lisboa Sebastião José de Amoriin Maciel 12 Ue us-aio de t Bi D 20 .ie outubro de 1S5S 21 de ou niiro de !?>.j3 17 de oii io itj í 65 / í 7 de marco de 13.37 ?J) » >i 6 do iig-isúo do ISell 11 do ooiiilji o de íSGí) 13 de Fevereiro de 18ÔÍ ■ 21 de julho de Í3o(> 11 d e o u I u b r o « 2S de agof ío do i 8S7 30 de a br tl de 1352, prestuO jur.monto a 1 2 dc junho do dito a;j:iü 1J de outubro de 1S3U 3 de março de IStJO H de outubro de 1800 11 » » 30 de abril de 1852 1-1 de outubro de 13(10 » , » » 10 de janeiro de 1800 11 de outubro de 1860 11 » 11 D- 11 » & Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Quadro dos substitutos dos «fuizes liimicipaes e de ftrpliãos da províueia do Espirito Santo, que teem de Servil* durante, o quatrieiimo que ílnda em 9 de agosto de 186%. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital dos-einiH^nte üttl']iczoiifarift dc Fazcutlii ds Frovincia da Espirii» Santo Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Esistom vogos um lugar de CKefe da Secçãu, de um Pralicanlp, e Amanuense, Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital 0 fnspcctor.—,/osfí JoaçuifH de Almeida Ribeiro. Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Directoria da tnstrucçaõ Public a na Victoria 30 de abril de 1S61, lilm.e Exm. Sr.—Era execução da art. á. 0 § 19 do reg. de 22 da junho de 1859, lenho a honra de apresentar a ¥. Ex, 0 relatorio do estado da instrução primaria e secundaria d’esta província, duranle a anno proximo passado., ! Ao pleDo cumprimento do mencionado §. se oppõe entre outras cansas, aiern deme fallecer a precisa idoneidade que, sou 0 primeiro a reconhecer, não concorra —em minha pcssóa, a falta da uma retribuição quede alguma sorte compense o árduo trabalho a cargo dos ínspectores flumicipres? dc cuja inspecçao inteliígeníe, regular, e activa, tapta deve depender 0 progresso o aperfeiçoamento da inglruc- ç5o em geral. Da ordinário as habilitações necessarús, e a bôa vontade de servir gratuitamento ach.ào-saaccamulatlás de diversas occupaçoes e, de outros encargos, que mui pouco tempo lhes permitia para seria e convenientements dadicarem-sa ás necessidades do ensino, e ás vezes até as próprias obrigações do soniço do expediente que 0 regulamento lhes irnpõa : 0 que entretanto difflcnlla a escolha, e frustra qnaso sempre as melhores intenções; r Assim que,esperei ato 0 ultitno de março 0 cumprimento doarí, tá §11 do reg. citado; e como nenhum Inspector municipal n houvesse snl5sFeilo, olüciei-Jhes pedindo encarecidamcnte qne rae fornecessem com toda urgência esses dados que carecia, para poder organisar este relatorio, dirigindo-me directamonte a alguns professores ;e alè esta datasò me respondeo 0 inspector da vilia da Nova Almeida. Não é uma censura qne dirijo ãos inspectores muuieipaes : tantas provas de zelo pela instrncçSo da mocidade tem dado aiguos d’entre elles, que fòra par demais in_ justo altribuir-lhes b que sò. deve ser lançado sobre as innurnoras difficuldades que par? uma inspccção activa evígilanle lería0 de vencer funccipnarios que, sob^e terem muitas outras occupaçães, servem gratuitamenta ao estado. Se nas províncias mais adiantadas, resta ainda muito por fazer-se quanto á ins- traeçao publica, ó que direi eu d'esta província onie apezrr das medidas des regulamentos e dos esforços dos antecessores da V/Ex. força é confessar , como já tenho lido a honra de declarar a essa presidência, que fora mister cerrar n» olhos á evidencia para deixar de reconbcer que mui pouco satisfactorio elizongeiro èo estado em que se acha a instrucçSo n’esta província, Espero porem confiadaroeoto que V. Ex. não esmorecerá na lucla, marchando sempre com prudência, reílsxão, íutelligencia, e seria dedicaçao aos interesses da nrovincia ; 0 que já tenlio tido a honra do reconhecer, não obstante o curlo espaço dè tempo ein que a administra, em raz5o das cunstantcs relações olíiciaes que nos íigão. ' . Necessidades de regenerar o p rofkssorabo, Para que 0 professorado se regenere, é preciso que reabiiilem-so os professores por meio do estudue psiu avquisição de conhecimentos superiores áqtielíes que de- ybm cmmmunícar aos seus alumnos ; que se estabeleças unidade de methodos e de Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 â ISSTfiUCÇÃO PÜ8UGA. doutrinas;. 1í,e i|ajâo casas apropriadas para o ensino, e os indispensáveis utensis;, que seja o ensino publica obrigalorio, que leis severas punão os attenlados. com- njeitidos contra os professores uo exercício regular do suas funcçôes, que se desenvolva por entre os professores o espirito de classe por meio de dislineções honoríficas e de certas immunídades; que se estabeleça para elles uns monte-pío sob, a pro~, tecçâo da | rovincia. Qualquer professor por mais dedicado que seja, por mais rigoroso no cumpri' mento de seo dever, nSÓ pode com os mesquinhos ordenados que tem, attenta a careslia de todos os geueros, ea importância desna posição, prover as necessidades da vida inormente se tem. família aquém sustente, lia de ser natoralmente tentado, a buscar outras occupações de que obtenha algum kicro; o que será em grave prejuízo do ensino publico. O professor da 2/ cadeira d'esta ca pitai j Dr. José Orliz, em um relatorio que mc (jirigio,assirn se exprime:—« Sinto verdadeifa dôr em ver que entre todas as medidas-, tomadas pelo governo de nosso paiz, para melhorar o estudo decadente da inslruc- ção, não estão as duas únicas que me parecem capazes de promover o renascimento, des verdadeiras luzes, esão: a i‘, o elevar os ordenados dos professores a tiraa quo- |a sutliciente para soa decente,e commoda subdstencia ; e a 2 a o cercar-se elle (o, governo) do mais rigoroso escrnpulo na escolha de mestres que não só possuâo ledas as qualidades moraes compatíveis com as suas tão altas atribuições, rnastam,- bein tenhão a capacidade de ensinar atè philosophia sem que a professem, porque aèrãe estas qualidades e capacidade o. mais seguro o iufallivel garante da aptidão, d’e!Je$ para 6 ensino prrrpario. « As consequências naturaes dessas duas medidas serão: l.° chamar homens habilitados para íogares que aclualmenle a ninguém convidão, até pt rque desgraçada- menle imprimem certo ferrete de descrédito e despreso : 2>" de taes cultores sò poderá vir aculíara que em breve fará da terra do Brázi! a mais rica ierrado mundo. aÇoncluOjded fando sobro este p nlo o ovais vital para o nosso paiz.quo emquanto. as reformas não foram emprehendidas na ordem que Deos marcou irrevogaveImeate para iodas as soas obras e as dos homens, quero dizer, ernquanto o governo se eia, peuhar sómente em reparações das parles superiores do ediíiciu que pretende re-, construir, desprezando as inferiores, os alicerces que o devem sustentar, eu não- espero-ver reforma alguma nesse edi-ficío da minha predição pelo que lenho sacrí* ficado e conliuüo a sacrilio r o meu futuro e o de meus filhos, sein ao menos ter o. pnsoio de receber dos pais desses, por qoem rne voto, o agradecimento, que a iniuha (.ousciencia se contenta cm esperar da posteridade e de Deus sobre tudo, que. vô o quanto trabalho, para que os meus alntnuos se tornem creaturas dignas de sea çreador, » JIexiiüjvos de ensino. ' \ ' - Aproveito este artigo para decfyror a V. Ex; que a pesar das verdades que acabo de expor, alguns professores cumprem bem seus deveres e a da 2. ^.cadeira d'esta capital, Dr. JoséOrtiz, tem habilitações supei sores às fnnrções que exerce. Portanto, e por st a soa aula aqaella que na forma do artigo 2.° da lei n.0- 14 de íi de Julho de 185-9, d jveoi frequentar os. professores, e os que se pmpôe.ati Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ÍN.'TRL'CÇÃO PUBLICA. 3 ensino da mocidade afim de uníformisBr-se o mesmo ensino, transcrevo aqui o que bie communiton este ultimo professor á respeito de uaethodos de ensino. « O roelho- do que roe tem ajudado a alcançar esses resultados, que provão uma reforma na marcha seguida até aqui em tndas as escolas da província, è o eclectico, porque é uma fusão ou amalgama dos Ires systemas de ensino, conhecidos com a denominação de inuluo. simultâneo, e indii iduai. Creio que cão é possível uma bôa eschola onde essos tres systemas, dando se as mãos a proposito, não sejão recursos de incalculável alcance para o mastro quo deseja dar e consolar solida instrucçãc aos seos discípulos. Por exe triplo para não deixar sahir da memória a intelligensia infantil os nomes das letras, as soas vinte e cinco formas tão variadas, as suas iunomeras combinações produzindo bs syliabas, é de mister que o menino nunca cesse de repetir o que uma vez aprendeo; para repetir com proveito seu e alheio, acatando a sen- tença—docendo ducelur—deve tomar a outrem a lição em que quer ficar mestre, N’esté exercício qoe multiplica o tetíipo do professor e fruet fica no infinito o seo trabalho; está a prova de que uso do ensino mutuo, mas sem me esquecer de velar inaito.afnn dc quo o alumno-mestro passe ao alumho-discipulo a instrucçSo tal qual. 0 do dicsmo modo que a recebao do professor em chefe. O limultaneo, o individualf e o mutuo tornão-se alternativa ou simultaneamente solidários todas as vezes que 'tomo lição commom de muitos alumnos: simultâneo, quando explico a todos os da mesina lição, de leitura por exemplo; individual e simultâneo, quando cada disci- . pulo lê a seo torno, ao passo que loduS os mais estão attentos seguindo com os olhos a leitura que aquelle faz com a minha approvação; torna-se o ensino iiinlno^ ijuaudo por oecasiãode algum erro commottido pelo leitor, eu, em vez de dizer-lhe logo em que consiste esse erro e o modo de o emendar, suando que reconsidere; e senão acha por si mesmo o acerto, passo a outro essa incumbência, alé que um ensine aos mais. Quando nenhum acertou, tomo a mim a questão e ent ò ahi appa" rece outra vez o ensino simultâneo. 0 Qualquer qoe seja porem destes melhodos o preferido segundo a occasiuo, nunca perco da ' isía que o homem não deve ser reduzido a uma simples rnachina de fallar ou calcular, dando-se vigor o preferencia á celtura da memória sò, com prejuízo lahcz irreparável do mais nobré dos nossos brazòes, a razão, que nos segrega de todas as crestaras que com nosco sò se confundem na sujeiç'o a leis immiilaveis e jjíinnonicas, impostas pela súpretna vontade qúe rejeita o universo. « Nunca esqueço que do numero dessas leis eternas é a quo rondemna o humem ao Irabalho repelido e muito repetido do raciocínioj para aperfeiçoar a razão que é sim a fonte do escasso saber humano mas não ainda o saber mesquinho que só o trabalho poderá alcançar. Aproveito todos os erros e alé os provoco, porque sò elies são os syinptoiüas palhngnomonicos que nie podem levar á,> diagnostico, e d'abi á cura da infertilidade especial ou idiosyucrasia do meu cliente e pupillo. Se na minha clinica descubro uma moléstia d’es!a ultima especie ou a tão incurável do idiolismo ou estupidez, resp ito-a, sem comlüdo deixar de procurar combatel-a pelos meios ov mais brandos que mc podo inspirar o coração guiado pela religião Christü e sinceros e persistentes desrjos de acertai'. 1 Se é uma enfermidade cur.nel.como pnr exemplo,a falia de attenç-ão e de amor ao trabalho, pragas as mais communs, contagiosas,fataes, e rebeldes da população da éschola; recorro a todos os meios, dosOe os branlos a'éaos mais otiergicos, c para Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 A miRUCçÃo PUBLICA. : debellar o mal não hesito ante de nenhum dos arbítrios conferidas ao mestre pela® íeís Ua razão, que são as leis da religião resumida» no codigo denominado—as obras de misericórdia—e santificados pela nobre e sublime missão do mestre eschola, que é tal, porque é a delegação mais ntil e vasta da sociedade; por isso que reune e re^ sunje ém si quasi todas ãs attribuíçOes das diversos auctordades do estado, desdo o poder moderador e paterno a!é áo de carrasco, Sem que se degrade pelo exercício das attribuições d’esle, que só alça o braço por ordem de Deus e da justiça humana, qus 3ò è justiça, quando se aproxima da do messio Deus que níia quer a impunidade, e por isso não a auclorisa com o exemplo. E se depois ine resta algum pezar é de certo o ver, que ainda assim não pnsso conseguir todas aS curas que desejo radicaes nj estes doas malditos gormens de cancros, congênitos da humanidade, qtn?, por iu- coria dos pais ou dos mestres, ou de uns e de outros ao mesmo tempo, crião raizes e rainniBcações tão profundas, que tornão curtissíma e impotente, para eslirpal-as, a rirão do mais habi! operador. » Substituição nas escolas, t Usando da attribuição que rae confero o art 5. ® §20 do reg., tenho nomeado paru substitutos de algumes cadeiras de 2a classe cidadãos que, se não leem todas as habilitações necessárias, são os mais idoneos que se tem apresentado para as respecr tivas cadeiras ; lendo em vista que sendo a nomeação provisoriai proporciono-líics meios de habilitarem-se para o professora do. . , ; . _ Essas nomeações forüo opporlunàmeute commtinicadas a essa presidência. IssTitrcçAõ Secundaria. O ensino secundário è ministrado em utn lycêo onde se ensina.íalím, frun&çz.geo-! graphia e historia, philosophia racional e moral ; e em tres aulas de latim avulsas na cidade de S. Matbeus, viüa de Benévente- é vílla da Serra, achando-se vaga esta Ultima, bem como a do philosophia. 1 Cabe aqui repetir o qne tive a honra de ponderar á V. Ex. sobre a falta de uma aula de aríthmetica. Não existe tua todj a prmincia uma ca d e i r u de arilhmelics, sciencia que tendo occupado em todos os tempos os gênios ma.s vastos, é util em todas as profissões, e deve ser considerada como um dos primeiros ramos da inslrurção publica; pois dirige as mais belhis especulações do commercio, e sem eüa o homem mais instruído seria ai cm disso incapaz de exercer o menor emprego. E finaíin*nte serie de bigo e do introducção ;i L idas as partes das JlathemeLicas, porque é sempre aos números que cumpre reduzir os resultados dos cálculos. Éxm. Sr. Os governos sábios c presidentes conhecem que para felicitarem seo es- íado não basta somente fomentar a agricultura, as artes, e emumerein, e ter um bom exercito e marinha; masque cumpre mui principalmente dar ao povo educação sci- (Uilííica é moral; é tanto é assim que para ajuizar de qualquer nação basta atten- der ao estuda da's scieacias e dos costumes. Tamanhas vantagens valem .pena de alguns sacrifícios,—Deas Guarde a V. E*_Ulín, e Exm Sr Dr José Fernandes da Costa Pereira Junior, presidente das ia província.—O Directo;, Dr, Antonio Rodrigues de Souza Brandão. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 $.o23.—Djlp.ectokia da Instrucçaõ Publica na Victoria, 3 de abril de 1S6Í1 Cumpre que Yui. apresente o mais tlepress i possível mn relatorio desse aula indicando as reformas e meihoraniauíos que julgar convenientes, jónlando l.° uma relação dos moveise utcosis 3'essá áula, com iiiforièiçâo de seu estado $ época de soo recebítnenlò ; o orçamento des despczas necessários para a mesma escbobi n» ànno protimo vindouro. , , Observodbe que esse relatorio ine servirá de base ao que nie cumpré apresentar âu presidente da província, até 0 ultimo deste mez, Ôcas Guarde a Vm.—Dr. AnJonw Rodrigues tfc Sousa B>tiMãa . UIin. Sr.—Em camprimcrito ,las ordens qò: rne traomnittio V, S. em dita de 3 So corrente, jèhtq e«»io à V. S. o relatorio, relação, e orçam ntn fX gidos.—Deu» Cuardé a V. S.—Yietorin 9 de abril de 1861,—Ilím. Sr., Dr. Antonio Rodrágue, de Soo a Brandão, D. director da ínslrucçãò publica da prouiiuii. —Dr. 3osé Ortiz Professor da 2.a cadeira. lilm. Sr. — Em 13 de setembro de 1859 toméi conta da 2.' ca leira de ínslrucç o prima; ia d’esta cidade om virtnde da resolução n.n 330 de 5 de setembro do mesmo ànno. Achei n’csta aula 4! aftsmnos, sendo!) de Grainmatica e Antlwi.etica. 16 de leitura dc Sliaso de Naotoa, de á/nonjr.-nos, (fe.i e os mais de Catacjsin y, Sylabas e Alphabotni, os q tines* apesir da úmbania inslrucção qne m ostra cffo em exames que pr oi o Jí para de idammte classifi al-os om conf afinidade com o árt. 11 do regimento interno para as escolas, conservei nos mesmos livros em que, se aibavão^ por aconse!har-me a prudência a tempnris içãn com ess-estado de ignorância tão profonda e lã» geral, e qeu dese ivoh imanl-j a proprios es Torças contra as vicissitoJes di vida, e não aos da mestra nenhum, por mais zeloso, echristSo quo seja ; quo, outros, pola sua dualidade, capacidade meural, e poucos annos, pareçião- U)3 «Sorocer algurun probabilidade de apr ivoitam.uilo; que outros, íiiialmente, re_, preseniaram o terreno virgem em que a mão do horne n pò Ia tentar cultura mais ou menos prosp ra, conforma os elementos componentes do mesmo terreno, e os rec-rros rio cultivador. Aos da 1.» ospocia não abandonei, porque impai tava isto um crime na minha missão, mas tratei de hibllihi os, co u conselhos, exemplos, e perseverança no trabalho, a tomarem algum destino mais proaiplo. D’este nutnero já se aeháo 5 em di- vrsos empregos, du que tíião, se:i3o os meios de subsistência, ao menos a mais augura p ira ella, a eav.itvjjção dgs li ihilos que pl mtar a vid s Uboi iosa das eschoias. Ovd.i 2.11 especia corresp tndarão ás osperanças q«edav5o da aproveitamento, saÍ! ndo sete pro.mplus este ann>, dos qu.jes 6 estão matriculados Das aulas de Latim e Franccz Jo Lyea», não sabendo eu o destino que tomou 0 7,°’ Corn os da 3.a categoria tenho envidado e contínuo a envidar todas os forças que tnu dão a vocação e amor á profissSo qoa exerço. E muito er entendida como convem. O meihodo que mu tem ajudado a alcancar esses resnUados, que provSo uma reforma na marcha seguida alé aqui em iodas as escolas da Província, é o eclectieo, puis que è uma fusão ou amalgama dos tres systenus de ensino,conhecidos ema .i denominação de mutuo, simultâneo e individual. Creio que não é pus-dvid uma boa e-eda onde esses Ires systemas, dando so as mãos a p-oposiU», não sejão recursos da incalculável alcance, para o mestre que dirija dar e conservar soüda ins rucção aos *.íus discípulos. Por exemplo : para não deixar sair da m :m >ria e intellig : dizer lhe logo em que ^insiste esse erro e o modo deameniar, inanloqua reconsidere, e sen to acha por ui mesmo o acertu, passo a outro essa incumbência, ate que um en.-in i ans mais Quando nenhum acertou, tomo a mim a questão, e então abi apparcce outro vez o ensino simultâneo. Qualquer que seja porfrm iFestes mAhodoà o preferida segundo a occasião, unnea porco de vista qus o hotrum n»o devo ser redundo a uma simples machiua de foliar ou calcular, dando-se vigor e proferem:ia á cultura da memória só, c»rn pvjoizo talvez irrepnravel da mais nobro dos nossas hrazões, a razão, que nos segrega de todas as creuluras que cornnosco só se confundem na sujeição a leis iminutave:s a harmônicas, impvstas peta suprema vontade qua regula o uniiersn. Nunca esquece que do numero d’ess35 leis eternas é a que conJemna o homem an trabalho repetido e muito repetido do raciocínio, para aperfeiçoar a razão que è vim a fonte do e>c«sso saber humano, mas não ainda o saber mesquinho qse sò o trabalho podará alcançar. Aproveito todos.os erros e até os provoco, porque sò eües são os sytopt-jmas puldo- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 4 isstnucçÃo PüBLlCA. gnomonicos que ma podem levar ao diagnostico e dahi á. cura da enfermidade especial ou idiosyncràsiá de meu, cliente e pupilto- Se na riitnha clinica descubro umu diojestia destá olliina espccie oa a tão incurável do idiotismo oo eslupidez,respeito-a sem comtudo deixar de procurar comb ilel-a pelos meios os mais brandos que ms, pode inspirar o coração guiado pela religião Chrlstãe sinceros e persistentes desejos da acertar. Se é nma enfermidade curável,como pur exemplo, a falta do atlençito e de amnr ao trabalho, pragas as mais commons, contagiosas, fataes e rebeldes da população das escolas, recorro a todas os meios, desde os mais brandos atè aos mais enetgioos, e para debellar o mal não hesito diante de nenhum dos arbítrios conferidos ao inoslre pelas leis da razão que sSo as leis da religião resumidas no codigo denominado—-as obras do misericórdia--e santificados pela nobre e subhnye missão do tneslrè-escola que é tal porque é a delegação inais ulíl e vasta da sociedade, por isso qus reune e resume em si qcasi todas as atiribuições das diversas autoridades do estado d cs le o poder moderador e paterno até ao de carrasco, sem que se degrade pelo exercício das altribttiç&es deste que só al^a o braço por ordem de Deos e da, justiça humana, que sò é justiça quando se aproxima dado mesmo Deos que não quer á impunidade,e por isso não a autorisacum o exemplo.E se depois me resta algum pezar é decerto o ver que ainda assim não posso conseguir todas as curas que cfcsojo radicaes u'estes dois maliitos germens de cancros, congênitos da humanidade, que, por incúria dos pais ou dus mestres ou d’uns e doutros ao mesmo tempo, criSo. raizes e ramificações tão profundas, que tornão curtíssima e impotente para extir- :pal-òs a inão do mais hábil operador. Quanto a reformas, minha opinião é que netihoma serà fruclifera na ínslrucção superior, se não for cimentada na primaria, porque creio iinnemente que na terra, que ahi for m '! rotenda miuca germinara bem a semente que lhe for lançada, e, que, só em tul terra tnauinhauniia ou mais sementes derem plantas, flores e fruetos, es- Fs não poderão ser, com justiça, attribaidós nem agradecidos a outra mio senão á. mão que tem o poder de incluir no craneo um cerebro capaz de aninhar uma alma iFessas que dispeós.ão mestres, saltão por cima de todas as regras e eondicções humanas, e chegão sem fadiga, porque chegão sem trabalho, ao fastigio que os colloea junto do foco dé Imes d’onde sairão as suas. Em conformidade com esta com icção, sinto verdadeira dôf em ver qne entre todas, as medidas tomadas pelo governo da nossõ paiz, para melhorar o estado decadente, da 'instroéção, não estão as duas unidas que mè parecem eapazes de promover o renas- cimeiilodas verdadeiras Íjz s, e são : a 1.“ o elevar os ordenados dos professores a ema quota sufíiciente porá sul decente e commoda subsistência ; ea2." o cercar-se elle proprió (o governo) do mais. rigoroso èsçrupulo na escolha de mestres que não *óp>ss-So todasasqualida.les mWaescompativeis com as suas tão altas atribuições, mas também térihão a capacidade de ensinar até philosophia sem que a professem, porque serão estas quulidades e capacidades d mais seguro e, itiÇaUivei garante da aptidão d’elles para ó ensino jprimarinl As‘consequências naturaes d’essasduas medidas Serão : 1.® chamar homens habilitados para lugares que acluahnente a ningnem, cmvidão, até porque desgráçadànientè' imprimem'certo ferrete de descrédito e desprezo! 2.° De taes cultores sõ poderá vir a c 1. ura que em breve fará da terra do Bra,' stl a mais rica das terras do niiuitio. ‘ ! " Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 instbccçaõ publica. g fkndue, declarando sobre este ponto o mais vita! para o nosso paiz, que einquan-; Ipas reformas n3o forem emprehandidas na ordem que Deos marcou irrevogavelmen- íe para Udas as suas obras e as dos [romens, quero dizer, em quanto o governo se empenhar somente em reparações das parles superiores do edifício que pretende reconstruir, desprezando os inferiores, os alicerces que o devem sustentar, en nào espero ver reforma alguma n'esse edifício de minha predilecção pelo qual tenho sacrificado e continuo a sacrificar o ineu foluro e o de racos CUioâ sem ao menos ler o consolo de receber dos pais desses, porquem me voto, o agradecimento que a rninhí consciência se contenta em esperar da posteridade e de Deos sobre todo que \è o que trabalho para que meus alumnos se tornem creaturas dignas do seu croador. Victoria 8 do abril deJSfil. Br. José Ortiz, Professor da 2.a cadeira de instrucçSo primaria da Vicloria, ÍÍELAÇÃO DOS MOVEIS E OUTROS OCJEÇTOS, PERTENCENTES A*S ESCOLAS DA 2,4 CADEIRA DE INSTRUCÇAO PRIMARIA DA VlCTORlÂ. 4 Cruz de maJeira. 2 Mezas grandes para a escripta. 2 Bancos ditos para essas tnezas. 47 ditos para assento. ■ 1 Tamborete. |0 Quadros com exemplares. iO Cabides para chapeos. 30 Calbecismos históricos 8 Ditos de Moplpellier, & íris clássicos, J*2 Jíethodos faeiilímos de Muntevcrde. 3 Thesouros. k Grammaliças. 10 Taboadas, í Livro de leis da Província. 1 Dito para assentamento dos eompendios dislríbuidos aos alumnos. Aepoca do recebimento, dos 7 primeiros artigos d’esla relação não sei, porque teve lugar antes de Imitar eu posse da escola : parece-se eomtudo muito andga a julgar pelo aspecto d'esses objectos. Quanto a epoca do recebimento dnj objectns que seguem é a doscathecismos histéricos e Íris, l.R de outubro de 3860; a do livro daslois da província, 20 de agosto de 1860 ; a de todos os mais livros, 16 de janeiro ge 1860. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 <5 IKSTBUeçAÕ PUBLICA. O estado de todos os moveise mais objeclos permiito esperar qut do eu alguns annos ainda. Víctorla 9 de abri} de 1861. Br. José Ortiz, Professor da 2.“ cadeira. Ofl.ÇAMSNTO DAS DESPEZAS NECESSaRIAS PARA A ESC >LA DA 2.° CADEIRA DE INS- tucc:aõ primaria da Vjctoria. 1 Meza com gavetas para o professor 3 Cadeiras para o professor e visit *s 1 Quadro de madeira para exercícios arjlhmeticos. Giz, pcnnas, tinta c papel; talha e canéca Yietoría 9 de abril de tSC.f. ia#ooa 13 #000: 8#ooo- 16#000 5i#ooa í)r. JoM Oí'tiz,_ Professor da SLs cadeira. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 lllin. e Èxm. Sr. — Cumprindo com a respeitável portaria qoeV. Ex. dignou-So- tne dirigir cu® data do 1,° de abril proximo passado principiarei recorrendo a benevolência do V. Ex., para disculparas imperfeições d’um trabalho para o qua! mói faltarão vario'® conhecimentos essencí es a respeito das explorações quede tempo remoto atè cà ForSo dirigidas atravessando as matlas virgens que occupão a maior parte da surperficie desla bella provincia. Para conhecer da direcção convenientes dar as vias de comoHinícações as mais necessárias, indispensável e basea-se sobra os dados da Esjalisíica. Existem por ora tres mercados príncipaes para o cotiimer- cio de exportação ede importação j são elles ; o porto da Vicloria, na pirte centrai do liitoral, este da barra do Rio Rape mi rim ao bul, e ao Norte este da Barra de São MoSheuí ; estes tres mercados reunidos resumâo pouco mais ou menos una movimento commercial de exportação de 1-,600:000$) rs., sendo a importação de 900,000:000 rs., o que dá a relação de 5 a 3 entro estas duas especialidades de cumrnercio ; de mais este movimento comuiercia! reparle-se corno segue entre estas tres partess Vicloria . . ltapemiriiu . São Mathous. ExpoktaçaO. 30 20 50 100 Generos kacíonaes 70 20 10 100 lilPÓRTAfAO. Gemeiios ESTUANG. 60 30 10 100 Considerando agora a industria agrícola pode resumir-so pouco mais ou menos como segee o seo estado material e producttvo. Vicloria. ltapemirim S Malheus Naiureía nos productos líSTAÜ liLEC l ■ Braços Cale, cíinaj milho* arros* feijão mandioca . . 333 2128 Idcm mas com especial!- dadetana. . • • 343 4254 Idem mas com especiais’- dnde a mandioca . . 324 2966 TOTAEB . - ■ 1002 9348 866,520; 000 594,280: 000 678,940:000 -------------— 2,139,740; 000 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 ENGENHEIRO HA PROVÍNCIA Não ssnota nem progresso notarei nem deeadoncia, depois Já anuos. neste esta se muito pouco desenvolvida pela sentida f.iKa de pastos nalurues . pode avaliar-sa pouco mais ou menos cortio segue na comarca da Tadaesta producção e Ciímmercio s lisfuzom por hora as necessidades (1’iimà população oproximaliva de cumaica da òccupaudo apenas a 16 parto da soporficiâ desta província que pode ser avaliada çntro 1,700 a 1,800 léguas quadradas. Mas em vista da posição lupographic» Justa província cercai!» no Morte, Oest e Su! por Ires prnvmeias tulde existe a grande cal tira, sendo a du Minas Gcraes, ao Oost, inieiessnda a aproioitar dos portos que existem aqui, ma parece de necessidade—calcular d sde já srtbro o resultado que trama marcha piogressiva da agricultura c do contmercio ; novos portos hão de ser frequentados e tornar uma im- potlancía comuteiciul igual a es!» que já lha prorlignd a natureza, diindo-lliu o abrigo e o fondo (Ragòa necessária para os oncuradouros ; estes novos portos serão Gaarapary « Santa (hui, de Ul sorto que ino parece prudente que desde já as estradas a abrir ou a conservar sejáo dirigidas s ihrc ostos ciiico portos principaus, para diminuir o preço sempre excessivo dos transportes per tcira, o que facilitará o auginooto dos produetos nosmoriadoí e dará um augmenlo proporei nado ná renda dos impostos. Os meios de comtmmícüções que existem nesta província alo de tres ordens, oú flotines e mariliroos ou terrestres, Examinarei em primeiro lugar o que é telaliro a navegação fluvial, mariíitnoe os ancoradouros possíveis. Rio Itahapoavva. — Sorve de divisa com a província da Rio do Janeiro ; é navega- ve! psra baseas até ’(t legoa ao Oost, e pura canoas ntó 10 legaas logur omlo comoção ascaxoeiras ; u sua hafiu sendo abrigada de nenhum lado 0 o candl puoeo fundo o variável, fica pouco aproVidtsmd. Rlolupcmlrim.—Na barra deste rio existo teimo medio rias heras de cheias 10 0 na vasij de ia 5 do fondo ; a Gibi d« mesmo nome e sita a meia legoa no Oest; sendo este riu navegarei para pequenas barcas ate a distancia du ^ (je legoas ; o para canoasatá 8 legoas aonde tomeçãn as caxoeiras. O pmlo não apjiresenta condições favoráveis de ancoradouro por não ser abrigado. Rio Pi uma.—O Rio Piutna quuíai buria a 2lcgua? ao sul da viilado Bencrcntei Um termo medio 7 de fondo nas nmús o á mis -asias ; é »6 na regaiol para enuotís dn JeciiOsii ; o valor dos produetos ie rnaics e 7 mis vasias; o riu d na vegavel <’íii ternpo se< cn paru bar* eus pequenas até 3 distancia de 3legoas;pura maiores que demandem alo IR som tifo 2 lesjous ; paia tauijas grandes c uavegavcl até o lugn chamado Snnl A una rn, i^ de \ |,;go3» acim i da bóirn, no tempo dns aguas, porem, chfgSo as eanôis até á«>i- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 4 ENCEJÍJHÜRO JJA PROViSClA, tio denominado SiuiSo pouco abaixo do priuuiiio caxocíro; tom este tio ornle conílue o Peroqueamiricn de l(j utfe 0 de fondo : o Petequearriú im do 9 até 5. e é navegável para barcaa em maré (hei;) até 2 léguas e até 2 i/s para pequenas; condas grandes vão com maré cheia até o Inger denominado Gampinho. Rio Doce.—Principiando da sua barra, o Rio Doeo tem termo medio 15 nas marés e 8 nas vastas ; mas fóra tio cordão tem mais de 50; dista 8 legoas da villa de Linhtnes, iio acima, A entrada deste rio é difiâcuItaJo pelo mcnidiço canal que não se pode indicar d'uma maneira certa com boias; ronseum alguma despesa, soiia possível evitar esia« difliculdades abrindo as lagòus que se termintio no Monsaròs e talvez, mesmo com menor despesa, abrindo as lagoas do campo do Pt 1 acho e dos Comboios. Barcas que deriínndão de 10 a 12 podem navegar alò d "lagoa filem dos ponlaes, e com diíficnl- d ades podem chegar barcas que densamláo 8 a 9 atà o lugar c bani ado Pomapo, 3 lego as sScm dos pontues. Paru caudas de 700 arrobas, fora da tripolaçan é oavegaicl livremente até o porto de Souza, si5 jtígoa aliaiso da confluência do rio Guandu que serve de divisa en» lie esta pioiiruia e a de Minas Gera es. Rio de S. í.lutheus. —Forma nm porto que tem termo medio 10 de fundo nas marés ts h i\ana vasi-i; dista 8 lego as rio acima da cidade do S. àliithcus, o rio tem lOlcgoas de mivcgaytlo, 2 alom da cidade, para barcas que demandão até 8 (Pagou com moté díeis ; para caudas grandes de carga é nuegave! aíá lò legoas da barris, e ptra canò.is pequenas hé iiiveguvc! muts 10 legoaa, Rio Mncory. — Divide esta província coik a da Bahia, e è navegavel por barcas que dciiisu íão até 10 dhigua até u porto do Santa Clara, 8 legous acima da bn- ra, onde com -ção as cnvoaifas.—Tal é u estado dos pdiuipaes rios qno dosaguar» no mar ; não fu Hei da naiega^ãn com cuô s pequenas de vários afluentes destes rios, 'que com potien despesa pira os limp.ir, facilitarão muito os rocios de transportes fu- loi os e por bufa o i cciuihueiiiuioto das florestas que íncubicm c escondem fetltiU- bimos Ler remis, IGtrnd.is.—Passarei ao exume dos meios de comim)n'ca;iio por terra. pomo Üsfingciro o estado cm que se aclião por ora as estradas ; nem se ínn seguido, nem mesmo iniojitudo nm piano gorai a respeito d’um a questão de tamanha impmfancia; o que foi «cm duvida o resultado da facilidade das comtnunicoções pelã Costa, e do poocu o« ue ilnun trabalho agricola principiado rnãis no centro ; mas hnjo que a necessidade obtiga os hahitniiíes desta província ir pt oeitrar no interior terra» novas, o que o Governo imperial dá o maiui iropuíáo a < ulonisüçãf', os caiiit- nhus eiilraoa soo torno na csphera das necessidades locaes, para poder converter em apiasivcis e cirtivmías povoares as asperesas lc*lamente teconheridos; como me consta, parece que uma das picadas antigas füiábcutaem direcção das cabeceiras do rio Gu n:iú. atravessando terrenos ferieis, qoo hoje, nestes centros, são occupnios pir doas pequenas AlJèas pnv.oadts ce.n, hidies quasi mansos. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 6 EKOENIIEIRÚ O A ríiítVIWU. A estrada de Santa Therezn, que do antigo quartel do Timb.uy segue pora o Porto de Sousa nu Rio D >c.o, mha-SG intransitável; reabrindo dia, couro será neress ifio Visto ]á ler animoses lavradores que procurSo esle* ricos matlos, será nccossmio, seguir uma dÍreeç"o mais apropriada as necessidades do transito, e facilitar mesmo por meio de concessões gratuitas, mis vizinhanças do Porto de Souza e do rio Santa Joanna o esliibeleLÍm nto do certo nmnero de homens robustos decididos e promplos n manter os Indígenas, iuteiramente selvagens, que por aii vagão. Ensaia-se unt caminho para commnuicar diieclameatc pelo interior a víila do Linhares com a cidade do S. M.ithens ; não existe mais vestígios desta impurianle tentativo, qnc, sendo renovada o hem dirigida, havia do reunir estes dois povoados dom 8 a 10 legoai de estrada, ç facilitar o desenvolvimento das riquezas agiicolas das ubsrrimíis margens do rio Doce, IIa tiez annos qtie a companhia do Muctiry mandou explorar e ah: ir uma picada entro S. Mstlmus e o Ribeirão das Pedras, na estrada dc Philàdelphin a Santa Clara; esto serviço, iPusna extensão total uo22 legons, íieou até hoje sem outro melhoramento. Os mineiros abrirão também uma picada que subindo de Pessanha, atravessa a Cordilheira dos Aymorés, passando puLs cabeceiias do rioS. M.uiheus e acabando na estrada de Philadelpliia. A isso sg resumo o estudo actual das vias de çommuni- ca^ões ger es por (erra que existem por ora nesta província; caminhos que forão Ou abertos ou mantidos por motivo de necessidades do instante, sem calculo dos interesses do futuro. Tintando d'uin systema geiol de vias de cominunicaçõcs o estabelecer, altendemlo a uma utilidade mais remota,parece-mu que tomando por base das transacções com- merciaus os cinco mercados marítimos dos qoaes p foliei no piincipio, seria utiL l.° Retificar e conseilar a estiada da baira do lio Lapemirim a divisa da província com Minas, para facilitar e accrescentar o movimento commercial já existente nesta direcção. : 2 11 Atuir dcfinitivamenta uma estrada enLre Gusrop ry e o Aldêamento. 3,° Retificar e consertar a estrada do S. Pedro dVdeantnra, h,n Retificar c consertar a estrada do Santa Theresa. 5. ° Abrir uma estiadu que da vi-la d 1 Satila Lruz va procurar as cabeceiras do lie Santa Joarnia, ate encontrar a estrada de Santa Theiusa. 6. ° Abrir na margem direita do Rio Doce uma estrada que, neste lado, serfi sempre no ai» transitável, que nó itdu esquerdo, muito pantanoso u mais sujeito as ag- gressões dos setvago is. l.° Ds viíla da Barra de S Malhens abrir na margem direita deste rio uma estrada até encontrar as cabeceiras do rio do mesmo nome, no lugar onde passa o caminho aberto pelos mineiros em piocorada estrada de Santa Chira n Phil.ideiphia. 8.» Cortara província na sua maior extensão com urna esvrnd» que partindo do Cachoeiro dé lt-ibupoana passará no C.ichooiro d,; Lapemirim, .scguimlo depois o va He do rio Castelloem procura do aldeameiHo, pala seguir depois todo o valle do Gumdú até o Rio Doce, Çòiiliniiar esta linha, partindo novamente de Linhares cm pincnra da cidade de S. Malhens e seguindo do lá a picada que desta cidade segue p.nao Ribeiião das Pedras, afluente do rio tuiiciny. (dom este systema geral de vias de communicaçõos «btir-se-In ímmensns terrenos cobertos de uiattos atè agora quosi desconhecidos, fccilH-.mdo deste medo a regeu.e- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 EBGESUE1RO Í>A PSOVIMCIA. 7' ^ãçüo da rafa Indígena que por nli existe pondo el!a em contacto com a civilisaç c ofíereccndo-lhe meios do trabalho o que havia augmentar a população lilie com grande vantagem para a Invoara e as artes Este üystema indica por si mesmo a direcção a mais vantajosa para venda das terras devr latas e para o estabelecimento de novas colonias; eatcmb n lo cn quo seria mni ytil 1. ® Reservar a venda das lanas devolutas nas proximidades deste systemu de estradas aos nacionaos, puf ser elles mais acostumados ao modo tle viicr isoladamente. 2. " Aldear os Indígenas entie as colonias novas e dão separada mento para facilitar o desenvolvimento uiojal deste pou) ainda na infância da vida. 3. * Estabelecer o colonisaçãa em pequenos no.claos, sendo ella nacional e estrangeira « a proximidade uma de outra para fundir muis rapidamente as raças e formar uma só nacionalidade com estes diversos elementos. A respeito dos lugares prepriospara a ceiouisação partindo do sui cuido j.á existe a fertilissim.i colônia iln rio Noio, princindu por uma companhia existente d'aü a diante até chegar mui perto de Benevente um len itorio já medido por ordem do Governo Imperial, quo podia ser utilisado para o estabelecimento d’uoi« nova co- Eoaia. Nos sertões do Guarapary tem lugar a principiar tarnhem hum a coionia que podia ser dirigida com grando vantagem em direcção do iddeamento quasi inteiramenls abandonado hoje pelos indígenas e que por este motivo pode ser franqueado ami industiiosos mineiros que já proctirão este lugir, o que havia de facilitar a entrada do ferlilissituo valia do Guandíi na extremidade do qual existe já um principio de co- IonisoçSo, decadente desde seo nascimento, por falia de vias de comriiunicaçõcs e de mercado; comludo seria uül deixar aproveitar oa mineiros dos Uabalhos já alli existentes, concedendo a ciíes prasos ao menos de iji de legoa em quadro. Nas margeas direita e esquer ia do Rio Doce, eulic o Pm tu de Souza ía Barra, existem derruba los e algumas plantações feitas por conta do Sr. Dr. França Leite; sendo hoje estes terrenos propriedade do Governo ímpeiial, podem clíes ser aproveitados para uma Coionia Militar, no flui repeliu as incursões dos seFagens antro- pophagos que vivem nas bivnhas da margem esquerda. • Entre o antigo quartel do Timbuy a Santa Grnx os terrenos cobertos de mattos ri {uisvitnos com madeiras de pioço, pedião »et* ciiüsa-Sos depois do corte destas madeiras; ine pareço mais vantajoso deixar a companhias ou mesmo a particulares, mediante condições exprosSas, o trabalho de povoar terrenos qnü lhe lendo fornecido lucres grandes, podem e devem ser atilisados mais tardo para a Itivouri. Deste modo seria possível conseguir com brevidade, rne parece, povoar todo o ijnmenso território davoLuto quo existo entro o rio Uabapaaiia e o Rio Doce, território que abrange ao menos 7 o 800 léguas quadradas, superfície que pode abastecer a mesmo enriquecer mais de 25,000 famílias. Do Rio Dure ao rio Mueury; o interior acha-se inteirainonle desconhecido; explorações bem dirigidos serão indispensáveis para poder aceitar um jimo sobie os lugares a povoar; observarei coin tudo, que abrindo-se a estrada queiudiqueido- b.iixo do n,° 7,en(ve a borra deS. Mathtuis e as cabeceiras do rnesm rio, isso facilita' íia a povoar rapidamente lodus: estes sertões. Taes são as considerações gomes sobre as quaca baseei o systema de vias do cotu* niunicação que indiquei. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 8 KSGENHÜlRO DA PROVÍNCIA Kesla m: examinar os meios «connmico» a empregar para conseguir os fins pro» jactado s ;a respeito du* lios navegáveis a ha-sa impossível avaliar sa u J aspe ia qu<> poderá exigir a limpeza em certas pailes ; isso d mon iorá do exames feitos em leip • pu o ppoj tujin. A lospcito ííe estradas, lendo ad optado em psineípio inalterável, a direcção gerai u dar aos noves núcleos de populaçSo e aos Irubafhos da lavoura, se ptiucipiarà os trabalhos depois de estudo completo do terrenp pas/a determinar a direcção a mais vantajosa o dár os oliubamen os, cujos declines nunca ex; ederão 7 n/u ; sonde pri ■ incirantonle abcita oma picada, de lã de largura intoiramento limpa; a lego» de picada desta sorte sendo executável por preço dc l:l7G|J0üQ reis; mais tarde, quando utu transito lubUmi! lerá feito reconhecer a necessidade, transfoimar esta pirada ein estrada, seiã sempre com 15 do leito jà assentado que cila serà 1'o'inada ; sendo derrubado dc cada 15 da largura ; esta estrada definitiva com sous paredões do pedia secca em caso da attervos de seus caitaes transi crsaqs e seus poulÜbÇtes, ctisíaiá â;500g000 réis por legoa. Kxcadendo do 20. o comprimento das passagens dfagoa, será preciso c!e pontes, que eiljficudas de rnadena sobro prgões e pilares de alvenaria custaiSu 21??30q reis por palmo de comprimento ou l/(33iH)QO ruis cada braça quadiuda. Parece-me evidente que nfio podo existir na execoçâo do tal projecto impossibilidade financeira, estas obras devendo seguir o movimento progressivo do desenvolvimento agiíc»?a e commerctui, desenvoh im.ento quo deve ser dirigido de maneira que o lavrador seja sempre collocado em dreustamias tacs que ema trabalho o economia possa ello iafallivelmeute prospeiar, o que tambein uccresccnlará progres- sivatnenteo prodvicto das revidas e facilitara o acabamento do systeuia, que lenho a honra de submeller a alta apreciação de V. Ex. de quem espeio benigna desculpa para as faltas que neile encomra”.—:Deos Guarde a V, Ex. —lllm. e Exin. Sr. l)r. José Furna tules da Costa Pereira Junior.—Digníssimo Pi çsidcule Jesta Província Cidade da Vícloria em 30 de abril de 1861,. Eugênio de l(t dhirtutie/re — Engenheiro desta Província Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 N ° 29.—liim, e Bxm. Sr.—Ordenou-ma V. Ex. em oflficío de2 do corenta sob n,c 17 que íhe enviasse atõ o dia 30 óortiais tardar, ani relatorio minucioso a respeito do sertiço que està á cargo desta roparíieao, e com especiulid da a respeito das colonias, obstáculos que estas cneonlrão, nieios de remedial-os, natureza du solo,, em que estSo situados &. &. Passo hnje a cumprir a exigencia de V. Ex. da me- ibtr forma. c|«e nie fur possível e segundo os mesquinhos dados qee existem na repartiçHo altanta a falta de informações pedidas aos difTerentes empregados eui relação com ella, e que até esta data poucos reccbi. Gomo V. Ex, sabo, e já fu ver ao antecessor de V, Ex. o Exm, Sr. Dr. Pedro LeSo Vullozo em 29 de abril de 1859, em igual relatorio que apresentei, alem das informações prestadas em requerimentos pedindo o compra da terras, e nos processos de medições do !cgi li inações e revalidações, assim como o visto nos documen„ tos de despesas cumo diarias á colonos, eoriducçõus destes, e ordenadose gratificações aos di redores o engenheiros, agrimensores, &. poncãs sSo as eotisas, qta correm por esta repartição; todavia delia» tratarei por sua ordem, addicionando • :1lu;s o que souber e for orientado pelas itnformações que a íespeilo iste Col5o subini* "nistradiis. Hkpar[’íç1o Espbcui. bAs Íbrrás Públicas, Esta reporliçJo, como V. F.x.sibe, foi creada pelo decreto n. 1,758 de 20 da abril de 1836, com os seguintes empregados — um dalugado, um amanuense, e um pnleiro servindo de atvhivista, o um procurador fiscal, que éo rriesmo da Ihesou- taria gerai, porem hoje polo decreto n 2,608 da 30 de junho du anuo findo tem 'mais um oílkiai. Està funreionau io desde 22 da desembfo de 1858 com Iodos es seus empregadas, menos o amanuense, que se ashu na cidade de Campus com licença desde o 1de março fitido. Durante o anno findo frzarao-se nu repartição 4,536 peças,matricularão-se 1,003 colonos pertencentes a coíonia—.Santa Leopoídina—alem dos vistos etc Os pertencentes a celonia—Santa lzabel—em n. de 589 jà estavâo desde o ando de 1859. juiz es Gommissarioí. Existem act(iitlmeu'e em exercício os doa inunicipioi da capital, Serrã; Nêvit Almeida, Bsneveníe o lUpemirim: o 1.° nomeado a 23 de fevereiro de 1853, o 2.5 a 15, e o 3.° a 23 tle setembro de an io findo: d o 4.o porem não leve atè hoje esta repartição scicncia de soa nomeação, Pestes sSo bacharéiseoi direito, os de Nuva Almeida e Serra. Tasnbarn ü era o de Guarepary, porem tjüe huje acha se demit_ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 2 TERRAS F&BMCAÍ. tido por V, Ex. como ccukbuhícou à esta repartição om data do 12 do corrente nseí; por achar-92 removido paru a cidade do S. Malheus na qu.didadc de jo z municipu^ cdeorphãos. Os que exisliüu antes nos municípios da villu da barra deS Matheus, na (idade dn mesmo nome, Santa Cruz, Linhares, e Espirito Santo furão todos exo- neiados á 2 de julho o 6 do setembro do anno findo. O da capiul c o nnreo qno mais tem trabalhado, poig tem procedido a 42 medições, segundo os dadas existentes nYsta repartido : destas poreui só achão-se de- Íiniíivsmente apprü'ádas as de 5 posses a 2 sesmarias cujos iitulos furão expedidos com excepçüo de 2 por não o haverem até estu data sollicitado os respectivos posseiros : todos os mais achOu-se dependentes do parecer liscaí para subirem á appro- 'oção de V. Ex. O do Novo Almeida teni procedido a 3 medições, o de Guarapary á 6 e o de Boncvenie e Itapemirim á A; dons das quaes já forão approvudas o ex- p dio-se o titulo do uma; aá mais ainda dependem lambem do paiccer., fiscal ftará receberem approvação. Teiibas He vo lutas. pelos dados existentes n’esli’. repartição calcula-se existiiem n’csta provincia mais de 3í)0 legou* quoditidns de terras nVstas circunstancias, sondo na quasi totalidade adoptitdfls o touo gcncio do cultura. E’grande a concurrcncia de compradores de teria4, porem apenas se tem loulisado a venda de vinto oito milhões nove mil cento, e ires braças quadrados, cujo produeto verificado é de 26:'t30<#)7(K> rs,, como vciá V Ex. do mappa sob n 0 1: os mais pedidos não furão ainda realisudos; nns pur dependerem do parecer liseal, e outros pni falta do mediados, em iaz3o dus engenheiros existentes u'esto cidado» que padião estar empregados h'nsses trabalhos achar,md- se ouenpíjdos; o l>r. Fedro Olaudio Soido em oprornptai prasos paro os colonos, djic vão chegando paro cstabelecer-se nas duns colonlaS—Santa Izxbei e Santa Leo- poUlin»; n I)r. Leopoldo Augusto ÍJeocleiiano de BJulio e Cunha em ratificar u’ustá íiUima colotlii! as primei.as medições que achocão-Se écn tal confusUo, qoe o oc- rasiunava rçpcihl«s queixumes dm. mesmos colonos Sò o Dr. ftlmoel Fcliciano fduniz Freyre é que esià propriamunle encarregado detaes medições nos municípios du B«r»cveníoc Itapouiiiim, c segundo o oKicfo qne deste engenheiro venho de refco? Iier.reslisouella selo medições de meia legou cada uma desde novembro do anno passado até meados do mez findo,e tem muitas outras que reatisar »'esses mesmos lugares* cura onde pailío no dia 2b do totrcuLe a continuar nos seus trabalhos l’o!o cunhe* cimci^ü que leu» ádquiiido elle U'essas localidades^ diz que existem muitas posses que devem j\f*r legitimadas com seria activhkn.it', porque os p.-sseiros fasem todas os Binuis novas durnlhadiis, para augmentaieni suas posses, que estío contíguas ut matas dmolulas, cotn o fim de ns estenderem, como foi informado por pessoas de confiança;caju ponlo V. Ex. se dignara de tomar na consideração qoe merecer. Também tem feito algumas medições paia vendas de terras nàs I regue? tus de Claiid" cita c Vianna o engenheiro civil da prowius t Eogouio do la Mafliuicre, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 TERRAS rUBLICÁí. $ Registro dá» Terrãs. Existem registradas 4,377 á >cla'rações situadas nas freguesias d’est« província, tnenns os da Barra de S. Matheus, por ler o vigário respectivo guando (Bell® íretirou-se levado comsigo o livro ; o que deo fugar ao antecessor de V. Ex. marcar ao que estava parochíando’ essa freguezia, o padre Ouvidio José CnulaiT de S«ú- ia, em 2 dé abril do snno lindo, mu novo praso de seis ruezes para fazer esses registros, prazo oíte que Mudou-se eni 2 de outubro proximo passado, e olé hoje hão tem remetlido á esta repartição o respectivo livro, apesar de eu o ter por veses solicitado, e mesmo dádo parle a Êxm\ presidência disso mesmo, tornando-se digno de maior sausura um tal procedimento tanto th ais achando-sa esse Vigário nYsta cidade deèdo então até o pi escute: para o que releve Y. Ex. que eu chame stia at- tenção. , . Consta rBesses registros terem sido multadas por omissão 53 possuidores, a saber 3a por não os fazerem dentro do l.° prazo, 16 dentro dn 2.“, 2 depois do 3.o ; a importancit (Festas multas arrecadadas foi de 1:550.$ rs., c não arrecadadas de Íf25$ rs,; não podendo assegurar a Y. Ex. se já Fói re.olhida aas cofres públicos essa quantia, ou hão, , O registro geral acha-se em andamento, tanto a Ia como a 2a via ; ns da 1a som- mão a 7U2. as da 2a h 61.5 declarações, e tião lein tido maior andamento não sò por falta do amanuense esíár a 2 mezes na cídnle de Campos coiii licença, não ler havido quem se quizessê gitjeitar a colaborar na repartição pela quantia de SiSjJ rs ihènsaos que o Rxm Sr. vice-presidonte marcou, senão lambem por estar o oííir.ial oecupado em outras causas e no expedieuto, e mesmo andai molesto. CòI,QfílSAtÀÕ Piesontcmeote existem tfesla província 3 colonias, a saber, duas por couta do estado, e uma particular: aquellas dmiuinmão-so Santa Iz.ihul e Santa Leopoldina, a 1." cita na freguezia de Vianna, a 2 " nas cabeceiras do rio—Saritã Maria na freguesia do Queimado, ambas no municipio desta cidade; a 3a qiio se chama —J.lin Novo—no município de hapsonfiin, — Aiba-so lambem crendo uma 3a colouía por conta do estado no Guandu—com a denominação de Snita Tíierez»;—porem do seo estado riada da positivo posso dizei a V. Ex , por n’esta repaili ão nada coustir ; todavia direi das duas ultimas o quesoubet e de cada urna das í"‘ o que conslnr dos pomos dados prestados pésns respectivos dheUoi es, c mesmo pel ig engenheiros fvlun i Freire e Amelio Fritlun. CoLonía Eaniá Izabísl. Foi creada no amo tfe 1847 polo cuiiseiheiio » Exm Sr. Br'. Eniz Pedreira do Coiito Ferraz, cm qualidade «Io piesi tente des a província e Sem por d rg porto» mais proxiuio» da pn»'imia, visto os duos rios emite que se acha ciluada não serem navegáveis, donde residiu ser o uanspove dos pro b;t o» tia coloitia diJlicei», no monos qii!! st- não realiso a esd *.)ila piojectad i que a duve enm.minic-ir com o porto d« Ciuarapury, ca rom cun;r>çSo com Mina* pelo ! g:»t ileoominado—Cha, éo —coitío Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 TERRA* PUBLICA*. & o director, a cujas idcius forão approvadas paio governo imperial, e fmalmenle uma boa estrail.i cio rodagem, que com» V, Es. sabe, é do tnuis vital interesse pa* ra o engranJei isnento de e^abjlovS nanlos (Festa qualidade,do lavoura e do ccmmer- cio,fontes, principies para a abaslança e da riqueza e ehgradecimonlo des estados. C.O10NU Sa>'ta.Leopui dina Foi creOilii om março de 1837 pelo ex-presidente o Extu. Sr. Dr. Josfe Maurício Fernandes Pereira do Barros, e tem actúaimente pur dircctor o Barão Thcodorn vqn Vurabuler, nomeado pela repasliv5» geral das terra* publicas em 29 de agosto de amo finda, — .Veha se situada em uma encosta do rio—Santa Mui ia— turre os cachoeiras grande e o dc Josè Glaudío ni latitude 19> 57’ e 4", e n.i 1 itigíui de 2-; e h’, uma na direcção de leste a oeste, e outra dc sol a norte.— \qmdl.i pr meira linha está oocopada pelos colonos suissos que primjLo chegirão, e a 2.1' pel-is que os siiccedcrãn. Os prazos que estão na 1° linha são poucos furteis, n o assim o* qúe demorão ao sul, quo uiz o engenheira Mnniz Freire, qne leve do novurueute inéditos paia iateirol-os em virtude de ordem do ex-presidente o Exm, Sr. ÍJr Pedro Leão Veiloso, são de boa qualidiiJe, e alguns d’el)es íicarão «m optam is cmnhçOes, nao sp em relação a qualidade da leneno, seuão também pelos grande* corregos de quo são logados, no que lambem concorda o dirador, classificando-as em boas, uie ,io- cres. e ruins. A população d’esta colmiiu constada 1003 almas. coma V. Es. verá do mappa sob u. 2, porem por um ofticio qne venho de receber do diretor é hoje o sen n.° de 1016, sendo 642 liome is e 474 mulh tcs 382 casados, SOO solteiro, e 3õ uu*os, em virtude de terem sido recebido* este anuo alguns easaes da colonos, do que nSo tem lido atb hoje esta repir ição o menor conhecimento. N )o posso informar a V. Es. qual o n dei meninos que freqneiitão a escola, por nsda constar a respeito n%ta repartição, o nem a direclor declarar nas informações que prestou. Pouca producçffo aprgseata es a colonia, como confessa o mesmo dircctor, devido isso á estação desde o tirano passado, qne foi bastante secca, e eu ma animo a acres- centaF que esse mal procede de setem irrefl :clida nente os colonos dostraidus uog trabalhos de caminhos que maior e mais prompto intere>se lhe* davão, abandnnm- do assim os seu* prasos no tempo proprio da plantação para se alugarem iFaquelle* Q outros iginies trabalhos, D,i exposição que faz o dircctor d’essa colonia uma Jjs causas a que elle atlribua oseo pouco ailíantamonto, é ella ser montanhosa lortrando se lüíRceis ecustosas suas communicações,gastando assim os colonos muito tempo em transporem seos viveres, concorrendo essa circunstancia pura queelles sc conccrvem por meses occosos.—■ Não posso concordar com semelhante razão; antes tenho como certo provir e*sa atrazu e ociosidade do abuidorio, como disso, a que deixarão elles os seus prasos para se empregarem nos trabalho* dos caminho* p:h curiosa do jornal q i.izi sempre excessivo, e mesitn pala sna natural ind daneis ao trabalho via lavoura, pois quem s.stá afTeito á ella e tem doiejos de um fu’uro para si, c sua íausiliatmormeuta ajudado Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 S TlíRftAS PUBLICAS. em principio com o procizo pura sua subsistência e o seo cuiíiio como o tem sido, eyrtamoníe tiíio preferi: à a vi la ociosa do jornaieiro, que só mira esse aparento interesse. O ser a coUuiia montanhosa não k razão para tornar-se diíUcd o sao trajec- to. A de Santa Isabel tatnbem o 6, porem qae pal» bem neliueado das suas estradas o fisealisaçlo, 6 de facilioto liansíto, podjiido transitar por eilas carros sem o menor inconveniente; refiro-me à coimiía ch-imnla—nova—outra cansa do atrazn da colenia è o não terella Udo um director que so compenetrasse de seos deveres, o qua «olla tivesse esíabuti lade; leiu sempro andado nas iutoritiiJodes e p >r isso do nada cuidavòo, co no devião. Oactuai mesmo, segundo o que tenho ouvida referir, n5ü serve, jà pur ser doentio, já por pouco oo nada entender tTesse impoitanto ramo de serviço publico, e alem disso estar, como qnu introduzindo uma confusão, que para o futuro será bem, sensível; i,0 por estar è seo arbítrio rnarl mdo os colonos de uns para outros piazos, 0 que produzirá futuras « serias reclamações : 2a potque aqudlas a quem ao depois forem os regaitados dosiribnidos certamente os não qu.-rerSn aceitar, o com razão,, 3o por produzirem uma perfeita coufuzão na numeração des prazos: /j° pmque taee mudanças não tom sido aulhorisadas pela lísm presidência. Isto eoitamente ó uma causa bem poderosa para o atrazo dos colonos com quem assim se teiri praticado, o para os que tiverem do ser empossados nesses prasos regi,irados, e em gera! pura o mesma colonia Çolonja na Rio Novo Nada posso dizer a V. Es, a respeito d'esta coionia porque quem a diriga nSo responde a menor informação, que pede esta repartição Sei somente por um relatorio apresentado pelo engenheiro Heitor Radainsker Gueuvo! datado de 20 de janeiro d» anuo fiado á presidência que ultimara a medição dis terras d’essa calunia e levantara a respec iva planta e que os teirenos que a compõe são exceilentes e ryquis- simos de boas maleircs, cotnnsejão Jacarandã, Ipô,Jequctibà e muitas outras, equo o terreno que medira comprehende 15,173,j braças, e faz de despeza 708.J) rs. e quo nSo fez em qualidade de juiz comniissario medição alguma por falta de agri» mensoies. Çolonia no Güanivh'. Por aviso do ministério do Império da Q da outubro do anno passado mandou o Governo Imperial dar na mesma a cada uma das ex praças do exercito, constante8, da relação, que acumpunliou u referido aviso um lote do 22,<õÜ3 braças quadradas, que lhes silo garantidas pelo artigo 4o § 2o da lei ti. 10ri2 de Ü da stílembr» da }8õ9, pur terem servido voluntariamente ao esereito, mas ate esta data nãosa apresentou Lima só praça a reclamar esso beneficio da Sei. 0 que consta a respeito (Telia c que em ofiicio de £5 de agosto do anno findo Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 TERHAS PUBLICAS. 7 ççumiuniaou 0 antecessor de V. Ex. á esta repartição ter concedido a José Gomes do Nascimento ara dos lutes, medidos n’essa nova colonia, por venda à proso, e b razão da real e meio á braça com a obriga ç 3o de efíectuar o pagamento dentro dc s- is annos contados do fim do 3J auno do sao estabelecimento, sendo por prestações no àanuo do '/« no 5o de sj^. e no 6" e/m. Consta finahneute por oflido tatnhem do antecessor de V. Ex, de 26 da novembro de 1859 ler sido nomeado, o missionário Fr, Bento de Bubio para caleíliista dessa colonia, e que elle acha-so encarregado dos trabalhos da mesma. NOo consta qual a data, em que foi essa colonia creyda, Aldeamento Imperial Affuksino. São posso precisar a epoca do seo estabelecimento e nem do seo estado por nada B respeito existir n'esta reaparirção, e nem poder obler informações algumas por ei falíecido o direeior geral e n5o ine constar estar onlro ootueBílo e por isso refiro-me ao que disse no anterior relatorio prestado cm abtil de 1859. Aldeahento do Rio Doce MelitSo a respoito deste aldcomonto as mesmas razões, que para o anterior, Despezas. Çinsta dos documentos existentes n'esla repar.içío ter-sc feito do despoza com es doas colonias, durante o a mm iludo e os mezes de janeiro e fevereiro, do corrente inclusive diariasà colonos, estiadas, ratificoçõiia de prazos, gratificações á engenheiros ele. etc. a quantia de 167:k rs-, despesa esta na minha opinião, e pelo que tenho ouvido referir mor monte no que diz respeito à jurnaes pagos á trabalhadores colonos, surn,:uameiUe excessiva, pelo deleixi e pouco ititeiesse que tomão os encíirregados de dirigir taes trabalhos com cspetiJiJade nu colonia Santa Leopol- diua, á quem parece que o mau fado não a doix», e ama prova está na ordem que o antecessor de V. Ex, expedira mandando parar com laes caminhos pelo despezu enorme que íazião e o nenhum rezullailo que apresentavüo paia justificar. São estas Exm, Sr., as informações que lenho a honra do apresentar a V. Ex.’ não sendo mais explicito cm cada um dos objceíos pila dciíieieucia do informações, quer do* juizes commissarios, quo nada alè hoje mondarão; quer mesmo dos dt- redores das colonias, e fielo quo rogo a V. Ex, a bondade jde relevar bs faltas, de uo natnralmento ne reseunlcm,— Deus Guarde a V. Ex. Repartição especial das ernis publicas em 30 de abril do 1801.—-lilin. c Exm Si. Dr, José Fernandes da Çoita Pereira Junior, Drgnissitno Presidenta d’csía Província. 0 Delegado, '-Jose de Mello e Carvalha Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital L:ipoc:ifil d;is Tdrrd-. P.ii!>!imy di\ v in-;i n do Itepmlü S.iuttf 1B ;le Aln:il d“ Idol.—O oliicitl,— Pudru \Af\f iXA ílltn. c Exm. Sr.—Coíh o incluso Balanço da Receita e Despeza desta iheioura- Iria tenho a lionra de expôr a V. Í3x. Que tornando conta desta administração de fa- lenda provincial em juuiio do annu passado, achei huma contabilidade o tHcriplu- ração tão ommaranhada e ri.xotica, que apezar de muito trabalho não sé podiá saber ao certo o estado da administração, e mais valia a memória do digno ofliciai maior* do que os livros. Os balanços efao como na thesooiaria geral, hum apanhamento de cifras, que não combinava com a caixa nem litro algum da eseripturação. Pará se saber qual o estado da receita o despeda era precizo empregar no lim dé cada mi'Z dous olíiciaÊS effBclivamente trab.dbando dez, ou mais dias e no fim do anno mãis de mez. Fiz emendar estes defeitos: h oje o caixa, o diário, e o tnesl re rnoslrão concordes em qualquer momento b estado da administração, e os collectores e responsáveis teih em dia as su ,s contas correntes: não se sabia, qual o seo alcance : hoje sabe-sc: muitus não ttnhão íiadores: hoje a maior parle já os prestarão. O arquivo ainda es!á cm confusão. Não se examinavâo cs preços porque os geue.os erão fornecidos; epov isso só no artigo azeite para luzes, impressão do papéis do eXpe-- dienle, esuas broxurus des pendia-se mais do justo 111 huma casa de proprios pro - Unciaes na rua das Flores deita cidade, que já sofireo hufn grande concerto pela fazenda, sem que se saiba a razão porque este piedio pertence á fazenda; e assim hum terreno urbano esnS. M-thuus. Não ha livro de assenta na e rito dos proprios ; nem pude ainda abri-tf por falta das necessaiias declarações. Os mestres de escola náo tinháo coata do que recebem para utensílios: agora já eslãu abei las a cada hum. Pouco se lem cobtado da dnida activa; e nem pode progredir esta liquidação tt cobtança, sem que se dê hum escritão privativo aos feitos da fazenda como expõe) o procurador fiscal em seo rdalorio incluso : O annoxando se lhe, como convem, o eilido de capellus e tegiduos peius contas dos testamentos para cobrança das heranças, íiearà bem dotado. Tem se remediado o grande déficit, que hui ia, e o atrazo e falta de pagamento dos serviços, e credores da caixa provincial: hoje está lu‘do pago em dia, o existe, como se vè do balanço 2á:/i75®51& rs. 15 ainda uao se arrecadou a quantia de 12:000® das apólices, que a iei mau !a vender, KsU operação tem encottiradu muitos embaraços por ter sido feita a compra das apólices onl nome do hospital de S, Mutheos, entidade que não existe. Ha necessário qne a as- seinbiéa provincial declare espeeííicndamente, que com mis sã o compete ao fiscal, ea recebedona pelo disposto no avt. 7 da lei de 23 dejuiho de 1859 para se regular a pertenção que hum e outro teut ;i taes poicentigeus Fazem os coüeclores á sua custa adespeza do l.vtos e expediente. Convem qno se declare se a collectoria ou rece* tio.ioria desta cidade está eXreptuad» desta regra, ou se também deve deduzir da sna porceiUagem a despeia do cxpnlienle Como se acha declarado no aviso gorai dc 28 !e abril de 18tí), UeSla rogai a V. lis. se digne considerar, que o trabalho e inlel- iigênçiii que se nota nus empregados desta repartição he mal pago pelos ordenados marcados na lei de 23 de julho de 1859 n.* 17. Hum simples collcclòr lie míh bem Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 2 'UIÜSQUÍURÜ PR0VJSC1AL gratificado Ilebrnbem necessário que bajs mn continuo, que substitua nos impedimentos ao porteiro. Ho oqae me parece dever expor: e V Ex. so dignará (Io ordenar-mo qoo lacunas deverei mais preencher.— Deos Guarde a V. Ex. Th -soruan a Provincial 21 de maio de 1881.—lllm. c Ejctn. Sr. Ui, José Fernandes da Cos’S Pereira Junior —-Prcsiduoto da promicia, JyWiz ilaSilvu Alves de Azambuja Sttzaüo.— Inspeclor da thesouraria. iilm Sr.—Cumprindo com o dever quis mo impõe o § 3J do arf. S > do reg, provincial do de fevereiro do 186,1, passo a relatar circunstaneiadaincnto o e>ladt» dos uegocios que correrão sob tniuha diiccçtío. Por esta (hesouraria mu forão rc- íncttidas diversas gaias de diCfes eates®ide'ednres a fazenda pi ovirioial na imptsilan* cia de reis Prumo'] amigo ve! e jnilioiaimeiiLu a cobrança das rneunas, dando e/n resultado ieculhor-ae para o cofre mspeclivo a quantia de 2;J83$730 rs., não podendo adiantar mais a dita cs br anca pulos raulivos que vou expor. Mais de setecentos mandados se passarão contra muitos dos devedores, o pouco mais da melado farão cobrados, posquo o eseriiSo do» feitos da fazenda, qoeè ao mesmo tem* po tabulliáo escrivão do juízo municipal »o mi! cqirne, dn jnito eonnneicial, e que serve peiantc as aotniidndcs poPcbies, não pr oídern de V S e de seo antecessor, fiz a ednança aroigavol, ( a exivpção de dons devedores, quo por surero remissos vali-mu da execução) e não foi maioi a quantia arrecadada, porque não pude per ,-ili nu; dsmorar ]>o» ser cli muulo pua esta capital Promoví per.uue o juízo dos feitos da fazenda, inizo municipal e de otpbãos d'cal* (idade, diversos inventas ios, e iiz ret:-;lb::r a ' cofie provincial rle taxa de adio de Ucrasii.as e legados, a quantia da '/f- leis vis'c ?- "Igutui inventários pmrfanles, e oiiimj findocujos her> 1: dei i os « legatarioi ainda »ã<> oni *t£5'> pT» o respectivo rofio cwn as quotas que Uses pertencem, e «u não os p aw por r.mqwuvU co .siiímger por estai raos dentro das fe- il-ns diu.Fis, mas logo qne dias lindem o faiei. Tem havido morosidade na condusüo dos inuuiíariüs, o a raíJo dVHa, é devida aos moitas afazees q«e pesãu sobre um sô escrivã<., cumo fieu relatado. P.ir.i cumpl.sta regularidade das oxuca^os, inventa- rios e mais nugucios em que tem enter esse a ía-cnec, torna se limito necessário, e atér.« nveniente, que haja um escmJo privativo dos feitos da fazenda, eque tom- |,e.n 5irva na protedoria. ó.nbora se ibe consignasse algum ordenado a fazenda In- craria, porqoo os teos negocios corririão cot» presteza, ««« ^'eve serião arrecadadas su,.a diiid-.s, idnhe.unlrann prra co c tudo quanto so lhe deva. Mu pi- m:e de meu dever não onil ir ama drcinaUflC a q-ie teulio presenciado ; e be que, alguns a^cuies pro.elom muito rrrcg -larmeate ao hmçimento Je taxas e impostos, prnoileudo-os em suax caS.s, sem que ddlcs faça-se scientrs aos lançados, o que (iè lugar a grande clamor do povo pela injndiça q .e soff.cm, pois sáo lançadas muitas pessoas qoe, ou não fabricSío, "» não vendem objettos sujrUos aolançiimen- 4 'ía yilla da Serra, por exemplo, encontrei muild di»LU, e pessoas homerSo quis Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 TimOÜLÚKtÁ pboviscíal. I pagarão o imposto sem que a elie estivessem sujeitos, e isto íizerfio para se livrarem de questões; nãu deixando porem de se queixarem do exactor, que nenhuma culpa tem coin a irregularidade do lançamento. Ma parece por tanto Conveniente, que se faça com que esses empregados eumprSo o que dispõe a lei, fazendo o lançamento com scioncia dos lançados, Também não foi muito perfeita a liquidação da divida activa, por isso que se ine remetieo guias para cobrança de pessoas cujo* débitos jà satisGzorõo. Isto tem dado lugar a muitos, que nenhum documento apre- sentão, dizerem qrn vSo pagar duas iezes, porque perdeteãu seos talões, e então clamão contra o mesmo exactor que não pode acreditai-os, seno que mostrem documentos convenientes Isluii bem certo que tai não sucedería , se não se desse alguns casas do se ftír cobrar de aiguem que nada deve, cujos documentos qoe isto comprova se ipu tem apresentado Perçoíida-me que o ler-se encarregada a liquidação dita á empregados novos e sem pratica nenhuma, é que tem dado lugar ? taes enganos, cuja odiosidade, e falta de fé recáe sobre o exactor, a quem se alribue todos esses enganos. lie também muito necessária, para andamento das execuções, a nomeação dos delegados fiscaes, as quaeS ainda não fiz, como tne compre, por falta de conhecimento das pessoas, que ia! emprego possão servir em alguns lugares da província ; mas logo que obtenha informações sinceras a respeito farei as devidas nomeações. Eis pois o qne entendo dever relatar á V. S. que tomará na consideração que entender dever merecer — Dens Guarde a V, S.—■Thosouraria de fazenda provincial em \ 5 de janeiro de 1S61.—-Ilha. Sr. Luiz Alves de Azambu ja Suzano. luspeckr da thesouraria provincial. O procurador fiscal.—Ft ancisco Urhano de YasconceUts, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 VlCTOKlA, Reclama acamaia d'esle rounicipio : l.° melhoramento da estrada de S. Pedro de zljcanlara, que se acha intraruiUvcl, Ediando-lhe todos os ponlilhões: 2 0 melhora- inerito das estradas que se dirigem do Porto Velho à fylangarahy e à colonía de S. Leopoldina, e a que de ÂTaçatiba se extende atè Guarapary: 3.° A. reconstrução das pontes da Vianno, Jacintho e S. Rafael, a dú Mangarahy em terrenos de Josó ÇJaudio de Freitas, a de Nazaret sobre o canal de Crubixáea do Aco, ínforma que o estado da agricultura é florescente cuidando-sc principalmente do caffe, mandioca, milho, feijão e arroz e pequena quantidade de assucar, nSo podendo indicar o numero de braços que se consagrão a essa indaslría. Espirito Santc». Estacamara informa que se toma necessário uma ponte sobre o rio Jucü na estrada para o sul da província, assim como outra sobre o no denominado da—Costa —para facilitar o tranzito aos moradores da villa do Espirito Santo em soas viagens a barra do Jucü,—Etla reclama igualmente a limpa e melhoramento da estrada qua segued’dquella vii)a para o sul da província, assim como da que partindo do lugar denominado Pedra d“Agua segue a mesma diiecção. Informa a mesma camara que os terrenos do município são pela maior parte arenosos e por conseguinte impróprios para a lavoura, empregando-se a maioria d-.s habitantes na industria da pesca principalmente na vüla e nas duas povoações da Barra dt Jucú e Ponta da Fruta. Ha em todo o município apenas um pequeno engenho de assucar e quando muito §ejn escravos consagrados ao serviço da agricultura. Serra. Reclama esta camara : í.° A limpa do rio Una para prompta e commoda exportação dog generos do município sendo que esse rio se acha completanienle obstruido pois ha trinta annos pouco mais ou menos não se tem cuidado em Umpal-o : 2 0 O melhoramento da estrada de,..... Onde existe a ladeira de Itacirica e da Pi,níe velha: 3;° Reparo da ponte da Cachoeira na estrada que dá tranzito para a capital e para ouLros lugares:-! .* Uma pequena ponte sobre o ribeiro qne atravessa a estrada da ponte velha: ü.° Outra íobre o vallão de M.oribeca e duas no terrilorio de Jaca- rahipe nos lugares denominados Iiinêo e Espera de Baixo. Informa que no stunici- pio existem duas povoações a villa da Serra e a povoação de Jacarahipe, onde quasi todos seempregão na pescaria,calculando-se em 70 a 80, o numero de possuas appli- çadasa essa industria.A lavoura marcha regularmente,sendo os principaes generos de Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 1. jUSrOIUTAÇAÔ' 1)AS CAMABAS. cultura,o citfétniill)o,feijlíu(manlinca e arroz. Calcula aproduçção do café em 30 ou 40inil srrohas, ft igual quantidade o assucar, existindo :io município 32 engenho^ 8 saudo empregados no scniço agrícola 1,200 pessoas üvrcs 0 1,700 coplivog, iSo\> Almeida, Reclama esta camara as seguintes obras-'—Unia ponte sobie o rio Timbuy na cs- tarada qua segue paia a Serra e outra sobre 0 Jacarabype na estrada quevai paia a «a pitai, bero como o concerto do edifício do antigo çoutemo dos Jesufas rnde existe n matriz, acadêa, e casando fíimo ra. Jnfuiina 1,° Que alem da > illa existem as duas pevoaçôesinhas do Capuba fida Erocheiras compostas de pescadores,sendo 30 o numera de pessoas que se dedicão a «ssa hidustria:2° Que os terrenos do tnuaiiipio são emgeia! bons,mas que a lavoura pouco prospera pela falta de braços, sendo distrahjdos muitos paraoeorte do Jaca landii Q numero de pessoas empregadas efTuetivameute na lavoura era em 1837 de 585, pessoas livres e 376 escravos não bave.ido gran ie alteração do então para cà Pode-se orçar a produc^ão da seguinte maneira:—>nsBucar 23- mil arrobas, aguardente 82,500 medidas farinha 96(5 alqueires, feijão 1,630 alqneres, miibo 3,050 alqueires arroz li60 alqueires, azeite de «nnjona 1,200 roediJas.Evúsle no innnicipio 21 engenhos do fabricar assucar e 3 olarias, Pede a mesuia camara que sejão retificados os limites do município, que e!la dtr claro duvidosos no ponto em qae confina coui 0 de Santa Cruz peta designarão da rio Preto com que a Bssembléa parece ter querido in iicar o >io Grarauté e n3o «q brejo conhecido sob aquello nome. S.-vkta Cuííi. Esta camara n3o csígio ohr.i nenhurpa, nem declarou qual 0 estado da ogriquliure 0 numero de bruços que à ella se dedicão,« u dos estabelecimentos agrícolas,iufoime, apenas que es terrenos do município são bons para a lavoura, sobretudo na distancia, de 3 léguas para 0 centro 0 que existem dons engenhos do assucar uioúdos poç rgua, Lirsiuniis.- Esta camara reclama a abertura de uma estrada que dé fácil tranzilo do munid.r pio só logar denominado lliacbo, território do muuieipb' de Santo Cruz npiovei- taodo*se uma picada q.uejá existe em direcção—Informa qooa agricultura se acha, etn atraso no nninicipio, observando se a rotina, do tal modo que 0 productQ.talvez não ih<’guo pa » » » » » da Justiça da Fazenda . . . da Guerra » , . da Marinha . . (TEstrangeiros. . do Império (Terras_y Presidentes de províncias. . Assembléá provincial . . . Artminislrdção da justiça (comprehendendo Chefe de policia, juizes direito, muniüipaes, ede paz) . Engenheiros ; , . . ; Guarda nacional .... Assistente do ajudante general Gamaras municipaes . . . de 58 134 18 53 16 10 110 194 59 728 51 197 254 352 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernandes da Costa Pereira Junior - 23 de Maio de 1861 SECRETARIA I>Ü fiOlliF.NO, Tbesouraria de fazenda ....................................................................... 793 » provincial .... 539 Repartição das torras publicas . . . . ,..............................10 í Instrucção pubhca ............. í48 CuU.iT publico ............... 85 Capitania do porto ............. 68 Xoinmmido do policia . ............ 128 Diversos «idadãos, cemmissões, colouias, delegados, e subdelegados 'í ,129 ítosol ações............................ o ... . 222 Cartas de leis, contractos, exames, patentes, apostillas diplomas e licenças. ................ ® . 202 Passes de embarcações .............. 70 Requerimentos despachados ............ 881 Total 6,603 Não ss mencionar» nesta resenha ns olllcios e portarias reservados; as ccpirs dos papéis rpm acompanharão indo o expediente ; o extracto deste para n folha; as minutas, o as certidões passadas a pedidodo partes e registros. Nota do expediente da secretaria da presidescía d*, província do es P-RITU SANTO DURANTE O ÀNNO DE S BtJO. Ao Ministro do ímperiu. .■ ...... . . » » » » » » sã 16 74 12 417 38 73 83 59 788 50 486 481 276 774 393 45 56 9l kl PEESIDÈ3ÍTE. 9»sé Fe^OftiideslalMfa l*ei t unini' TYP Clfi ['ANtE-NSÊ DE PEBFÍO AN lOKin D A7EE1EÜ0 [íua da Imprensa n5 tí -^vW «íisMA 1A/W- 111 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ms. MÈMBUOS'])b ASmmiEA I&QJUÀTIYÁ PROVINCIAL Sc na piimeha voz cm que tive a homa de comparecei peianté os eleitos da Provincia eia firme a confiança que depositava na sua dedicação á causa publica; se espeiei com segmidade que os legislador es e aadministiação maielias- $em ligados estreitamento pelo mesmo sentimento, a mesma idéia e o mesma cuidado ;—a prospeíidade d'esto exe-ollente toirão do Impei io; não ó menos creu te-iFessa hauaonia eria corpiminhão d esse uabaiho patriótico que hoje me apresento de novo perante a asse-aibíéa, cumpundo o preceito de tefeiirdhe qual o estado dos negoalos públicos na Pumncia Hoje, como então, pioçuiaici soi tão sincero quanto fiaoco, e dizer em tudo a vaidade a quem a de^o :em tudo;—hoje, eomo então, appsllaiei paia o vosso pa- tiiotismo, e conto que elle icsponderá prestando á minha adroínisiiação o concurso dos vossos valiosos esfoiços, o qoo honiado com o alio ía\or da confiança Impstial me seja dado lambem receber a daPiovineia pelo oigfio de seos dignos eleitos XiiisotininAüE Poiíuça. Keína ao: dem e a tiamjuiJidade em toda a Pio vi nela, e ms is uma tê/ tenho a satisfa.çiio de asseverai quso psvoEspiiito Smtenseé poi indole pacifico e orlei- íq Hum facto oeeorridó em 7 de setembro do amio p findo jnlerrompèo m ornou Eaneamcnteo soeego geial, mas tomadas as pi evidencias nocessai ias. voltou tudo ao soo antigo estada Foi um eno filho talvez da precipitação, e em grande pai to das sedsiL-ções do momento que sem duvida pc-saactualraentc como uma lembian- ea doíoiosn rm animo dos qu-e o coimneílei to Oucio fal!ar-vos da sedição de Fiunia No dia I de setenduo, pievalecondo-so cio enlhusiasoao que uma rccer- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 4 - glotiosa, a mais ghuiosa 4 o lodasasiíHOivlaçôos 4a kistoiia nacional, safy* despeitai nos coiaeões dos Biazüeiios, mais do 80 pessoas reunidas nu pequena povoaçãb de Piaiiia pi oi oiupoi áo em vo filei ações impí opefios e apupaías contia Ò siibiclegado do disujeto niajoi Jo;m íletxi Dás ui ifei ações e a pupilas pas- satào a violências mais guires. Quobuuo as údiaça* da casaemqqe aqueilíi ijpílioi idade residia o se enceiuua paia escapai ao furei da pupulaça, niáltia- taião 3 piaças do coip.e policial que aíli se aehavso eui destaca mento, e por II m (Ungindo se ao cai(.uno do Escrivão da Sçb delegacia para cn.ít.egal-nao 2b snhs- til.uto,a quem intitularão pomposa mente o Sn h delegado uoipeado pelo peso, es paneairo a mulhei d aquelle íun. c.ion.atio., porque o mpjdo íogiáia escapai a tempo fal se passou esse acontocimoiito lanientavel, segundo a paitieipaçãó que io- cebi di Se metam dá Policia,# depoimento das testemunha mnqqiijdas íiq sum inm o da formação da culpa dos delinquentes íç.nei imuiediutaiiienle as providencias que a gravidade di\caso, exigia En- vi ei paia o liigüi do dolicto u oa foi ça de t;i linha com roa idada pelo Capiíòo An- lonio í. abral de Mello Leoncio o d o terminei que o D: t hefe de Policia seguisse pai£ alli, afim de çpnlieceq do ociouido e piocessai os delinquentes igl m taescircurn danei as aira que z a da anku idade seita mais do que uai ei ro giauq seiia um «ime e animação para novos aíienfados Convinha pois, emlnr iLa lamentando os soífiimeiitus e infortúnios que a tantos d ba d‘os devia ti azei g> d esvai-iodo um. dia,obiai com pt omptidão erenéigia : itealiiadas as indagações necessárias paia pleno conhecimento da verdade Íqí o faelí eiíminosa qualificado sediçao pelo juiz piocessante ijáj prenunciou, como cabeças 18 indivíduos., çotúiaqumi depuíerão cniit-cstes de Saí testem linhas tomo assd.icçfto estivesse suíiVada mio se appjicou ao julgamento dos reos a disposição dos artigos 93 da í«i i3U 3 de dezembr o do 1841 e 343 do. icguí a mento de 31 de Janeiie de 1843, e poi tanto foi elie tammetfiho ao jiity dopiopreo 1 u mo N esse neto derão-se ii legujaridadas e atí gi aves fôHas, e mais do uma ver a le1 do pi o cesso criminai foi violada, segundo o testemunho do Piompiot Puhhco da, tom; 11 a o Bnchaiel Jofo dos Santos Sarahyha,que poi esie milho appellou ] ara a tld sç io do distiído, de cuja decisão ainda p. m !•:• o pioecsso de o aconíceimonto que a abo de refeí.r-vos e íamení-ave!, como é sempre la.- ipontavei qualquer aUmUidi inuiio mais digno de lastima ss tonia ao coiisidei|r-; n oi qu; nbile ficai ao compiomeU. dos alguns homens do povo, a quem talvez se duzissem as piedlcas apaixonadas de liibunos do aldeia e o enthuâianio que lhes. souber'o despeitar, vaie a do-se das i açot bicões jjUrioíisa-j d i independência, e tomo 6 sempre costume em íaes cirea risíanelas, fazendo-se de uma questão toda pessoal a cansa da na ionalidade oftendida EeÜzm.mte, nem a palavra nem o exemplo d® an ou nutre cidadão desvairado pela cólera, conseguem excieai contagio n esta íbovincia onde, como já tive occasião de testem mliu-i o? o r j?;n vi to á ordem publica domina como u rt legado de família, e um i qualidade que se hei da com o ra>igui\ Kenhu m - uíi o a ao n t vcinr >n io p e; lu. b. in a 11 i a j n 1 idad.o p«b 1 iea diij m te o. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ~~ 5 - g pno pnss.ilo e i aí í bojo, o cn'io .qna a Pr ninria cpUiniraià em pz, ramitíliiinm:), ainda que lenta mente, pauiofuliiio tu ilhante que lhe 6 pio metí ido pelos ideimu! natuiaos de que dispõe, e a acção tntejai do govei nu, . timtm/yNe.v Isrnim u.. Cgrifii mo o jiiiso que emilli no atino passado Se a segurança dos direitos indi- vidua s na Provim ia ainda não é tão completa, ton o o desejamos; se de um lado í falia de instrucção no povoe de pessoal habililadojna Policia, e do outtífobstà- pulos dooideni phisica entorpecendo a acção da lHhoi idade não consentem que desappareçãt^H^l^oj áttentados giaves contra a pessoa nem por isso devemos to pulai-nós desfavorecidos pela foi tuna a tal respeito Muito pelo contrario, a estilística criminal de 186L falia expressiva, icvelamlo com a eloquência dos mi- fnüfqj.qujj o sentimento do íespeito á lei e do acatamento aos dii eitos individuaes cada vez mais se enraiza no seio da paciíiea população d esta Pioviueia Em todo o decuiso d aquello anuo fui lo commcllidos 1!) mimes que se Uassilieaj. da modo seguinte : Honiudios ; i Tentativas dc homicídio , . 8 henmentosgraves . . 2 ferimentos leves , < ,, 9 Olfensas phisicas . % líamnos « 3 iloubos . . . . 1 Lrso de aurias piohibidas . 2 In j uiias . ; 2 Ameaças 1 Beditção 1 Eapla , , . 1 ínfiáçção dc Poslmas . 5 E naíiual que este nnmeionSoseja esenipulosamente exacto, representando fo" dososeiimescommetlidos O teclo do lai domestico, assim como a sombra das florestas testenlunhãQ mu ias vezes a pratica (íe ac tos reputados ciiminosos, e queaíi ficão sepultados no silencio, filho das convenieiu ias da limna das famílias, da gene resida de,d a falta de meios pecumaUus,e de liáiizacção entre os delinquentes e suas victimas, ou entre estas e os patronos d a qn 3 lies Pódc-se porem affii mat que se escapai ia ao corthemipnlo da Policia algum delicio menos grave, e d essés que iir tciéssão ao indivíduo mais do que a sociedade N estes tempos de frança e libeirima manifestação do pensamento, em que lia direito amplo paia a impressão de tudo quanto se sente e se pensa, n3o se hezitan- do muitasvezçs ante a calumnia e a injuria é muito iliJlicil que as iniquidade» passem desapercebidas, e sem. denuncia que chama sobre ellás á atlencão div Àuíhoiidade Notando com satisfação a qunsi unidade e-o que na esJafislica eiiminal de 18G0, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 assim como lia das que se referem ao ultimo quinquerinio, se açhava.-o crime de roubo, asei das seguintes expressões:, « E sobretudo notável o ver-se que n essa lista ligura o crime de roubo quusi em unidade, Sabeis, Srs.. que- apczar da extrema fertilidade do solo, existe na Provincia um n° considerável de indivíduos que íut.o com o inlbriunio da pobreza, inspíradora de crimes. Grupados nas cidades e villas, arrastão vida lasíimosa, soílroin privações, recorrem muitas vozes a munUiccncia des favorecidos da for- , tuna, reunindo ao soffrimenlQ. da pobreza o sofíVi monto, as vezes uno menos do Io-, | roso da humilhação, que se recebe contia esmola, e no em lauto, justiça lhes seja feda, ou temor salutar da pena, ou virtude traddieional, respeitso a propriedade alheia, e preferem o tormento da mi seria ás probabilidades de bom resultado de li m crime, que lhes permití isso saciar os desejos e satisfazer os caprichos da eu- bica/» ' A experieucia de mais^iim anuo coalharia esse juiso iizongeiro para o pai/, pois.segundo acabais de ver,no decurso de 1861 a policiagggtgfeconlmciucnIo de um roubo,. E tanto mais insisto sobre este ponto qmmto é certo,que se o njutiu conio crime temoseo caracter de ignomínia, recebe,como sabeis, especial condem nação da opinião publica,porque revela um senümento ignóbil ihaquelle que o pratica, e nf o, tem—para explicaçSm- a cólera que arrehalavo odioque cega,a dignidade Ofendida que se revoltam defesa da honra que muitas vezes leva ao precipício Nqm paiz como o nosso ha sempre um cantinho de terra para que nelle se plante e se colha - um testo de palha que abrigue o necessitado, — o pão do trabalho ou da caridade. Estes factos, e a Índole c educação do nosso povo explicão o pequeno numero de roubos que as estaíistfcãs criminacs de todas as províncias denuncíão, " A comparação do n." de crimes comniettidos no anno passado com o dos 3 ui limos anues, dà o seguinte resultado: ' 18b i» 1857 i 1S58 1859 1860 1861 58 5 b. toa iíí í»0 89 Comparando o «úmero dos homicídios e tentativas de homicídio durante a periodo de 10 annos, teremos: Homicídio Tentativ 1851 íi ü 1852 lí 1 1853 5 3 i 85 \ 5 a 1855 7 2 1356 1857 1858 1859 1869 1861 Homicídio 1 o 2 7 8 Tentativa 8 2 8 -> breco a ^eg uiníe tabclla: 1831 1 1836 1852 0 1837 5 1853 0 1858 !SV, 0 1859 * Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 V dós rdybosse reduz a- 1SS5 g isco Í86i 1851 : 3 18ã2 0 4853 2 1834. 4 855 1 1856 2 1837 2 1838 ■ g 1859 2 1860 '186Í áf: ■ . w \ 6StatistiC®ófcflmes co m m e 11 ui o s no u uiicmi c ue jammo a mui pj uwi™ findo, dá o seguinte resultado Homicídio 3 : Ferimentos graves 2 ; ; » leves k i , Roubos 1 . : üsp de titulo mtí^ido 1 ^ Penso rpm o Dr.chefe de policia,cujo miruciosoielalorio veieis no lugar tom* ipetente, que á falia de autoridades devidamente constituídas, éom a missão especial o reti ibuida da policia e com o auxilio da forçasse deve era gian.de parte o não : chegamos a um resultadointei)amente salisfaclorio pelo que respeita a prevenção dos de!iéfos.assim como também não deixarei de repetir que a impunidade,filha da indulgência do jury,concorre poderosamente para contrariar a acçãoèmei- gica esaiuíai da policia—A esperança da absolvição, a crença de bunal,a quem a lei aüribvie um poder quasi discricionário è na maioria nos casos antes o sofiet ano que perdoa, embota com as formalidades do julgamento, do que o juiz que decide com a severidade do ministério que lhe cabe; crença geiada o irobustecida pelos faetos torna-se animação para 0 delinquente,que não peetai ia» se, por ventLiia na falto de nobieza dõ sentimentos, tivesse ao menos receio de castigo certo e ii remediável *. AOMiMSfiiACÃO !1.A JuSTICA Existem na Província A boinai cased Têimosjudiciários. Axfúalmeníe tem Juizes de Direito effec ti vos em exercício as Cora arcas:—de S Cruz,desde o dia 20 de Julho doanno passado, de itapemiiim desde o dia 11 de Fevereiro, oá de S Ma- theus desde 11 de Abii! pioximo findo Para a da nomeado o Bac)gá:eí Justmíano Baptísta ftíaduieha, poi Decreto de la^lftfxralcfero de 18(31, niaspão veio tomai conta do seo lugar,que é na actualidade exercido pelo Juiz Municipal do Termo da YictoriaBaehaiel Benigno Tavares de Oliveira, poi se achai ausente o Io substituto JuizMunicipal da SerraBachaiel Antonio Joaquim Rodrigues Todos os Termos se achno providos de Juizes Municipaes foimados Infelimente, porem,em alguns as inteiinidades se prolongarão, duiante o ahnoproximo findo, já poi falta de nomeação, já poique não existindo nas Comarcas Juizes de Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 8 Direito effeclivos passai 1o os M miei p aos a sübsUímt]-ós,3 porconsègiiiníe entre-i gafão hs importantes fuacçdes eiveis e crimes que 1hes compelem ao cuidado de sd bsliíutós leigos ' ' ' ; J 0 teimo de I tape mirim esteve sein Juiz Municipal eííeetivo. desde o dia 2 de: Fevereiro do anúo passado, em que rcünu-se pmd a C )rte o Barbar ■! José Joít- tfiiim Fetreira Válle, que exercia aqualle eai go até 11 do corrente, d,ata eai que ô Üachaiel Cesario José Ghavantes, nomeado poi Beüi&to de U de Fevereiro, tomou posse e enfiou e:n exercício, ps de Bartevente c Oriliíapjry soffrã- lãò o mesmo infortúnio desde o mor de Abtil do a mio passado em quê os deixou o Üaobaiel Joio dos Santos Neves qii3 pedira remoção para os dè S, MUliéuj e Bana, sendo subdiluid > poi-) Bacharel João dos SahtosSarahyba/qué não chegou a tomai possedo iUgai. Retiiaudo-se com Eicença átóifa a Côrlc eniâí de Junho do anuo passado o Br, JoãodaCosta Limas CasíioDuRle Diieito da Comarca que compr di nde aquciies termos e sendo removido para a Comarca iÍq Rio Bonito e ao depois para a de Cabo Fiio na PLovinciã do Rio dc laneii o,pasSou a vará dè Direito a maos' dê sutrttd tos leigos desde aqtieiía data até li de Fevereiro provim > passado,eua:que chegou á Co narca o Juiz dc Dkeilo effectira Bacharel Ricardo Pinheiro de Vascoílcellos Dui ante esse tempo a administração da Justiça solFieo coosid 'iMvelm .mle, não só pelas raso cs ge-raésqne sê <|pivao da falta dè haMitaçôes dds Juizes 1 figos; somo também pda instabilidade com rpi c.tanto a vaia de Direito como as Munici- paes,passavâode uns ã outros substitutos.de lal sorte que iCum sódiaasMimiíioed D xavãoo excretei o Ba jadicatúra na Comarca é nos Termos diversos cidadãos. Re- piesehtei ao Fxm Si; Mnisiio dii Jiikiça a és té respeite, è igü&Tmsnte po^teo' intermédio a Cainai a dó ítapmnk irapedib providencias pát a que éossassem ínte- rinijkjès tão prcjuliciaes aos direitos individuacs dos cidadãos, coino á ordem pUl^Ppj"' : ' : ■ 0 Governo Imperial ailendeo a Uiójústa i‘e cl a m a ç !u> uo m e a n d o$ eo m» j a vos disso,' páràJiuz Municipal do Teimo de I tape mirim o bacharel Cesario José Chavanle ,-v parà os de B en e ve n te e G uãra p a r y, e qi d a ta de 3 0 d eA b i i l d o an n o passado, o-, Bachatcl Antonio Augusto Gozar da Azevçdo:. ; ; No teimada Victoria serveo Bacharel Benigno Tavaies de: Oliveira, mas como desde o alia 31 deNovémbio se acha no e ve rei cio davaia.de Direito pela ausência do Juiz cífeolivo, assim como do t° substituto d este, Di Antouio .Toaquím Rodiigues, Juiz Municipal da Seria, passou a vaia Municipal ede OrpliSós para o poder dos substitutos No dè Santa Ci iu, "Nova Almeida e Lmhaies funcciona o: Bacharel fito da Siívà Machado, enos de S Matheus é Bana o Bachu el Io5o dos Santos Neves,removido paia alliem íéS de Fevereko de lSSt Achando-se a Comarca que com preiieride estes t tot mios sem Juiz de DiieUo elfoctivo,coube ao Municipal exercer iate ri na mente esse caigo até o uiá II de Abril próxima lindo o:n que entrou ehí exercício o Juiz deBiieib José dereiradMoiaes . ^íé^È2S?: Como védes qaasieiü todoo decurso iroauao passado a sÇnpría n íe s fu n c ç n e s qué a lei áttiibue aos Juízos Muuieipáes e de Oifãos estiverte em todos os tennoá' da piovincia eveepto li nica meo to nos. da Capital c Saula,.f níz,á caigo dé Juizeíf leigos -D ahi muito natmalmeutept ejuiso para as paUés,defe-Íto nos julgamentos tr por conseguinte administiaçao da jusílcça pouco satisfaloiia; poique se á1 ptof Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — § é n5oé o apánagio dos.Juizes effodívós, e se mu a ou o itra vez Oí diplomas seieiiti ticos não significai) a horn a e o sabei ucm poi isso deixai eis rtp reconhecer que è de espetar níuilo mais do Jll z ipi.* reccbeo. eiímâçãq piofcssioaal, e parà tritmn ha o estifiuílodáeãi feira,doqtíi deqiinsi todos ds cidadãos qUe^em estudo^ dejiiiisprdütíntíla d dominados, pela iii íl ur-nría de interesses e tola pões, loca es tem ífiia decidir altas qdjstões de díiditi) deqiie rttliiias vezes dependem toda a fortuna. e até a liberdade « a honra dos litigantes , , J; ■ . , Fácil ó pjua qiaun esllídtí a si!itaçr al- ãhinistradür que prefere o cumprimento de seos devei es e á; conservação da dignidade de homem e de autoridade aos hosannas inglorios de uma popularidade vfi e passigeüa, se fáltsó tiomotoies e 1 dizes, e á bòa vontade dos leigos netn sempre póde suppiiroque não possuem de instrucção juridiea e de. desapego aos diomens do lugar com qbçin convivem ob estão entielaçãdos? . : E‘de esperar qtt.i o Poder Legislativo dê prompio remedio a íiialosque aflligci» bolas as províncias pelo menos as menos importantes, e assegurando aos juizes e promotores meios de decente subsistência,hssiin'coibo estabelecendo as demais e miicçúes recôbbecidamentó precisas para a independência da magi.s r.Uura,melhore a administração da justiça ; : : : .■ ; ■ " Nõ-dáoafso do anno passa lo funeeioiioa o jury 10 vezes rios 0 termos judiciários da província, contando s> nesse numero uma sessão extraordinarla no ter nio .da Barra dó São Mátheús, pára julgamento de uiu réo incurso nas penas do artigo Ia da lei d:* 1b do jtiabo de Entraião em julgamento nas 18 scssòes, b2 réo> que iigüraváò em’3 3 processos classificados do seguinte modo: Hómicidios : 5 , - . : : ■ ' Sediçãe ,;v ’ ; : 1 ... . . ,. , Donino de bens naeionaes í 1 :: ' « « « : particulares 1 : ; Fertiiiefitos coffensásphisicas 13 Roubos ' k . , . ■ Estelliônátos 1 : Estupro ■:■■■■■■ ígb Dos 5-i réos 16 foiáo coa dem ná dos:—-V a galés,—6 á prisão com trabalho,—© a prisão, siaiples — 1 a aço a tos Hum dos co adem nados a galés protestou poi novo ju g i:n Mib. liou a? *í.6 :ippellaçüés,seadoâ interpostas pelos juizes de dir.dtó.e 22 palas p irtès Us 3-2 léos efão tolos do sexo masculino,e classificados do seguinte modo. : â> Estrangeiros Brasileiros Solteiros ba /a dos 'Viu*, os ?>: Sahião lei o escrevei 49 Àgiiefi tóíás 46 Analfabetos 3$ Negociantes 27 Maioies âã SoWádos ■ ao Menores 7 Ma i i ribeiros livres 4b Operários 6 Esmavos ■7 Sem õffieios 7 1 1 2 D i versosempregos 3 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 it — Pt 01 RlOS CoEKlemnr-çrpí 1857 5Í 88 21 Sfr 1858 53 Ua 1.3 77 1859 56 63 n m 1860 66 7 3 17 56 1861- 30 52 16 S6 Bys 3') ciiraes foi 1o pai petrados: I cintSã) 1 em 1857,2 era 1859,8 em 1S60, %, lüram 1851 As suthóiidaJcs policiaes julgarão deíinitivamente 9 processos, era que figu- i a vãs 9 i ío8, sendo. 7 por injm ias e calumhTas, e 2 po i at mas proliib.idás Lon- fiemeaião 5rá piisão simples 2á multa e absolverão 2 Dos réos, 2 erão analfabetos, eTsabiãolet o escrever;/^emprogavãoíse era ofllcios mecânicos, 1 na agricultura, 1 no commemo Ana vida d# mar, cã em ouíi os sei viços Forão responsabilisados 2 empregados públicos poi falta de exacçüo no cura- pijmento do seos deveres Hum leve sentença favoravel, e o outro soflfieo a pena suspensão do emprego* Compaiando o numorodos piocessos c dos í áos julgados pelò jury e o dàs absol- pjoiíoí na ultimo quinquênio teremos o seguinte quadro : Aypcllaipts Es-ontclii 14 kl a 6 9 i Como vedes, nesse quadio, é na realidade muito considerável a desproporção eptro as absalviçõos c ascoademnaçtes;» que, observado igiuim raio eni todas a,3 províncias do impei io denuncia a instituição do jur y admiravcl e-msi e na pia- tim em alguns palzes Eurepeos, eo no plantaexótica que ainda não encontrou entionósa terreno-amanhado para que irelle se emaisasse o flores rasse Para que assim aeonteca è de mister que se trate sei iamonte de i efun lir a e lueaç o popa! a i , fazeudo do conhecimento dos devei es de ci d adiras um cuidado especiaf do ensino da família aisimgmmo do; professores, qturraas aulas de iastiuceão primaria quer nas superiorW F nem se objeete queo graude uuraeio das absolvições ó o resultado do cr io oudnjustka com que as auloi idades fonjndmas da culpa prenunciando pai l leves indiáos fa/omsom que sejão submALidol ao julgamento tio jm:y i rui i vi d ms ■ ipnoceiUçs E certo quo entre as muitas aulhoiida íes poiiciaes c ciimlnaes do Impor o,algumas existem que não ietua.gj|aanlea iniquidade, sobi aludo se foi em chamadas a processar na -vespsiaou no dia seguiat; ao diluída eleitoral; mas aigu nentan- dp-se d b;j fé não se pod r n g ir q; e s ja ma:s faeü.a pi '.vai ie çm ao ura d o que dacidcem sua conscionráa e por esoiuiino secreto doqm aojuií singul.ai afdis eripto ao allegado e provado, o as i egras estabelecidas pór direito cm matei ia de prova ' Acciesee que,além iknílueneia que sobre os jurados podem exercer as felaoõvs par ticulaies, os pedidos, a comnmnhãodo ideas poliíicas e os compromissos ciei- tqi aos deve contar se igual mente cora a pi uainienta das delo u r> do i pr oc essos e ! das prisões preventivas e a idéa errônea iffrqiie esto tribunal ó o soberano, : uquem é penaittido por motivo de ptelen lida eqiút ide, favor ecei o reo, negando a esisten ii do crime ou dando como pmvadas as diversas ciaurasiancias, que gela lei pode n U s/m a absolvição Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - - Tora;a Píhslí! a e Guauüa Nacioxm Á rot :*a publica qu; existí; na Província eoiupo>.se do coipo de Guarnição, dg uma companhia de Policia <; da Gumla Nacional. ' ' O corpo de fíanniçsocQnsía d e d tias; companhias com 173 praças, ts acha-se completo A Companhia de Policia que, segundo extensa mente infoi mei noimo relatoiio do ani)o’pioxinio passa Sm tem solíiido imiUas vieissilmios, compõe-se ártuahnontc de 40 praças pela acordada disposição da lei n 7 da 3 de Julho de ISfil Quanto á Giiaida Nacional, eoissía-me qqe estão qualificados: no Com ma mi» Superior do Sul 2 C'Ô3 cidadãos na lista do sei riço activo e AIR no da reser a^ no do Gentio 1 548 na activa c 637 na iestqu\,e no do Noite 1350 na activa e ua reserva 342 " ' As dngs Coiqpnnhias d.e ts linha são destinadas espccialn^eate a11 serviço da Guarnição,mas,em chiumstannasexliaordinanas tem sidp empregadas vomo ex~ eellentes auxiliares da Policia Parto das praças que as compõem se achão d es incidas em diversos pontos da Província, e parto fazem o sei viço da guarnição na Capital Estão destacadas 12 praças no Guandu e no Porto de Souza, 5 na Cidade de S Mafheus 6 na colonia de Santa Isabel, h na do Rio Novq o 7 na colonia militar do Erucú ' A Companhia do Policia alern da taieíá especial qa> lhe incumbe, auxilia muj- las vezes a tropa de Ia linha mi seiv iço da guarnição da Capital Felizmente íab ta llie apenas uma piaça pán a, estada completo e divo, declarai-q do novo, confirmando o que vos informei no anno passado, apesar do soldo vantajoso c da bi anuiu rada respectivo í õgulamonlo,é corrí muita diíluuddadeque se obtem o alim iamcftto dá guardas polimos; A população, d. esta Piovincia tem invonoivc! averaiic^ao sei viço, miíUar.c se foge do alistamento na í ómparihia de Policia muito mais^is fileiras do Ex croiio : Em todo o correr do aimo passado appresentaiío-se 2 volunfanos para ser; í- rem nó corpo de U iinhg Preferem como já tive occasiâo de cli/ei-v os correr o, risco do recrutamento, e só se lembiàp. das vantagens que a lei concede ao soida d, \ vulu liai io qu indo se achão presas o sem esperanças do sol Imã ' O systoma de roeiutamenlo defeituoso e aíépnqeo cup.seiUaneo com as nossas instituições políticas não per miííoqueconlemos òiíbiso!dados todos elles valorosos e patriotas sobre quem inluão a\og do dever, e efesíinuUos generosos dana tionaUdadé mais do que o teinoi do castigo ’ Mas a i n d a assi m a u a d 1 e s a i \ i ç n en eo n t r a v a n e s ta Pro \ i u oi a co nside ra v e is gk. . 1 ‘ ; : _ • e nhiíraços Condido d i o dinatipás oulondud ;s polir iaes a. quem faltai ao fn ça a consciência daiinpor lane ia d > enearg ) e á o um gia pineis i paia' affion tarem eompromottinientos,nfo pgodu/ia os resultados que sç devirão desejai,, A nomea- çBo dé recrutadoi es a quem coubesse unicamente esse ser viço deve íoniai-o mais eífica? No decurso domino passado foifio leer. alados 11 indivíduos e apresenta fão-se 2 voíüiilaiios,no enianío quqjjp 1 “de Fêveroiiò do conento annogté bojo os iceruladoresiem apresentado 7 rei i ulas Forão nomeados paia esse sei v i ;o, sob proposta da Piesídeneia.: a Capitão da Guarda Nacional Joaquim Perdia Pinto de Moines que começou a íunecionar em' a. tc de 1 -vereii. o p.i òxímo passa lo o o.s Alf tcs Fi li.iivisco 1 loi ondo Pinh&ii o..' Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 “ - f«t-3s03 e TonhjiiíHsi de Casianheda í'imente! V aquellemarquei para seu exercic o 0$ Municípios por esta oceasião teste MiVr.rr que n Com rçamlante e a ofirmlida do do Corpo de Guarnição tem procedido regrai mente, mostrando-se dignos da faida que os eauobrece e Lguai testsmu:rilio devo prostai em referencia ao Com- inamlautc da Companhia de Policia. No decurso do anuo passado forão transferidos d aqq dia Cr*r po os seguintes õf- ficíaes para o de S. Paulo o Tenente José Ferreira de Azevedo por oídem do dia de 3 de Maio do anuo passaJo;: o Tenente loão da Silva Nazaisfii paia o Bata" Uiàoostacdonaijo no Rio Gi ande do Sul sondo, substituído pelo Tenente Antonio íto. Iriguss Pereira que p rtcncia ao Corpo de Guarnição da S Paulo;o Capitão An- tonio Gahral de Mello Te ipcio paia o i ■ Raiai hão de Caça Iqies da Bahia vindo eni soo lugai o Capitão,1 oeentementepTomo ido João da Sil va Nasar-etllio Tenente João dos Santos Vital paia o Coi po de Guarnição dá Rabia substituindo-o o Tenente João Gonsahes Pimenta qriese achava eniS P^u’q,e linalmente o AlferesJoSo Besêna dp íaliei pan a Parahvba ficando em seo lugar o Alteres (promovido a 2 de !),> zumbi o ultimo) Joaquim deCastanheda Pimenlel, Se porem o ex mplo dos superiores infiue de u n modo vantajoso sobre o espirito dos sol ilidas por ouíio lado a pequenhez, insalubí idade e péssima situação do quartel o sobretudo da enfermaria Militar tara o panosa a existência d e! les ç peelarnão pipinptas providencias q»e ou espero da solicitude do Govetaolm perial 0 quartel não efibrece accom u tdiçãos regulares pnrr u n corpo do 53 praças quanto mais par i ai 12QJÉjfr[iie compõem as duas Companhias da Guarnição desta Próvine a,e se por qual queimes tu Hdadcss reunissem to ps estas ^ ruças na Capital, de certo que não encontrarão o abrigo desejado A prisão sobretudo, é músdoque pequena e insalubre—o infesta Imaginai uma salía de 25 palmes de extensão sobi e oulro tanto de largo abaixo do uivei da rua, sem. assoalho., aílumiada apenas pelas restoas deluzqqc podem pene- (rar por entiõ as gi ossas banas que semupão num estreita jancDa—amontoai n’csse apei tado laíabouço de lia20 homens ode em to que direis eommigo: o me-. ppr castigo que ahi so encontra ó a privação dr liberdade A atm rspheta pesada e m rpliitica d essa triste habitação estraga Isolamento o organismo de quem a respira e mais de unn vez o soldado saíie d alli paru o hospital 0 que fazer porem ? 0 Sr Ministro da Guerra com a su r naírii rl sollicilu le e q conhecimento dos sai riiMos da \ ida miUhn autor ís m me a a'u ;ai uma casa Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — h - e om as. an c n ra (inações ptçi isas para o quattelamento da tiopa, mas onde encoit- trai um edifício que se pt istç ã este mistçi 1 Qual o prçpr iciario qm; qtniia alm* gai suas casas pura a qua rí ela ma atoou enfermar>a niilitai! Nenhum o quei e o pioptioseaíioiio do prediop ido se acha presestemcnte o í o:pode Guarnição poi mais de ii na vez tem ioda na lo comeneigia o despejo e entrada-de su i casa A Enfermai ia Militar acha se cm iguaes senão em peioi as condicções, quei sob opoatode vista da exiguidade dos coinúj.odo.’,, quer da situação Bastai a dizer- vos quq nas grandes miu.ésfica sitiada pelas aguas e os enfeimos sujpUós a s iés— piiiiem eihalaeõesinsaiuhies O uaieo remedio paia essa situação pçnosa consiste em remover,-tanta,o quirtel como a enfennaua para o velho e qiiasi abandonado Convento do Carmo fazei A» st n eilojp atgu i? reparos Diveisos oiça rnentos tem sido,enviados ao Minutar o da Guei rapai nesse fim.m%inaturaim;piíe a necessidade de rigorosa economia pata que ojistadn possa satisfazer giaves ; compromissos pecuniários tem eb&£aflo a execução d aquella obrai Não desespero porem e dia viiáem quç a milieia possa abiigar-sc no velho e deserto edifício que já sei viu de azylo á pie-dide do mange dos tempos do ascetismo Se porím o&iun íi Ministio da Gumra dçéidirqua por-oranâo seja possível; aeoncerio do (onvento e mu lança do aquartelamento, pioturarei ao menos.ab- tei que s; alugo-'parte do edifício da Santa Casada Misericórdia pata diospitaL dos soldados entetinas, é creio qae sarei auxiliado nçsseempenba pelos propiios itmáns da piado ia eaafiaiia os quaes,pór esse modo,attenderàa tanto aos inteies ses do estabelecimento pelo quo respeita aot seos rendimentos comoá alta questão, de humanidade que exige o tiatameutomiuis profícuo dos soldados A Enfermaria Mílitai tem sidoaté hoje dirigida peio Di Eianeísco Fioiençio,- Gonsalves.i uio zelo aeíividade etiatamentohumano são gmalmente leeonheeidos e tiodnies de menção Em Ordini do dia 29dn Outijbio proximo findo foi designado paia alít ser urda phai naemilico o Alteres Henrique Luiz de Almeida e a 30 de Novembio para t3 eiiurgíào o Di Eormnato Augusto dá Silva Insutliciestes para am tnuíe ação da ordem c tranquilidade puhliea o coipo de tf linhi j j Jj i’o ieia são obi igadus a grandes saci ifioios domando muitas vezes iu>; serviço Qual o temedio ém semelhante conju^turà? Só o do destacamento da: Guarda Nacional Mas isso fora, como bem podeis imaginar, cmai u<» mal causando outro não mmos grave, oa talvez ainda mais giave E o Governo Impei ial tanto o considera assim que em Aviso eiicular de 7 de Novembio du annop p rç con eu a uma medida severa para impedil o, declarando que o pagamento dos piets da Guarda Nacional destacada só tefia lugar quando pelo Ministério da Judiai se tivesse appi o\ ado o destacamento Essa medida acon sei nada não so pelo estado das finanças publicas, como também pela necessidade de protecção á lavouia ealmlas as industrias legitimas e piovoitosas fe-Uz mente nâotem tido applicação a esta Provincia Durante todo o tempo de minha administiação apenas uma vez e urgido poi necjssidad'-iiide-idinavcl tive da i.marrei á m.ilieia. civiea Destacarão i5guar-. das Naeioma.es mista Capita! desde adia 13 de vtemhro até 29.de No,vombro, da Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 w ^ —- %nno passado, pi estando bons serviços, - pelo que dotei minei que fossem louva-* dos Devo eSsa foi tuna,tanto mais saliente quanto em todas ou quasi todas os Tro i - cias do Império iko acontece o mesmo ao espirito paoHico e oídeiio da população, beaos bons serviços da tropa de l* linha e da de policia Não vos diiei (pie em oceasities extraordinárias a Guaida Nacional desta Pio- vincia, assim como a de todo o Império deixe de pi estai valiosos sei viços Peto contrario, creio fi; memento qüe em taes cm'itinstâncias im íamos novas o irri— Guisa veis prtívasilo amoi que todos os Bi asile iros vo tão ao paiz, do respeito que fonságrãoa ordem public^ e acatamento asnossas instituições fundamentaes, as quaesato^fm tem sido o nosso salvhteiio nomeio daslotmentas das facções,e na exacerbação oas lutas eleitoraes .. Para mim, no BiastI mio ba senão rooaaichistas constitacionaes, e todos de coração acceitso o legimem iepíesfintativocomo o único capaz ile felicitar o paiz As ^vertiginosas paixões políticas pódent arrastar por instantes, mas o sentimento ipoderoso do amoi ás instituições jui adas falia mais alto do que as seducções da ambição, ou o euthusiasmo das luUas.o ckamão logo p ía o grêmio da ordem Como o filho predigo da Eseiiptsra,o exaltado volta ao seio maternal da constituição, e muitas vezes resgata õs unos do momento com a dedicarão de tod(|o resto do sua existência Se porem nessas 0ocasiões graves e soleiiiues podemos coutai e já temos contando com a Guarda Nacional, como se conta com o paíiiõtismo e o espirito dc ordem pão sc segue que em tempos ordinários seos serviços sej 3o mui tá profícuos, nem que n aqiiMlas epoebas míticas possa lutar com a vantagem da disciplina 4'allo pelo manos em rafei encia a esta Provincia Os Batalhões da S Mathaus Mova Almeida, Santa Giu e Linhares nio est3o 'faidados,iietn disciplinados,e nem ao iiienos possuem armas Os de Itapemiriiii e Bencvento achão-se pela maior paite na mesma posição Poucos são os insti uetores e esses mesmos não podem desempenhar perfeita mienle suas ftmeções pelas longas distancias em qite residem os guardas, dituculda- dede transpoites, e poi outros obstáculos nascidos da pobieza de gr indo parte i da população a quem não é dado,'sem sacrifício, abandonar írequentas vezes a ter- da em que tiabaüüi e donde tira os «mios paia viver Felizftiente o Sr Miivslut da Justiça conhecendo o onüs do serviço á que é ' chamada frequentes \ ez -a uiliciaciviç-a piojecta, com o esclarecido zelo pelo ser- ■viçoqueo distingui pi J i i» poder legislativo a creaç o de corpos de Pedestres -destinados á auxiliai em a policia Hum a taxa a anual, nunca excedente dei 2$)O0O -is paga pelos cidadãos que f iam incluídos na lista Guarda Nacional, quer no serviço activo quer no da lesorvajoineoeiâ os meios piecisos para o pagamento dos soldados pedestres Não é piCciso qúe me estenda etn (onsidei ações a respeito da necessidade de "policia para que haja ordem na sociedade e garantia dos direitos individuaes, nem que pioruie- piovar a impossibilidade de existir policia sem forca-, e a exeel ilenciado serviço da milicia ou dc umcoipo militarisado sobic o da guarda Nacio mal. Se esta éadmiiavel nos momentos de calamidade em que se appelía para o* Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 _ je _ btios naeionae^ e paia os sentimentos cívicos não p>tle coiréoi icr um Lempo.s oi- dinarioscom o sorvrço mais regular; e aceeito como pioíissão, da policiai ou' tia piáçadcl® lihtiab O lavrador o eo mine rei ante, o artista-—não1 se fuitãoan sáciificio exigido pila segurança publica inastf sassifieio ó sempre o sacníjoto isto é,—m excepcão, í> movimento generoso das grandes oétasiõõse não o exercido dá pr > fissJiô; Não sei se o alistamento voluntário preencherá o numero de pedest: es de que dsta Pio viu cia carece Segundojá vcfs disse a população Esphito repeliu a mula, e menos lm ai Ida do que os eaieehumenos de A n chis tjfrrepobreza ’ inás a indepefldencia; a cábána, nms a liberdade;7 as tomeiriãs dó oceano mas o direito de se pertencei Todavia jpóile sei que um soldo \Elnlaimto e a eireumstarfcia dc servirem na Fie guezia oií Município, omití tenr família chamerúpramptamento giandc n° de voluntários,Em todo o caso,a ideiado Si .Ministro da Justiça é accd íavel riao sòmtoS to porque importa um allivio aos cidadãos Guardas Nacionaes, mãs também molho ram en! o do serviço da policia, Scme coasse providenciar ou solicitar do vosso patriotismo's justiça medi" das relativas á otganisaçiso daGuaida Nacional decerto que não-nre limitaria ao qu> vos expendi sobre tão impoiíanteassunpfo Aiiidaquo pesaroso taiiíf dei annuneiai-vos que vejo essa grande e «obre instituição/ Uma das ftlláis düeetas da civilisaçãomodeina, aeouunettida pelos assaltos funestos do espiiito do partido, que tudo disvirtua tudo es traga, saci idea a justiça ao eaprtoh ) ou á a (feição, — o mérito á camáiadagem eleitoral7 a severidade da disciplina ás indulgeto cias dos compromissos políticos Não me compete tão alta missão e feliz mente tem elía na sábedería dá Cmèa,e no zelore iliustração do seos Ml antros todas as gar miras de perfeito desempenho Contcnto-mccom oexcfdeio severo das minhas attribuiçôes, e com fazer votos fervorosos pelo melhoramento da instituição Preseutemente existem em destacamento 3ã praças da cornpaiihiá de policia, ií em ítapemiiirn 4 na í idade de S. Maíheus em Santa Giuz, e SetoPiuma Se o estado das finanças o permiüUse.se as rendas nau tivessem apenas um crescimento ciiinnl insignitícante, eu vos pediría pelo menos um contingente de praças; mas nás ciicumstaneias financeiras em que se-acha a Piovlnòia o aug- mento não deverá exceder de 50 pfaças,e ainda esse viíemio podería ser dispensado por emqííaiito, Ná,o terminarei este Ussumpto scm que preste testemmiho da intelligencia, zelo, lealdade s conhecimento da legislaç-iomililai com que tem snvido o digrto Ajudante de Oídens Majoi graduado Joaquim Jeioniiuo Ilarrèo Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — ji — í,Ai>ni< Se ó coito que sem policia e bia adididistiação da JusLiça rião Se póije esperai" 6riieírt,neni a garantia dós dtieilbsiüdhidiide3,nãci ó iriend.í certo que seincádeiág iíguias eaiejadas aàcçaõ da jioiícia oú das áiitoridádes eriminàes Se tornaria inetÜLa/ Aqiiilig.lo-sd d úas altas questões’; a da pieventâo e repVessãó dtís eir- meá,8 d da [uiidanidádipe n iini estreito cofísorcid pcdeül é níesidó fkcto como lírfi beneficio para o individUo e paia socieiPadc E pieciso qde ao nidsmo tempo qíie se tenliã d certeza dá piiniçào e se receie a \igiíaneia da policia; ao niesínó' tein- po que áeástejãcotivencido da exisledéiadê piisíias segdiaspara conterem ode linqusntc.se cónheça qiiea pieveução ot! o castigo nãòqíleseiiidizer òassâssinatii ofíiciál;—qíie á ptisão,desíÍnádaa[ini fim jiisio e; tíecessario bode òxisteiu homens Ü por conseguinte o efime «ãri sigsuilqüe a morte, precedida do sbffrniientd qde itíligeni graves e n feniiidádes tiltiás daiiísáiiibridadéou da falta de aceio Seiu duvida neiüunila o leníor cdncdrie em grande pai tép'arSnáauledçâd dá drdetrie prevenção des déiictds, nisís ciiiíípfe qiisnfiò se faça da excepção a regra geral, e qíie naoseeuibote a espadâ pelo uso coiísianle e inimoderadiJ O té- nioi gasta-se; e desde qde d liòuíerri lèconlíeea qde na prisãd encontra mítis dó que um eástígó propóVcióiiadd ao detido; désdé qde veja áílí o ássássínato dis- faiçádo, revdlfà-sé mUiiiálinedtc coníia a iiijdstiça da sociedade, que tão maí òimpí ehende a sua missão; e o effaito rnoiai c infeiranicnle opposlo ao que se de- áejáiia obter, poisqüaa injustiça teni a vii tUde cie desmoralizar os tórméníbs, e de poi fim tornai a impuníção inípoteiíte ctii siia acção sobi e d espirito pub iico. Não é poi tanto de pt ddencla sepaiar desta qdestão, como éiií fodas ás outrás dê' policia qde se lefcrenia djuíClias mir mies, —a sevendade do castigo das exigências da humanidade; c a (cmsiitíiiçsbassiui o emtsiideu quando noseoáitigo li§ g SI, deteraiinoíi qde as ciídeiãs fdssein vastas, limpas e arejadas Ácctesce ainda a alta questão da caíliiígoria dos pro/bs, que lambem não foí esquecida pelo legisíador ednstiEueionabqdeslãó importantíssima e de decidida' influo ucia sobre d indivjdtío assim cònio sobioa sociedsrde Atinr na mesma pi isão d fáclriora jqlgado peios It ibunaes e o indivíduo ape- íns indicia do em < rime menos grave od mesníjohommif liou esto a quem a óIId cinaçãiíde drif ní o mento od afiaqdeza levarãd a violar a lei, c como já algum' dia vos disse tornar dosigml a sm te dos q k; são ciiani t Iih perante os fribuaaes uísügando-se mdtvg/ds níáis difi iinente ao b m dó que aóni m — .pois quo pai i ésle a jfena'está piincipal, se ri :o unicamente; rio faiUi malenal da prisão; cm qduiLtí qde para o outro pisa com o duplo rigor da prisão e da ignomínia, qun ãugmeuta-se neeessaiiameníe côm a companhia fomrda do matvidos. Não será poi moringo’ unia verdadeira ci uai jade lançai no mesmo t lueie o conde ninado pcií In diias leves íilhas da colora, e isílvez de jiíUa c dori e o assassino de piofissão í Nifigd nu otoiitestar i A pretendida igualdido qu: exigisse a mesma piisãtípaia ambis allegin ló qde ociimeos tivesse íf vela do fii i a miis flagrante despi d porção; porque se 11 crime coma iunamio da lei é une d nnsirio de, doi Íoquí imfito diveisificá de gravidade nsosó pola dafuro/a do facío como tão' Üorn p da mabji ou m mor pes \oisida 1 ■ qu ; á jtii peaal \è iiiáaíleslada nn i «t lejo de (ii i iinsla i ia, qu ; e!la domnoiuou aggiav auísis c aHenuiinles; Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 1$ A este respeito só lentãmeníe iremos melhorando na Provincia; poique como sempre, surge o obstáculo da escassez des rendimentos pata impedir are- alisaçãodos bons desejos deseus legislador es, c da administração A cadeia da Capital é a melhor daProvineia, mas ainda não se acha nas eon- dicções de segurança ejjsaíubridade exigidas pela lei constitucional Ha muito que fazer pata tornai-a ooniníoda, afíetiEo o grande numero de prezos que n el- la são recolhidos Esse numero durante o auno passado chegou á 28b, sendo u máximo Ss c o mínimo 35 ‘ * À da Cidade de São Matheus não ó ígualmente íão espaçosa e arejada como se devera desejar; mas o seo estado, sob o ponto de vista de segurança tem melhorado O Tenente Coronel Matheus An tonto dos Santos encarregou-se de dirigir as obras necessárias para esse fim, e tem cumprido a sua missão, recebendo para isso 3-000^ em 2b de Agosto de lSíH), a que mandei reunir t:00QÍ& em 23 do Outubro do anno produto lindo, O máximo dos piezos recolhidos a essa prisão orçou era tl vaso miniiiio em 7, havendo accomodações para 22 À da Barra do São Ma hmsó uma casa particular de paredes do taipa, onde existem 3 rapai timestos çom accomodaçõçs para 8 a 10 presos O numero máximo dos prezos que paía&li entrarão no anno passado irão excedeu de 4,e o mínimo de 2 A de Santa Cruz è igualmente uma casa pequena mal arejada, escuia e insalubre, sendo o des taca mentó policial que a guarda obrigado a tíoimirn umesíiei to recinto íeüzmente houve quem (mrtrsse á honrosa iniciativa do melhorar esse estado de coüsas,i\icoLi emlo á generosidade dos habitantes do Município O Dr. Anto- uio Gomes Yiilaça Juiz do Direito da Gomar ca,apenas alíí cíiogon e tomou posse do cargo, tratou de promover uma subscripçSo para o levantamento de um edifieio que servisse de cadeia casá da Gamara e do Jury Com incansável zcío o digno magistrado bateo a todas as porias, reeoneo ato fazendeiro ou aoconimerciante opulento, assim corno ao jornaleiro que só tinha para oíFmtar o seo tt ibaího; c soube do tal modo actitai sobre o espirito da população, que em porte o tempo consegui o obter rs,quuUia quasi suflic lente para a co rstrurçãe do edifício Cumpro um dever summamente agradarei roconhe- cendo o revelante serviço d esse magistrado, a cuja experiência c sentimentos de humanidade niio pndiãu deixai de faliar com eloquência o estado miserável da ca- deii do Município, cabeçada Comarca ,e a necessidade de uma casa decente para as sessões do íui v A ellese associarão nobi emente o Rr .Juiz Municipal do ler ino o 1 encete í creme! José Martins da Silva Paixão o cidadão Miguel Pinto Ribeiro e to la a população do Município, as Mui como alguns Inbi tantas de Nova Al- iuéida Desejando animar os puxos que d í tão boa vontade concorrido pata o bem do ptgai, dirigí-me a mpielía V íüa no dia U do Março proximo passado, e fui assistir áf cerre monia do lançam' ntoda pi imeira pedi a do ediíídoprojecíado, O generoso acolhimento da população e o i egozijo co tíque recebei ioo delegado de Impei ante factos que não orno attiibnir a merecimento proprio e sim ã influencia que sobre os habitantes da Ihovincia exercem as irleias de ordemr eo respeito Ludieioíi ri á Autor id ido, irio p ulor lo a pagar-se iíe uíttilu ma moria. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 49 - Coagia- ué qm, giaeis ao zelo e aetividade da éommíssâo encai regada de di- rigti as.obras estas se exetutâo com lapidez, piomettendo que cin pouco lein-’ po o edifício se adiará concluído Como oí16:íÓ90Í©ODO is da sübsciipção não s qâo su [liei entes paia todas as obias resolveu a commissSo ofíieiar me pedindo algum auxilio do cotia piovincial E de esperar que a vossa sollióíftide pelo bem da Piovineia aílendaa este pedido A projecíada cadeia e casa da Ca mar a da;Serra acha-se igual mente em an demento, tendo a i ãspeefíva com missão recthido paia esse fim tiSOaíS? rs, dos quae* 500^) votados rta lei n“Sde 2ide Julho do annopioximó findo. Esta obra, cujo plano primitivo era de vastas dimensões, exigindo dispendio superioi a 30:000fV 0 que a tornaria iir-íalüavòl, :ao monos cm pouco tempo pi oseguesegundo um no- vj plano que por minba ordem foi levantada pelo Engenheiro;da Piovincia Çom seis a. sete contos de reis a Vil ia da Sei ra lerá uma casa seguia e arejada para cadeia, assim como paia as sessões do Jury e da Camara Municipal. Q edifício que aelualmenl servo do cadeia èumaeazinha onde existe apenas um estreito e maí arejado xadi ez,sendo os pt esos detidos alli por poucó tempo e enviados para a Capital, apenas Saviado c devidamente sustentado o despacho de pronuncia Em Nova Almeida sei ve de prisão um quarto no pavimento teneodo velho e a minado convento dos Jesuítas Falta-lhe assoalho, é húmido, mal alíumiado e msalubie Sc se piepararem dons quartos no pavimento superiorjuntoàsala-dasscssõesda C amai a Municipal, projecto que o digno Juiz de Diieito da Co ma toa pietende realizai , e para o qne ja obteve donativos dos habitantes do Município, ficará a cr - deia com os commodos piecisosqtara separação dos presos segundo as çireums- ^ançias é os sexos A piisfio publica da Villa do Espirito Santo consiste n um esíieitoxadiez ao lido da sala das sessões da respectiva Municipalidade Duas pai edes do? editici0 ameaçaiao desabar, minadas pela deyastadma foimiga sauva, pelo que a Caimua Municipal não tendo cm soo miuguidu rendimento meios de cou^ ceitai-as,ofliéiou-me-em abril p p pedindo o auxilio do Cotfe Prov incial. Mande1 entlegar ao Vigário João i into Cat neiro cem mil reis piira os reparos máis urgem les e giaças ào zelo e aclh idade d este cidadão em poncos dias as paredes foif o teeonstriúdas Para completo repat j do edílieioé necessário que sc reforme o t.e Ihado : A villa de Guarapary é una das mais felizes a respeito de casa para as sessões do Jun ,da Gamara municipal e pari cadeia O mesmo edifício se: presta a esse tríplice sei viço,sendo a cadeia situada no paviínento lei reo .Compõe-se do 3 cuxovias Seguras, faltando poiem uma sala onde sejãq presos os simples indiciados, cujos antecedentes eoondicçso social não compoilema companhia do escravos ou de delinquentes reconhecidamente pei vetsos A cadeia de líenevente que occupa hmapaife do antigo Convento dos Jesuíta^ acha-se de tal modo arruinada que não se presta ao mister a que & destinada Ar pendendo ás infbimaçõís doDr chefe do policia,eneaneguei o engenheiro C ezar de Kainville qne tinha de passai poi alli, de levantai a planta e oiçamento das obras indispensáveis paia aproveitamento do edifício se por ventura não fosse mais conveniente Eiatm da eunstrirçio de nm i casa com as devidas pioporcões para piisão Opinando pelo apmve-iUmento do\olho convento aqnellc engenhei Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 20 — 1,0 orçou as obras em 2:5Q03i>0fl0 ieis dedaiando-me que poi esse pieço Iiavi^ quam sa quizesse encanegu de ícaliza las, q que levo ao vosso, eo.nheciiqento paia que tomeis as necessárias providencias A casa qua sarv o da piisSo publica emlíapamiiim compi.ada em 18,37 pai or- dnm do Sr Pi «sidente Oiimpio PatSo è vasta e arejada, mas ainda não es tã concluída, carecendo sobielit io do p na saia para detenção do simples indiciados ou de indivíduos que não. devãq sei; colto.cadQs, na mesma eiutp ia que qs facinoias c esctâvos' ' ^ ' ' ' ‘ A Piovincia não possuo e nem soos rendimentospqnnittirão que dentio em mui tos annos possua, uma penitenciai ia, onde os eondemnadns á prisão simples e á piisão com trabalho pqssão cmnprii as sentenças de um modo profícuo tanto paia elles como para a sociedade Apeliemos para o tempo, e vamos preparam!0 par meio da colou isaçfto e o desenvolvimento da industria, sobtetuJo da agrícola9* q na era de opulência em qnc os cofres pioviaoiaes se; possão abiii geneiosos pai a '•* sa tis tação dessa necessidade ciladá pela infmencia regeneradora do Linistianis- rao, e boje leeonliéeidapoi todos o? povos eiviiisjdos Ga:u de C vimniíE, Noda tenho que aecseseentar ao que vos expendi noan.no passado sobre este as- sumpto tão dignada nítfinçãode legisiadoiesdirislãos 0 único hospital onde oen_ |mmo desvqlida ejicontia qn leito, que o. reeeb.a e a esmola do cu;ia|tvo, eoengei- lado um seio qqe o amamento e 03 cuidados de umqmfie adoptiva que 0 ciiem 3 e luque m, é a casa da Misern.01 i\ia da capital, cuja fundaeção constitua um dos bons serviços dogb.veinadorFiauciseo Alberto Itilhim Nenhuma alteração impoi tanto tem sob ido essa casa pia desde, maio 'do armo passado até 0 presente Seq> içndimeutos, segunde, veieis d,p pelatoiio do ai Uiul. provedn^ o vigai io Joaquim de Santa Maria Magdalena Du u te sfio mesquinhos e íião, permitte que se possa a ug aventai o, possqql consagrado ao sei viço do estabelecimento, como esigia 0 bom andamento, d esse sei viço Orçaião apenas em ieis 6:16335 no. decurso de" 1 a.nno, sendo provenientes das seguintes vm bas e conta q do-se do 1“- de julho dedsVó a 30 de junho de istil Saldo do a uno pietmitq Prestações lecebidasdo thesoiyo pi-ovinctai Juro das apólices da divida publica t Recebido de João Anloniq de,Freitas pe-lq comiqüta- çS.o da pena de um mez do prisão Curativo de praças de policia 1 Ü : ' ’ :!' ' 5 s ■ ■ Àiuguel de casas Curativo de livres e escravos,i*o Hospital Beneficio dado no theatio União Capicíiaba l:08S2t>7H âiíhOSsOOj stnsrrtãbj 2(>í).50 00 20635500. 5Ü8.SJ380 Çt 5 35 090; 168.35 O ÕG, Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 2i — gecebidp da Ihesomai ia gmal de medi; amentos remetidos para lieaevente S8$820 fdem pelo cui ativo i|e um marinhei! o dq bibgqe de gqen a Marantiãq 3t$00G Esmola tle lim anônima 2Ü$OO0 Memlimentq do ccmjleiio 1S)$OO0 Afiiguei de um caixão 6$400 Impoitanciq de um páo que se vcndeo 2$ÇG0 Esmola fias ü"5 feiras da quaresma í$7C0 A despesa durante esse neriq i.i elesou-se ^ 5:958$6qÇ> baven- . do por conseguinte um saldo de2Q<$:yR) f om a festa do anuo de 1369 269$18u dietas do hospital 2:0l0$(>77 os empregados 1:730 $793 as amas dos expostos 4 26 $000 a compra dc medicamentos 269$õ0o Restituição de legados pios â67$00g f om o pagamento dos serventes do hospital 2>2$()í}9 a obra do hospital c da igreja da Misericórdia 230$9Sí) roupa pqi a os expostos 59$G70 » páp as enfermai ias do íiQspilpt i59$90o Patameaíos vindos da eoiie 63$000 1 om a procissão das togar éos 67$72f> a musica e mais despesas para q tUealt o Enião Gapiehaba â«$760 iecheims vindos da carie 59$170 concertos de prédios 24 $560 s da alampada da hospital 12$000 ti festa da casa do puno 1861 ^ 29O$O0O annqnups 9$280 miudçsa? : 3 $.200 São gcralmeute poucos e mesquinhos os Lega los que este estabelecimento re* pebe da caridade pmticulai, e noemiunto quintissolfrimentos aslna louitivo no seo recinto, quaqtos ^esvaiidos, a saude, :e as torças com que podeiáo voltar ^os cuidados dq vida, e adquirir meios de subsistência ! A assemblóa pr oviqeial, co. opi ehendeqda a importância do sei viço qpj a casa Miserico; lia pi esta ao publico, não se tein descuidado de proteg d~a Senão tfosse a conlribqioão anniial de 2:490$, is decietada pela lei n’ 26 de 24 de julho áe 1858 e elevada a 3(:01)0$ pela lei seonsíiUiem o.tiln}o mais nobra —a íloiáo mais valioso tfagoioa-; d;\ mulher Pdngeneiosoinstmrto da nature/a a filha; do pescador ou do jot ualeiioi qpa sc-tornou m'e, esquece a.v>rganlia e a miséria abentòa 0fillui,# prara ça resgatar a nodoa da culpa com os aptos generosos e a sublime vii tu de da maternidade S30 fHho é 0 penhor da sua racoaciliaçm com a vii tu to .-seos c«ida- don e saeiificias por elle, a 01 ação do ariependmiento, nfodesse que se tra-* di*z no isolamento e no aba a J0110 do quc: nas mo sem que tivesse culpa dc nascei 1 «a& BOjamparo da craatui i,quo,fi &, b seu )p robi io, lo roa-se um lia 0 srooigur Ihoe 0 seo peidão E prabsoquecontimraisa pi isíaro auíilio daeofre provincial a um esíabele cimento cuja ujUidaüe não po le sei contestada SUimn PiiBiifA Graças a De os itenlmiuaranféi mjdade epidêmica IbigelU ac t uai mente a Pro vinda nem a ilagellou durante omnno |mmmo finda Febras iníermittentes que n hum oan outro, caso degenera vim em typboides apparecei õo como de costume na passagem do vertia paia a invei no e ceifaraó algumas \i tinas e peior do que essa mplestia que por sei ondemiieajá raíuv atei- ra á população,a coqueluche,acommetteudo com vigor 0 Município, de .‘kinía Crixz,, causou a rnjiíc de grande 11" de cicaraças; t omo sabeis, de todos os lugares da Provincia, 0 menos salobra é 0 Município da cidade de São Malhem, pelo que exigia a pj esene» de um Me lico V Assem- blla Provincial que já com louvável solioitu le pela saude publica premi 1- ia fitar nesta Capital um Me li 10 co 1 signa n Io pu-a esse fim a gialííteução mensal de min mi reis inmies atíeu leu igual mnte ás roclamações daquell' impor ta.iite inufire pio autoi isanilo a Piesidencia a eoutractai pra urn conto, de 1 eis poi anno quem alli soecorresse os doentes pobies ^ beneficio, de que parií- cipariiío os mais favoiecidos da foi tuna, graças a resi lencia do Medico pio movida pela cci teia d aquelle subsidio Em 23 de Outubro do anno p lindo* contratei com 0 ttí Gracian.o, dos Santos Neves 0 cncarregai-se do serviço medico na ( idade de Sao Matheus,e na Villa da Bana, quando a Prasidencia 0 determinasse, obrigmdose a tratar não sámente os enfermos p ibras, como também as p; nças do Corpo fito e da Companhia de Policia que alli se achassem de passagem ou em destacamento In feliz mente ai outras loguesda Província alemda Papitil São Matheus, e Itapomiiim não tem 0 recuiso da sciencia c da aitc paia 0 curativo dc seos enfermos, enuis de ama voz a moi te é u lesultado dá falta de tratamento A* noticia do reapparecimento do choieru na Provincia de Pernambuco e áo depois na da Paiahyba veio como eia natural Irasei-nos sacias apprelienso.es Pe tindo á lb ovi lencla 0 affastameiito d esse llagello que com Uiiiló vigor assolou 0 pah un 1855 e 1856, vii iimando 11 esto pfoiincia 157 t ifídhiduós Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 2’á — rnidei iio cmlanto em promovei-algumas medidas tendentes a combatei-o, se per infoilmiio nos aecomeltesse cie novo Dividi a (.apitai em nove baiuos sanitários musicando paia cada, nma commissão de 3 cidadãos de enlie 'os médicos e os que se distingUirío no tiaíamento dos iholerieos ètti Ifíãi), e enéaireguoi-os de tudo quanto sc ref- risse a esse serviço phi- laníiopictk ©fliciei igiialineute ás municipalidades o às autoi idades poticiaesdc diversos dbstrictos,recommcndatidedhes todo o zelo e actlvidade para prevenção, enocasodcsei e;ta impioticut paia dcbgSku-se a epidemia; enomeei paia toados os pontos conaiiíissões sanítarias. Oxalá que nío tenhamos de lamentar novos infortúnios e que a terrível e i;-- demia nãotmnea enliai u^sta Provincia, hoje tfo socegada e justamente em balada pela esperança de prospeio fultuo, !Os logaresdednspector de saulepublica e da sau le dos Pot tos sãoexercidos pelo th Antoiíí i Rodrigues de Sousa B ;a idas a o de Commissai io V ter é i 'or pe o Dr Fianeisco domes de AzftmbujaMoirelles, que exeree igualmentco de medico da Provincia, para que foi nomeado em 15 de Outubio de 1860 O obituario que censla de i egistio das divcisas pai ochias indica ó seguinte no aimo pioximo ipassado, faltando, tão somente informações a respeito das pato-* chias do Alegie, Barra de São Matheus c Espii ito Santo Paiocbiae Óbitos Possuas livres Esciavo Victoiia 93 69 24 Via n na 68 4 5 13 (miacua , TO 40 21 Cuia pina ati 13 13 IJueima do 74 64 20 Serra ^ 58 41 J 7 Nova AI in ei dá «9 o7 12 S í iuz 165 154 9 Linhaiés 29 28 1 S MaUicus 1H 72 42 (luaiapai j 81 20 1t Benevenle 50 43 13 Itapcmiiim 106 47 69 Casoeiia iâ 9 (i 9 62 711 231 !t uU’0 PcblIcoi Tcnlio pi estado mtlità atienção a este ramo do serviço, não só pqrquc se ^efeic ao piimeiro dos devei es do homem, como lambem pelosseos elfeilos saiu- tires sobreamdem e piospeildade pabíica. ( rosca o numero dos espii itos fartes quç encontrão na piedade do povo, nas xuençase praticas religiosas queconsolase ftutifioao, motivopaiaoescatneo filho da impievidencía o da matignidade loiuas leis, toda a vigüancía tola a polícia, as condi naacõüs m ús ceifas e ci flVis as penas mais sever is não substituem o êffeilo moi \l da icligino em icfeieneia á-tranquilidade publica, cá seguiançá Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 2f in lividmi e de propriedade Co ni jí notei;, a or.l mi que s- finda' no temor é líW edifioio mil a sinta io que ostro mm e anieaei desabar a caia mbm anío; q: Lindo' paio contrário a que tem por b ise a cohícisaoia do diver, a ouo recebe oeonfor- to da religião,a que tempjrloi oEvaugelhme por e miopia, as virtudes tio Ehristo, resiste e perdura como un templo de alicerces profatidos o bem cimentados. O temor traz eomnigo mesmo o germeu da sua destruição, porque desperta o> brios naturaes, e a ancia da liberdade, ;jue é para o homem tanto* como a vida. O homem teme hoje para revoltar-se amanhã eonira o freio com que o pretendem1 sàb»tigar. Façamos que opovo creia, semque se enibruleça; qué adube sem"idolatria.fflfV seja reiigoso sem superstição, e que não es q ire ç a o sol i c ta me 3 dar lei divina pelo cuidado dos interesses e dasciencia mundana. O Evángelln?não pode qubrer aalegra bção dainlelligenbia humana, ui as também condemna o cultivo da sciencia á custa dos sentimentos mais surtimos do coração. Dahia n e c ess i d ídc i n d eçl i n a vele primária da educação religiosa, quer’ recebida rio berço cm» o leite e couros sorrizos da nrUenridude, prepare e fortifique o homem pará resistir às tentações de um’" raciolialismo exagerado,com que os apostolosda impiedade pretendem-esterilisar ocoraça o humano, e seccar-the as fontes mais generosas." Ao ladct da educação a comMiunhãd da prece no templo, a palavra auto risada e o exemplo do sacerdote;» dtipla influencia do altar, que lembra a Eternidadb,** do parlre, qtroaíiençõa em nome docéo. A edueaçãe ridi glosa eiirtfo nós, cumpre confessai-o', não ctfnstütie um cuido dia e ;p ecial, não elevou-se ainda ao caracter de sacerdoCio ;e quasl tndo quanto o menino recebo, é antes filho da providencia natural da mã(Kde famiiia duque do uh) systemaad-optado como meio de civiHsaçjo do povo,E ainda assim, nas ciasses baixas da sociedade, a ttfn de família, que, nascida sob o mesmo regimeif vicio m, não goso n d o be nó fiei o da e J líoaeão' re li g i os a a ccurad a, n 5o t e m p a ra dar por sna vez aos lilbosque nocessitão senão o poubo que lambem recebeo. Ao clero cabia em parte remediar tão grande ntal, chamando a si esta glorlos:p tnrefa çomo objecto de assíduo cuidado,e o exercício do apostolado qiR o Christo’ lhe invpoz com o seo do ceie omnes-gente.s. Infeliz mento nem seinpre a sua acção pode ser tão offieaz como o” dosejára a piedade, porque em nosso paiz as parochias, geral mente'extensas e com uma po- pú’ação disseminada emgrbpos ás vezes remOlos, não permittem que todos sere-' arião facilmente junto á cruz do presbyterio, ou no lar ctfhsolador do pároeho, ou que este visite quutidianamcnté as suas ovelhas . Basta-nos uín calculo muito simples para que vejamos as diilicoldades da ordeui pliisica como que entre nós pilta o soeerdociodo-parócho.A poprôação d;i provincia orça em-55 a 60 mil almas Pois bom;para essas 53 a GO mil almas lia apenas o ministério de 17 vigarios$t que atíribue a cada um delles o cuidado de 3,233^à 3,529 almas. Daqui á regra* estabelecida pelo Concilio Tride.nt.ino vai muito longe a diíferenea. Encarando a questão pelo lado do templo; và-se que também a provincia não se acha em pòsiç'0 saíisfactoria. Coma já tive omasiáo de dizer-vos no atino passado, são pobres as olfirtas com qtn pre-senlomento concorrem os Heis parepi íeVanümonto ou-concerto-das ígrchrs. Todos appcHão para os cairo- piòlico^m^' Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ' — 23 — KcKib esperar quo d'el!es venha o romedio pura tualas necessidades quantos são sonão todos os templos, paio menos as motrizes da província? Dcstinalo a misteres numerosos, o rendimento provincial chega apenas para ós mais urgoatés, e na distribuição do patrimônio, nascido dosuòr do trabalho popular, èó podem caber â cada parociriá migalhas,que qiiasi sempre ém vão con- Vidão a generosidade publica a engrossal-as com ás siias dadivãs. Não podendo acudir'a todas as reclamações, tenho procurado ao monos ir hü- lamento mclturan lo o estado das matrizes com a consignação de algumas quotas para os reparos das que mais heccssitão. Em virtude d’esta resolução mandei entregar á commissSo encarregada da edificação da matriz da Cachoeirá um conto de rais-vóladd pela lei n“ 8 de 21 de julbo de lSfiJ. e mais a quantia de lmOUíp rs, em 1* do março de anuo passado: Conto iiue os importantes lavradores e cómmerciantes dhquella florescente e esperançosa Earocbia prestem á provincia o auxilio com que de ordinário acodem áos reclamo1 das necessidades publicas. Ovigafio acaba deohiciar-ine,informando que se acha preparada parte da madeira,? c que mandara sobr^siar as obras em quanto providenciava de maneira qüe pudesse obter meios mais commodos detransporte para os materiáes, céntãndo prosegUir em Júltto proximo futuro. ‘ Em data de 12 de Agosto p. p.'mandei entragara u:na commis.rilo composta dos cidadãos vigário Joãd Pinto Carneiro, Pedro ÀnloiTo d’AieroJo é Pirmiatí de Almeida Silva a quantia dsl:iO0$ rs.,sendo 10^ rs.com que S:M.o Imperado r generosamente coneorreo, para os reparos da matriz da villa o freguézia doEspi rito Santo.Húmida.sem o altar oiór,éom o assoalho podre o as paredes desapruma- das, o velho templo ameaçava desabar.e apresentava o tristo.aspecto de ruinas, fi . lhas antes do abandono, do quo da acçao do tempo. O digno Vigário João Pinto Carneiro apenas tomou posse da Fregúozia.cm qüc foi apresentado a i dedallm de ISíU, ciíidou em molhoruro astnlo da matriz, e com aetividade e zelo á que presto testemunho reconhecido, quer como christão. quer como administrador ou.’ n cilO achou dedicado auxiliar, tem adiantado as obrasiconcorfendo até do seu boisinho com O’ valor deu na banqueta pai a d al mi mór.As paredes estão hoje seguras,o tanto igual mauto seguro,o frontespício ai ve- jado, removida a causa principal da humidnleque estragiva as parede;, e ira- ia-se d c refazer o aliar mór e o assoalho, e da reforma do coro. Os reparos furão orçrios pulo Engenheiro da brohn ía em ã:111^5700 rs., e por consegüiuío é iiisiifiicien to a qiua tia a iè hoj o coris;guada j t ra ess o fs m. Eu si- vem quo na presente sessão seja votada nova consignação com a qual s« realize desde já o quo for de mais urgente necessidade. Ófliciando-me o vigário de Cariacicaqüe o telhado d i iria triz preçizava de rae- ihorameuto para socvitaradamnifnaçãp proveniente das chuvas, e orçando as despezas em iODiòoo rs,, ordenei em 3 de.Maio de 1861 qtie ihe fosso entregue essa quantia, que teve a devida applmação. Em 26 de Outubro de 1861 mánd ji entregar a uma com missão composta do vigário e dos cidadãos Manoel fVudeueio Rodrigues Atalaia, e Manoel deAlmeiiO Trancoso a quanta de í riVUOjT) rs, vota da p da Asscmbléa para conclusão da mal rí z Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 26 - d aquella Paroctúa Sá está comUada a capslla mói Talião as paredes íaletaes dó corpo da Igreja, (pie felíztneníe já se achão naaltuia de 13 a 20 palmos, Como bem vedes, ainda ha muito qife trabalhar, e qüe despender, para que a Paiochiá tenha um ténlpío dectinte. Ero H de Janeiro do 1861 foi expedida ordem para qhe 0 cidadão Ígnacíó Gomes dos Santos^encahegado dos reparos da matriz da Bana de j Matheus, recebesse a quantia de SOÓSmOj rs desérna lá á cóncítlsão d esse templo Os trabalhos piasoguitao, e presente mente achão-se quítsi concluídos FalUó âpenasa piiitirrae doufa monto dós álíaros, epeqiionàs obras qtte aqririle cidadão emoffieiode 19 de Outubro do anuo proximo passado ofeá em 3:OCfOã3>0,)d rs Em de Abril de 186! a Gamara Mmiièipal da Cidade de S. IVÍallieits reprc- sentou-me a respeito do editioioqne alli se èstá levantando pára servir de matriz, em substituição á actual, qiia por sua pequenhez e mao estadó náo o digna nem do eu! to, nem da importância da Parochu Or eiva-sé á despesa pará conclusão dó edüicioetn 20 contos de reis ÍSoavultada soinna níò poie, como bérri sabeis ser despendida pelos cofres provineiaes de uma sóvéz, e sim léntameiite, em pequenas prestações* Considerando qüe aquelíaparochiá és a talvez amais imporlatHe da Proyíiicíá, não só pola sua numerosa população, Conto lambem pelo grande numero dá fasendeiros opulentos que n etk residem, respondí á Câmara, recóiiinie fidandO- ihc qiie recorresse à religiosidide de seus níiimeipes pará qiie se podesse rilti- mar unia obraque lhes devia interessar pfófiindainente, c para a qtiaí a rdiglsò pedia tanto a moeda do rico, cotnoo óbolò odos serviços dó menos favorecido dd fortuna A Província auxiliada pela religiosidade dos fieis, concorre ri a lambem com o seo contingentCi mas de taí sor te que não esgotasse sua liberalidade Unicamente com uma paioehia, emquantoás outras tiôsse o esquecimento senão Ó3 desdens de madrasta) Aguar io resposta danmnieipalidadcpára poiíet deliberar como devidóacef- ío . Para a oonsírricçSo da matriz do Alegre já fói entfeguc„cm virtude de ordenide 21 de julho de 1866,a quantia de um conto de reis ao cidadão Jdáqmni Mafcèlíihff da Silva Uma ínfelizmente iiu grande infortúnio, Um acontecimento sinistro que levo ti o ÍUj íoea desolação ao seio de nu nc rosas famílias, roubando ás suas affeições o pai o filhoe o esposo,c aopjtiz talentos alentados pelas suaves esperanças da morida- de, privou essa Paroíhia dos e u uri d o v do sacerdote quonblta ftíra apresentado Quero falrir-vos do naufrágio do vapor Hei mas, no dia 28 da Novembro proximo passado, junto a pr-iio de Cafapebús O vigário do Alegre expirou ao som dos gritos de aílltcçãodos infelizes náufragos, com a serenidade e a confiança do verdadeiro ministro da Divindade Do joelhos no conve* do navio,que se ia afundando, olhou para o céo com a suprema coragem que só a religião pode dar, e sepultou se no seio dó oceano, mm mu r ando a oração da misericórdia Privada de pastor a P.n ocltia deve necessariamente softior, e a edificação da matriz encontrai algum embaraço; porque, quem melhor do que o ninisíro tb altar paraerguer o altar '? Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - - 27 O esiado das oufias nntiues da Piovinciaé o mesma que descí evi no meo íek- tprío do a nio pi eximo passado A de IUptemltim, comquant» não tenha ainda as lones é a que offeiese a-speclo mais condigno do culto Ado Benevenle precisa de refaima no aliai mói, e no fouo daeapelfa tnór bem como em parte do assoalho, devendo notai-se que o eoipo da igreja não é forrado, e que o testo,em alguns pontos, não se a chi ínteilamente seguro; a de Guarapary posto que pai eça bem conservada, todavia tem o defeito de sei de pequenas dm mensões, c pot tanto ínsuífioiente pata o«o ° de freis que a frequentão; a de Campina énma pequena capellasem fona; a de Yiannameendiada cm 1837 e Ji- geii amente icconstiuida, pieeisa de melhoiamento no assoalho, cdr,o, poitas e janelías, bem cómonasachnslia; a da Sena, aleimde pequena paiaa população da Parochia, eaiece de lefot ma do telhado e de feiro; a de Nova Almeida è um tem p!o vasto e bem constmtdo que fasia paite do convento fundado pelos desuUas.mas que acítial mento nemssila da icpaios no tecto e nas pai edes da saehnsüa; a de Santa Cruz 6 uma ca palia que se compiíe de umiiontespicio deeonsti nação moderna mas todom resto antigo e já deteiioiado existindo no fundo da capclla grossas paredes destinadas pau a nova matriz In feliz mente os íiabalhosse achão ainda atrasados poi falta de meios pecuniaiios não sendo a paioshia tão opulenta que se possa contai com giande auxilio da religiosidade desees habitantes Finalmente a de I/nhares n m passa de uma casa humilde mal ediíieada e com o madoL lamento ja deteriorado, estando o edifício que o commendador Rafael FeieiiaMo l ai valho começou a levantai paia subslituib-a ainda atrasado, de tal sorto que exige, paia quç fique completo, mais de dez contos de leis O templo que seive: de matriz na Capital é vasto c h«nvoonsti a ido, mas precisa de reíowna de parte do^ assoalho c conclusão de uma dastories Asigujas dos Convento;;! do Carmp e S Fiancisco aptesentão o. aspes to metandolieo da luina,filha da abandono e do esque_ ciinento;e relíquias dos tempos de fé vão cabindo com o mona chato e o fei vor pie^ doso qi#os creâr õ A obia talvez qne iiã t sobreviva ao obi oiro e quando os nl- tiáí^^onsda oiaç&aDgm nic; tmui mui a: nn aos gi andes clansti os do Eras já osj velnos templos terão desabado no meio da indlfferença do secuío Se a Província é pobre pelo que tespeita a matiizcs asías, segui as e aç*&i a- da,s naoo é menor quanto aps ornatos pieeisos pata oculto ARendendo a esta cir- cu nslaneÍa,eso:couendo empt imeii o lugar ás mais necessitadas,dotei mimei om data de 19 de Agosto do anno passado que fossa entiegueao Vigário do EspiiHo Santo a quantia de 18017)000 is para paiameuíos, visto como os que cila encontiou eião velhos e sujos andiajos incapazes de sei viço. Mandei igualmeníe cm 13 de Agosto de 1801 entiegai aoVigaüo da Cidade de S Maihous 1 ^OfTpOOO iss para a compra de uma banqueta,bem coma em 10 de Mui « d t em rente anuo ao vígaiio de Santa ( iuz 120$ i s paia o galvanisa mento dos vasos, castiça es, abuii^ padis, tuiibulos e mais objeetos dqserviço leligioso Graças á geneioúdade de S M O Iinpeiadoi a matiiz de Viaana possua ãclu il monte exeelfentes paiamenios quo cusjaião 303 75120 is Atem das maíii/es das diveiàaspaioqhias existem na ihovincià algumas ca- físíias eníie as qiucs sobiesaiiia daeolouia de 8anía í/abel, constiuida a tinta do cofie geial, sob a d.iiemãn di) intclügcníç e z< loso capu hinho Fi Wjndelino Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 28 — exceda a despeza ; a doEspiiilo Santo, em 8 mezesnfq oh teve mais de 2íJ$O0ü rs sondo a despeza um pouco inferior ;a d • X >.-a \!.u ,>i l.i is HA$2iO, e a despeza â2f$22s.;as de Linhar as '>33f fo:caia lo as desp i/as em 2j-S) )70 rs ; a do Idapemirim lOídj )ls , a da Cachoeira 19^000;B8novenlo to a 50$ isquem geral n estás como nas demais paioehiasa despezaé siípcrSoí á receita Alíendendo a este factq., a lei d o ornamento vigente minacertadamonle soccone com uma consignação a.narnl dr 2í)9gçí)0 ás Matrizes do Queimado eCarjaeka O estado dos cemitérios em algumas Par pshiasá unis favorável hoje do que no anno passado Em oqtras porem os o nle-n amontoa ainda se fazem na Igreja ou em cemiíeiio.s que não estão devidamente guardados das profanações Autor isa- do pala Lei nj 8 de âi de Julho do anno proximo lindo mandei entregai ao Vigário dá Serra Sí)G$0QJ rs para Q cenúlorio da sua importante Earochia.oiuíe os cadáveres ainda se sepulta vão num estreito recinto azíiado pelas paredes de uan eapelia, cuja edificação irão se concirno, Tenlio opraser de nóílciái.-vos que esla olíja se acha qrrasi acabada, graças çm grande parle asolieitulo do vigário que delia se encarregou. Ao Vigário doEspiiilo Santo mandei em ide Abi il ultima entregar q^uaiUia de i09~' ;s jrara 0 cemitério da Parodria Os entcncur^nt^ alli fas^r^m Igreja, ede tal modo que n ellaso lespit iva u ira atmosphera mephrtica, e ás vezi^iiauseosa Com louvável ac Li vi dado este digno Saceidotoeoiisoguio em. poucos dias lealisai a obi a, que se sompõe do grossos mui os de pedra e cai da altiua de y ou 10 palmos Ven lo que em \dva Almeida os entes ramontos se ía- sião igualmentena igreja, contra a lei e a.liygionj ordenei à íltesouiana Provincial queentiegasse a un;i commlsdio composta rio Vigaiio, do Presidente da Limara c Io sé Marra àlore-iii a quantia de paia as primeiras oíiras do cemiteiio cujo loca! já tinha sido escolhido 110 íemna em que ocholeia pi >1 ruis grassou n esta Pia\inéia,sendo porem abandonado depois d essa epoeira, de dolorosa recordação. Ocemiterio da Capital,ebra malfadada e que tanta dinheiro tern custado á P10- viiicia,reccbeo 110,anno p.iindo aconsignação de 3, contos de re,is,sendo 1 conto do generosa bulsinhoddS M OImpsi uloi As obra adie o se em andamento sob a inspecçío do digno Presidente da Carnata Municipal, quime declarou ençatre- gar-se d esse serviço dando assim mais uma pr;r.a do seo zejq pelo bem publico Trata-se da 1 e parar e eonduir a capalbr onde se de vem. prestas os últimos of- fiLÚos aosfiaadus, ò de arrasai a cabina em quq se co no: ou 0 cemitei io, de sorte qpe osjazigisfnjuem no mesmo uivei passan.do se depois àiondusão dos muros Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 20 — E Lima oh; a ,1c gr antes ptopateões, e cujos defoiios começai ão con a mà escolha do loca.! Diversas coniiatias tom i equsildo tenenos pai i ja/igoj da seus irmãos existi iid u já os d o Sa n f i ss if n n S a c r a sn e n to, c os d a N S d o s 11 o m a d io s Quanto ao; demais cemitérios das diveisas Potoehias da Piorincia achão se no mesmo os ia io o o o \ js expu/ na meo i elaforio ü a ao no pio cimo passado, JjsSTHfGÇvO PíITSI i( A Esie sei riço de primeiia necessidade, é infelizmenle mal feilonaPiovin- ç,ia. Erios aü.lfgos pieconceilos dai tempos co! o pia es, ' ieíos da educação ic- jiogiadu da outras éias menos felizes, defeitos hei dados com os xelhosandiajos do seuilo que passou e do systema político a qus esteve sujeito o pai/ antes do sua iudependencia, obstão àpíapagação da seiçnela, c até á eílieaeia do casino primai io, A regeneração em taes cíicurnstaneias é muito diííici}, porque exige o duplo trabalho do aniquilamento do antigo, e do uma educação inteiiamente nova e adequada ao regimep da libeidade. - Aos obsbicu- qs pnjv enie niés da (rad icçã o ás 1 c si s te-n c i as fil ha s d e pi eco nc oitos hei dados e que se íigão á intelligencía e ao coiaçâo, como paiasíías cuja união fatal o tempo tem estreitado leunem-se" njesla Piovincia oulios independentes da vontade popnlar^o que só podem encontrai extineção com o correi dos annos, ç a acção nunca esmotecida do gosei na, e dos homens iílustiados e verdadeira-, inonte pati lotas, hem como com o augmento da riqueza publica e privada Èm vão as Asscmbléas Prqvindaes e meos dignos aalecessoíes tein envidado seos esforços e collaborado com dedicação no empenho de se instniii a infancia ç a mocidade ile modo vantajoza, paia o individuo o paia o Estado 0 tríplice obstáculo dos preconceitos populares da extensão do tenitoiio, e da escassez das rendas publicas qnasi que nuüiíica a acção saíqtai da admimstiaçSo Daqui resulta: Io que aeíualmente existem muitos poucos piofessoies devidamente habilitados; 2° que nem Iodos os pais ou tutores prounKo ou podem piocu- i.ai o ensino paia seos tithos ou pupilos; 31 que a inspecção do ensino está longe de sei cfíicaz Para que exislão bons professores, c necessário como sabeis, o concurso das riieumslánei&s,—vocaçSo, insti ucção c pratica do ensino, oídenado vanlajozo o garantia de estabilidade e de jubilação, A 1,* ninguém o ignota, é congênita com o homem e poi conseguinte independente da vontade A este respoUo temos mn exemplo digno de nota no Professai da 2 3 (adeiiadel Mettias d$^$b Capital actiialmentc encarregado da legencia da escola normal Este Pi ofessor deixando sua impai tanto família c iníei esses de oídem mais eleva.dano Ai o Gtaiide do Sul, pondo de lado as asp rações a que linha direito pelaeJueaçãoliUeiaiIa que lecebeia entiega-so com aidoi ao ensino do iHcthas c anastado pida foiça da vocação cifta oom especial e nunta desmentido zelo da insti ucção da infancia Paia elle Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 nã) lia o constrangimento dm njaessida de íkíjii os cmfi hra da iníellsg vneia quíse maiíiíioa p ir [ira tem de descei at; a;débil compreheasfur do menino de 7 ou B ar5;tas O tempo, em vez da fatigal-o, c nela cans i m levai o ao abatimento; pel o contraiío, tem fortifica lo o seo amou ao ensino, toi n ando-lhe upia necessidade indeclinável o nobre sacei doei o do mag islei io Aci edito que n esta P t o vi nci % assim como em todo o Império havera pouíos exemplos de uma voea- çao tão pronunciada paia o ensino das piunçiias lettias Se poiem não écommum,e antes pelo contrai io mnrârai a do quç se devia dezejai a vocação para o ensino penoso eenfalonho do; coffhesimontos tu limentaias nem por-isso por- falta de inatos cidadãos com assa qualidade naímal liea o Estado prtvalo de bons prodbs sores N isto como encontras condis a obra dos homens pio cura fazer um ai remedo da ci eação Divina A pratica nas escolas noima§s,a ncces- idadé de subsistência honesta a consciência do homem são quj tem de ser fiel ao , Juramento do cm go e á obi Igaeão que contratiio-paia com amociedade,aooeUando o. emprego de professoí publico; n u na palavi a,o nobre esforço da vontade cria como que uma vocação toda artificial a que eu chamarei a vocação do dever eo, mesti mhabltuando se pat íi naos enfados da piaíissfto desempenhara sug tarada tom a legularidade que se devei a dezejara As escolas nor naus são pois chamadas ao desempenho da dupla miss'o do ensino o do habito da pedagogia O homem injelligente o de sentimentos elevados, que frequenta Ias ha de na tu: al mente conhecer a importância do ensino primai ío agrave e huminitaria tarefa que cabifao magistério;, e se por ventura nãq esjivei viciado pelo egoísmo do século, se não recorrei a essa pio- fissâo como a um meio de vida, a um simples ganho pão, fia-dç tirai da fie quencia e do ensino normal vantagens que se referem não somente as suasfacul- dadesinti i!e tuais como íambeiu ás moiaes,e por conseguinte reílectem podei p- samento sobie o exercício da pioíisstiaque abraçou Sc j orem as escolas no rumes excrc-em inãuoncia sa’u-ai sobie a int ~ lligín ia, como também sobie os sentimentos do pnfessoí ne n poi isso poderão poi si só pro Lu íi l bons piofessores Que obra digna da ai te o estníun i i cousegn ri íizci do mu mm e quebradiço que se esfaullü ar m tis leve tupie do cinzel? Di memnsoitecomo fazfti-soun bo upiofessoí do homem qu-o não sendo ccuvida lo a saguii a profissão pelos csíimuíos da vocação não o é tainha m pores pciancas b.mn fundadas, seinão certeza de tirai do ensino pi oveíto pioporcionado aos seos esforços o dedicação ? De que servem as escolas noi naus n u na Pi ovincia onde não ha para o pi ifes- soi o otdenado que assegure decente subsistência e meios de edu uu a lamilia o ao lado dessa vantagem a dajubiiação, qtando chegue a fadiga da idade e do, trabalho,be n como o beneficio de garantias de estabilidade rpra o lira em dos caprichos do Podei ? Como jà algu n dia tivçmeoafião de dizei vo;, cm. hes cii cu nstau i is só abraçara o migisterio quimera) tenhahahilitaçães para outro cmpiego, ou oecupaçm mais lucrativa ou aquellé a quem interesses de família ea posse de algum pecúlio chamem paia delei minado lugar onde aeoomulo como ordenado do caigo os rendimentos da lei i a que cultive ou os de qual piOMiüiia industiia Seiao pi ufcssoj es sómmrte ess 's,e mais do qu v to los,os t n o; u qu >ih o podei lo da vora- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ftãb afiaste à o sacrifício eás privações^ anime ii o meio dos suíTiimeníos da miséria como a sublime coiagem da vocação anima o mat inheiio nas toi mentas do oceano E ainda a aqtíelles do pouco sei virá a escola normal porque o magistério paia elles é apenas o meio dò roíinii ó minguado ordenado aos !u s velíícú piizes üüi >pms lha possão sorvii o as" sim co nu em soo solo, embaia tm f i ^'0; ácido pela nUmcm lia píaiiias que ha- ridas da ale n mar mesquinhas e pif ú diferas ca: tas medidas vauiajyza s i\ aqu alias paizes seria o ealre nís utopias e só daria o iugai a vãs tanta ti vas intmiompidas proniplamenie pelo mais deloioso dsserfganoi O qúe devera fazer o pai fa itilia sem foj tuna quando para se ir da sua habitação ã esoíiolaIn que percorrera distancia de 5 ermis léguas a»travessando • ás vezes sóüdões e passando-se por màos caminhos pois quo não tem o pai ^embastante pessoa! habilitado nem rendimentos sulUcierítes paia augmoolai o número das aulas de sorte qúe seja stifíicienle pára a 'população ? Como constia" gã loa enviár sciis filhos á escbola tao remota ? E se não1 podesà fazelo peltf distancia também não llis consente a pobieza que os lenha em inta:nato8 Uu em casas mais próximas das aulas, pagando pensões, recurso que aluís não ba nesta piovinaia por falta de colfegios ou casas em: que se admittso pensionistas B preciso reconhecei tudo isto, Srs, porque tudo isto é a verdade, duiá embora, dolorosa de sc reconhecei, mm quonàoimpoitaniadezarpaia o povo que ainda tiontem deixou a lufebi de malrbpole, e que não ó culpado poiqtu possua Um paiz ítid tíxtenso para iso poucos habitantes Uma tena tão fértil para ítm limitado nu- meto de lavradores,o dom da iatdligencia, mas ainda sem os meios matoriaesdé podei aproveital-a Se pioasdermos a um exame a respeito dá psopdição Cm qiie em todas as pto- eiaciasdi tmpeiio seaclva o nuneiodas escolas publicas paia à população \i- vre e onumcio da alunnos pára cada esehola, leiamos a seguinte tabella, que se não é paiíei lamente exaeia, pois que não se pode gaiantir a fidelidade dos dados estatísticos no Brasií, todavia ò o mais appioximado a votdade cbaseacW em douliwmliss idíiciaes: Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 33 Provixlüs N IiE BS- [ CJIOLÁS. 1 Aldm- WOS; População JjII RE N DE ESCHO- LAS PARÁ A POPULAÇÃO. N 0 DE aíuioos PARA cada uma E SCHÓLA kio de Janeiro 188 3 ÕS9 630,000 3457 31 Bahia 270 7,601* 800,000 2962 28 Sergipe 70 2,003 1i2,304 1477 34 Alagoas 111 1 731 232 06Á 2090 42 Poi natnbú: ó 100 h 344 630 000 6300 45 .Paratryba 721 2,049 214,000 2972 28 Rio Giúnde do N 02 1,302 144 COO 2750 23 t eará m 5,41)4 42t> 000 3684 47 Piauliv 47 1 ,uo 180,000 3829 23 Maranhão 1 7o 2.C63 300 090 4000 35 Paiá 73 3,391 240,000 3287 46 Àmazbnás 2a 4 82 4a 161 1806 Ííi Minas Geiáes 341 1 i ÍSS6 1:300,00C) 3814 34 Go\az 04 1,171 150 000 2343 18 Maíto Grosso 39 1,240 83 000 2128 31 S Vaulo 218 7 533 480 OCO 2201 34 Paraná 50 1,522 60,000 1200 30 Santa Cathãrina 56 1,820 98 281 1775 32 R 0 Grande do Sul 154 3,568 390,000 1532 36 Nesta província dúrante o anno de ISO 0 as 41 aulas dc primeiras ieüras que es ta\ão providas eifeetivaou inlerinamente.de entre as 47 eroadas,Corão frequentadas por 9l3 aiiimnos,e pois cah ulada a população IA fe em 43 COO almas Aerifi ca se que existiu funceionando iima cscíiola para 1097 habitantes e 22alumnos para cada uma eschoia; e meada uma esahola para 937 habiíanles c 19 aluamos eschola; Se.descermos a apreciação do dispsndio verificai emos, qrr, tendo-se gasto com fmeiviçida iudi u ;ção pública primaria no eíaicicio de ISSO a quantia de 14:067,890 vem a saliir o ensino de cada aiumno ein í 5$392 ts. pór anim.e o crs- lu de cadá escola em 3s.t:6:i0, não se contando a despem com a Repartição da Insti acção publbâ Computada esít desnezá qú e os md éüi 1:237^373 imemos mais 24,900 is*‘ poi’ aula, e i is por alúmnói A írenueiiLíá em cada eseluda era a seguinte no ultimo trimestre AüIAS í>E PRISIESR V Ci \S: K N Ifàpemiriuv 12 Serra 36 Qàcimrtvdo 32 Santa (iuz » Linhares s' 20- Barra de SãoMatlietis n Eidade de São Matlieus '8f Adias nr sksuríui t Nova Almeida llapoca , 29 Mangaráhy rló Porto dó Eugetihò b Duas Boccás af» Pia-pitaftgiíi 2Í> Caeboeiiit tfefóiÉ )* Caiigaíivbá n Tacai ahvpe ú Tutu -assai 17 #onía da Euda ÁS Barra do Ju-cú Piretpreassu t 8' Èagóá de Aguiar 9 Rn acho iò Jaboly Goi abe iras ílaqttaiy 20 Aldetá "1 clhíí is Caioaba Itannas f t Miahvpe Í 5 Esfuo vagas as aulas da Caelw/eii a Aiegi e, PUtma ffabapnarta, Povoado do IIia í>o€c e íiüo consta o ü de disoiptóos que fi equenlão as de S Maria do II ti a è Pedrada Mulata, por que faraó pioviías ha poèco J^asiS adias croadas somente 3 pettsncem ao ensino dá sexo femimnó sendó Junta na Capital fr.aqiía ntidat no ui tinta ti inusír* poi 27 aítminas, a 2* em S Mà- fheús por 6, ea dJ em Itapuiúnnt ainda nüo provida E uai mente digna' da nota qibcnr tóit a provincia haja apeins Jaulas desíi- ftadasaô ensinò da sèvo feiiimino a isso quando nãoexisEtítt còlíègios òu estabeh- éimeiiíos paitietilares que sitpptão a falia do ensino publico A ptopi ia provincia c® Amazonas cuja pbpúlaçãólivfenãò é máiot do que a tio Èspiiito Santo tinha em i861, cincíj atilas dó ensino piimaiio pai® osõ-xo íemininoe todas as outias pio Mncias só avantajâoa este respeito Escusa dizei \ Ps que tòlos estes cakúím não exprimem de mu modo ineonl! o~ vèisè a leulidado dós fatlos; et a prm is o paia isso qiss o censo da população fos- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — u - se perfuüameaío esacio, e íjxie as listas dos discípulos appiezenladíis petos proles' soies estivessem ao abiigo de contesíação Passando a api ‘oi;u o augmenlo da despeda com este impoi fmte ses viço, ne tijtimoquinqíimiio,veiemos quedem, cila descido g[adua!iaentc,0 que se póde vu^ i.iíícai: de seguinte qupdi o, com pulando se a dsspeza da iiíspecçfto e do expediente Orca da 1857 1838 1859 1860 1S5I 13:28'l SOO 3 I8:300g0()0 20 920$000 21:8703000 2í?;(i7jOâO0O Ream/mh COM A lISSTIUiCÇ AÕ PRI U-AiUA E A SêCCS- ÜÁR1A ' ( OAE A.INS1RUC ÇiO PRIMARIA 15;1705200 C0:1155297 15:3785015 10:9758780 18:5595391 U:5A28&94 í,8:1055)67 15 207587S 33:22Ó$509 17:3685003 A maioi despeza em CSfíj explica se pelo augmentade duas úscholasdo ensin6 piamaiio augmentoqle oídenacío de prefassoies e provimento, de cadeiias de ins_ fáífçção séeyndaria que es ti verão vagas rio ano o anteiior ívúi iofla a.pi oviacia existem apenas 3 escholas pat ticulares do ensÍno-:piimariO; luima em Santa Ciuz, dii ígidapelo Reveiendo Vigaiio FuuxeisoO;Autiines de S^- qádra outia em Itapemii im pot Manoel Fian cisco Vianna.é outi i do sexo femí- jfiiio na í apitai tive occasilo^de pot mim^mesmp vei iíijai o zelo, digno do sep ffl.niisteiio coorqti; aqinile sacei íoíe se dedica ao ensino, pt estando assim hum i.mm. mmvío á smpm mlria, e ao piopiio altai de quié minjstto. IríSIRIJClAO SECITJfOAU3 A. O,es! a do da indmição semi 1 íai ia e ain ia m lis de ;van! ijo/o do que o da ni mana Exlineto o í \ ceo, que foi a meado cm iS )3 c instalado o n Í85j. com ai t ojadq plano’ existem apenas eín fóilaa província/í aulas de Latim K!e Fianceze de História e Geogiafia e outra de Fhilosophia As de I atim funceionão na Capital Be- «evento, Serra e SiíoMatlums, sendo iiequeniadas por StCalumnos; a, sabei: na Çap lal 15, lícnevente 10 SeiiaG e cm Sito Maíheus 5 ' A de Fiane-áz è regida n esta Capital pelo illustrado e zelos > I)i José Oi íiz que conta lí discípulos não havendo poiem.qimm se tenha mnli iculado paia fiequeii- làr a de Histoiia e Ceogiaphia : A de Philosnphiu que como a de Ltlim e as dp Fiansez ííistmiie Giogui- phia, fa/ia paile do í veeo não está funreionando, potque infelizmeníe não ap- parece quem deseje fiequental-a '* (Jutnlo a do Musica que lambem por muito tempo pci fenceu ao Lfceo tonta 20 discípulos, sol) a iliimem de zelo;o piofessoí Baltha/ai Ántonio d'ss líevs E í lalmeiitelamentiViíl que n liu na população liue ile mais de Cã 91)0 almas se frio as aulas do ensino se nm lu o lie {uçmadas apenas pmãOíihmmos.e islo se toma Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 30 -r tanto mais digno de nota crinnto 6 sahi lq que em toda a província não existe nni só collegio paiticulm A lingua >am dos numes o; falia elo pi;níe, pedindo a iodos os que se interessão pela piojp;ri la la da piovin da Imini piopagn h eoistinte acliva, c exfoiça-, da pata qu; as aul is do o 1 si no sj m i iuio mjio p: muia las ;seta mocidade, pie- zon temente lã o desnuidosa, e que algum dia, mas já bem taide, lamentara esse descuido funesto. }.ilgo quo fareis nu li upíilanlj snici-aan lo nesta capitai huna aula do fitumnaíici nacional, cujo professoí seja lambem encairegado de eusinat a Historia patria Se ha algpm esto toque tenha sido des le abado. no paiz, cumpre confessal-o* ó o da ííisior-ia c da lingua nacional. Emqiianloa nossa mocidade se embala com as gloriosas nairacões dos hciois-. m 13 do velho mondo,pedindo inspirações ao3 altos feitos que elcrrtizâo o nome do Grego e do Romano; len lq com infatigável curiosidade a bis to; ia das grandes na çõ33 dealam mat; estudando as menmcspnrticuJaiidades das cluontcas escandalosas da sociedade Euiopsa; a historia patria onde nãu faUfvo bailos quadios e exemplos eloquentes, despresada como uma mina abundante mas cujos tlie souros dosconhec; o indolenlo que uso se aventai 3 a pi oeiuai-os. poi enti 0 as sei - vas., em vão pedea erndado especial a que tinha direiip E verdade que poi longo tempo nossa historia foi a. da melropole, c nossa individualidade desappaiecia obscurecidq pelo vulto poderoso da nação que nos cóío.nisou, mas nem poi isso deixamos de tei nossos heroísmos, nossas glmias, nossas luttas, nossos eu os e nossos mai ’vi ios, tudo isso que constituo a vida de-, um povo, me labia inconstante com 0 soo vai30 e leverso como a vida do indivíduo Convem pois que estudemos esse passado, onde ha licções valiosas e a ani-: maçãn de exemplos inugiiminiõs, convem, que estudemos 0 rpieé nosso c 0 que sendo Emopoo nos pmtence todavia, porque se leíerea nossa existência, embo- u mesquinha como eia a existenda da colonia. De pouca tempo paia cá, ninguém ohade negai, [em appareddo felizmmUe huma i oacção louvável cocha 0 abandono das um sos pai 1 ias pelo amoi c a curió si da de das do esUangeiio, E; ta 1 oançã 0 q u 3 cu m pie não exageiai para q m não se. |orae viciosa em vez do salu1 a 1, j.a pio luziu alguns íui dos meou-se uma ca .0.1 a de Historia do líiasil 110. collegio de i’cdio 2q foi exigido pelos novos esta Eu to* das Ça mldades dc medicina e de Dii cito 0 estudo dessa histona como pm dos pre.. pari to rios p 11 a a miUicnla no cu so supoiioi, assim<. amo paru se obteiem ee.tr ios cargos dJ fazenda; ealguma 1 piovincias, segurado 0 impulso goneinso do í1ü,der geiaí cr iarão,igu ilrnonte aulas onde sc leçcionasse a ílistoiia pahig E hem que esta pi avinci 1 não seja a ultima naquilio que intoi essa á própria nacionalidade; que ella h de de ensimu a nopagâi aeâo 0 que em iodos os paizes civilisados constiíue um cuidado especial e no exemplo dos hoioismos que hon- rão, a país ia de lições eloquentes, mostrando que os giandes feitos não sãoo pii- \ilegio do sangue Emopeo a inspiiaçãa dp clima esliangeiio e 0 oigulho exclusivo, das velhas nacionalidades Ü ensino da giammalica e da lingua nacional ó também uma necessidade que falia muito alia para quem notai com que 1 a pi dez a «:.oi uipçüo vai fazendo de nos sa idioma — uma grosseiia misto 1 a,—u na Ungiu de empréstimos —que no fim de Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — »7 — qontas é a corruptela dofailar gracioso o eloquente de Bar tos e de \ioiFa, e do Franeez aprimorado de Montesqulen de üuíFon e de Rousseau Podemos dizei com ioda a segurança que o que mais ignoramos é jiistamoiito qqullio que devíamos melhor co diecer; a nossa própria lingtia Os galí vsjísí&os., lr.no vaco es desnceessar as, neoiogisiiios absurdos va o in-r vadindo-a, e teirnozas paraziías sm vera a farta todaa seiva da arvore frondoza a que se apegai ão No meio do descuido gerai a con upçã$ lavra insensivelmente, e dia virá em que o verdadeiro cultor dalingua Porlugueza, izoladq no meio miiUidão que falia um idioam degenerado apara elle desconhecido, diga tomo o poeta no exílio:—//I? Barbai us sum tOLONISAf AO. Sastv í uoem mrvv Muito infeliz tem sido esto estabelecimento, niUi só pelos contratempos com que tem lutado, como Sambem peda injusta ctmdemnaçâo de que foi intima 0 S i. Barão Tsehudi Enviado da Confederação Helvelica i m p r-essio o a n d o-se t om a posição pouco vantajosa de seos compatriolas queaili existem,e não lendo alem d isso o tempo necessário pata uma observação profunda e acurada, pronunciou- se em sentido tão desfavorável à colonia de Santa í eopotJina, qué o seo relatorio, apadrinbadq pela dupla autoi idade de esladisla e de íiemem da sciencia, foi at- çeito fóra d!esta Piovincia como uma ves dadeha sentença condemnaloria. Felizmente paia nós a opinião do illustre diplomata não foi o icsuliado do estu do prolongado e paeiontoque as ciicumsiancias espoeiaes da colonia exigião Fazendo justiça ás suas intenções não o devemos culpar e sim ao tempo, que lhe faltou, e á influencia que sobi e seo espirito devia exeicei o espectáculo desa- gradavjS da miséria de quasi todos os seus eompati iotas Se nr ais calmo o porfeilamente iniciado cm todos os negocies do estabelecimento S Ex pudesse cuidadqsamente ipdagar a parte que n essa miséria tinha a ad niinisUaçâo do paiz e a que pertencia aos colonos Suissos, sem duvida nenhuma reconhecería que,se a administração teve o infortúnio de se irludir .pão escolhendo ologarmais piopiio para oestabeiecimerUo da colonia. e nesse sentido involuntariamente (.oncorreo para que o progresso não fosse yili tão rápido como o desejaria a imaginação dos emigrantes muiLojnaioi c mais grave culpa tiverão qs colonos Suissos, que,em sua maioria já conhecidos e;n Ubnluba como indolentes e de procedimento irregular, não ganharão com a mudança para S Leopol- dina hábitos de trabalho, actividadc, energia o a paciência indispensável ao lavrador Demais, convem reconhecer que a fundação do uma colonia ea prosperidade dos colonos não são dous fartos quo se suecedão rapidamente,por mais vonlajosas que. gejsoas condicções do terreno do clima e da índole dos colonos E se estes factos n vo se sipreedem com rapidez a respeito dos colonos nacnmaos, muilo menos Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 3ft — qíiaiido sí; Uaía de esii tü^iir Jípa-ui rjHj.ni lia sünijH ? ale n dc outros o grande obstáculo da acclimutação ' : ' Jà não estamos no tempo dis naiinçííjs fabulosa i a i es pai to do enníinentr; m*» — tei toso da America As maravilhas do El-Dorado passai ao com oh séculos da ig noiaucia, graças ao vapor que apr ovimorUo lo.s os pai/es e a esse gr mde tele- gtapho que se chama a imprensa —a vencedora do tempo e do espaço; e infeliz- monte o Brasil tem sido bastante cahi nalado pelo? seor hospedes pna quç os homens mais ignorantes da Europa porsão julgar qm emposso pai'/ o selo pt o- du;a coma maravilhosa fama d ida de dei armam—a tena dupi omissão, Se o colono enconlia aqui à vaptageirnié sei propi ietario elie qne en^seo pai/ exorbitante de população mio possuía um cantinho de for ra em que comesse o pecos sai o paia viver ;huma granja mesquinha a cuja sombra pousasse à cabeça laligndrj qu enfor ma, nem por issoobíDr à promptamenté dessa pi o pile d ade fi utios abundan tes nascidos da esppalanea liberalidade da natureza; Otrabalho é a cohrlieçõo da naturesa humana—,e a.maldiçãó Divina,que o impo/, estendem o séo castigo a todos os povos e a todos os continentes E esse trabalhoè tanto mais penoso. nos primeiros armas dó estabelecí monto noiirasiJ q rauto a Eu tu, coberta de Heresias a [incida em quasi todos os pontos, pdos ardores do Sol tropical, exige os exforços do machado antes dos da encha- doon da Chain ua, es soífiáinjntos da acdimalação o habito aor alimentos ospçci- aes iio p ri/, o conhecí menta da lingoa, e todas os demais factos que eoiistituenv uma ver Jadairn naçionalisgçso ' - . . . E—íulo isso não sejopera rapidamente,como por encanto—,tudo issoé mais do, que a obr r da imigi nação ou da vontade, é a obrado tempo ' E justamente o tempo tem faltado a S Esopokliua pois que a sua fundação daj ta apenas dè lSãfi O cm to espaço de 5,amiõs é de certo porno, minto pouco, paia a opulência; quasquer que sejão a fertilirhde do solo, os au vil ias do governo, e orj cuidados da, administração provincial Esta espaço toi ia-se ainda manos sudi dente pata a pios par idade, se considerar masque os pt imeiios colonos, em sua maioria senão na totaiiiíaclejr^se dis- tinguiàa pm indolc laboriosa, nem se crftupiuihâQ de agricultores, defeitos; qiie se notão na maior parta dos omjgtantes estabelecidas; não .só nesta como em qua- si todas as coionias do Brasi! ’ Em laes eiiçuuisíapcias, como lançar acnlpa única, oirpiaicipaimeate, sobre a admirustiação ? 0 que podem fazer a far tidadedo solo c ajpiotecçãado gover no, sem a boa voa tade os esforços pacientes, eo trabalho assíduo do colono ? Por ventura o colono Eniopeo qu; se dii ige á tena ainda inculta do Brasil pi entendera eneoiiírat em su.r nova patiiacomo quç uqna rica com mn cidade monástica onde cada um tenha a meza e o leito. e e.uconl.r e a satisfação de todas a necos- sides da vida sem outro trabalho alem da oração,que apenas mui mure uos labsos e no goso no pia ei Io regaço da ociosidade possa pronunciar com delicias o Oen$.t no bis híB ■ otiu fecit 1 Cm lamente que não ! e se seria de exilo duvidoso ou pelo monos demorado 0 tiabalbo do bom lar raderqm, mudando-se pai a um pai/ inteiiamenle estranha Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ~ 39 — Aivesss apriuso so;.:ouo lasut b da v uaride, a qu ; se rrio icu íissa n a farliiidi- Se do solo e a 50;oíocquer dos habitantes do paiz qmr do govei ,10, muito mais duvidosa, e impossível aiè,s8 T01 11 a 1 ia a pfosperidad t,se paia ella não coneories- se em'primeiro logai 0 liabalho A tei 1 a poi si só pouso 011 nada vale,sei ia somo um ipcdaçods mauhóie ilc Caruua qus debaldc pedisse 0 cinzel do cstatuaiiooii do ■eudiUccto Entregai essa pedia infoime 30 gebio de Miguel Angeloou de Cano- ifa, e a afie llic lerá ecntiiplieado 0 valoi Em vez do solo, em alguns pon!os,popso ifeitil de S í copoldina entregai á maio dia os colonos íeínovidos dc Ubatuba as ienas feililissinias do Kio Dono dai lhe dnstnistoies, díaiías, insliuiuenlos de íiabalho, as primeiras déimbadas para criação de pastagens e assentamento da ItakUaçio, e 0 icsultado seià pouco ou 1 ida is 1 antajoso ‘do que h que se obsei va n aquelle Togai r» E qucmcomo eu tivei visitado a colonia, sem jue"enções e com 0 etífihecimen qo do:'pniz, qucTn tivei dui ante um anuo lidado com bs negocies qüe dizem respeito a esse estabelecimento, ouvido lamentosas qPeixas, e a historia mil vezes icpetida de iuforiumos que oncontião Tieqqantemante piompla explicação no '•'pio. : Lm do quei&osn qbei 11 esta Capital,qifando vem de passagem,quer na colo- hia; hade vedieei as impicssües do momento e sem quí desconheça alguns erros 'iiatuiaes'quando se ensaia um sei viço importante, quando se inicia a grande em- ■prezada transplantação dos lioinens e Uns famílias, mais diíliál do que a das duvmes, protestai contra a severidade com que, em nome da miséria de alguns emigrantes,sc lhes absolve a indolência, e lavtá-se i igoiosa condeinnaçào contia ;,a ndministiação do paiz . Pata mim os males cte Santa LeupoldiiiíMirales de quasi todas as coíonías nascentes, e que com satisfação 0 digo v So sendo lemovidos n aquillo que se íefeie a acção do governo consistem pilncipalmente. t 0 Na índole de olguuscoloiios e falta dc conlicchiiento dos misteies da lavou 5 í .ai 2 “Mà qualidade de algitus psasos 3 6 Pouca duração das adminisliações Iodos sabem a difficuldade da escolha d!os colonos: a emigiação pata 0 Biasil ainda não sc tomou uma verdadeiia conente como paia os Estados Unidos, antes da guena civil que actualmente se trava allt Apozai de todos os si ri finos do Governo 0 a dos emigiaiilesque procmiio a hospitalidade e os ticos d > h do nosso magnífico paiz é Lão limitado que, em ie~ daçvoii vastidão do imp 0 0 se polo leaimante denominai - urna gotta d agoa tan çadano oceano No a 11 no de íS59 entrai,1o no Biasil somente l9,í}[>S emigrantes,e d esses 9 3í2 ei to Poi tugu ízes paia quem ha 0 chamariz do commeieio de paionlesco cda com muuhào da lingoa icligiao e costumes Em 18b1) entrão ló 626, sendoB,91.í íPm tuguezes Qual a uauia d esse affasfamonto ? Qii.il 0 motivo que aneda 0 Eüiopco do so ioubemino do Biasil ? Podemos dizet com um viajante de meieciinento, cujos ossos descançãon esta íena,onde a sombia de um governo hbeiat e justiceiio, podem abrigai-se Iodos os pi oseriptos do ti 11 \ei so « Não è a Lería br asileiia quem affasta os trabalhado! cs, pfviqtie é ella foi !e e rica em !o las as variedades do seo solo; Gkama em Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — í& - vez de ■> íí■>! i; N'io i a iai :1 > palz aími la cm alguns p i iE}?, nus frinei, e li jiaial e a quao? codumes públicos, Taceis e profunda mento humanos sei vem de c intrnpem Não S 0 gove; do qu; de 0; i gorri: evolu do nana e de lí boi inds constiilí Cionai não pioscieve as dessldenaias n ‘ v, 03 peri lões, rtem ideas, níslhoi do que 0 paiz eooipreiieiido as necessidades da epdcliacpresta-secomo 0 alclrirmsta a to dos oí ensaios a todos os privilégios c a todas as utopias Será 0 citava? Velha legou Ja e velha fabula O Brasil tem zonas tão tempeiadas como as da margem do Rhcíio c a fstjiio amareíla em sins invásõms líãofàcade leve senão as costas »’ E quando opiiz etferecc todas dssas vantagens, em suas praias a portão a anual monto apenas do 15’, a 2o 000 emigrantes ! Se em vez da taio-fi muito tnuis limitada que 111c compete, ni; fosse5 imuímbidi a dj esütíwra^raiide questão da colonisacio, sob todos os pontos do vista, eu diría que as causa? principies da falta do emigração consistem não somente na dif- fetsnçado cüma, nuo grado a favoravel opinião do Ribeyiollos, como também no pouco conhecimento que os Etuopeos, à cxccpção dos PoTtuguezes, tem do Brasil nutiindo idáas exageradas sobto as florestas, as moléstias e a falta de ie~ éiiisos n u o paiz que encaião getalmentecoino uma especie de ilha deseita- lugar dd dogiodo do Ínfoihínio qiso busca a solidão, com affán; idéas d-esfavoiavcis que dcsgiaçadamenteas caiifmnias de alguns Impedes ingratos tem não só confirmado 00 oio dezour olvido, exagerando 0 fazendo urna piopagunda quyse nos prejudica desvia ido a omigi mão, ptejulica iguaimjnlo aos lio aans laboriosos do velho mundo que achai iãu tínffe nós vantagens reaes c incontestáveis, Acm assente se qui, sendo o: sei víoo da colorrisação ensaiado lia poucos amos pois qui a atei ioi mente à cUiiícção eífectíva do trafico só cóníàvão-sd no paiz os estabelecimentos de São í oopoldo, Nova Etíburgo, Petro polis Santa Izabsl, e pequenas colonias de paiceiia, não pode tci prodnsido bastante frueto, paia que a noticia das vantagens obtidas chegando a Em opa,promova 0 desaio tíe emigru A medição 0 vau ia de tm: is devolulas piimeiio passo dado para 0 desenvolvimento da lavom a, e chamai Iz paia a emigração data apenas do 8 à 9 unnos e quanto aos ensaios docolouisaçso todos sabem com que infoliei lade tem sido eaíum- nialos c exagerados os pi imeiios iuiO! íulios paiao que coicotreo em g;ande paits a decepçêo poi quipassaião os piimeiios emigrantes quobuscaião 0 Brasil, íom espmanças infundadas 0 desejos vculádeiiamente pliantasticos, É no entanto é fóia de duvida queapozat dotados os eir is a maioria dosem- giautos tem enconfiado noBiasi! uma posiç"0 mil vezes unis favoia nl do qu 1 a qac tinbão amseo p!iz nessas feiras antigas onde 0 piolotaiiado siipoita todas as misérias, soffre todas as püvaeeões 0 iutíando com oíiio c com a fome, in feliz ai.á na focundidado de suas mulheres p si va do muitas vezes das d içuras da vida domestica ultimo jefugioeo mais saguão do homem lega seos infortúnios e os vicios üihos da uxisaiia a ítüios quo nascem corna animai decasga paia vive- icm paia 0 tiabalbo e pelo trabalho sem lepouso Quem lèo 0 resultado do inqueiiío a que não ba muitos amos u Pm lamento íngiez mandou procedei a iespeito das classes pobres da Ínglaíena ; quenr conhece as rmseiiasdo povo lí lande/ que ainda liontem tdonia á foma.coi rapto e degradada mal polondo aleatai-se poi momento rom 0 sem esliondoso da elnquon'ia d 1 giande Agitadoi, sua \àespeiunca c seo inútil eignlhó; quem- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - ki - tem estudado os sotfiimentos dos milhares de proletárias da Fiança,e os dos ínfeli- J5e), que nos golos do Norte cm vão pedem ao inseiao menostigore implor o da catidade publica o pão da pobteza lu de sem duvida nenhuma abençoar ntn paiz Onde itma primarei a etetna não deixa que a teria se estei iiise, que a arvore se desfolhe, e que a planta,mynada pt eraaturamente, tiaia os exforços e as esperanças do hmadop * Sejão poi em quaes foi e m as causas; o gei to e inumiestavel è que a emigração Kuropea está muito longe de satisfazer as necessidades do Brasil, csem que pretendéssemos colloaai-nos, de um momento pata oütio, 11a mesma posição em qiíe os Estados Unidos se achavão a este tespeito, pois que as ciicumstaneias desse paiz são cxcepcionaes, po jeiiamos todavia desejai um ptogtesso^^nos^nto e sobretudo a emigração de classes menos necessitadas e que nâQj|pp^omsigo \ icios funestos ou duvidosa moralidade Havendo diííiculdade em se obteiem colonos escolhidos, emigrantes abonados quanto ao genio laborioso 0 as vitludes 0 que suecede ? E que se contiactão muitas vezes indivíduos cujas boas qualidades são pioble- maltcas e acceitão se velhos inválidos, pela prole que os rodeia com 0 aspecto iisonho da esperança, tão eloquente na infancia ou 11a primeiia mocidade,quando falia a sau le e 0 vigoi: e t ms são muitos dvs que vem se estabelecei nas colonias do Brasil Acciesse que,a maiona dos colonos coatiactadosnão pertence ás classes agii- cultoras,no entanto que se destinso a abraçai aagiicultuiaeomo piolissao c meio de vida na sua nova patiia Oia, bem sabeis que se a agi icuítur^ão c a conquista dos eleitos ds intelligen- ca, e se.especiahneute entie nós,não passa de uma industi ia pouco complicada, nem por isso de;xa deoffmecet diflbul lales, sobretudo ao Emopeo que, não lhe conhecen lo os pt ira vii j.s rudimentos, tem do entiegar se à cultura especial de um paiz desconhecido, onde, se os fi netos são mais abundantes também 0 suor do trabalho deve sem descanço legara letu não tendo 0 colono desde logo 0 auxilio do atado e a facilidade de urn solo desbastado Em tacs ciicuuilaucias é ciai0 que 0 Etitopeo dado em sua pattla a piofissáes muitos diífeientes, não poleia, logo que receba 0 seo ptaso na tetra do Btasil, trabalhai com elíicaeia, exíiicendo vantajósamente, sem ensino e como pot inspiração, uma imlusítia estranha a ellô,e mais estranha ainda pelas exigências particulares do solo e do clima esltangeiro J) ahi os ensaios, os ertos, os piejuisos e ás vezes 0 desanimo, se put ventura 0 zelo dos diiectoics não lhes ensinai pialicamenle e se 0 eolono não fot de animo resoluto e deliberado a piociliai a uba da ma put meio da un tiabaiho porfia do; — d ahi igu tlmente a vantagem que sobi e os ou!i is devem levai aquellés cuja putissâo uopiiz que abuidonaiãu eia alavouta que vou crai et na sui nova patria Este faito qtn se p >d v fa: Üuicnle ptesuppot tem enconlt ad 1 em S Leopoldina a t onfiimação da expei iem ia Os colonos qti j alli pioqrarâo com maior segiítança c rapidez são os Po indianos, t[ue eião agticultoies no seo paiz Em ntimoi 0 talvez de cem pessoas se nSo tem meios abundantes de subsistência, porque dela de 2 aunos apenas 0 estabelecimento d ellesna colonia, pelo mcnosváo colheu lo regulai mente e se aclmo no < a íi Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 42 — nimho da abastai! ça A este t espeito o acliíaldiicetoi da colonia faz a justa observação de que dutante os 7 meies de sua admínísíiaçã» só lequcieião c obliverão subsidio, po i espaço de 3í) dias, 2 Pomeiianos; um que ti veia de trocai o praso por falta de agoas sendo, privado do auxilio qu3 Hm picsím.a a malhei pm estai ella gia\emente enferma, c ou tia que havia pcidido o mai ido Se dos Pomeiianos passarmos aos ííollandezes voi emos o icvei so da medalha A incutia, a falta de acecio e a indolência reunem-se pata tomai esta gente em siia maiotia, a mais infeliz do estabelecimento Na opinitío do Direeíoi fôsa imiti] que os colocasse»! no sob) o mais feitil- ainda alii sofftetião Sabem todos os que se dodicãoá laumra, que a questão da escolha dos feirciios pniaW^PJMpgüneros de cultura è essencial O vulgo, a quem talião as noções de chimica ugiicola e estudos que o dii ijão na piatiea de sua industria, escolhe pelo ensin) tra licional, pi estando attenção á coi do íeneno siluaçíso em tefetéa- cia ao Nascente, ou Poente, plantas silveshos que bioíão com maioi foiça é abundância,—maioi ou meuoi húmibde—etc Poi esse rnesino ensino rotineiro opratica toda matei ial, plantãoesitosedcteminadõs vegetaes ao mesmo solo ou uns uo teiréno em que outios já dei 5o seos fi netos, c áóeitSe sem que conhação a jasão scieníiifoa desse procedimento e desse aceito O colónoqiíe não tevé igüatmeníe esíü los, que se vê conio qtíe atile e desconhecido, nSo sabendo escolhei o feirono nemalteiuai ás plantações, semeia a esmo, sem examinai se o soio é o nsáls piopiio paia a cultuia a que se entiega Para eíle a íeuadevc ser fecunda em Eodaapaite e sua imaginação e exlremá ignoiancia ou a impaciência do lúciolb^fazem talvez pensai que aos golpes de sua enxada issponda o solo amei icano coma milagrosa pfoinptidão e obediência dos rochedos locados pela vaia de Moysés E quando a terra, müda ao apello do ignoiante, não responda com abifniíantè messé; quando o iiabalho inexperiente não ptòduz o fiucto qús se desejara, veiú a decepção eoademna-se, nãó a íguorancia que eiiou, mas o solo á quem não se liabaiháia devidamente; não o biaço de homem mal ditigido, porem a lana cujo seio pem sompre foinocêlibeml subsistência a qáom não- sabe piocural-a; LV&hi as reclamações, os quedxumese a condem nação do teiienó da colonia de S í eopoldina Não vos diioi que essas lec-ínmações sejao toíalnicnte infundadas O teneno da colonia cdeqúdidade vai ia Ha alü algumas zonas cvttcmameníe ferieis, oúbas- in feri oi es e alguns pi aso 3 onde o lavradoi scfatigaila em vão e cumpre confes sar qiie aos Saissos não c-oiibc o molhoi quinhão Mas lambem os Pomefianos não possuem te:ia de qnaiidfdc súpPiior o nem por isso vivem na miséria ou nmldhcm seos prasos Pelo íontiano trabalhão scíFtemcom lesignaçftoos vai— \eiis da foi tuna, e satisfeitos com o gnso de oma pj opi iedade donde tiiãn subsistem ia, elles que em soo paiz eia o os meios unados dos propiietarios, sbençoi o a tona que os acolhco hospiUüeha e lhes nmlhoi ou a sorto Demais o go, emo ímpeiia!, sem ps a solh itu em fawuecci a colou isaeSo fe va rido os seos evloiços quasi alí o smiiiieto tem pcimittido que os colonos desfa- \ oi ui idos Liiin a po «o d c íen eno esteiil pio; uu:m molhos es prasos o posso aflh - Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 43 - niat-’-os quç distem ainda desocupados muííos lotes ondeo soio é fcitil e as aguas saluhics A gun3 coloaos mais laboiiosos, apioveiiaú lo essa benévola concessão, tem melhoiado,mas ouiios o ospecialmente alguns Suissos,longe depiocmaism a mu dança com o desejo delaviai em tona mais vantajosa, icqueiem-nasomente na espeiançade novos subsídios jue, a pietesto de' pieparo do novo praso, lhes alimente a oc-iozidade duiante algum tempo Alguns dellss reoebeião diatias por 18se 23 inszos o que se deu igual mente a respeito de oulio j dos mais antigos do estabelecimento Não ba muito tempo que se passoii um facío hem expiessivo Animados, segundo elles dizem,pelo Sr baião Tscbadi a maioi paiíe dos Suissosespeiavão a mudança paia o Rio Novo Acredita vão quo alii eneoníi aiiso uma teu a lão foi til co^m 0 d°»java^a imaginação, ealam disso,ao\os subsídios i?aràà maiot pai- ts era este ultimo o vcudadeiio motivo da unidanca Apenas o Governo Impeiial fiimou ocontiaelo com a associação do Rio Novo e aiithoiisoua mudança dosc-oionos de Santa Lq^toldlna appresentaião-se-mc S9 pietendendoulüísaiem-se d esse favoi Tiampoiíaião-rSo ícalraente, mas vcnJ:) que não encontiavão subsídios e que o ts nno eiaalli como em toda a paiio fe m í lo pau o Et íbilbo o impí oduotivo para a ia loleaeia voltai 3o quasi to 1 )s e pi o matím c;Ue conlinaio no? seos antigos piasos de Santa Leopoldina Depois d estes seguitão mais duas famílias que aitviase consei v'o no RioNo- Eis aqui lo ia a população que se leputava infeliz pot falta de lei iene, onde o tiahsliio íoaebesss jusía í ema miação ! Q dia da mu latina lão esperado, lão desejado, tão pedido, chegou íinahnsnte e apenas d famílias dai vai m o téneno a quem dantes condemnavâo como esíeiil I Sei e iodos o podem imaginai que as seemis da omigiação no o senapie offe- tecem gi ato aspecto Nos ptimslios tempos cm quanto se vão acelimatando, os emigi antes soíT;em,e talvez mesmo que n u na liou de aímugma,n um dia de seu- dados clioiem o pioprio chão gelado da patiia, o lagddo das ruas onde lhes cia o 3 iita eo pão dmo easedo que lhes dava a mnaicipaUdade esmolei Mas qual obomem tão diloso quanão conheça osofTiimento e na teira do es- ti tngeiio não sinta algum dia a falta do clima em que nasce-o da sociedade que o iodeou na infaiicia e da aliroonfação çoííumeita? Interroguem-se os colonos do Santa Izabel.oado vi o contentamento cem muitas casas a abastanja, e elios responderão que os pi imeiroâ annosdo sua vida ím Brasil foi õo uma Sutiã coro obstáculos que feHzmeníe não os desanimai5o pcuque lhes eia peior a situação no paíz natal, Acspeiaiiça fallavíi-ibes na vegetação brilhante de seospiasos, nabiandura c humanidade das leis do paiz, rtogoso da piopiiedade sonho domada do ptoieta- rioEutopco ecdlosíiaballiaifso íiseido economias esposai ao ala que n esperas çase lornau uma realidade e boje peíamaioi pule vivem felizes E tanto é exacto tu lo quanto tenho expandido que mo ii ei pio uií:u es em pios fór a da p;o vineiaesei u propiiaeoí mia de Sanía I eopoidiua quem bade ievelar nos que a paciência e o trabalho iudo obtem do solo Biasileho Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - M - Aquelíes que viião a colonia tia '2 anum ha mas 11 > 1 asma a qm hoje a viaitíío alfirmão que a diffotenoa é muito giande: que as apptohenshes mais aitliefivos devem cedei o passo á espoianoa e que opiogiesso falia expiossivo nas pitorescas montanhas do estabelecimento,hoje çobci las de plantações e piomettedoras de ahundante colheita Erguem-se casas oompta-se gado e um quadio mais i isonlio anima o Emopeo que emigtou e o Brasileito que póde a ernigiação e a deseja poi que ella quei dizer augmenlo de riqueza, de civilisaçáo e*de podei pata o paiz Para esse resultado vantajoso concotreo a expatiencia do softnmento Enhe gues descuidosamenle aos tiabalhos das estiadas os colonos, pela maior poj te desdenhavüo o cultivo dos ptasos Oia, tendo a presidência determinado que sá suspendessem esses tiabalhos ficai ão osimpievidentcsquo piofeiião o lirn pra cario do jot naloiro ácolheita do íaviado; entregues as torhuas da^necossidad^ Foi esta a siluaçl > em que enconti si a cohnia Man lei sacco; et aos mais neees sitados dando-lhas subsídios molicos de tal sorte, quo salvos da fome não recehesscú todivia mais da qut o—$tfieía neate necessário e assim convencidos do erro que (inhão coro rnett lio se cntiegassom cornai dai ao cultivo da tona como a hu n meio segui o e quasi infallíveí de haverem subsistência e luno Seis mezes bastarão para que asituação melhorasse Logo que conhecí os bons resultados da medida consenti na continuação dos tiabalhos das esfiadas mas de modo que a agricultura não solVresse pai a o que se devião aliei nar os gi upos dos jornaleiros Espero que finalmente ienhfio acabado os dias calamitosos para este estabelecimento e que se ache no caminho da prosperidade íe porem a indolência, eum poum a qualidade do teuano.explicão osinfortu nios com que a colonia de Santa Eeopoldina tem lutado também entra com o seo contingente n esses infoiluniosa inlerinidade epouca duiação das administrações e falta de piatioa da agiicullina poi patle dos Üirectoies E realine Ue; no curto espaço do o anuos a colonia tem sido administrada por il individqos uns com o título dc Díiectores o outios de administi adores o que dá pouco mais de 5 mezes de exercício para cada um, tempo insuíllcienfe paia conheceiem o local e os colonos Os encai regados d essa tarefa tem sido: 1 n O major hoje tenente coi onel,Fei nando Vntonio Ferieis a Pastel] o que sei vh> des de a fundação da colonia cm 185“ atô 2cde Maio de 1858 - 2o Manoel dos Passos Feneira Junioi que funccionon até 18 deSetembio do mesmo anno —3 ü Capitão Antonio Fernandes de Andrade até lancho de 1859 — .í n FeneoteJoão da Silva Nazaref —5 °Mi d Hilieis que pedio exhonetaçãoa 8 de Outubm d aquelle anno — 6 “Tenente JoãodaSiivaNazaielh —*7 “ Bai o de Pfíful nomeado a 20 de Janei- io de 1860 e falecido em Julho do mesmo anuo —8 “Engcnlieho Amélia Pralon que funccionon de Julho a Novembio —7 0 liarão de Vainbulei, cuja administração durouapenas 8 mezes —10 Engenheiio I eopoldo Augusto Dcocleciano de Mello eCunha “11 Dr Francisco Ilmiio Dirsclor interino nomeado em 19 de - Agosto de 1861 eque funcciona piezcnternenteiom zelo e honeslidade Ainda mesmo qnmlo esses empiegados tivessem co ihecimento do tiabalho agMcola e o quisessem ensinar aos colonos; ainda mesmo quando se exforçissem Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 pelo bom dejampanho das fu noções qu lhes cabulo è ciai o qm p„o:ico ou naJa consegujj ÍSo pmqiie lhes faltada o tempo. Nas instruções que dei ao diiector Fiapcisco Budio nomeado para substituir o Barão de \aj-nbulei a quem o Governo éxhoneiou em junho do anno p passado rçoomniendei lhe como ponto essencial,o ensino pratico da agricultura e mais íar-* d'1, chamei sua atienção paia as vantagens.do cultuo do algodão As colheitas de milho, feijão, e mandioca são algumas vezes abundantes, equair to ado café naturalmeníe o hadç sei maisíardé Gomo sabeis,essa preciosa planta não dá factos abundantes senão no fim dc 4 ou 5 annos e a colonia fundada em 1856 não lecebeo desde logo tüo extensa plantação que já possa piodusir para exportação & Alguns colonos Suissos, Frank, Allauer, Bpu&er , Kaumfam, colhem, mas por ora e n tão pequena quantidade que ao to lo não excede de 200 anobas Existem na colonia pei to de 30 pequenas fabí icas de farinha de mandio; a Algu mas forSo montadas com auxilio da fazenda publica que tem ainda de prestar igual finor a d/versos colonos, distincíos por sua aclividade e amoi ao trabalho infeliz mente a falta de capitaes não tem permittido o devido appioycitamenío do milho Apeiastim coiqxo conseguio montai um moinho Os outros ãguardfio que o Governo tome sobis si fundar algum d esses engenhos em ponto grande, para uso de todo o estabelecimento A ereaeão do gado menos do queos outios ramos da lavoura tinha meteeido os Cuidados dos colonos Felizmente porem oactnal Diiectoi executandoá risca as instrueções que lhe dei a este respeito, tem conseguido que as economias dos seus subordinados sejão consagradas á compra de animaes vaccuns e cavalares : dos primeiros pie entemente existem 30 a 40 cabeças Estou convencido que a creação do gado hade influi! de um modo muito poderoso sobseasoite daeo~ lorTa O nume: o dos colonos existentes no estabelecimento orça em 1063 , diudido do seguinte modo : Homens 355 Mulheres 5iO Maiores 491 Menoies 574 tathoiicns 354 Protestantes 711 Asdespezas que se fizerão no exercício de 1860 a 1861 orç.âo em 1 31 :856íj85 1 e em 55:852^937 as dejulliode 1861 aíè maiço p passado inclusive sendo com esti adas e outras obras como pessoal da administração, subsídios medições de prasos, auxílios aos colonos pai a sementes e rompí a de alguidai es de cozer farinha efinaímeníe com medicamentos A direcção espiritual dos catlialicos está confiada ao capuchinho Fi Adriano laníseliener, faltando o mesmo beneficio aos Protestantes que, segundo vedes da estatística acimi apresentada são em n duplo do dos catholicos O ensino primaiio acha-so a caigo do cuia cathoiico,mas a este fallão o tempo c j^astanlc conhecimento da 1 ingua do paiz K nem a diminuta gratificação com que se Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 40 — ; emunerSo as fsneçOes do magistério peimitle que se encontrem na a] o a as devida mente habilitadas paia que desempenhem este em ai *‘o na colorira ç orno o fim dacolonisação não 6 simplesmente atigioenter o o dos braços pioducloies no pai/ e sim promovei ,00511 a acqnisiçSo d esses biaços a de iidadãos mos igeiad.os c bastantes instruídos para que compreliendíjo e exei ção os impôs íantes devotes que o Estado exige de seus merahi os, deve sei muito cuidada que aos filhos dos colonos se onsinem aslcttias do paiz em vez de conservai-os, pelo ignorância da lingua e das ietíras da sua nova patria, corno íjue aítástadosda-comajunhão Btasileita const luindo um pequeno grupo Emopso—a contmuaiidojaGoiinania aa alíehe- eia no s.do da ter ra americana Espero do ^vemo Imperial medidas no sentido de piam ovei a insti ri/criv pa eolenia, de um modo mais eflicaz SWÍ.IA I/abel- Esleeilabelsmanuío l mUnum prosperar bom quintoo solhem que o si tua rào não se distingo t pela rei(ilidode, sendo a esse respeito infeiiot aos íenenos que lição ao N de Santa Cr iz e ao S de Guaiapai v todavia produz regulai monte os diversos genotos do cultura do paiz, e os colonos, respiiando o at viviíièador das mantinhas, anima tos pelo esp admiro de uma eterna vegetação satisfeitos com o goso da propriedade leniteiiala quem as leis do paiz pi alegem generosamente os teu tão ao viajante, gmal eonten lamento e vivam felizes na sua nova paUia Os poitos mais provimos dacoionia sãoo daVictoriaeode Guaiapaiv que se ariiüo, aqudle a distancia de 7 legoasdos t* prasos cesto a igu d distancia das últimos ainda não habitados alem do Rio Braço do Sul Se—pois se fizer tema boa estiadade rodagem em direceito ao Porta Velho emitia, já começada, até Gtnrapary, terá o estabelecimento aquiles deuà excellentes por tos paia a exportação dos seos geueios Ainda não se achão habitados todos os piasos peito do rio Braço do Sul; é porem natural que tanto os colonos naeionacs como os esíiangebos os pielirãoaos ({ue forão medidos com direcção S O; e que, concluída a ponte sobre aquelle rio ohiacuja execução jà determinei, sendo d ells encarregado adinirmíralivamcnle o I) icetor da calonia e povoado s os p ursos que se a chão ao S , se passa prolongai ate Griaiapar v a csíiada queaclualmante vai até o logar da ponte Oleniioriaé cortado sor oxeollentes estradas de 1.0a 13 palmos de largura que conduzem a povoaçsode Uanna, ou comnuinhito osprasos toloniaes entre FS Existem no estabelecimento ui vou os o liíscíos ecuisiiuldos á custa do cofre ge~ lal São, a ca palia calholica, vasta o hem adiíuada; a rosa diiecioi ml, e vai ias banmôes que soivem pau residência dos colonas tecan chegados Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — ki — O numero dos colonos mSualüioate.é do 75que so dh idom do seguinte modo: Homens Mulher es Maiores Menoics ( aíiidHoos Protestantes 0 estado saiiitaiio c bom,graças ao exc|-lteule clima e cm geral,o nD dos doem íüs não excede a 18 poi jnrns, sendo as enfermidades quasi sempre de nenhuma gravidade Os gener os cultivados pelos colonos saopiiocjpaímenle:maiidioca, milh’ ,feijfo I) UaUs, legamos e o café Os colonos mais antigos nno sc entiegarão com a devida aíiuneão ao cultivo d esta preciosa planta, de sot £o quo a colheita em todo o esta bolecmeniü não ésupetioi a30G0 arrobas A creação do gado, hem que não constitua especialidade em ponto nenhum da eolonia que não tem pasíq^iiativos, nem campos apropriados a esse mister vai contudo prosperando como auxilias da lavoura Pr osen temente cliegüjpa 20o u- fueas o total do gado \aecum e mwallai que alH exiíft Oíção em 57:233:69 u as despesas eSbetiiadas na eolonia por conta doeolie gerai no decurso do anuo passado, compiehendeiido-se n essa somma os gastos com abetluia deesímdas, lepaiosde prédios nacionaes, medições, de piasos íiauspoitodj coínnos, loinccimeiito de sementes e medie imcníos diaiiasetr e tin i2:23i£>2S0a9dc Ja aeiío do corrente annoatéhoje A direcção do estabelecimento está entregue ao activo e zeloso engenheiro Ada! .heiio Jalíü, e o íuiativo dos enfermos ao 1): Ernesto Mondo de Audi ade e OH- v eis a, que de 3 em 3 raozes se íianspoita á colonia de Santa Lcopoldina para im- pjccioari o estado saniíiuio delia visto como aíii não existe medico Ao capuchinho Fi Pedi o Ilegal ado cahia a da seção espiritual dos cathoHcos mas levantando-se queixas e reclamações contra este sacei dote que no dizer do Diiectoi causava seiios embaraços à administração, promovendo contendas poi motivos do religião,e tendo sido chamado pulo seo Superioi, exhoncrei-o da missão quo exercia Os piotósíantes tem tomo pasíoi ff Eggei, aquém dão uma giaíificnção, alem da quo lhe é paga pelos , mus public tis Existem dons pioiossoioi d> ensino primai io na coloui:i,o prept Io pastor evangélico, paia os filhos dos pr ríosíantes, e a colono Gaspar Singer, pau os dos i atludicos Infelizmente nenhum d ei!os está pei feita mente habilitado paiacnsínar a Hn- güulapau e de ceilo qa» devo ser oslaatuidaila e não a aiiemã Como porem a giatiticação (oneedirla polo trabalho do ensino ó muito limitada, pois que não excedo a 20,0(0 u por nmz torna-se impossível encontrar .outros que não os pioptios colonos a quem seja incumbida essa importante tarefa lenho de [apresentar sobro isto ao Governo imperial, que sem duvida não se descuidou de piovideariái a respeito Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 “ - Rí o Esta (.oioriia liíjos infoitunios ningiisra desconhece' na piovineiaf pitf- findo princípalmoníe da falia de eopitaes e da pi eeipitação cora que e-ntt e nós se flzerãoos ensaios da eolohisação,ó piesmi temente mantida peja fazenda nacional,- Erá virtu le do contracto assignado a 7 do oilUibió do anno proximo findo ã associação qua a fundai a e sú dentava cddeu ao Govei no Impei ia! os seus direito* ao tenitorio e benifeilmias bom como paite do qué os colonos lhe de Hão mediante a sommatpje fosse dufinit ivamente fixada, dapois do paFeeer de 2 arbitras nomeados, htím pedo govei no e outra pela associação, sendo as duvidas decididas por hum 3 v qúe devia sei o Presidente dá Provincia Pará a avaliação e liquidação doa bens cedidos em viríude d’aqiniHcf contracto detao nomeados pelo governo o engenheiro Adalberto Jàlm directoi dacoIoRias de S Izabel e pela associação o inajoi Antonio da Síjj|a Póvoa A 2i difciez de Dezembro começai ãú os aibitios sua tarefa examinam!# os iiviose esciiptnração da empreza; phssaiãò depois a peiconer Ioda a colonid para que pudessem apieeiai devidamente ó valoi das bemfcí tortas, e fmalmente assentarão, qm as ptoptiedádes còloniaes, orçávâo em lí)2:OOl 0V3,a saber: t a —Tenitoriif colonial do Pao d Alíio com 3:3 tí) ÓÓo biaças quadradas *e onde s0 nota feítilidâde fóiádo comnium e ijxcelfenle posição tòpogiafica 5;0)g;)í>9 X —Teriitmio üão co npiehendido no eeniro colonial coma extensão de pouco mais ou menos 9,ÓOa 000 biaças qúadiadás, fértil e em excellentc posição 3 Tenitorio dividido cm piasos 4 Habitações, labiiea de fa tinha, aimazens, tenda de ferreiro 5 °--Ceicàs,vallas-e pastus 6 i, —Cafesaes e tei i eno em que se acíião 7 o—Banaticiias, riiandiocàes laiangeiias, boi ta etc, deixando se à iMhdiooa quo temdesei lólhida por conta da associaçao Moinho pára milho Desriubada no Páod Alho comprebendendo 53i 000 biaças quadradas, ao preço de 150$Oao is cada cpiadio de 9:000g000 l9:25(jgOo» ô soògooo 2:0008000 15:00 igOoO 3:OOfOgOOO 1 60Q$000 10,000 biaças Cantinhos no centio colonial doPáo d Alho Caminhos fóra do centio colonial Esliada que deve cominunicai a Caclméiia com a udoiíía na extensão de 1,300 biaças Estrada de lodagem do Limão ao Riu Novo extensão de 7,990 biaças em 500 de estivas sobre bt cjos DesobsiiucçSodo Rio Novo desde oOrobó ate Bocaina na extensão de 5,000 biaças * BeSobstmcçüQ da Bataina ao Páo d Alho 8 OOftgOOO Í,0)0g00(í 9,000,gOOOf 1 .ÜOÕgOOO í 7:lOOgíH) j J 5:000g000 tbiSOgOOO Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — À9 9,0A8 860 2S 360,129 À2,1743,013 ,4)toas üirioas ioogooo toros vencidos e nãó pagos pelos colonos Divida tias colonos proveniente do feiíièóimLinto do viveres,fen a- mentes e UtensiliOs de cozinha , Metade da divida do colonos estabelecidos pelá Associação 1 o lãs estás páiccllàs sórrimão l92;OOA,OA3 Üediizindo-seaqüáiitià de 127:256$ ks divida pisai va da Issooiação iestão éí:379,í)i3 soam i que devera ser paga pelo governo* na cónformiiiado do alU ii do conítach do 7 de outíibh) Realisádo o contracto,nouleou o Governo Impeii’ât paia DircUor do estabelecimento o engenheiro Gailos Kraús qils lómoú poãse do Oargo em 25 dé liovembio do anuo pássádó; . t Em data de 35 do niesrrio aiéz organisci üm regulamento píuá o bom desempenho tío serviço na eolonía e póis.ènlrou o estabelecimento em úma nova phàse, tendo para auvitial-o o biaço de cértó muito máis pdáerósòido Governo, eà acção directa e inspeção da piesidcneía; Procureijrto ReguiainaiUa conciliai ós intéròssss do Estado còm ds dos éòionos e dando á aiithoi idade do Bltfectói os meios pi.çcisòs fiara (fúe piiltíssé exercer sua importante tal\da, garantir aos seib siibórdinados ó géso dos direitos que .a nossa lilmrál legisla/io reconhece e sanlicfica Exitci a eomimnaéào de penas Sàlvo pequenas muitas qnando os côlónos não piomovesSéni a instrucção dé seus filhos ou obsíiuisscm ás estradas, pòis qúe nalógislaçãò do paiz, reconhecida mente pievidemtó.encontraria0 dUecíòr méios de manter a ordoni e de procurai 0 piospeiidâde do OstabelecihiCntO Situada enitenenofeitilissinio, não lóngedó pó to di Piuna, onde os navios èúeontr o unia óxcolièúte enseada e áácoradoiiio; tendo demais â vantagem da üuvegação p d o ri'i daqüellc nOnie; vísinhada florescente é popülósa freguczia d : S Pedi o Jà C adida ira, a eOldàiá do 11 io Novo deve prosperar, se os é ricarra gados dé adminis tral-a executarem liei avente o pensam lí a té do Góverné Não á de oéilo muito faeil a taiefae exige tanto niiiór trabailio, ádiudade é critci io quanto ella ilão se limita a acção dé eroar csiui a de creài,c a dé coi iigir !os ei ios do passado Dispondo de pou ms capitaes— sdiprelieníida álgii uáivozès pelos sotis àge n-" tiís qbéda Eitropa enviávâd colonos qúando áin ta liãoedavão preparados casas e teu o nós; iceebsndó entre cites niiiitds indmddos qe:dso3,c tdrBübenios; balda dé experienciâ porqib 0 serviço da cólonisáçãó aiii la é n ii ens iló nopaiz a Associação do Rio Nó vo teve a infelicidade de vpr o estabelecimento qúe fundará com tantas ospoianjas atrázadd ; qdasi inisltados ds seüs désejos c gastos, c a popife facão dimimiidá pelafiiga dos ernigiantósi 0 Governo 11 perial encárartdd d cdióúisiçãò senão en ni a pi i neii a pelo menos como uma dás primeitas d ac os sida ios do liiasil presida auxilio á Associação jà adiantando capitães, já édacO; i oridn pu i obi i s qdx f ir-ilitassem o ti ans- poi te de pessoas u lo gdderos emeilinassem a satdbi i lado d i i_olonÍa; nías esses a u vil ios nã) a sai :a ão d * aniq ii lamento tí a remiu ;ftn d : lomnl-a s >b sua pró icição cpor couta di fa^cn la ;> i iliea t m n ivi se iaiispCHHei pnique se pil- dessem appiox citai as despezas e saciiíi ios do [lassaJo c se obtivesse a ícaíísaçào Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 50 — das es peranças justamcnte insphadas psla fertilidade dosoioe excclíente posição topográfica tio estabelecimento, A. eolonia fica entie o rio Novoe o ítapoania* emu n lorfitoslo ferfílissimo tí piáiio.bem que em alguns pontos menos sa! ubre do que o de Santa Izabel 0 S Leopoldina Dos seus primeiros pifasos à éiiseada de 'diurna dístão apenas 4 a ò íe,- giias das qaaes â podem ser pereoi ridas em canoa por aqüelle rio A 3 léguas dos iiltimos pi\isos està a povóaeão da Cachoeira cujo fufui o se antoíha brilhante, gra Çãs á fertilidade do solo que vai attrabiitdo muitos e impoi tantos lavrado! es fluminenses a mineiros Húma estiada de facil tramito conduz á Fazenda do Limão ed aht a ítapeoaiiioâ qüe dístajfrdeguas cDaquelies piasos, N este lerritoi io, dos 929 colonos estabelecidos por conta da Associação existem hoje apenas 387, alguns dos quaes foiiimente prosperai) A s^rle deslescolonos é vai ia, não somente porque é varia a força e actividade de oáda ume;) fertilidade d >s,prasos que lhes forSo des'nbutâos,comí) também pela natureza do contracto que celebrarão com a Associação Hurss são apenas forrei tos é outros parceiros Os primei- fas.obrigados a um foro hSm tanto pesado virão accunfsuiai em se soas dividas e em pouco tempo se tornarão insolvavèis, sem ao menos a garàurfa da propriedade,sonho dourado do proletário que deixa as misérias do vetho coniinontè ènipíocma da terra ame rica na ondè as esperanças fuUão í3o eloquentes na grandeza dá creaçâo, 0 estabelecimento mo tem nas visinhanças giande extensão de terrenos dc*oln(os para prólãngar-se Cercão no posseiro»,alguns dos quaes jà vfrâoseus d i-rei toscou testados e ultiosamente reconhecidos nenhuns pelo aviso do Ministério do império de 12deju!hode lí3o9, masque não desa Amando reclamão de novo O 2 > território* medido para a Associação colonial, a pequena dístincia de Benevente, não tem sido igoabtiente respeitado,de sorte que úma exploração éuididosà se tor&a indispensável para exfreitiat -se à piopriedade particular da nacional é extender -se a colônia setn contestação nem reclamações dos posseiros É:n tolo o caso,porem, a parte antiga do estabelecimento não formará um todo perfeita mente liga Io cornos pfisos que forem medidos no 2" térritorio óo nas adjacências deste porque existem tntercaflad is algumas posses legitimaveis O Governo Imperial em aviso de 7 de fevereiro p p , recoibmendou-me que não caAàirUrisC na ven ta de terras a parfieul ires,nas visiobanças da colonia c dos porto» dtíBeíieveme ê Gmnpafy p*rqoe érâo destinadas á colonisaçãe Em viriúde dessa ordem determinei qúe não fossem medidos lotes execplo parâ colonos, no térritorio que fica a L dô huma boba N S lífsda do ribeirão Batata t áífiiientedo Benevéute prolonganíiõ-seestaliuha píuaô N aléácóiònia de Stnta Izabri. Por mais dj uma vez tenho ofiiciado aoGi)'erito,eem termos muito expficitoslhede Clureii como no mèo relatorio do anno proximo passado, que o loci) preferível para ftindarçãoda uma colonia era o que Hcn entre os rios Benevente o Guarapuíy, O estabelecí nen’o proiong indo-se em drieeção N S terla dóusporíos,mn dos quaes excdlentes e aÍeinJ'hso, visinho d aquellas duas vilias.ob cria o vjnlajosó iéZutlado de relacíonat e ligar iuUmumenle a população estra igeiia á nacional, promovendo estreita fratenú I ide e fusão -jue do ambas fizesáü um lodo barmonico a que os hibitoi e osítmns e a nacio i liisiçlw dessem o üiracier de ho uogensidade Damaii os ex' eileute terra i is que fleãí u J ceuti u dês daus mu.ii; ipios Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 sílrahirão mais facilmente a emigração mineira desde que esta IWPI^Mítre soiidões e desçrlos e sim a lisiuhança de população laboriosa com quem possa fteladoiiar-sg e çonuver parece mç asada a occ.asjíto para lehta"-se a empreza fundando sá um eslabelecl- mrnlo,embora em ponto pequeno,nas visinhançàs de Guarapary,einquànto outros pra- sos fossem medidos uo território quesetxlehde du rio BeneveiUe á colonia antiga Hum djreclor activo e diligente podei^ graças a uma estrada n8a muito éxtéhsa, inspec.eionar cs 2 giqpos de população a quem deasaisservirá de auxilia e de ensino o exemple e o coromercio dos qacionses que rési em e l&vrão nas visii hanças, li. isto me parece 1; nto mais vantajoso quanto ê altainen e convi niente que não se criem vastosuuçleoscoloníaes JVas grandes cohmias amacio nativa ç3oé tiiais diffi-* çil. O espirito nacional—as tradicçõesda velha líurop ••—a concentração uo seio da nacionalidade, que em terra estranha forme com que um Estado à parle, conserva-se por inais tempo,quando com a emigração Europea não quer b Brasil sim pies mente a ar. quisjção de braços produetores e sim o duplo resultado, do augmento da população fciboriosa e posse de maior n. de bons cidadãos NSó sei se estas considerações, que gegüudo já vos disse, por mais de óma vez tive, a honra de teiar a presença do Goierno Imperial encontrarão em sua sabedoria be= pigno acolhimentQjOU se el|e julgara diversamente O que aífirrpQ 6 que informando por tal modo jnlguei m n i festa r-ike ura a opinião aníhonxuda pelo estudo e por indagações minuciosas A população actual do fyo Novo, orça por 887 pessoas classificadas do, seguinte modo: % Homens 208 j Maiores 197 j Casados 102 { Calholicos 311 ) Mulheres 179 $ Menores 190 \ Solteiros 285 ^ Protestantes 7l> j Estes 3S7 colonos pertencem a& seguintes nae ionelhiades; llrazileirns 113 Hortugue.zçs sg Soissos 70. Allemães 25 tnglcz 2 Eiatu ezes 12 Belgas 30 H Itaodezis 3á; ( tiins 12 3877- Os generos gciatmenle cultivados no estabelecimento coãsistem em cate, milho,, feijão, arroz e mandioca,sendo calculada pelo director em 500 OOft braçasquadra liras a extensão de letreiro cullitado,nüo se iiídui do nesse calculo as plantações que per- teueião ã as>oeiaç'o do Rio No'o A coih. ita chega para o eon umo O directór me informa que orça a producção aonual por 1000 alqueres de (atinb.a de mandioca e dOOO arrobas decaía, deiendo espuaise que a producçro deste genero 'á em progresso, nSo si mente pela uberdade das liriascomo lambem porque os tolonos »res- tao aelualmeule maíur attençâoao plantio de tao precioso vegetal Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 —52 — colonía ha grande quantidade dejacarandá e do rouís estimado,o t-,|n«WWyflFl>ara alií a cUenção da negociantes Qs colonos,de ordinário impre1 i- deqles o. além disso $em meias d« approveituroiq éssa preciosa madeira lavando a ao (percado dacórte, tora soflfrido grandes prejuízos veadenio a nas maltas por baíxo preço e ás vezes mesmo com lesão eiyjrmisvima 0; director participou me e an Governo Imperial,que um c*d;auo vendera por 15$ rs quantidade; do madeira que devidamente cortada produiíq c^pco duiUs.de cciuçoeiras.na sal »r pela menos de ^30grs ! Para prevenir esses contractos cxtrernamente lesivos ordenou p governo em Aviso de 7 de feiftire ro proxitno passada que as inmzacçães mais avu(tadas dos tolonov se realizassem Com assistência do direetoç 0 estado sapitario do estabelecimento t solfrivel, bem que parte da suas tenas vjsinhas de paptanos e brejos, não lenha* o clima sal.obre e o ar puro e yiyUicednr dos torrenqs mo.níaphosos de Santa Izabel e Santa ReopuUina Com tudo o medico ljr Qtiq Linger em seos oíRcios eestatísticas nunca iudlca um movimento maior do qua o do 30 a 40 enfermos por mez- Serre de cura dos çatbol.iros o. padre 1’eüpo de Souza Mach do e de pastor protestante J B Pfluger Infcirzmente n o exJs em çape lias, quer de uui quer de oulvo coito,nem os vasose parátnmtos necessários p.ara celebração dos ófiicios religiosos, falta que-jjd foi levada ao Qinhoci mento do Governo Imperial, ( A.1tHEQPE'E EenilISAÇÃO DOS IjJDIÍjtCSçAf A catbeqnese e civiljsaçSo. dos indígenas, tão recommemlada pela religião, como. pelo internasi de se augmeutar o r\n de braças pioductares e de pramavorse a segu-^ rança das povoações que se achão visiultas das mattqs, ande elies vagão, não tem produzido senão liiüsqumhasfnidus q esta Pr„ viacra desle que desppparecen dem dos Jesuítas A historia nos revela os altos esforços e a admirável perseverança com que An- chivia a eos companheiros procurarão ebam ir ao grem.iq do çathoücisrnn e da ciyK lisação essa* grandes horda? primeiras possuidoras do território da Provincia Rfneytu- te, No>a Almeida, Santa Cruz e em grande parte Guarapary, são viRas que nasce r3o da catheqaese, Infeiiz mente polem nem ao tneoos guardãocom os nomes pliini tivos a memória dos importantes serviços d’aquelles esforçados missionários Referem nos os traciicçqes que em Noya Almeida,a que derao a nome de Reis Ma^ gos,se estabelecerão em 15R0 e que chegarão a reunir aldeiados 3 indígenas— havendo n* ig.na)mente considerável na Aldeia Velha a> tnalmenle vi 11a de Santa.Cruz, onde em epocha anterior se linhão estabelecida Reneverpe primiiívamente conhecido sob a denominação de RerRihu ou lriritiha e fundação dor benemeii.to José-de Art- ciiieta contou mais de 6,000 almas Aiem d essas aldeias forSo areadas a de Guara- pary e a do Campo por injciativa do ipesinovarão piedoso,a quem a historia g!ondeou comoUtnlo imroortalde Aposfolo doNovo Mundo, Cada uma das duas aldeias Reueventeou Iriritiba e Reis Magos ou No>a Almeida possuía urna sesmaria de 6 léguas de extensão., sendp a de Benevente c n- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 33 - eeJiila prr Vaco Fei natidss Coilinho a 1° do dazembr» de 1581 e confirmada na V cloria em V de jan iro de 1533 e pelo governador do Brasil em 23 de dezembro de ^59S e a de Nova Almeida pelo Governador Francisco de Aguiar Lmjtinho em b de povembtn de 1310,fazendo-se a demarcação em 12 de agosto de 1760 Gollc cados sob loteia e por muíLos annus sujeites forão os IndioMÍrados do mando dos Jesuítas pelo Alvará de 7 dejuibp de 1735 e [jnalmenle declarados livres em sua? pessots C bens pelo Alv e 8 de Maio de 1738 que extendeo a todo o Bi jsil os favores Concedidosaos Índios dõ QrãoPará e Maranhão no§ Abará'dc6e7 de janetiodelfioo Com o leoips^fandiirdo se os cathecomenus e os seus descendentes na massa girai ílu população d o paí^desappitreçen inteir moente o regtmen a que estavão sujeitos 0 pois fitarão as terras dos aldeiameutos que nSo estivessem occupadas consideradas como doyolut rs, na cunforini líide do a' i o n 17§ de 21 de oatubl 0 de 1850 Assim odecidio o governo, especial mento, por aviso de 20 de dezembro de 1855 g respeito tja sesmarja eoqcedida ao aldoiamento de Beritiba ou Berievente,por oçca sian de melir-se o território vendido á Associado central de colonisaçâo pata estabelecimento de eoionias Müis tarde, pela ]er n o 1,114 de 27 de Setembro de 1860 artigo Io § 8« fui o Go- vcriio auloris ido a aforar ou ve der na confoimi lade da Lei n ”s 6ül de 18 do Setembro de iSãf^us terrenos pertencentes ás nniigis missões ou Aldeias dos Indi- ps que estivessem abandonados, cedendo todavia aos que u elles permanecessem a exitnsão que julgasse suíficienie para cultura As duas grau Jes rta qes de qno 1) je existem rostos são a dos Botecudos e a dos pqrys dividiii lo-se aqneiia em diversas r ri bus das quae' as duas mais conhecidas s8o U dos Mri tu ti* e a (]()S Panças ou Nackei Miêe Nacnnnús Os Purys, menos ferozes e poderosos do que aquelles seus imphcaveisini uigos, tiverão de ir cedendo o terreno, e de destroço em des nço refugiarão se na parle meridional do provincia e por fim nos proprios ser toes do Ilabapoana Os B ilecudos, ferozus,(i peh maior parte an rop fagos, depois de terem vagado e feito correrías ao N e ao S da Provincia retirarão-se para os sertões do Rio Doce, o ide apparece a tribu MsjUinv, em pequenos grup ;s, no Guandit e no Porto da ^oust pjra pedirsqccorros, pois que é grande a miséria em que vivem Brutos,-sem hqíQ.S das artes da cbilisação nera dos agentes terapêuticos que rbundão pela» mat tas, soffrern muitas vezes a fome e morrem nos desertos por filia de remedios cm ^uas enfermidades, Jà em 1820 alguns indivíduos da raça Porv, talvez para escaparem á perseguição dosseos terríveis inimigos, se sojeiUiSo a ald raiuenlo, procurando o logar denominado Viila do Príncipe nascabeceír s do rio Goandú, O que o governador Bslihisar de Sousa Botelho de Vasconceilos participou ao Governo real por intermédio do lo* tendente Geral da Polícia Pa«b Fernandes Vianna, em eííicio de 13 de Setembro ' í respondendo El Rei a 9 de Outubro de 1820 com a recoinmeudatão-de qoe se favore cesse,o mais que fosse possivel, aos indigenas Ém Iode 4boíío de l82i) o íraveiuo Imperial altendendo a representarão do t api tão Joaquim de Mmaes Passanha que dccl iravq não poder do sto bobinho alimentai mais de250 Purys que jú lomesticados e afeitas ao tiftbalho, rcsirliãoem suaslerras ordenou que se lhes designasse para aldetamenlo uma legna de terras onde as hott, vesse devolutas Forão estabelecidos nq lugar em que exi>li» o qu irtel de Barcellu^ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ~ 54 — na estrada, dç.S Pediode Vh aiii.ua, Lomp pprem.ede terreno nau parecesseom# Uií)r, mu !mi.-0S o major Joaquim M-ifcdlino da S-iba Lima (ao depois Burlo de Ita = P uniriin) em Julho de 18V5 para as cabeceiras do rio Gástellu, lugar exçelienle e de- fer.ilidade admírave^ No oííteio em que este cidadão que então piesidúa a Piovíncfa, ileu p^rte ao.go- verno do estabelecimento dos indígenas (\? de Agoino em honra ao primogênito de S, M* o Impera^ dor A fertilidade do solo fez com quee estabelecimento progredisse e euvpoqco tern- pu(contava mais de9Ô indigetias., A srJtuação ora exccHente. A. margem do, ribeirio í.asteilo.naa longa dó sitip onde existem vestígios deliu ma an iga. povpaçSq dos lérnT pos colouiaes que alh preteu ia eniregarrsp aqninéraçSü do outo n iu», teirepo uber- rimo.cortado de ribairos arystallinos;com magníficas madçiraadeconsltuççSo e tendó, acima de tudo isso um m ; paiticipa o directorgual coronel João Nepomuceno Gomes liiitunconrtdesceoaqaefre numero a li.ach mdo seosedilicios arruinadose as antigas bernfeilorias quasi etn completo, abandono Gs indígenas que deixarão o aldeiamento oc upáo-sa como joruateiros nas faiemias de ftapémiriin e em atgómaS do Miaas Junto a i ri i Imbapoana, não longo das cahmeirns do Muquí, existe um pequena grupo de Puiys que não excederá de I 50 a 21)9 individuts, ainda bravios Há pouco mais de um mez diversos c içsdores forão siKpreheaJidos por esse grupo,. e gíate- inenlo fiiaiti atados Não éfmil chamai os á civil, isação e em geral fogem doa. posoad >s e d.s fisendas mais hab tadas O Director Gerai dos indígenas tenta alguma cousa no senti Io de domestica-los para o que lhe prestarei lodo o auxilio Alem d esse g-upo ha na fasenda do cidadão João Pereira da Siha junto as cachu- eiras do Jtubapoaria, outro, composto de AS pessoas, que uhi residem ha Ires an* nos.sendo applicados aos trabalhos da lavoura e bem tratados o doutrinados por aquel je fazendeiro. Quanto aos Hotecodds a tarefi da cmlisàl-os me parece ain.la tnais düficil Ferozes e antropofagO ,forfio lautas as r chimacões que contra elles levantarão os habitantes da Provincia de Minas que o Governo Português apesar dos bons desejos, mais de uma vez manifestados em leis, e das medidas tomadas para prometer a caie- que ee cirilisição dos indígenas animando coin altos favores os que se incumbissem, d,^ia tai :fa generosa ( como bem se patenteia entre outros na carta regia de 12 de Maio de 1793 miudi dá applicar a esta Provincia peta de 29 de Agosto, do mesmo, anno^vio-se obriga ío a declarar lhes gucira crua e offensiva Para isso foi expedida, ‘caita regí t da l J de Mú» de 1893 m m lada ohse-r. ar nu Espirito Santo pela de Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 5o — ál Jo mesm j ítiei e atino para que « os indígenas accossa los pelo lado da capitaoia de Éin.ts Geraes não encontrassem asilo na do Espirito S into e d’esse modo pudessi tn íer tíiais decidida a effraz a providencia e modidàs propostas para civílisação dessa Horrível laça antropofga » lues gõo as expressões teXtuaes da carta regia Eiii suas evcursões eslahotda feioz ia do N alé ao S da Provincia repelindo os Purys e fazendo iimumeraveis, depredações tilas fiuiilmento acolherao-se as Horeslag ''■wsmb.us do rio Düee HttendenSo a clrcuínst incia de existir g remia rtomeí > de indígenas )i’e-ses set tõos o à c tnveiiiencia do cli Hital os para o grêmio da civílisação e para o trabalho agrícola, òrgihisoüó Governo imperial o Regulamente de 28 de Janeiro de 1824 peloVjuãl furão aUicrOjdos 5 alleiamentos,cuda um com Uma leguadefiente uo tioe 3 de futi los, sendo oscathacnmonos administrados por utn llirector, que tinha ao ?éo lado pára auxiliai ó diam 8écrelario e i Cirurgião,bem comoJjfi praças de Pedes- Hiés 0 sóido dé ‘todas estas praças, a saber—3 sargentos 3 carprateiros, 3 ferreiros © 71 pedestres era de 10,920 diatios 0 Úíiector vencia 30JJOOO reis mensacs e tinha nlireito a duas ciivti]giduras,o Secretario o otdcnado quef'sse correspondente ao se o Orabaiho eTespóíisabilidadt o ti vido a este i es peito a Junta de Fazenda eo medito o veticímênió próprio d este emprego Por aviso do 28 de Janeiro de 1824 foi nomeado líireclor o COronel JuliãO-Fernandes I cão 0 G inselln do Governo provincial,e n sessão de 8 de Outubro de 182o, marcou tis seguintes ugarosparu os aldeiamentostBarra do Rio Doce, principio da lagoa do Jup irauã, e abas do espigão que divide esta Provincia com a de Minas Geraes Em 1830 o viçe-Presidente coronel Monjardim escolheu o lugar dè Auadta para Uth dds aldeia mantos el ;dicou no Governo o de Panças ao N do Rio Doce para ootíih lnfcliziiiódle a eíripreza G «vtrou-sé lep »is de grande dispendio Eid 2’í de Feveifeiro db 181í) o Exm presid ale Gabriel Gctulio Monteiro de Men tloiiça dando psfte ao Goyerao do esta lo do estabolecim nto dedat '■u que era pe*_ sirnoe de difficil ['egetteraçae,devendo attribuir-se o ma! principaluiente á falta dc ti- «o da administração à defi ítncia e impontualidade do* supprimentos de dinheiro e oe generos e au aban Jono das sesmarias concedidas á dorsos iudividuos nos sertões, onde se atilarão os a Iddiá mantos Ás despesas excederão a 50 cmtos de reis e o preveito foi nenhum Á maior par te dos indígenas voltarão fum n? maltas continuando na vida nômade que momenta- 'ncamente haviSo abando,uiilo Mas o Governo Imperidi uSo podia pelo máo resultado de uma,ou otjlra empreza, hba íioliár a iitfea quuse lhe antólhára brilhante, e cuja realisçâo tanto a religião e a rííòrad como os in éie^ses materiaes do paiz pedião com instância Para Tègularisar o se viçeo d» cailinquose dos selvagens baixou o Regulamento de 2iVÍe Junhu de 1845 minucioso e privi lente N eile ao cargo de Director Gera! tios índios creado pari cada Prouncía e aos de Directores das alicias forao ligado* honras mtiilares correspondentes aOs postos de Coronel e de tenente coronel Best arte elevado o serviço dá (âtheqooso atè a altura de ambições menos vulgares provocarão se rídadãòs distinctos a procura io InfelizmeiiU o minucioso rega ia mento da 43 nada prodüzlo ate hbje na provincia e os oldeiamctitos ficarão reduzidos a um, o iiffonsino, fundudu quasi na mesma data Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — tendo sido tão infojii como o do Rio Doce oaHeGiritítito, fundado etn J8.t3 no íngaí denominado Seriri ais,erit Sao Malííen8,sub a directo dj alfuies I'orfi io dos S»lí tos Lisboa Este estabelecimento d tis a p parece o depoisde ier consuumio se n p ovailu 6:2790241 A idtíla da ctalliequese dos svtvagens oüu foi pnreiii abandonada u’osta pmviiícRi Elia reapparoeco em 18S7 ligada a outra que deVe ser ch^ra a lo-los os brasileiros e decuja tealisaçSü pâde piovir giande beneíi io paia o paíz—a da colonisação nacional Em Desennbro de ÍS57 por ordem do Governo íuiperial começou-se o preparo de terienos p»ra 0 estabelecí ui e ito dó Colori os naciouaes no G mndil e para aldeia mento tíetndios il/utuns no Porto deSoilsa a i legui d iqúeile sido, sendo mais tardo Fr. Boulode Bubio missionário Capuchinho encarregado de catliequisaRos edti trazel- os » aldeiíüna ito ité hoje nanhuni resultado se obteve Fr BentOjOra na povoado du Gojelhè, ora noiijBEGnan Ifl. não (em conseguido o que se esperava Os indígenas Muluils apparecara fi eqaenles veies idaquelles IiígaCes onde exi4ein destacai menlos, pedeni socCurros mfts logo gue os recebem retirão^se para as ílofest is e con- Linuão na vida nômade Quanto aos Bancas mais ferozes, e inimigos d aquella tribtij apparecem ramraente e vagão no vasto e desconhecido território que fica ao N do Bio Doce Julgm loque não dovia desanimar po:qne oS primeiros ensiios fusseiíi ma! suece- dilos encarreguei ao lenertíe Joaq iim Tbomaz de Almeida 1 ilmoti rtísi lente no Mu- niuipio de Linhares econhecedor da io ali la le e dos costumes dos indígenas a tarefa de promover o aldeia mento dos que por alli vagão bem como a caíoiiisaçâo do Guandu para o que solicitei e aguardo us meios que cahe au Gmerno Imperial forueccíj jflillKAS PüBfltiAS Bode so aflinuat quo quasi^ph metade do louitorio da piovinçia se acha devíí- luío Baile tio sei tão do Rio Doce—o do Gciandú^-os extensos lei fenos qiie sé ptolongão entre Minas o a colonia de S Leopúldina^os que se acllão entfe ^ Rio Paido cacoioaia de S Izabel — o centro dos municípios dc Bcileveníe e Grta* faparv—parle do município de Ííapanmini e finalnlente ãs víisíás regiões entre Linbaies e S* Matheos ti outie S Matheos e Minas Gdfaes e à Bahia se eompoem de tcirenos desapproveítâdos e que, em geral exlfemafnente ferieis.hão de eniiqiic^ cei a provincia quando cliegde o dia já tão demotada da emigração de lavradores iaboiiososqae venhacdilivaLos Nos seiíões do Guándú e ao N doRioDoee vagão ainda algumas íribus selvagens que por momcnlos gozão dos immensos domiuios onde seaehão dispeisosos ossos de seus antepassados Por mais applicadaqUe seja à lavoina não pode a pequena população da pio- vineia oeeupai tão vastos toi ritoi ios e rnuito menos appioveitaí-os—-N tiuma extensão que rh alisa com a de vai ios Estados da Europa rjuasi ífio grande cora» a de I oriugal e daBelgiia que contão acima de 4 milhões dc habitantes,60,000 pos-; Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 57 - soas não constituem população snílHonte pa? ; qru possa qUebiai com o mmoi do tiabaííio o silencio do Iodos os roianíos das flor estas Acciesoeate-se quo, na realida is o serviço agiieola,é, na maior paite dos municípios d i província, menos penoso e piodudivo do que em outros pontos do Im pario As conquistas da lavoura são poi tanto pouco extensas porque falta paia augmenta-ins a acliv idade da amLição e o Ir aballro foiçado inas vigoroso do escra" to qus.na província do Rio de íanciro pm exemplo lem descortinado quasi todo o solo pai a cohi i!-o com o plantio do caít i ou da ca una de assrr ar A estatística a que se pró' edeo üUiniameiUe revela que existem na pi ovincia pata mais de 20,0f0 áscravos Ora co ti quanto rno pi ateada eu aifii uur que o tiabalho esciauí seja em regia mais piodu divo do que o do tronam livre,todas ia cumpre me reco nhcccu que, em muitos lugares do paiz, posto que inferior pela quilidadc o psodueto d aquelle tiabalho excede ao do livre no que respeita á quantidada ^l^jui, poiom na maior paile dos municípios, não è eíleaUivoc feiuiid» poique os laços da disciplina são geialmente fiouxos Em iaeseireumstanciaso i esnedio mais enorgieo consiste e n alti ihir a emigração % a a do Euiopeu quer a de naeionaas do outras províncias sobretudo de Minrs que íeíizmente vão procurando as excellentes teiras d esta não longe de peitos qUe faciíitão o ocumnercio e assaguião prompta o vantajosa expor (ação aos prodrr cios da lav: ma O sei viço da legilimiçlo e nvalidaçao d§ posses e de medição de íoiris ;uj"S oitos benefícios po lem todos appieciai pois que não somente tem poi fim garanti i as propriedades fornece; terreno pjt preço co nino do paraa lavoura e facilitai a eoloi]isação,mas ía nb oro ir mganisando o eadush o e i euaindo nu ter iaes ptu i a o isvan ti mento da e u ta d:) p: o\Iii úa.lem pt nsseguido nos munieipbs da L apitai e Guatapan Existem presenUirnsnte nomeados juizes r ommissa;tos paia quafi iodes os nnr nicipios Sãó os seguintes : S Maílieos —Baidiai ei João des Santos Ve ves S í tuí —Engenheiro Eedio (iaulio Soido Vktoria —Manoel de Siqueira e Sá íiuatap?.; Y ■—Iju prim Moraes da Conceição Imperial tkmcumío -Eag uilniro b A D de Mello e í unira í tapem Ti;n —í a pilão Joaquim àlm collitia da Silva I inv,r Os engenheiros 1 eopoído o Soido m «eados paia ;rq tellos r argo ■, o I em denniço e o 2’ e;u U do mas,no mc/ ainda nãj segu ; o paia r,< j rqimíivos mu nicipios poi se acharem < oueluindo algumas mmlioõjs de [e; juuos dewdiiío; m , disti ieíos de Manga?ahy e í ai iaciea s quanto aos orili is ju -o timissai io á c - cepçâo dos 2 acima indicados não tem podido exercei suas íuiocoos poi falta d- agrimensores .. Existem registradíis itSSíí posses a saber: 5 Vtloria 1t?36 sendopm hogtie/ia £1 Espii to Santo í3l " Z; Cluaraparv 31o P? Eenoienl.e dto Iíãpemii i;n 702 Seara q2í CS Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 38 — > o Nova Almeida EÜ S CiÉi7 V.ik G I inhaies 131 LídadedeS Malhe os 320 g Dana « « « 232 — No amio do 1861 foião despachados 165 petições tequerendo lerras áevoíftJ ias e vendidos 6 lotes na extensão de 4;986,913 braças quadradas pcia quantia de 3:076 pi aduzindo li juidos 3:374i!S>õi.S rs D aqui se vê que o preço medio de cada bi aça quadrada oi çotí em perto de 3/4 do i eal Nos 4 mezes do corrente aimó tem sido vendidos 7 lotes poi 7:âi7,^562- produzindo líquidos 5:132 962 is* sobie 7,i70,550 braças o que dá igudmonteo termo-medie de quasi 3/i de leal pòrbraça quadrada Reunindo os valores-das vei>das,no aimo passado e nu coneníe, aos de ÍS5y e 1860* que orçarão em 21:3Si^70Ór tei euios que desde aquella data até boje se tem vendido tenas devolutas n esta provincia na iinpor|^ fanciâ de 33:708,702 62, sen do a extensão de 35-266,763 braças quadiadas. 0 aviso dc 22 de junho de 1859 aíitliori/gva a presidência a mandai qiie Rissem medidos os lenenos pedidos para lavoura, gnatdando-se a regra de níio ex-; redei cada lote a l/2iegoa para cuituia e 3 legfias para creação de gado A venda devia ícalizar se em junta de fazenda com assistência do delegado do difecloi dá sepai tição especial das tciras publicast Fm 23 dejtmhodo ánno passado baixou outro aviso^-detei minando que todas r* Eei ras íequ cridas fossem sugei [as á arrematação em vez da venda partiudaimen- fe na thesouiaria dc fazenda Esta medida, que á Ia vista parecia vantajosa, não só por se evilafeni qsestõeg romo também porque d cila rezultariàomaioies lueiospsiaa fazenda nócionat tevd no eutietanto na pratica o inconveniente de favorecei us caprichos, de soiie qui afastou concui tentes em fugat de eháma-íos e fez com que se diminrrissc o ir1 dos cornpi adores de tei ras O seguinte facto sobtet tido provocou graves descontentamentos Alguma posseiioscom direito á legitimação de sess teneaos.-quereiulo evitai as delongas d esse processo,linbçè íeqóeiido a compra das posses que w-- tflpávãc immo su fossem lerias devoltítas Ém íaes cimimsianciás, admití ida á M-sla publica podia sei miíito fácil o esbulho, desde que hirn vizinho desaííeríef prevaleceudo-se de possuii inaiói foiftfna o quizesse, offerecendo pieçó ele- vadoaque não’ podaria chegar o posseiio seu? inimigo, que aliás,-pelo farto de requerei a compra da posse como’ dovoUíía tinira como que renunciado ao diieito de legi lima-la Ora com quanto o diieil® mui lá pozilivame-nie tenha estatuído a maxima: rigüautibus non doimieníikts scripfion estjus—todavia o governo que tem de mnchai com- a maioi piiflenchí o ciuunspecç-ão; a administração que em seis íf! tos não pode deisai dc alicio ter ás tasfíus de equidade, mio devia consen ■ p i que prossegiíísse svstema ciijas conseqiíencias podia o piejudicai áos que ti n hã o p r o r e d i i i o co n na-d os nas ti lo; p o s ieoes do aviso dc 2 2’d o junho de 1859 F o Ex-m Si Miiíislió da Agiufolíuia a [tendendo ao que lhe representei a ia ícs-peilo decidis poi aviso de 12 ifo fewieim do eonenlc an nó qifo as tonas tossen-v vendidas como amtcHot mônto pelo aviso de 1859, mu junta de íazendá. corrí ás devidas taiiilcUs e a appioílMo da píesidem ia ' Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — m - As nu ií nosas questões pr tvenieníes de não estai era ainda legitimai] as todas as passes que lealmeafe se achem, no caso de legitimação ou ievalidaç5o, insultando áalii que sejão medidos como devoluíos, a lequeiimenío de pat tos, tanenosque mediante aquelie ptocesso deúão cabei aouíienime fizeijo acre litm na necessi- 4ade de cuidai-se do seiviço daslegUiraaçõesao mesmo tempo que o das medições de lerías devolutas Paia isso entendo q convem dividii a ptovincia em distiictos nomeando hum. engonheiio para funccionai como medido? das teiras devolutase ao mesmo tempo como juiz coinmissíuii^ em cada hum dospiiunicipios de que se compozeio disíiicto X esse intuito podem os districtos ficai do seguinte modo o l» Dapemirim o Benevente — o 2» Gajuapaiy, Victoiia o Espiiito Santo—o 3j Seria Nova Ahneila, S Ciu/. e Linhaios* o 1' S Hntlieos eBanadeS Aíatluos Estou convencido que poi esta medida o sei riço das medições seta te- gujarizado e nni-tas questões picvenidas As duvidas e questões no município de líapemiiim, nascem especial mente, éa inteipietação que se deve dai aoail 26 do rag de 30 de jançiio de 1S5Í Sabe-se que a lei das tos ta» e o legalamento d aquellad?ta consíderão gaian- tidas as posses que se acbaiem no domínio de alguém poi compra oupuíio qual- quei meio legitimo de transmissão de propiiedade, com tanto qno a siza fosse paga antes da publicação do ?eg I) esde quando se devei a co Um n esta pi ovineia a publicação do icg e poi co.a- s sguinte desde quando vigma a disposição do seu art 26 ? A oi d li v í tU 2§20 dispunha que as leis \igoi assem na forte dentro de S dias; s contai de sui promulgação e de 3 mezes nas ondas Eomareas A lei de 23 de janeíi o de 17/i9 especial paia o Binsil, dctci minou que s igorassem desde que se fizesse a publicação nas enbnçis das conaaicas—0 decido n° 2õ2 de 2S de no- vembiodeíSB estatuiu quo os actos legislativos enviados aos piesideutes de piovincias,começassema obrigai desde qu^os juízos de direito os fizessem publicas em suas c-omaicas Oia, o leg. de 33 de janeiro de 1851 expcdido.não só em siiíude da facu-dade qne pela t onslituição compete ao executivo, mas lambem eon espLessa authoiisaóio do podei legislativo, que a facultou ao governo a ro nminação de pena 4 não foi pudiemio n esta pio vi nela segundo a disposição do dverato de 2S de novembro de 13-5 2 c sim unicamente na folha olfieial;comeoando a publicação a 18 do nniço c íei minando a 23 e sendo 0 ait 23 publicado noim da folha que sahiu a luz no dia 22 'Deve sei este consideiado como 0 dia da publicação paia toda a piovincia ou, paiaq e não fiquem alguns lugai es afastados da capitai em sUuaçãomais des- favoiavel convirá obseivai se a disposição geral da 01 d do liv 1 lit 2§20?Esíu é a questão que foi sugeitn à decisão do goveino Impeind em teqiimimenlo do fium importante fazendclio do município de Itapemitim E esta questão interessa vivamente a aq 11 alie municipmpoiquü muitos fazendeiios alli < 0 Uprando lei ias antei ioi mente ao lí :;g de 30 d j daneno c poi pieçosque admUüão esciipto paitieulai deivaião dejpagai logo a síza e só o íizerão mais *?idc quando poi estaiom mais pioximos da Cmte duque os íc/identes nos Ottioi iug iià di piownEa tiveião mtieia do ait 2i> do citado mg antes que fosse elle publicado na folha oílieiai da Violai ia, cm quanto qu : oulios coa- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — GO — findos nas disposições da ord da Üv t íil 2 ij 21 juígino qu r. o pagamento a podería realizar a tá a data de 3 mezesm coutas da publicação na Còtíe E fcua de duvida que. polo facio de estai o município de Itaperairim mais proví mo do Rio de lancho e das continuas reiações que tem com a cida- da da Campos, devia adi chagai a noticia do i jg de 39 de janeiro mais cedo do quaadala de sua publicação oííiaial na capital da província,mas ó esse hum facíó que não tem o cunho oíiicial —a publicação nâose roaiisou n aquidlelugar de con* formidade com a lei de 2â de janeiro dv 1749 e do decreto n" 232 de 23 de no vemhto de'184‘2 Conto quo o governo imperial dara pmmphi decisão sobre este assumpto que alias não me parece de diffieil solução Ào engenheiro em chefe Ernesto Dini/ Street caba, em vii tu le do aviso do 8 de Outubro de 183E a verificação dm tiabalhos do todos os otíRos engenheiros qua funccionSa na proí inoia o que se tem cumprido As terras m-hs ferieis são as do Rio Doce—sertões de Santa Cruz— [Nova Alaiei- da—Gaarapary—Bsn avente—-Cachoeira de ltapemiiim — itabapoana—Alegre e Veado Às do ayiaieipio da Vistoria—Espirito Santo c pai te das da Serra são de qualidade inferior, Infalizmente nem sempre os que requerem íetrenos ievüo em m!ra a fuidaeão de estabelecimentos agrícolas Muitos agmlhoados pcio dezojo de ímm iuoio mais prampío pasto qua menos duradouro, mrtregão-seeom ardor áextracção das ma- deiias, sobretudo do preciosa jacaiandà no que empregão de preferoncia jorna- Jeirosdeiaça indígena Ésta gente,dominados por Imma proves bial impr evidencia, sem a paciência do lavrador que semeia e espaia—acceitm aquslle trabalho penoso pela certeza do salsrio que dia por dia,lhes forneça a subsistência e infelizes d eilesí-muUas veze-s a mais cruel decepção vem fetí-Io*,por pio no momento em que se julgão com direito a hum pequeno pecúlio a linguagem deznploduda da couta cot rente com o es, peculado! que os emprega lhes anrmneia que se aehão em debito o assim comlem- nvios dc novo ao trabalho p-ira solvei a divida novos Sis plms rolão par- petuamente o jocljedo da sua miseiia Os lugares mais devastados a esse respeito tom sido o Rio Novo no município de Benevente Nova Almeida S Ciuz o os sertões rm foz do Rio Roce N esses iuga- ies,como que privilegiados pola natureza o íacarandà cresce altaneiro em exien- gas florestas constituindo o piincipal gjnoro ds exportação máa gtado o imposto de tõpoi %, sonde 19 p iru fazeu laprovincial e 5 ptra muaiüipd, a que se acha sujeito O governo Imperial para approveitamenlo dos excedentes teniioiíos que se' mhão junto á coionia do Rio Novo ordenou como já vosdisse que a Presidência não s endessf lotes al Rbem como nas vizinhanças de Benevente e d c Guar ap; r, qqo serião rezepvadcs paia tolones segundo o modo poique elle o deíeiminasse Consta-me que lõou 2o fhmrlias mineiras pretendem estabelecei se no ten.do- ',o que se prolonga do littoual aoabl ram mta Affrnsino e ao Rio Pu lo seguindo o tiaco da picada aberia pelo major Antonio Ví eu a Machado da Luaha como pTep-iratoria de huma estrada que communique o teniior o da provincia de Minas com o exeeüeníe porto de Guaiapaiv A doqs d esses emigrantes que me piocunrão animei no empenho de seesíabe. Ko-mrem alii-povoando o SCI tão aíó boje iuimiamcnte inculto e com o exemplo Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — tf li “ da proipeiiIn de qa 3 se m d si \ i d a. os ag u a i J a, a tti a h i mi 0 n 0 v os e mt g 1 á ti í es cujo pissença deve scs guia á província não só po;que d este modo seus magníficos feriiíoiios iião íirníificando,comaugme?itf) das rendas pulmeas.como também porque 0 exemplo do ítabalho LaUez consiga tagenei ai os coutou a: es de indivi duos de ué» indígena que n aquelie município \ivem unkamente da extiaíçfode madeiras lí Estai íST/c.t No Ibasii a estntisfiea è hum nome vão iS0 1 hs coríespande huma realidade cffieaz e cuja inHuencist sobso a maieha da adminisíiaeão engoveniodo paiz podeg^e! facilmente apreciada ficalmente soa estatística tempo? fim dar 0mveníaiio do paiz emau Io sob iodos os pontos de vista, selem pot iim a r aveia cão dos factos soei a es pot meio de termos mimei ieos, é ciaro que nenhum governo deve desdenha iac c.ntes pelo (Oíitraiio,accejíai os seos serviço; como de alto valoi 0 decidida influencia sobie a marcha dos nego cios públicos E se em todos os svsíemns do govoi no constr liieeilalium valioso auxiliai:mtiiío piiucipaí mente no sistema (epiescnínlho « Ha huma ligação íão intima eniiu 0 sysíema lepiesonlafivo e a estatística, rfiü M -Ohevaiier, que 0 mellimameaío de hum deve trazei 0 apei feiçoameatn do outro Quem diz legimem icpicsentativo diz publicidade Não pie tendo que a estatística seja toda a publicidade mas ninguém negará que cila foi meo matei ial da publicidade » E por todos sabido que o g vveroo quiz cuidar serianioms d este importante sm - viçocreandô com aulhoiisação do podei legislativo empregados cujas faneções consistido no censo 0 aiiolamenío da popu açlo e no eadasíio O decreto n° 586 de 6 dc setembro de 1850 coa” 78Sde f8 de novembro de 183t baixai 33 paia este íim Infeliz mente a nossa população não appmociou e beneficio como devia Pieceaceitos e leceios infun lados piomoveião 0 descontentamento tua alguns íugaiõs do Impeiio desoite quo 0 go ui no em '29 dcjaneiiodé 1832 teve do suspendei a execução d aquelies demites Entregue aos cuidados da policia,que sò tem para baze de suas operações as listas de famiíia, 0 censo da população realiza se diííieilmente e sem a necossaiia exaclidso Os chefes de família nunca indieão 0 n0 exacto dos seus fâmulos 011 escravos porque,a 1 ospeito dos piimeiios falia 0 leeeio do leciuiameató e dos 2 0 do imposto quer 0 que jí existe por escravos que ra/idãa nas ei lade 1 quór nau .c.s iax radores, algum cuja creação prevem e temem A estalistica teaiíoiial ou cadastro ainda mais diflieil se torna 11 hum paiz poir co conhecido onde existem vastas soJidões íeironos não exploiados e ou tios quo ainda não fono medidos e demaicados A que se iefere á justiça criminal latia igaalmcnto com gi andes obstáculos e do mesmo modo os ouh os 1 amos d este impoitaníe serviço sendo apenas aiais exaita em alguns puntos a tahoa do nascimentos e doi obiíos giaç-as ao icgisíro nos i i v; 0; d a; p > 10 oíi i as A! gu m a s ppitilfiídas como a de S Paul 1 e ulii mu monto a do Pamuá ti mulo luima icpai- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 íí .-3 espç mal e n m i i ega ] a d a censo da p ipitl açã o do ca da d i ) e dá to Io; os do- idjiis ssj riços que coasíitu im a estalisfíea;aão sei poiem se tatu conseguido vau- tájõsõ^ (emiti 1 >; Com tu h 0 vt S. Paula 0 0 :.t n eu i so d a 3 Í a fo 1 01 ae 5 i s q u a te i« m íliido o-jeitíat^aoajü desse sei viça 0 selos»! Ljügadeiio José Joaquim Machado de Olneiia nüo deixa de pi estai algum Auxilio à administração, ' íviftda ó mu;ío pahie eda província pai n qne n ella se oigauise 0 sei viço' da estatística eieamio se p?ra esse tim ímpia icpatliçãoospceial Quando mui- [0 podei ia oousignai-sô luimu gi.itiiicajão ao engenheiro par ella eon- tiutuJo pira que fizesse u.n censo exacto e alem d iss*, nos diveisos mimit - pios colhesse infonuações minuciosas e expelas a respeito do estado da indusítia, sobretudo da íígncuUipa ; 0 valoi das propriedades leuiluiiaes 0 movimento eommejcial dos diversos peito; os gasto; do pMKfuzmo as despe- üels de íianspaite, 0 giao de instrucção on1 dos habitantesque sabem,iei 0 es- t-iever,osqn3 tom eslulos sopciioi es,a telação em .que se aehãq lums e outios pata a população da pioviqcia c pata 0 11 > de escholas etc etc |g| Apeiat das exigências reiteradas do Di chefe de policia muitas author idades d-úvaiio de enviar Lhe as informações amassai ias pata eonbmei-sa 0 mmipud.o, dít p jpulação nos lt municípios Os dadj; qqi elle colheu dãon seguinte resultado; I 1VRES Escravos doIAI . ( apitai â 822 862 3,69 4 I ( aiapina 6:í4 37(1 1 Vianua 3 190 1 241 1 014 i iíagai ain 1 144 449 1 531 /Cariacua 2 451. 1,03 i 3 482 í ü Izahel 673 673 Rio Pai do 843 216 1 Ó 3 Espirito Santo 1 092 443 1,535 Sena 1 925 1,103 3 028 í inhates 990 68 96 S Nina Ai incida 1,399 575 1,971 í faunas 613 116 729 (luaiapaiv 2,906 5!2 á 41 8 ) Muqui 808 1,238 2 046 i (a\oe ra 1 420 2,141 3,561 A esíatisticaa que scprocedeo emí856paia as fs egaezías que não se a chão men p.ionadas n este qnadio dá 2l,l80 sendo 15,275 iivies e8 049 esmavos a sabei Li' nus Escravos lua ai A 491 4,345 S 843 3 612 525 4 157 1 743 1 859 3 602 1,897 364 2 251 919 569 1 488 2 386 231 2,837 Seacciescentai-mosa esíj algltisma 2 poi */„ pau 0 augment i do cada annft desde ISStíaté hojeias 1J80 pessoas qiu constituem a populaçffu de S í eopoldina findada depois d aquclladata e as 37 3 da colou ia do Rio Novo teremos 27,507 qu^ minidos aos 35,195 lmbilantes cxíífa tes ras jnre Irias e distiictos donde vienlo inturmações na con mteanno ele vão a população total da puniu da a 69 702 habitantes ltapemiiiui Benevente í idade de S Mtni Barra de S ftlatlieus Queimada Santa Cruz Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ^ &3 - Paru mim es té numéi o éstã qimni dàfieaíidade e Sem receio de és ra^j||ütgoq«è se pode addioionai-lhe 10 pói „/J pãià ò qué falia O anoia na ato a qm se piómdeü erii 18'í.i dava á provincia 3*2,720 - o de 185g io 092 o de 1861,00,702 habitantes e pois lemosqhea população quási dupliooií na espaça de 17 aunos,o que eiii pai te é de vido ao contingente da colonisa05o e ao da «riiigi aiíSo de iàwadoies de Minas e düKio de Jatieiio que se lêm miidado,eom suas famílias e escíavtrr paia òs ubeiíimos terrenos do Uapeuiiiim,Uabapoana, Guaia- pai ] e Ileneuude iviíiufiSE oaiíias cosoutúpHiCv n i Piuniséiu 0s limites de;ta pfovineia iiãô estão defiiutivímènle uarados e ao abrigo dê %o ia i cóntS3Uição Pola caria í egia de 2 > de sete < biu de 13 lí a Capitania qdô hoje a umstUüe devia tístendei se do ponto em qiíj terminava á de Pedro dé ( umpos Totiriaho at; cortlai-sc 51 leguaS e outro tanto pelo interior Pafa evi- dar duvidas e eeideadas Oyfpèdn laUrid, Vaseé Cernandes Codtinho, entendendo- s; coiii Pedro de Gtris da Silveiiu, a qiiení El-tei lí Joào 3’ doàra a CápUuiia d d É’ ualivbu ilo Sul as icmti; Io qflj se sepifassem os seis tji"íitchItis pelo rio de Santa Catliariiia oti Tapeai n y na latitude de 21 giàos onde ficava á enseada dos $aigós,s3n lo essa dehai cação uppíovada pela carta Regia d d 12 de nlafjode 1SA3; Em 27 de ríOvembio de lí-ío o Olívidoi* do Rio de íaueiho tPataiidd de demarcar a eapitània qtie primilhainétilc fôrii dê Pèdió de Güés e então tíc Diogo Corrêa,Vis- eonde de \ss8ea,assenlofl marco divisório lid logái denominado § CalTíarina.ondc encontrou humas mós c vestígios da povoação qiie aqüelle do na terio fundara é" qúe fira destruída pelo gentio Reunida á Cãióa a capitania da Pa ha hy ba do Su1 em viiindü de com pi a ao visconde de Asseca ea seo irmão Liíiz José Correia dé Si foi sujeita ã Ouvidoria do Espirito Santo no anno de 1/32jSendo na dematcaçãu judicial íísèhío o dislficlo da Ouvidoria no lugar em qiie se achava ô marco assentado em l?ài) \ssim se conservou até que a lei de 3i de agosto de 1832 annexou aqaelle impoilaníe temtorio á província do Rio de Janeiro, sem que püreiii iudi casse se devia ellc áslmid iriié aiem da demarcação appfovada pela citada caria iegia de lida mar o ia 1ÃÍ3 Poi esse lado p ms se s ò i.sofvassc a licniarcação dos tempos çoioniaés parece Eque dê ei íâ limiar ò território u esíá provincia na antiga enseada dos Paigôs hoje S Cathar na das mês ao S do liabapoanarit’ eei to que a pdavra íapemery de que se sei'e a caria regia de loíijpódc darhigai.e lealiiieotcd tém dado,a que sesup- poiiin» que a antiga Unha divisória das 2 capitanias fosse peto rio ítapemirim cn- mosuxéileo com o rir Variiliagem nasua estimada historia do Btazil Mas em vii-- jade dos a tos judiciaijWifjà icforidos julga se qdeo verdadeiro limite é a enseada de S fatharina dos Pafgusao Sulo ítabopoanae que portanto pela demarcação toloaia! o téri ihr o do Espirito Séiitó i;íi áiéni d Uqaélie rio Essa demarcação po‘ ! em cedeu ao íacto consumado e a provincia do Rio dé lanciro acha-se de posse da maigem do S db liabapoímappiecoi tendo em direccão qi asi ínvafía el le O Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 6h ~ pata L divisa iibiuial euíi(? as duas piuvinuas e na suas nascente sefi a denoannWão do Rio Prelo, descendo qm d que em linha N, S sepeu também nalinalroenío o Ésp ritò Santo de Minas Geiaes Gontra o faoto dé sé dividit esta piórinoia da do Rio de Janoiio pelo ítabapoana jàpróièsíoá na Assembléa Geial Legislativa o Si deputado Antonio Pmeiia Pinto em sessão de 30 :ie junho de 18(30 Nada poiem íói decidido a tal lespeilo Se a;n referencia ao S paia que a divisa seja pelo líabapoana se invoca o titulo da naturalidade o mesmo não saacaiia quanto ao N onde o tenilorio dá pi ü- viiisia nem áo menos se estende até o Mm m v qpo pela mesma lasão a devia sapata i da Bahia Pela carta i agia de doação a Vas; o Fernandes í o atual; o com tacava o lonitorio da Capitania do Espirito Santo onde findasse a do Poito Següio doada a Pedio de Campos Touiinho Eia esse ponto dírisoiio o Rio Mucuiy Mais taide, porem,as aulhoiidades da Bahia esíeodetãoa sua jur;sdicção ao Eeni- Eoiio do Espirito Sardo de íal sorte qua, eni 1817, a própria villa de S Maíliens estava sujeito a alçada do Ouvidor de Porto Seguro n aqurila Provincia sem que sc soubesse dé ordem Régia ou do Governa lor da Bahia que assim o determinasse o que consta de documentos ofíkíaes e da Memória estatística da pi oviucia do Espirito Santo orgaaisadaóni 3817 pelo governador Fram isco Al- beito Rubiai e me foi patticulaímonte ooníiimado porjxm digno eidad o a quem cm parte coube a honra de colher mateiiaes paia aqneíla memória Por aocasião da independência do Impciio i.maio a villa do S Malbeos os sêos votos ásotitias do Espirito Santo adlieiindo ao governo da junta piovisoim d esta província em 22 Je janeiio do 1823 pm a cto autheiiEko e soierane Como poi em o conselho da { aehoelia consideiaudo aquclla villa parto da ps a vinda d A Bahia pretendesse queolla paia aii mandasse seos deputados repieseutou o governo do Espirito Santo ao de S M o ímpetadoi a quem apprmne decidir, poi aviso de 1.0 de abiil do 1823 que a dita villa ílc ;sse sujeita asaulhoridades da pro vim ia mais próxima até que a assambria goia! legislativa determinasse os limites das pioviíioias do Império O conselho do govei ao u esta província em sessão de V2 de abril de 1828 dividindo o território d cila em 2 cornaicas marcou com o limite N paia doa S.Ma- theos o riacho Dose ao K do rio desse nome e por conseguinte deixou a divisa EaSuial e primitiva do Mueuiy A assorabléa geral legislativa por decretei de Ü da agosto de 1831 erigindo em paiochía a Capeila filiai da Bana dcS Malbeos deo-lbe como limites ao N e poi tanto com a Bahia as ISaunas que íkso fi léguas á quem d > giamíe rio divisa natuial das 2 pioviocias Poi lei da asseaibica legislativa pi ovineial n0 h d.e íi de julho de ÍS61 foi mat cado para limite septautrional da nova fu guszia da í í a íi ;i as, < lesar; nevada da Síai i deS Máíbeos, o rio Mu uiy, não mei acendo esta lei nénhsun icpaiu do Coii3clh0 do estado á cuja apreciação foi sujeita Yò-se pois que a divisa com a Bahia nem ao menos é incontestável mento a natuial pelo Mu; my, pois que o acto da assembléia legislativa piovinerii acima indicado não póda pisyateeei em questões de divisas do pioiiíiciãs.- ' ' A linha divisória com a província do Minas não á de fa to mais coita e incon tovíavcl Segundo o titulo da doação a Vas m Fmaanljs (mu li uh a devia tu a fapHania, eo no jã foi liío a evdonsâo deoD legais em quadio o ijao se vá muito Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 65 — Mpréssamente na cai la de i 51 v «as qiués SO léguas se estenderão e sórãò 'de laigo ao longo da costa e entrai Oó na mesma larguia pelo sertão e terra firme a dentio tanto quanto piilerem entrar efor de minha conquista » ^ Se esta disposição pievâlécessn, 0 téiritono do Espirito Santo estender se-fiià até proximo de Itabira é Ouro Preto Revogoii-a porem ã de oiitrá carta begia* a de* dódesernbtode lS16que approvou óauto de démarcâção déB de, óutubio de 1833, lavradó eiú virtúledê convenção entre os góvernadoiés dás duas Capitanias Reinai do Josó de Loiena;S3 AnionioJ 1*1 rés da Silva Podtes Em virtude d^essa convenção á linha divisória devia começar no éspigãb dá Seira qüscòíie entre 0 iló Guandue 0 Manhaòssú,è prolongarão paia oSipeHen- ceado aguás vertentes p trao Gtíandú à Pi ovincia dó Espirito Santó; Na parte sep- tênlrionàS do Rio Doce a divisa se estendería da ser 1 a de Sóusa em ílriha N Sé Não se leiidó em tempo nenliü 11 prolongado à linha divisoiia a paitii d’aqüBlies pónios, íazèrtdo^se timá dómareaçso regulai e téstemnhada pòr marcos oü pór montanhas rios, ou outro qiialqàeiaccidende de tefienoqiie constitua divisa nátüi ral, sueitao-se qüestOes entre as aülhofidades das § províncias, mormente no lagai denominado Yeâdó do mdnicipio de Itapemii im Onde jà existem importamos fazendeiios e são esperados mtiHos oiitros, graças á úbordádèdo soio;0cfertò e incontestável é que , em virtude do auto de demaicaçãb de iSÓO, qüandõ sa ábrioa estiada deS Pedro dhAíean tara,importante via de communicáçBo entre as 2 pia dncias foi em 1816 estabelecido um Quartel no lugar denominado Principet iinoandó-se álii üm maico divísóiio com í 0 ponto em qúe passáv3 a linha conven- tionadá n aquelleãuto O engenheiro Ernesto Diniz Stieet em janeiio do côf- lente artno, diiigindo se d esta provinciaáde Minas Geraes* commissíonado pelo meo antecessor 0 Èxnii Si Sousa Carvalho* p;irj estudar a questão de vias de fennmunicação enlie as 2 piovincias* alí encónliou 0 íftarjoá que que me refiro achando^se nochãóa íaboa indiçadosà onde s: lião ás palavras — Província do Espirito Santo—0 sendo por essá oêcasíão de novo afíixadanò marco E tanto égeialmente aeceito 0 Quartel do Piincipe com um dos poiitós por onde deve passar a linha divisória convencionada no auto de í8Ò J que 0 coròiiol Igna, cio Duaite Carneiio, a qtiem ú governador Alheito Rubimenca: regou da ábepdhra da estrada de S Pedro dOUcanfara,assim 0 dceirara temit nau temente ém varias peças offlciaes expedidas em annos differontes e esse cidadão era por som duvida multo habilitado eoseo júi*o digno de accáitár-se, pois qd 3 oni coiilactó com 0 governo de Minas durante a lóalisüção daemptóza.óniqiia arjiiella proviiiciá collabo- rája com a do Espliifo Santo, teiia dccasiao de sabei sê hávia reelámáçóes ou se eia duvidosoqUc a linha divismia passasse pói aqiiellê ponto Em oílici0 de 6 do fíjvóioiro de 1 B2(> esse inêánsavêl cidádão mtíi expressa mente infoim iva áo eommándanto dás Armas da proviiiciá do Espirito Santo (pie 0 Quãitel dj Pr.ncipe era urn dos pontos diviso rio* das 2 províncias De oütias peças oTi úaes sê và igual reconhecimento Cassíni (pie 1829 0 governador do Espírito S»nto Baltlnsai de Soiisa Botelho de Vascórisei 1 os requeria a El-rei providencias parn fi aldeani into dos iiidiós Pm y s pinto ao men- cioind) quartel e lecebia resposta favóiavêl óni 9 de ou ubn do mesmo sano naturdmínle porjiió qtic aqmlle ponto ed iva na j irisdhçio dognvcrnòda * do Esp' rito Sant) e por larito não pei tencia ã pi ov im. ia de Minas Genes 9 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 66 — EibÜA de agosto de 1838 o cidadão Antohio jojá de Souza Guimarães encarregado Ue trabalhos «a estrada de S Pedi o d Alcaatara escrevendo ao coronel J F À A Monjatdim presidente d esta provincia deobauwa que ia fazer plantações para bn o atdeamen to janto ao quar lei do Príncipe que a ella pertencia Igml af- íirmação vê se de um ofírcio do coroneí ígnacio Duarte Canieito dfiigídííjem ^ do janeiro de 1838 Uó presidente Gabriel Gótüfio Monteiro de Mendonça Em abril de 1845 o Si Baião de Itaperiinimmíaclande ao Sr Ministro do Im poaio ;a respeito de uma viagem que íizúia pala estrada de S Pedi o d Aeaníarã aos confins desta província paia fundai o aldoamento Affjnsino designou íguaimeníe o quartel do Príncipe coáioum dos pontos divisórios com a província de: Minas Geraés Ora, se, na conformidade do auto da demarcação e carta regia qiie o approvoò piolongar-sea Unha divisória em direcção invariável A' S iiá ella, em vir tnJe da uonfiguração do temlorio d esta provincia, passar não longe da Cachoeira no município de ítapemiiUa piejirdicande-a assim consideravelmente Sc porem pra^ longai-se acompanhando as serras,de sorte que pertença a esta provincia as aguag vertentes paia L , ou se, tonsiderando-se o quartel do Príncipe como hum dos pontos divisórios extende-la thilü em direcção N S.passarà pelo iio Preto braço principal do Itabapoana, que assim constituíià divisa natural, pertencendo ao Espirito Santo o lerritoi io do Veado e o do S Pedro de Rates a que a provincia de Mihas s'e jírlga igtrilmente com direito Argumentando talvez por este modo, e fundando-se na crença gmaha assembléa legislativa desta pi ovincia, quando, em 23 de julho de 1858, creon a freguezia dè Alegre deU-llie ü Rio Preto por divisa como território de Minas A assemblea pro. vincial de Mi u as porem julgando se com igual diieito creou, em 1860 umdistricto de Paz em S Pedi o de Raios e por conseguinte dentro d aquelht freguezia Por este motivo e par a que se lei minassem os condidos de júrisdicçio que alH se tiavavSo dirigiu a psscaibléa d esta provincia no atioò passado num repr esen- taçao ao Governo Imparial pedindo esclarecimentos a uespeito da verdadeira linha divisória Em resposta foi declai ado, peto aviso do Ministério dò Império de í.3 de novembro do mesmo anno, que ao governouada constava de positivo sobre este assumpto, colligindo-se porem das expressões do citado àvisó que se devia respeitar o que dispunha a caila regia de doação da capitania a Vasto Fernandes Cou linho a qual dá 50 léguas ao Espírito Santo abrangendo portanto um território lão extenso quo segundo jà vos fiz notai iria ate pio^ ximo de Ciuro Pieío Bechi-anjo-scevados pelas ariloi idades Minei ias o espocialmente pelo sfrbde- legãdíj dodistricto de lombos no f a rangida, que pieleodiSo chamal-osá sáajuris- dicç-mjmais dó õülavi adores do Veado e S Pedro de Rates me iepiesentaião pedindo ameaçáo do um districto policia! n aqusilss lugares ao rpm ruimii sob informado do 0r LÍrefe de policia, em lata de 28 de norembio do anno p p nomeando para o cargo de sub Islogado o eosu eiUiádo fazondeiio commen ladar iòsé de Aguiar Valim Este aeto porem n5o eonsegüio obstar às invasões dasâUthos idades de Minai peío que tive de pedir providencias ao Exm Rr presidente d aque-lri pros tnera em quanto o governo Impei ial,a quem v ou submeüer o negocio, não fixa pum- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 67 — spiiaménte os limites das 2 províncias cosmo fez paio doer do a° 232 da de maio de 18.43 a lespeito da? de Minas e Rio de Janeiro Nascem essas questões pnncipahnente de faS1a.de exploiaçao epoi mu seguinte conhecimento da verdadeira ditecçãodas. montanhas que se ptolcngâo entieo rio, Guandú e o Maiihanssú As catia3 topogiaphieas d esta ptoviuoia de que tenho conhecimento nso satisfazem completam ente n esse assim çonm em ouhos pontos BeiÈas as mais eonheeidas s;lo;l,J a do 4 igeonde de Yilieis de ! We Adam publicada no Rio de Janeiio em 18S0,pela casa Garni(ír;2* a oiganisada em 1834. segundo os trabalhos dcFieyeioei M-ai tius e Spix e Silva Pontes pçfo engenheho Pedi o Toiquato Xa.víei de Biito 3J a do Io tenente de fèlgenheiros João foxé Sepatveda, e Vasconeellos em í836 Bfaís exacla-do que es aníeiiorvs faltão comtudo u es Ia coita muitas indicações,, algumas explicadas por deficiência de expio i ações epm desconhecimento de gr^nr de patLe do tei riíoiio da pnmneia, outras poiem talvez porque o autor não ie-, cebesse informações fidedignas,convindo notas se que oaicbivo da Secrelatia do governo é muito pobre de mappas ou cartas parciaès, sobre que se possa iiazear uma caita çorographiea da piovineia Em piincipioi do anuo passaduoengenheiro Eugênio de laMartinieieorga- njsou por oídetn do Exm . Si A A Sourn Carvalho uma caita que mandei iitto- gsafar Não é um trabalho perfeito está mesmo muito longe disso, pois segundo já vos disse e bem o sabeis, kl vez qoe -não. $ejão conhecidos os dous terços do ler- litoiio da província,a verdadeira direcção de suas costas e de íodcts os riose monr tanlias Comtudo, a nova caita seavaiitaja em m macios idade e exaçtulSo asante- iiores, griças as exploiaçõese estudos qti® se tem feito ultima mente e as que s medição das tenas devolutis c a legitimação de posses vão piomovendoi. . A esse sei viça c a oíflaencia do emigração dfivéiá a província do Espiiifç Santo um tiwbalho muito mais completo do que aquelle que bieveipepíe terei a bom i de offerecei a vossa apreciação Posso asse ver.ii-vos que não mc tenho descuidado de reco muniu dai aos snge- nheiios encarregados das medições de teuenos devolutos toda o atteução e o»id«d ^ psiu que,do estudo [mudai dos diveisos iugaj js onde fumeionão resulte o cunhe cimento exacto do lenitoi ip da pro\ inoia e poi conseguinte se tome possível a oi- ganiaaetso de Imma boa caiía toi ogi aíica RIOS OA PROVÍNCIA Os lios de maios curso da Pioiinsia são Doce, São Matlieos Piiaqueâssn —ReisMagos—Santa MaiIa, Jucú otiJecú, Renevente, Uapemiiime Itabapoana e todos eíies navegareis seguida monte,em maioi ou menoi extensão, % Rjf>; Doca, Cl Rio Doce, o suais notável da proviuçia, qu u sob o ponto de vista Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — m. — da extensão, quer da profundidade., é formado por diversos rios e riachos, sendo oi priíicipBes—o Chopotó.aRibeiráo do Carmo,e oPirangagiaseidos das serranias, do Oura. Preto, Depois de atravessar longa extensão, duterritorio.de Minas,recebendo numerosos afluentes 11’umae n outra margem,como sejão0Malipó.o Sacra; manto. Grande.e 0 Pequeno, 0 Piracicaba,Santo. Antonio,Correntes, Sassujn Peque- po.Trahiras, Sassuajâ Grande, Cuyethã, João Pinto,Ilaciaca, Alvarenga e Manhu assú, entra no terrltorio d,'esta provincia, onde se ibe reunem, na margem meri- di.onaUs aguas do Guandú,. Santa Mnng e Santa, Marta e na septentrio 11a 1 as dus ribeirões Muluns e Panças, alem dos esgotado uras de varias lagdas como—as de Juparans e JiiparanS-merimíHanea-se finalmente no Oceano a tOgráos e. 33 m. de-latituie sul, depois de um. curso, de. mais de tSOdeguas em que corta. n’esta provincia terrenos de admiravel fertilidade. Suas aguas presipüão-socom tanta violência que, muitas vozes,durante a exten - são de legua e meia vençenv a força do Oceano.e apparecem distinetas pela eôr. Este rio interessa não somente ao Espirito Santo com ) também, a província de Minas e apresenta-se naturalmente como a melhor via d 0 com muni caça 0,0 n t re as duas províncias,promeítcndo no porvir as maiores vanjagens quer aos lavradores Mineiros,que residem nas.visiqhanças do,Espirito Santo, qupr aos d*esta provincia, que aproveitarem os magníficos terrenos do vale por onde correm suaj aguas* De longa data é ellefallado e tido em,conta de alto dom da Providencia e tem- se tentada appro veitai-o como estrada franca que a nalujeza offcrecea i lavoura, e.ao commereia das duas províncias, porem até hoje as esperanças se, malogra rã o e a questão, da, navegação d’esto rio é unia das muitas que cabe áo futuro resolver é que se resolverá pelo augmento de população do pai/- Os primeiros que conhecerão 0 Rio Doço forão Sebastião Fernandes Tourinho e Antonio Dias Adorno que temerárias sp haviâo intornado pelos sertões env, 1573. procura n d o mi nas de 0 ur 0. . D’esta expedição porem nada resultou, bem como da que foi dirigida pelo Pau; lista Antonio Rodrigues Arzão no anuo de 10o3, * Só dous séculos depois da expedição de Tourinho e Adorno procedeo-se a.serias. explorações e coube essa imporiante tarefa- ao governador Antonio Pires da SÜ- vá Pontes a seo sqbrindo Antonio. Rodrigues PereiraTaborda, tendo, pouooantes 0 governador de Minas,D, Rodrigo José de Meneses, tentado nrw sem fortuna a, mesma emprqza. Feita a exploração em 1800 0 governador Pontes levantona planta do rio 0 do- seos afluentes e creou um destacamento.no lugar denominado Porto.de Souza para, obstar as surprezas dos sei vagens, contra os viandaníes. A attenção do governo central dirigío-se para este ponto, e sendo Ministro, 0 conde,.da. Linhares mandou fundará margem,, da,rio,na distancia de Sdeguas da íòz, a povoação, hoje viila. a que se dêo 0 seo nome, e cuidou seriampnte na navegação para Minas, seudo concedidos pela carta Regia, de-13 de maio de t;S08; isempções e- privilégios parado voa ç,m dos sertões e navegaçãa d’aquelle rio.c autorisando-se em carta, regia de 9 de outubro de 1809 o governador 1 ovar, a fazer novas explorações, 0. que ellc executou, dando conta de sua conimissae n’um ofRcio que a Instituto Historicoe Gçographico Brasileiro publicou no toma d^ dá sua Revista, Em 13 dç dezembro de 1319 a Real Junta do Commemo ap- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 69 — provou os estatutos de uma companhia que se propunhaa tentar o cultivo das mar gens do Rio Doce e a navegação »tè Min is.Geraes sendo-lhe concedidos novos ia_ yarespt 111 arreto de6.de maio.de 18,25. _ A assemblèa geral legislativaem 23 da outubro de 1832 íiutorisou o governa a promoveras cmptezas — 6 Santo Agostinho ria ho oavegavel por pequenas canoas Tonna se dajnnc- Íçríò de áivtusós libeimè e aguas que descem dyprta sohresahindo o Formais feoBoiba Coir; por eiiíra [oncmr; palú losos e vem leiinir sé ad Masinhò a s/i légua dá aíluencia d este 11b hnú Alem d estes rios devo mem ionai no múnicipió da Yidoiia: o dé Caiiacha qas basee no logai denominado Minauma Tem um curso de 2 iegüas e meia e presta- sí a navegação pdr m.úe io canias dli.anb a evte isão de pouco mais do huraa le- güa onde cessa a infiacncia dasmans:3 O Máticáf t ffiio corre em direcção N S e comí o de í ariaeioa nasce do mon- bMuíauáta Meia kigu.i a n bs da sua 1'óz depois de tet tocebido as agiiis do ri- bsiião B upuva toma o mi-rm de Mosundu e pfesía-se á navsgdçàd por pequenas cánôas 0 Maiíahó, riacho que os jesuítas cdmmuiiicarão cóní n lúcti por meio de um cmii, dã navegação a cáiiôase vembuiçai-so nã baliia dá Vidoiia no lugar de Wóráuiadb—Porto Velho—quasi emfienie ã cidade Dei iva sédehi.ejoMas íagóas de Cacaioea o do psqú mas em rentes que descem dos monos de 5 Agostinho e teeehe aságiias dó Itaquai $ que na continência toma o m>me de Mü úiye é navegável poi meio de canfias de poüe mui diminuto Íuíiu . 1 conhecido anii jumenta pelos nonas de lem e Jeju fm m se da doeis r os sob ás denominações de Bmço do M edos , imlícandno! numes a situação geogta- fica em que se aohão Ambos nascem da raniHicaçfio dá Seira geral ijfái seoslenle no l irrito; io dá aldoa ná U> AíTinshi i. e corre a d o por seriões qiiasi inhirameníe des;onbocidbs \em juntas ~se a 1 ou S loguas do mar Não sc pi estão ;i nauípcão por ceu a da guiado quantidade de pedras qu; existem em seos leitos O Ju m, apozar dc mais largo c piofundo do qua os braços qua o fóimão tõobom não é navegavcl senão em peqn mas extensõess correndo sinuoso vai lançar se no Oceano a 2 léguas a meia da bahia ;!a diato;ia E’ tal o fiagoi qu; pi oduz a á; sebenlação do nín de enconh o as aguas volumosas do i io íjiic, muitas ;e/ss no silencio da noiio.se faz o ivií disfiuçt hiíodíc na Cidade da Vicio; ui. V liaria clu Incú só ;lá entrada n cánôas soo lo qti isi ioda obstrui d a por õ na coida de io brados junto à niaigem S Os losu ias poi meio de lirn canaLcom nuinicaião este rio com o riacho ¥ánníio ui]a fór ; quis; em ;V;n;e da Viotoría tio soiío qu ;■ as caudas podem vii poi a! li até a capital eníi ando nu canal a 80) braças dá barra do !u ú Na -u i fòzo ri o se espia ia tendo mais de 6í) 3 palmos de íargdui Divo; sus rios drihüiios aíluein para dma e ouiia de suas niaigciis iaes são os jacafandà, í aiiooa e 1’eíve Veide que todos não se pr istão a navegação No nrri licipio d’> Espirito‘sáulo, onde se aco i a fóz du íir-u eüste ti peqdeno fio da t os La queconendo por euíic cnmpinus a!agad.io@s litos servç do exgota- douro vindo lançar-so no mar enlie o; níuno da Peniia o^Mdicno E u n riádio que em sua maioi laiguiu não apresenta mais de -í a õbneas Nas occasiões d s ç ovas em qu’ ronebe as agua? dos p;ui.;s vidnaa.-T toó ou s-e piufunlo o i na cees shei t H Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 —■ 7& - íiBÀmpÁay Esle rio merece ser indicado eatia 05 mais importante 3 da Provincia aiia por sen cmso pois quo é pomo extenso mas pela pr af ndidade quitam e a exeellents bârra que forma Nasce da íeuníao de diversas liacbos qiie descem das ramificações da Serra Geral ahi conhecidas pelos nomes de Gúürapaiy Engenho Velho, eBatatal Os braços cjueo foimSo são 0 Engenho Velho e Fazenda, sendo aquelle engrossado pslâs aguas dó Jaboly A. meia legoa da foz to i na-se cais doloso apresentando profundidade de 30 a àO palmos D ahi para cima a navegação só ísm lugar por meio- tís csriôas no-braço principal do iío, 0 Fazenda, até 0 sitio denominado Gloria que fica a 2 léguas da foz " A barra, rtá ponta saliente da cosia denominada Gnarapary-, ap escuta de âõ g 28 palmos de profundidade, No município existem mais os rios Perocão, Una e Miahipe 0 primeiro i ifiaa leguj da barra de Guifapary desce das ramificações da serra geral e lança- se no mar depois de um curso de pouco mais de 2 léguas, E navegavel sómente na estens&o de meia légua OUaa e 0 MiaÜipe lanção se igualmente no már e não s3o navegáveis senSd na oceasião dâs enchentes, 0 í 0 por estar qüasi todo obsísaidcj e 0 2.fl pelo ín ssgíiificante volume de suas aguas tk?\Et 13i f í" Este iio nasce da Se*i fa Geral e pedi cgdsó até 0 lugar denomínadflf Qa Ginga, d ahi paia baixo touia se navegavel por meio de canoas na extensão ds f leguas . . . . . À sua foz è muito proxiriio da viíla Ahi Uma fiieiia de recifes qsasi qsíe o obstruam deixando apenas u.m estieito cana! paia enhada dos navios A barra apresenta de oidinaiia fí a 8 palmos de ptofundidade e 11 nas grandes maiás, 0 an coradonra é e;n Gente á \illa 0 Finou nasce da Serra geral s desagua noocêdivo 2 léguas ao S de Benevcn- te e V as N de ítapemi; im oírereccíido navegação a eanlas até cjaasi duas léguas da foz no Iogas donouiiiiado Bo-niiia A sua pi n fm d idade na barra ê teimo medio do d a (j pilrins, penem eni ftente á íoz existem 3 ilhas que foimf0 uma ensels ía s ancoiadouio sogtfio eahi igodo exeepto crfatr» 0 S violento Oà rioi Nov i 0 0 ftspó.ima e [onniu que são coníluentos ve n engrossar as aguas do viu ma aquelle ao S e os tíiiinnM ao N O Bío Novo n ivegavel s Poente por piqimnisranòns c cm pequena extensão temr no ponto eur qus é ah avessa m pari seguit sn da coioaia pai a a Gichoeii 1 níais de IS1) braças fíe largura O líapoanm todo psdiegoso cone nnt iin tenenn fértilIssimn s cheis? d 3 maltas me da riu na No renho do munvdipío eu- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 ‘'íêoí: u r iültfi .íüi3b:t q ífl pou o psoíaqdt e eom p .j:i ‘V;. cacho ai s üü vai doaaginr «tf Boiorentè 3 ao N a pequeno Parstv que é itKiavegavel O Benevente tem diveises ou tios afluentes em sertões pouco roaliecidos taes são os Salina, Quatingm Batatal, Aiaquaia Eoiimiiba.Pongn Bicoaii e Jaeuba ÍTAPIiMUIIM Este r o foirajj—ae de diveisosbraços t^ue nascem ds Sena geral —Recebe as aguas do ribohão Lastello e augmpntando de volume coi i e em dii eeção quasi O t ué lançai-se no Oceano 7 léguas ao N dollabapoami Desde a fóz até o lugar denominado Cachoeira, na extensão de 7 léguas ptosla-se a: navegação de canóas, & a de lanchas na extensão de 1/3 légua ponto onde se acha a viüa de Hapsiiiatim No kgai denominado í achoeira começa orna seiie de pe- 4ras e cachoeiras q»e obstrmm ? navegação, excepto em pequenas extensões A isiguia do rio varia de 30 a » linha divisória entre esta província e a do Riode Janeito emqnanio aAssembléa Geral não decide a^reela- rnaçôe-s do Espirito Santo em lefeieaeia ao teiiiloiioqui se exíenleaté Santa Ca.- thaiinadasMos.estâ o ;ie Itabapmma Nasce na Sei; a do Pico com a denominação de rio Pi et», couo quasi em direcção N S tecebendo as agum de alguns riachos entre os qn ms sobiesahe o S João segue aa, depois 0 L e vai lançar se no Oceano F navegável poi meio de canoas na extensão: de 8 léguas, até o lugar denqno^ado Ume-ira onde comoção as cachoeitas Sua lar guia vai ia entre 25-A 30 btaças mas espraiasse na fóz lendo ahi pelo menos 103 Se eonsideiat mos que a divisa natural da Pi ovincia ao N é o rio Mtieti y-, deve- lemos ieuni! este fio aos inaioies de que se f mu tufa do ü Mu.;siijr nasce da seira denominada das Esrasialdas e segue em diteeção quisiL Recebe a.oN as agu*s dos lios Puto e (W Amazonas ePampam e ao S varias coi i entes entre as quaesse devem notai o Todos os Santos e o Ui uçu e de- sagua no Oceano a 18 gi 0 latitude S E ti aiu;a mente navegavel na oxteiia são de t j iogms D ahi pai a elm i até a ca diocii a d i S Ciai a a H 12 legujs da tpsr co ita lio-saem. lis hi t s :la e 2-i 1/J cenas \o tas a n negação ê imtmibnpida pj: mu t)) biixios Ale a [ s S (dani as ca dl > > i í a ^ a impele n completa mente Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 7ti — Oh. 'AS itííBLJCAS. Nio é dado a humn ps miioia, cujos rendimento; \ariao entra iâ) e t35contos d-3 P3ls e etfja daipezaeom as diveisa; ílep uíiçíris publicas, insírucçSQ pii- snria a soaun daria,ím a policiai jsu.ppniineneos á Santa úasa da Misermoi dia itn— pressco das actos oíiiúass, e oúlios misíoios indispensáveis, orca ém 100 a 103 con:o3, euiprchender obras qux exijão aotríado; copiíaxs som que suas finanças fiquem seriameate eampioni! üldas, como já o eslheião em tempo não 1 enxoto E preciso qn3 a administração, tenha olhas attoalo e qu s smie o emprego dos di aluiras, para qru hu a ílofiis sa pm-o pau.u não venha aliciar a situa?5 ó que ao iuô! os é tegular, smrio osperançoia N ssla província o; rendimentos atigmeníão, mas o crescimento á tão peqaana,. que não 33 pido com segurança saccai Io tiras sobre oseo futuro mais proximo, NàferiUidídi de seos íeirenos, e na posse de excedentes portos, e de dum clima geralmente sdubüí tem el)a podei osos elementos de prosperidade s segui os motivos para a eipoiança; ma; dxtjue servem toda; essas vantagens, de que servem 3 terra, a facilidade de exportação os i jos mvagavsis e 0 clima, se falta quem aproveite es es ilcos dons da rubi; aza; se a tem em grande parte ai tida. está eo~ hsría de florestas, e as portos não ouvem 0 rumor do c-cmmerclo. do comuíercio, que enriquece e çivilisa * E’verdade que dos cofres geraes, no corrente cs reicio forao po.stoa ■iS>;&03§i á disposição, do presidenta com destino a; obras gei.ass, e auxilio as provincia^ a! em d esse auxilio, póda-se contai com 0 muito que se d cs parida pola verba co loniaa.-üJ j aia abeijui a dc esiurlas c outros molboraixunbis das eolonia* Mas estas obra3, embou uíeis poiqiu tendem a facilitai « colopisaçãosa piomovei o progiesso d’aque!lss estabelecimentos não p iJenx saü fazer às puncipaes necessidades da piaviasia sqbietudo ao qqo respeita á caminhos,pois que iniete-ssão a pe - queixas lo mlida-ies, e só de imna modo mais remoto a todo otenitor 0 piovinciai Quanto à qonsignação dos 13:030^ t; é tão diminuta paia hunaa piovincia, oa de ha U ato que fazer em matéria de estradas, pontes, eanaes que oonstitus Iuí a auxilio pouco prolicuo E n&o á a falta dá nuuieurio 0 único obstáculo que & administração eneoníia A deffimeaeia de professionaes a de opinar,os epm conseguinte 0 elevado saia- rio dos que appárecem, a ati/eauia completa do espirito da empicza, a difflcuídi- de detianspoi ts de matei iaes em eerios lugares remo tostão embaraços com que Se deve contar e conti a as quies é a ludii düílciüma e às vezes de exitip dosf - \oravol para a administração O Americano do N vè lui na extensa planície desos ta e incuita, mas onde a teç ra prometí; rixas m esse 3. Sm 1 asolu cão eslà tomada; em pomo tempo., hum a estrada de feno corta esta planície, e faz que ao silencio pesado do ci mo suscedão os cânticos da ciriUsação Às riqtusas do solo nso apodrecem. a)i desconhecidas aem a tmra otímace debaldo 0 seu seio iocundo ; ombro ve no lecanto do território, pouco antes dczeiío. aivejfão as casas e os paiaoios dc opulenta cidade Haverá talvez alguma exageiação n estas palmas mas nem por isso seiã menos certo que n aqueile paiz hoje dílaeeiada pela gu ;rt j civil 0 espuãto dc empre sa, herança da metrópoles, op re müagíes e quasi desumheça 0. impnssivel Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 -77- Muita bngmestamoá d eisa vida agitada dos ia aethidada pioveibial d essn íüi jacia inmivel que ia/ do povo N a ma d ca no hu tu t iça d3 filaíis Demais ° que fazer quando não In [nacos? Sobiãi >hb:l 1: tmün e bk vonkla 1 faitâo us 0'jietio ; qu i aquille pti/ ieni á ^mía ilj emgim,So Europa», so- pr o tu Io a da I rjg|;i Í8! t a, Eseosih íilan Ia e Âllomaoha N aíta província nind i mi; do que u;i do tUo deJaaeiim c na to 3 Pmlo que cunhe ío de perto; «mais dj que ao oaU ^ quo eo;fmç) pai testemunhos e utfer- roaçSoã íida-digaas, o esniíite de empuva é lm n de/ejo vão, kuma espeiaiiç», Suando mu to, que só se bs ian lenlitiale se se t eiin iii a ehnação publica B aiú íosiilía que as ornas pi quitadas muita; vazas não encontrão prompU realização e essa masnm só so di pelo t’a\oi da coiamissõísgratuitas e que por janto não estão sujeitas a tão ligorosis exigências da paitc da administração Como já ílvo oa-iisião do paulerar uu a mo passado, os oouíraebs e aiiuma Uçks para obí se o vabí d!estas oscodo de pequena quantia Of a,üão adili ioios a obiigaçoss suser^fes a multas como são 03 airamatantes á's çora-tiiasòes de ekadrmsquegtaluitanicnte se ene u 1 egfio dis obius iteit sempre fazem exibrços repetidos e aeceleiòoo! trabalhosa medida dos dosejos da administração, Dsniai j, as í q 1 signações coia que a pr nlncia copeorre p ira cnU obra sS e nai gerai tão pequenas, que p n alisão a boi iontade d >s oaiamissaes De lado issó resulta qua as obras publicas toinão-se aqui muitasvo/es meiozas e que fre quentemenic deixão de teesboi a diiecção mlelligonte de pcofissionaes; faetos que podem ser percebidos poi iiuma rapida impín-eâo. Oek.\s Gbíiáíís Às estradas de 3 Pedia d Aíezntaia e de Santa Tlieieza, cujo ki sjjfriuo vas ré- feii ao anao passado aehão-sce:a grande parte intsauzUaveis E rniuha opinião que a ultima não pode na aotíiMidade [hoJíuís gr aniles vantagens já por,7110 át- írayessa lugares pouco habitados e extensas solidões, jà psique os psníes da província de Minas, onde vai teu não possuam população numaiosa i/ua da !íi- gat a ha nziío frequente e otiansporte degmimos A de São Padi ■:) de Aleaníai a, que dá fácil tiansito até hum lugar proxirao ao oenho da coIonia do Santa Izabel, póde ainda sei uSil e 0 ó, bom que longo das espsia.nças com que foi abe; Ia Algíiashabitanlcs do Rio Pardo os do Udeáinca IP A ÍTon si u0 c dos pn0tos mais pi aximos de Minas &nc0uts ã0 neiIa caminho pa 1 a esta capital Is esse seatidu, c mesmo com 0 pensamento de se irem povoando os settües poi onde passa convim quo esta csiiada tosse- mslhoiada, para 0 que pielendo mandar pioccdéi ás noeossarias sxplmoçjos, Não nos illudainos, porem contando com 0 sou lio dourado da lapida chegada do çommiMeio raiaeir-om essa ku na das muita questões que só 0 tempo podei á iesoher em beneficio da provincia, pela povoação dos vas ter seriries do Mannaussú é Ma- fi póo \ egtr sda da Santa Theio/a é presen temeu 1/ ti and lavei so:nea!e ale 0 lio Crq Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 7$ — Msá, ã 7 léguas da villa da Sono, e iíd esta capital D aqueiia ilo pau a Nati vidade onie fiai í o torrilmio \ < Í3apir*Eo Sinta o coneça o da M rns, ín a ex- ísoriáo de rn.ais de 33 léguas de seilões em que apenai vaga do ve? eaiquindo aí ga na tnbu d s i% ; nanín E ao on|g(pt:iiil-o» üninifb gm d nonata oi toneno? desses seilões como feitilissiipos A consiraeeãQ da ponte do Fmíbohy obia decietada paia assernbláa nò anno passado, ode que está eocanegado Manoel Ignae-in das Chagas é hum passo qiu se deu( no intuito de ii promovendo a povoaçio *! aqualies íai lenos e por conse- gu nte o,melhoiamentoeaproveitamento de hum a obi i era qu,í a fazenda gerai gastou mais de 35 contos de isis Nomeando a 3 de abiil deste a mio Joaquim Iho naz de Almeida f almon para o lugar dedíreotüi do estabelecimento do Guinda e encarregado do alJehmeni» dos indígenas que vagão por aili, i eco mm andai lhe que Li\esse como hum dos seos cuidados, logo que fossem aparecendo poveadoies ^ia os pianos eaioniaes, o melhoramento da estiada de Santa 'íkmesa. Se porem esta estrada não oífarece giandes va itagens pot eniquant» não se pôde dizei o mesmo a tespjilQ da qne partindo de Uapemiiimee dingo ao Ouro Pieto Não espeio que poi eila sejão transpoilados os generos Ja lavoma Mineira muito alesn dos limites desta piovincia A extensão do caminho, e a ciçeti.msían- eia de não ser a bana.de Itapemerim de facil accesso defeni dcsílíudir-nos Como poiem sejão excellenles os teironos do Veado, São Pedro de Raies, Alegre e Cachoeiia ttuaa-se esta estrada de exti ema utilidade ode tranzito frequente porque a emigiacão Mineiia e Vassouienso aíílue paro ali fundando giandes.a rendosos estabelecimentos agiicoias Attendendoa essas ciicunisíancias mande; entiegar a linma com missão composta dos cidadãos majoi Ihbano Rodiiguos Souto e capitão Eduardo do Aiaujn Bello a quantia de 1 :50ü5 is paia; melhoiamenfo da parte da estuda, qu,ç fica ontie a vii Ia de 1 tapem iüm e a Cachoeira contando alem disso coo va rios donativos pa0im!aies obtidos p>!o Br Joaqpim AntoniOíMpOliveira Seabra, eqoa são avaliados em mais de quatio contos de reis. Resto á assembiáa consignar BMS PiioiismAE» ^ísni d i eónsti n vção e dos 1 apaiijs das matrizes, cadeias -e eetiiiíorios de que já ves fatiei, e cio estradas e pont squo interessão pnrticciiai nionte ás coloriias aohío se om and imsnto na piovinSia as seguintes obras: Èst ain ds Vaio tbn e Ponte do Timbvhy —Foí ã;) contractadas estas obras cmm Manoel ígnaoio das {bagas cm li de julho dó auno passado ma diante 0 pagamento da á:í>03$ n , cm tias pi estações, obrigando se 0 mtirahen te a condão os luballllno piaso d3 á me/cs sub pena de pifÜPíO$ rs pm dia de domara iiiMiremif) na pena de íesíifiiição do dinheiro íecebido, se iaíen emposse 0 cumpí imeni.0 do contíaeio Sei viu-ihe de liadoi 0 Tenente Coro ne! Manos! do Couto Teixeira Depois de tei hnaííiaJo grossos psredões e preparado a maííciia declarou ra: s eoaíiahenle que nfm j.m lia :■ uitinúat a obra por for verificado que seria muito mais dispendiosa duqc-í; lheafigtiiáia polo qss podia a leseis 0do eontiacto Fs!a condicção 6 do 0 11 %to desde que haja rechea ení ptosognii tia obra cia ponto ou na da ujtiada incoifeo coiHiahrnte na pennh paida da qaaníia qus tiver s icobldj do emíra pi a vineial, 0 qcn já lhe participei, d eeiai ando-lhe que a fazenda právin dal farta e lis crivo 0 sem diicUo. Ponta de S Rnfid soòse 0 > to Pmí ■—Ssla pente d; extrema utilidade,ptíis que c.om cila aproveitâo mais de 1 000 laviadoses estabelecidos nos sertões do Passo Vendo, Amai eüos e 1 ai loca estava do Ul soi to detoiiorada quo as aguas ã doslniirão no raez de Janeiio proximo passado Anisties mente linha eu incumbido a iuima commtsãáo composta dos cidadsoá Tenente comei Fernand-t Antonio Foneiia Castello, Mairtno Feneits de Souíft Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 83 — è tgri Feueii i d; 5oa.ii a Eaiafi de eoaaíi UI a pai a o qua mandei eníregir- llies a qumüa do 1:60rs < >01 os ;a q 1.1:1 iia co n 0 a av ii s > do aigiin.; üon divos pa; titulai as; e de mais 6 >03 1 s ou 8dl3 1 a 00' 11 qòa- 1 pi avitiaia eonoin a soí 6 r e lindado a ponte Con s t;s-;n;a qua os Í! abalhos sa aclno muito a adia rui dos Esii adas da Cachoeii a âe J tabápnuna Em' t S {insiro do con eu to :i n is o mando d eaíragu ao uapiião Joà julm Maruilino du Silva í/mi a quanfa do S:9Ôd$ rs , em dum p r ada s õ os, p a ;-a a a b ;r 1 u n d a A a 111 estrada qii? em direção N S so dirigisse do esperançoso arraial d 1 Ca ahaoü a ao rio Üabapcmna no ponto em qui este rio se t^rua navegavel a S léguas da foz . Esíá esííada deve attiauir muitos lavradores para os excedentes toi remos por onde passa, e que já hástaníé povoado compensSo com abundantes colheitas os ex fórças da lavoúia Se a navegação do Itabapoana, qdo 0 commendndor Carlos Einto de Figtíeredo enípiehende com natividade e animado das mais íizongeirss espèranças, se tornar hü na ieal idade, n estrada cuja aberlma deteumiiei seiá eus- pouco tempo dé tránritfi muifo frequente Em 1SS3 ociáaiio üiaríinlij Fianeiseo Mediaa foi eneáiregado de explorações iij mesmo sentindo, e leahmmíe abroÍKima picada para da/empenho de sua tarefa; Cieio porem qiie por não seguii a verdadein direcção, encontrou teirenrf p m::a fuvore -e!, donde veio 0 desanimo [Mezeníemcute acaba de oííniai ms 0 cheairogado das obias Joaquim Maroei- Sino daSilvaUtna, informando que depois da \ariai exploriições enoontimi terreno favoiavel e qu1 jà se ti ab ilha na abm Eut i da estra la. Ponte de Pexavjolè —Esta pmie,no caminho que segue cia v ilia da JWi a para a cidade de Sao Matheos é reconhecida utilidade, segundo me informou a Cafnara Municipal d aquoHa viiia. Mandei entiegaraos cidadãos major Aníonio Rodrigues da Cunha íuniot Manoel Francisco da Silva Taiti e To;é Pe;ein Alexandrino de Almeida [r‘az contos de 1 eis cm diiis prestações para c nsUuti-a Á com missão acaba do pai íicipat-ma qua tendo explorado 0 terrena isco- lihecer^pb como exliemamente favoravel e pois d^j^ptíncipioás obra? Ponte sobie 0 r ío Braço cio Sal — A constmeção desta ponto, que serve pára facilitar a communicação entie os prasõs da colonia de Smta ízabei que se ácbão n úraa e na outra margem d aqueíie tio é ao «1 esmo tem tio hum passo ciado* para a abertura de liuma estrada que do centroaeiuai da coroará,se dirija 50 porto ds Gmirapary. 0 Governo Imperial aulliorisou me a despender por conta do coÁ fi e geral a quaiili a dc 2:700,51 c*s em d03 a ponte foi m eàda En: a ri eguei a exe cuçüo da obia ao diractor d aquetie estahelocimenio^ ú começou íaes do Impei adon - Acha a do-se ai ruinado 0 caos que em ÍS58 se tinha cons íúfido nacápibd para 0 desembarque de Sua Mageslide 0 imperador e sendo obn de utilidade corno vos mio é extr anha mandei rdconstiúido — vendendo em hasta publica parta da un hha ] ia ii i ia ma e;t :\a daíu ora ía 0 novo caos é idlo da padri c ca! e bem' calça to Despa ideo se com esta i>bra SÍS^òíD daüuddo oimpoiío da madeira que oiçon cm pájis Aieirado di Lapa —Está corsclnidd tendo sa dispan 11 d t a quantia de aAipAW ena tjaa foi a ornado pelo engcmnrdro da ptoviocia.- Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 81 - hatt Municipal—Com a consignação de £»Oo$ rs votada Ba lei do orçanisft- lo vigento conelu u-sa esta obra Convinha qiie sé fizesse hum paredão a partir do caes em direcção ao quri foi construído pelo cidadão José Francisco Ribeiro Limpa do rio Una —ContractOu-a Francisco Rodrigues.Féõ por 509$ rs , em tinas pfastaçõas, apprestmtando como seo fiálor o major Henrique Augusto do Azevedo Cómo sabeis é por esto rio qib grande pas to do município da Serra exporta seus gerterjs o qtusi obstuiídó coma so acham neeossifriamente devia causar senos embaraços ao comnsefcic s á lavoura d a quètle impoi tanto município Tivécoiiimuiiicação de que A limpa se concluira e aguardo o juízo do engs- ilheiro (!a proviòcia para ordenar á pagamento da 2a prestação so por ventura so tiverem observado as condições do contracto. Reunia estes trabalhos as obfaé dás matrizes dõ Espirito Smto Cariàcíea Barra de São Maíheoi e Cachoeira, a» dos eemiteridã dá Capital Serrá, Espirito Sjnto a Nova Almeida, as das cadêas da Cidadã dè S Síatlieõs.e Seira,de qus já tratei; os reparos das porites dó Una e Psroeão para os quaes mandei entregar &30$rs à camara municipal de Guirapary e vereis qus tantd quanto <5 permit- jèm os rendimentos da província, edidod a adminisihiato em prover as mós urgentes necessidades d elja ÀssiciiiTiutà k agnca'tura ncsia provincia iulEa com as nlesuíâs düü úldades qíís molsstílo em todo o rosto do Brasil Deãconheee-s; gerjlmehh* não só a vaúíágerii e os meios deadúbar os terreno^ como lambem o erapiego de macliiuas qua poupem braços e tempo, e sm geral fodos os melhoramentos com que a industria do Fmopco consegue fecundar sus8 ferras fãntás vezes lovoívidàs a produzir muito com ds menores gaslds Oseiross^o íransmütidos cuidadosamente e apenas de longe em longe emsn- áados pala vóz dos factos, quando repelidos enmhcião huma verdade Incontestável e o trabalho exercido hoje como iia 58 annos rózisté ás innòváçíes, coaí ímooi supersticioso Só os giandes pfoduetoras, e esses mesmos em numero1 i I ninfa Je fazem ensaios, mas ás vezes em ponto iâo pequeno e com íái impaciência qus de-sanimío cedo c voltâu ao svstêma tradicional Nesta previni ia sobretudo; os espíritos não se mostrão aveiiliirD^sarmcíDrío cápitaes e quando mais não seja o capital piociosò—leiiiiio' e se o trabalho todo mat n-i»! n io lesmi na é porqii i as tenas são ges d mente férteis e ainda existem pai \ fazel-as fiuetifi ar em afgdas nmiicipios c srirr abundaste de vários milhares de escravos. 6s gundeã lavialores cillthao ospa dahisits o cáí1 p assdnr eammdiosa 0? outros pr-j hí ■■tos ve ií a n linln s-i -un hria e m iis pn a o i m m da que pa- Ká o coimneroio 0 < pequenos pro lü tores que nin p > losn m miar fabr cjs de as- s leis e que nã > vôm ai iJa rdaüsai i no paiz á evsbnela de grandes erige ihos '■iijos propr lota rio* fabriquem com as cannas dos r ifíivador ià menor abastados dá ,isinhança, dedicrm 4 * á plántai.êó do oaf; <^s á do feijão milho arrdz ’ í! Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — §2 - d de outros gencias de primeira necessidade ou cujo preparo fácil e poiicáf dispendioso A Cultura do café nâo ctmsíihie á especialidade ds hum muni pi cio ou de huma comarca somente, e sim de todos os pontos da pioviúciá pois que este genero por sôo preço que se tem conservado sempre elevado e géral consumo torna-se a es' peraoçr) tanto cio grande <ômo do pequeno cultivador A cannâ dé assacar é plantada especial mento nos inúnicipios de Itapèmirim* Serra, 0 Nova Almeida, ráasjá pelo falríco, máís dispendioso e demorado do qu^ o preparo do eafé, já por rilea >r eoiisuno, não prospero, antes decahe em quaníg qoa progride a cultura deste importante genero A mandioca que em outros lugares é plantada mais para o consumo do que n&irà cjtímareio canstituí na cornar ca do São Matliaos ‘iilvez o principal ramo da la vuiiia * Não tenho dados ssgin 05 a respeito do nutáuro de édabeisiiímento agrícolas no* diversos municípios masapproslaiadjiESste bazcartdc-inc nas informações daè eaaiasas mu iicipaes caícülo que exrstáo no a u lieipro d 1 cidade de Si a Matíieo^ 250 fabricas de farinha, que produzem mais de 200,000 alqueires 50 èsgetihos de preparar 0 cafés e duas ólaiias; no da viíia cia Bar; g 0, sentí» ií por. °í paia 0 ’,mi; a rjâ ptevincia *íg anuo de tt-33! 0 Milot da expm ! mão et «oOt cm I:J3íJ5I6is Compondo &?, dos seguinte- gour-rosí (/» • £ Aibuíar 1'arliihu de ai rs ndi-v t,-? Milho 1 cijão Algo lêo ??,3 801 At uohns 31 843 » 33 59! Aiquf-íres 15 3!®» * Í 071 :v ò 34.$ An !.bss Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 SG Oque se torna saliente quuido se compara a espoilação d esses annos éo aut^ mento na exportação, da café ao mesmo tempo que a do a.ssueas vai diminuiiuío tomo se vê ao seguinte- quadro 1857 '*.838 ISSfc 1860 1861 Café a’ 458 88.3 131,237 138 102 202 H7 223,809, Assacar 24 464 4-M22 39 822 29 530 21,845 Este factose explica não só pela maior vantagem que obtem o agiicqltai com a lavouu do cafè, cujo preço se tem consei vado sempio animador, como, lambem peia emigração de lavi adores Mineiros ^Vassuureasos dados a essa eultui a d» prefersflcia a otika qualquet Infelixrnente hum infouunio, ainda maloi do que o que ha poucos as nos ac- commetteu a lavouia do assuear, imeaça reduzíi as oo! iodas d f*qu dte as ocioso ge neruevem a se; a piaga.da laguta cujos insultados funestos jV vâo sentindo os laviadoies do Hio e do 3 í 'atilo, e que na.o deixou de estea Is r- a esta pio- viíisia bem que paiciaimente. _ O valoi da importação poi meio-de cabdagem unioa que existe n esta cisiU^ de consistiu no anuo p bodo em 890:75Ig301. s cr £ «S » er C tfi m o i' « (Sf s v «*“3 Cf ™ * d o ® « a 5 £ =0 g T? •* *■3 O * ’ * 6 i c C -o C ti 8 £ o &- sa o G tt z o s*5 V O cGaz S Kl W -< O O -e cc o o QO 1 cO I E ^ i o» í aí5 1 oc í ai“j ; gc ! í OO ! QO 57 S _TO_ "o o ©* CA O aO ri -=t O O fM c; cd oa Q© ^5? ^ ^ Gfr 3*5^^ t’* g& O co O ‘O o o rt v . àí» c© oa sjO c© s«i-eQ wiWicfiító -s? "CO t-> «íy ^ SD 2 SS S 5> II ul w a, -í e o âU U -. w ~ re^ í : 5 ? — — a O jg __■ rj S s i 3 Cl >-i." ® Tt Ó J? ^ J Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 87 — ões eommeieiaes d esta província são apenas eorn a praça do Rio do taseiro e em ponto muito pequeno e insigniíkahío com algnns por os da Bahia 1 ampós ' Nesse serviço emprega o se atem do 'gpor da companhia Espirito Santo § do nuim que por conta do Gov ei do toca no poi to da Yietoria em sua viagem ao Mu- ruif alguns baiess de pequena lotação: sao os seguintes Aicm d isso (. s ISo m a í ii eui a doi n a Ca p i tan ia í! ò p m to 1 ã lanchas e m p i s g ã d ás ha prarai ia e 272 caudas Os barcos acima iudiiados lem a seguinte tiipiiláçím s fido d estes 180 liares e 80 escravos Achí. o se maUhula-los 39 a pescadojes, 354 iivreseôí escravos A companhia Espiiiío Santo manda o vapoi Juparanã da força de Í2G cav allos ■regularmente ama ves per mez a este porto e ao de S Malheos tocando também no deítapemirini Depois da encampação do eonitar io da companhia Síiiciiry.tém continuado a fazei esc la por esto poi to o vapoi S Maiheos que pata alll ss diiige mensahnãnto í Unpre poiera notar que eitoü&vio está em !o los q^senti tos mirf > pode; csnjauji com o íupmanV e já pm falta de jSp^SHa pela. í&oios:-- dítds de sua maicha não aUrahc psssagciros s0 estado das füumca - da çro: iricia se não 6 íisongeiro, oBToreeendo um saldo st filiado, é todaua i-guaije mais feliz do que a maioiia, senSo do que todas as outras provincia^ do Impeiio o Espirito Santo-astá desempenhado, e sus ■receita chega paia as d es posas restando lhe ainda com que satisfazer a alguma etna urgente e impr vista X receita Arto:adada no anuo de 1S81 úmpoiíou em 1 lS:86S$0i-5, ao que ad_ dioionados ifl^5íó8| S ieis de saldo iio anuo anterior teremos U3;0433p856 computando-se n esse saldo 10: í S5$932 de receita eventual extraordinária que ■ttonnidu no dinheiro anoeídado duinnto alguns antros com o destino especial à conítuieção da ponte de ííacibà e 1:4 54 $-994 reis de saldo do anno de 1859 Alsí n 46 de Julho de 1360, orçou a receita em If 4:21535, donde se té que e arr ecadarlo mais 1135413)04.1 reis 4 âevpsía, orçada em 113; 'r 95358! i eis etohisive a pori entagem dos agentes Rataclics Sánracaí Escunas líiaívs La achas 9 17 i Mestres ■Conti a-mestíés ■Praticantes Marinheiros .í ( 33 tí 260 ') AZfSül PrJMNCIAÍ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 m — fiacáes elsvou se a uiis 117:003^042 também exclusive a p isrientagenn e á Í31:614§680, computando se essa porcentagem, pelo que, dos Iá3;0â3385tj de receita, compfelioiidido o saldo no mino de 1800, passarao para 1862 apenas 11:>29$176 de saldo; , Consistindo os dous terços dos rendimentos da provincia rio producto do im- pjjíode 6 poi sabt r o valo; Jjs gmn >s dí expifUsio o do 10 por */. sobro a madeira, devião necessariamente dimimiii,como de cíBinme, nos môzes de De* zembro, Janeiro Fevereiro e Março aid começai » expoilaçso de nova co Iheilas de Abril por diante. Para ocrorier às desposas decretadas durante esseá mesesgasfoti-se parí do saldo dè lí: 1298*196 rs , qrie passara do anno anterior Felizmente poieai cdnieça o tempo em que o rendimento cresce; de sorte qüo na actUalidade jà existe em eofie o saldo de 7:155^132 A receita arrecadada du- rirnto os mezesque decosrem de Janeiro do corrente anuo até hoje orçou em reW 4ti:6'j431õS computando-se o sai lo do anuo anterior; e a despeza paga sm 38:529$ 932 reis , restando por pagar 1:009 $092 A pfovindia possuo 12 apólices compradas com o produsíoda conti ibuiçio esi pocial destinada a fiíndaçao da casa de Caridade de 5 MaUmus, tendo sido esb* Fresideneia authorisada a vendei ás prifa empregar o vaioi d ellas em obras da comarca onde foi lançado o imposto Como porem as apólices descerão achando-se áindà actúalmento a 6í, entendí que não convinha utilizar-me da áuíhorisação conferida pela issembiéa, pois que, tendo-se realizado a compra a a9, hav, ria um prejuízo de 720$ rs se se fizesse a venda pelo preço a qiíe baixarão Por conta d d importe d essas apólices mulei aJianttr 5:,3)9'fp ) )J prra diversas dons naqiíolla comarca A3em disso pole-se contar com o fendí mérito de 50 acções da companhia E$- pitito Santo Qjorimeiio dividendo, an min ciado pela Dircetoriá, orçou em 28$ reis poi caría^^^çáo não Sô tendo realisado a entrega em consequência da embargo juiicial atí que se decidao qü stõea qita dividem aquelbr companhia Calculando pois as apólices a 93 e addicionado ao seo valoro do saldo que existo em cofre, teremos qtí: a provincia pode contar prezsatenferite edni um íáldo do 18:33 Sj$lí£l líos U?:a6S^jd30 arrecadadas no annei de 1861, "0:867piòvlerão do imposto do 6 poi 5/° sobre os genefosexportados, l:058$55ô de taxa sobre a madeira, Il:873g9i9 do imposto de meia siza sobro vendas do escravos Como vèdes, é principainíente da agricultura qu: vem directa e inriitceUmeu- 1è o fandiinefitó da provincia Comparando a receita do anno do 1361 com a dos tiez tdtjmos ánnos teremos o seguinre quadro: - " 1860 HÍ:l79$995 Conlando-se com 10ri63g98í do receita éveniual exíia oídiiiariá da ÍNnte #e Itacibá e iíe salde do anno ant » í ? orfí í Sf j t, ex ! u i d o o salío d a arn ^ a rí! n ri f; 18 9 l25r:378g89 Computando-se {CtSSiSS1 do rendimento para o Hospital de- São Matheus, e 2:8703819 d íSilflo do air co anterior 1861 í I8:5GS$Ü| C>ue reunidos 2A:47ò gS13 saldo do anno anhrior, somrnSó is Íi3:O.ÍJg8S aos do íemos pois qu: a Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — S9 — foi üienordo ijm i d? 18 iü exduidos igualntoníe o saldo de 1859 e ú ieceiU evenltiaí extraoiiinaria que se rofeie à ponlo de líacibà A dilÉrençaó ds i * —ofacilmente explicada < orno já vos disso,n verba de receita mais lendom Lio ioilduza, qua ujiisíilue quasi os doas terços da rsceih è a de 6 poi /„ sob: o o valo* dos gonersisagtkoias exposíadoa Pola bem em 1380 esta vciba pioduzio 85 Vs7 mOlí; ieiss uo entanto que em 1861 desceua 70:89.'$53 i ■“í Estudando as causas d a s ojíiverão nos meundos O lendimcato (bs ouiras veihas não é geral mente tão pro rrosslw une possa, bempeasara dimímiie o do produeto lie 6 ptu ;'u sobre a espo; lação 4 despeí i no ultimo Iriennio api ezenta o seguinte qmdi o 1859 i8CO 1861 123:9^^)795 i Ui ü :/s-£>!8ü íiH:6UgOS0 Dos líi:61ijj630 seis fiu.no despendidos com obras publicas Í3 78SS89 1 Figur o tio oruamentadiveisas ve-ibasquisl que no ninaes Assim o imposto de iO porsobre oílidós de jasílt a que nada pioduyiu em ISGi q de eniolunKm- Us dasscietaíia do Governo que s eu d: u 1 !f g is o o do passagens de rios que orçou apenas em 1! Í3335 A pmiucia conla divii.ia ao Uva rousideiaví-di impo: ta rido em 15 OOhg a ctía jà se acha liquidado mas iufalizineiiíe o tcbranca ínrna se dlíriu! poi não havei «m Bstriiãn especial pata sei vir peiaatc o jni/ dos feitos O * das do ci v el sob i tH á r: sga d o s d s Ira ba J lios n ã o p: > d 8 m da r p; onrpta ox- pedisabaos negoclos uiil' dizem respeito a ;;qjcdie júho de sui te que n<» anuo si o 186 j ap nas iieeobíoü a tju iutia de i 727,8H Este embaraço e a ei ret; ms lanei a de sei amliaiiLados os podoes da Assüinbica provincial de sorte que nüo possa auíhoúur imposições do mu’ias a jui pie gados ípiaes w u n lugiilsmento mais sovei o d.iqü i o qus aeítnlmçnlo lego em maioria líe do d mu de he meas obstim è bua viffltulü d); mnpiegados de Fazen ia eneai s ogadoi d : tm importante sei vin--* ( mutilo tiát) ihmfmma doa tuã! iesguia üSíiío d' lü! so tetina deuin d)) estJiiem da.H uUiibuiçles da Asse cabina pioiineial se possa mel lio: ai este serviço O raàiimmto LiHiiadon:* agencia do ítobapoíni s qu : nãoexeedeo dei :0"0g2?l tais pjilísei mu tomais elevado mas slli a tmnun leneia da Ibovlruia do lio p: >jd lua a do i'spii ito Santo Íjouiíiiíbeis o cafe osíà sugei to n arsuoUa piovincia ao imposto ríe t por e quasibiits os pio ia dos da lavoura são 1I\íu.s vle i vm a ; suesnio tempo qm no Eípínísítóti» a ;u db assim como todos ov ganeros agí ic dos pagão O por Em ta:si.ir tmsíaiu ias á ci iru que os nxpni ladure; píofv i ínu seguindo p* 11 íuaigaiiiteila do liahapoiua p*gar imposto menoi dandi s us geneios como' da provincia do Bio de lancho í o i va po i ía n i o L [i: e s e d i m 1 n a a a taxa aí é cun eu r i o: cana da. u o 11 a proví« t ía Nt»j iMinarci sem teslemunhai vos que o digne tdiob da tlissousaria pio v meiahüliR s a gn.ia; da minha inioiia < on!ianca ci.mni empí rgado uspenente líoot sbücioso; í \ Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital FAZENDA GERAL. Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 91 — Capitas.a »o “nnri e c uupaxsua »e apksslhíes híhisueiso Eita ílapas èíçíio fui dirigida pelo capitão ís;i1 ;ih losí (I; ugu; io AíFoiíso Lima Staide o dia 11 da maio do anuo p issado aíi 25 J s abiil do eonente em que,*ex ^onerado a;sempedido seguiu para a Côrte D esdesquella epocha sei ve mleniianienle o Io tenente José Lopes de Sá que reune a eaie eneaigo o de direeloi d^ companhia de apreadi/es maiinlieiios O;inateiial da lapiLmia é pobie- e o ediüolo que serve de Aüerial pequeno e *a pa[ te já %nuinalo Poi deetcio n > sSSd do S da favo; gire p p ei soa o Gmmi no Impei tal n este piovinúa liuma companhia de aprendizes maiinlreiios mandando immeiiata jnepiea maioi pai!e do pessoal neecssaiio paia que elia se instalasse Esto medida de inponíçsíavcl iiüüdadíí não som cole para o Estado como também paia os meiwies que eriigiande numer o vaguoião occiosos e desamparados nas posou- ções iediizidos muitas vezes a hon captiveiia distaiçado sob o titulo de tutela ou conli sol 1 i! i, encontra á piinseiia vista ccida tepugnançia pela na' ipial asmisãOifjU.í) na província se sota ao sei viço do ex mcíIo e da ar n ada não obstante sei a população gei.-ilmente aífeita ú vida jüuí iiimo 1 o k via espero que acostczadas vantagensoíTereeidas pela.instituição vença aqucliesentimento e dá ao Estado hum viveho de homens pt aparados paia o serviço naval O Governo Imperial escolheu a foitaleza de S Funcison \aviei paia sede do estabelecímedio auíhoiisando-mea mandai iazei os leparos de que elia pi ecizasse mm maios uigençia; Já offieãei aosjni/as de oi Lios dos divcisos termos chamando a atlencâo d cites paia a companhia de npiendizes onde os oifíos des vai idos ** acon tra n ã o et! u ia cã p, a z yi o e ii u ma p i o fi ss s o lio :t i usa a o mes m o tem p o que o Estado lhes appioveitaiin os serviços tanto mais neccssaiios quanto o Brasil é bu.n» noção qir pieeisado boa e extensa maiinha O aetual eoísmandanto da companhia (que substituiu ao capitão tenente Carlos Augusto Yieloiia chamado paraexereoL intci inanmníe no aisenai da Cosia o caj- go ds professo! deappdioiiios} mosiia se zeloso e já paiüeularmenle jâ pela imprensa ofikiai tem feito a propaganda das vantagens que a instituição deve ti az; i para os mcnoies epaia o Estado Conto qac a população d« pioviacia accudiiá a este judo leclamo e que em aonoo tempo a co upa.nS.ili de api en üzes uiiuhhdioi fu neçei i k nosn muinlia r' J militar excellentes praças ihaucrurcv pudi ü;c Este estabelecimento esta quasi inteiiamcnio abandonado Ninguém o pro^uia e os livros e bi üdiutas so vão eiíiagaudo nas estantes U n * das obras de maior vultu ona formão o peenlio da bibím-lhoca o mu to limitado s quasi tolas suo de e Ucães antigas e qu; por tanto não nos dão a ullima palavia da sciencia Atem d isso já não e-xistom nasostautis alg ms dos Üvíos que o caíhaídgo Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 02 — Ha pouco mais de 2 mjzes o cidadão Bta.í da Crista Rubim , cujo nome Jsrabia a esta província os serviços de luni dos seus mais zelosos administra dores, remsíteu 1 caixote com vai ias bioahijias paia ;t bibliotheca conlando-ãa entre eüas a copia authentica da co npia da f apriania do Esp'nto Santo pela oo roa Poilugueza Não é opiirnairo donativo com qm aqtnííe cidadão procu ra auxiliar o estabelecimento naostrando-sa dignamente inleiessado pela prosperidade d’esta provincia que lhe devo ser duas vezes chaia jà po: aqui lhe está a berço, já pot que ao nome d sila se acb£ estraitamante ligado odes o heqeme-. rito pai Pretendo passai a secretaria do í.yceo paia a salla onde está a bibliotheta.ccn fiando a ,-inida dosHvjos ao semeiam que&ssini poderá facilmente e ao iqos, 120 tempo íxorcer as suas fu acções, e a de bibliothecarío. f QBKiaü. 0 sei viço dos coi reios é una dos qua piecisão de maiot refoima na pt ovincta Os estafetas a quem se paga safai io infei ioi a 30^ rs poi mez.não podem ter ani- maes de salla e de carga pai a so transportarem e as moitas,com * maior brevidade D aqui resulta, em referencia eapsoialmonisá coí respondendo quo vem daCôits* demora tão prolongada quo antes do chagai em à capital as cartas e jornaes d© ditas mais antigas, já se tem recebido pelos vapores outros mais modernos. Os estafetas que ti azem as mallas de Nitbei ov deixão nas «m S João da Bana e por conseguinte os d esta provincia são obrigado* a aíluvessai o ltabapoana e ir a póbu3cal-asa aqtidh cida 11 Oono são poucos e sem cavalgadura s e animaes. do carga não podem de piompto tiazer todas as mallas o là ileso algumas por liurn e dous mszes Este facio dá-se muitas vezeí e em mais de buma occasião no. aaoo p passado a correspondência da Côito chegou com perto de ít mezes de demora e ss o atiaso não foi maior nós o devemos á viagem de hum biabí#^ S João da Barra para o poilo d esla capital Existem na provincia 10 agencias tendo sido «Uimamente supprimida a dá Cachoeira São etlas as de ítapemirim, Beire vente Guarapaty Sena, Nova Almei-, da S Gtuz, I hturas S Milheis Villj di Bina 8 ltaunis 0 rendimento o a despeza da administração central na Victoria e a do toda^ essas agencias no impo de 1861 foião os seguintes Receita Admimstiíação Pfoducto da venda de sellos, carias selladas e seguros . ÀGESriAS Selios, cartas e seguros Total da receita Excesso da despeia sobre a receita supprido pela ttiesourai ia Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital M09&99Q i:033#)8GO ãiwÃjÕTSÕ 5:A0t Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — §0 ~ .UEâPfiíi AfjMJNíSHUÇÍO Com as «Mtipi sjjíidii ■ 10 estafetas i' ar.teiro jSvpodienlfi e prêmios 4e seguia* Ageschs ( cm os agentes 2 estafetas, 1 em !tape mi;im e outro em Liuiiaies Estafetas estiaoi diaai ío$ e pierdíos de seguros ! :80(i©000 3:470^040 233©C()0 477©8í>0 5 090© 490 I:S10©273 453 ©00(1 111 ©200 l:854ü&473 7;8U©963 3 o tal do despesa 0 n dos ofôeios carias ejoinae.3 recebidos durante o anuo passado na capitai puêi das outras ps o vj nelas quer das díveisas agencias, foi de J 8:3/jS e o dos ia- ipeítiiios elevou-se a 23,460 como se pode vet minuciosamesue quaüios RECEBERÃO SE nus seguintes RfiOn DENCii, Rio de JfliiiíirOjOítHDif: neutro Prov inriii do Riu de Janeiro ífa-patniriro IkneseiMe GãXí)í'ir<í Gnsrapary S ítliiboUs Barra do $ Vi íheis» lUUrt/lli Linhares Offic PS J,E(-l)Sl_ v aktas 1 029 10 3§9 196 0 ! 'ihl ] 432 J 248 j 25 ( 141 I 2 SS 3 1 h % 1 í h 4 [Selí ab 3909 398 5M 213 1 179 308 234 19 398 De port JonsAES Se lia» I)k pokt Nova ^Im Jiia 70 46 Serra 154 ,> o 05 Difíoreoteg lugares 10 í 4 Piovjruias ■ ] Aiagoas 22 t Amazonas 36 ; i Bahia 34 10 26! f eará 29 1 Goyaz 11 i 1 MaratihSo 17 1 i 44 i Matío Giosso h i 4'li»aes Gera es 39 1 Pará 27 1 j Purahyba 22 i Paraná 61 4/1 ' Pernambuco 22 1 67 j Piauhy 30 ! Rio Grande do Norte 23 j Rio Gmude do Sul lí 1 3 Santa CiithariLiü n 4 j SSo Paulo n 3 i ;■ St rgspa 36 H i 172 f 0778 i 027 23 11 2 3 1 1 73 -1 20 1 1 2 30 | 49 I í 2 1 2 í 39 í H ! Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - 9í - EOÍUÕ RPAUU rUiOS I (J GARES P AIU lüETIC® . ^SS" í AE'1'iS JottfíAISS ONDE StGLERAO i SíiLCAD | ÍK 1 ilEtT; Selí.aÇ L Rio ds Jüüeiio(tflotiíe uetiire: T578* Í00 3418 ' ~ 1; 1 68 4 R> ouutii! (jg Rio de Janeiro 24. 8 492 908 ilapemirii» 54í8 Ü 410 8 2,302 Reiiev ;üte 294 1 21S 3 L2:02 í aãóeiro 29 ) 3l ,229 Guaraçary 232 193 827 SS» Afalhuii* 446 ! 17 478 ! Í3 í 080 Barra tití SíJo Malhous 376 171 1 j ,589 ítaunas n 8 1 [ 25 Linhares IBfc 3 2(3 6 ! ?,fti S uiíi Cruz 303 rs O S6Í 6 j 696. N«'a Almeida 89 84 1 1 398 Sérra 2; 7 1 128 1 | 191 . Xlifferente* legíiiR? 421 1 299 ,412 PROVtNt LAR. i Alagoas Kl 1: 14; | 23 Amazonas 17 1 1 Bahia 34 H 178 70 ! Ceará 22 1 19 28 S Goyaz 14 1 9 12 : Maranhão 22 1 1 i6 , 31 i M 'to Giossó 12 ' 3 Minaa Geraes , 21 i ! 9 Pará ! 20 y : 6 i Pajühyba ! 21 8 2 Pi*! ãsíá 2':) 2 23- : Pernambuco 19 4 39 ■ 37 i Piauhv 16 1 ' 2 ' Z ! Rio Grande Jo N,n (e 19 i 16 16- Rio Grande do Sol 21 5 SgnU OaGSütitta i 9 19 Sã o P híIu, ! 19 2 i 53 22 Rsigqm i 18 i 10 15 Compaiada a receita e a despaza om 1851 Cuih as dos doas sxeioieloi an tenores teiemos o seguinte quadio 4858 a 59 3839 a 61 TOTAL RECEITA 1,9918320 2 289g390 DESPEZV 4:.260g7'f0: 672Sg53í 8,ã20g72í Í5:0/|9$62] Escasso da daspeza so bie a receita 10:78Sgait. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - as - f oaipa?a Io o ii * Ja mulas, olííoios e joi naes i bebidos ou expedidos no pèrio- do de 185S a 156! li-xpedulos * 1 OFFIf !0S CANTAS dOHMFS í TOTAL ÍSÓ8 5 169 5 8SS 10 35 4 1 2tyjk siTfff 1859 5 842 6; 61 3 8 564 i 1860 4 771 6,45-J 8 320 ! 19 546 d 861 5,042 7,Üg2 11,561 | 23,265 20,893 26,020 38,368 ! 85 323 ______\ Kecebidos ■ q » ^ U* o CARTAS JORNAES 10TAL !18S8 3 359 5 433 6,170 14 974 ■1859 3 9ãã 6 208 5,797 15 921 1860 3 550 5 809 7 110 7,478 olSSd 3,675 7 082 3 105 15 862 14,507 25,5,14 24,184 64 23o Os es!.afeias não liiííão somente com 3 diffieuidade pioveniente de íaltaflfyBavaj*' ga iai as e ao. i ornes de ca s ga Be ve lambem levai-se- hes em linha de conta a deü-* eieíibia de noas vias dc coüiimtaieaoâo Os que viajão onlie a capita! e Utpetnt* = i íjh e a capitai e 8 âkllious são obtigados a sognh pos ímm inào caminho quun sempic á beis ii mar, a !ii avessa sub ibs em canoas frágeis c mal ti ipuüadas e que em d isso não estão a todas as boias piosupías paia tiausportaí-os Si CilF ! A El 1A I) ) ÜOR EUKO Era pou .o siipsf:'' i > o estado em que enooaUei a Sei.iel.aria do Govenrn f um um pessoal dim tubo s insa/Tieiônío paia as exigências do expediente qu i 1 iam augmentado ímnxideiavdm mie nos 3 nonos uilimos; sem archivo, pois que não ei i digno d esse nome um amontado sem oi dem, de papéis o blocam as; balda de irsijiimões i egíibi o» esta Rena; lição nào pie>Uva Iodos os sei vices que lhe coíiipeüãn F cs; toque í.n?asi todos os em prega dos se esforçarão polo bom desempenho de suas oh ligações mas infoiUmcnle como bem sabeis, a instiucçso s ei u n da i ia não ó Lã o pi oeu í a d a n n p i o \ i p, eia que fo i a oca a todas a s Reparti çõ es luneeionai fo> iííusliaibs Esta chciniistaneia o a oxiguidade dos oi denados toi — navão impossível a acqiiislção de cmpicgados que a iíileUigencia c honestidade -.1 íunissem íasUu-.eãí} superios á do vulgo Aecioseiaque dos ciam egados o 1“ offi- ciai Manoel Interno Vilias Bôaífo" amanuense e mais Lanfo 2!> oiluúa! Ftanciseo ÍHibeiio das (. bagas h; liarão com eiifoi amUdes gur>os e que ilus deveuso causai a moitas i? c i o (i n u iü i ■?■ \ n no s e i \ i ço d a Re p a i í i cã^a qm eumpi o confessar q u a crão asildu n - Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 - Sd — ít esta vão o 21 Manoel Lon eia de Lii ,o e o amanuense Luiz Sarbosa doe Santos além do oficia! maior íosí Maicellino Pereira deYasconeeüos e eondo saís favai jíLdo pelo respectivo regulamento o ada lhe o rã o marcadas att: ibaieôes que exigiáotiahalho insigsiiíieaníe além da vantagem da não estar sujeito ao ponto Aquelles empregados paio modopmquc sc realizava o sciviçm esta vão lediiíidos á ccm iicçâo da simples crqpsias e ti atando simulíanoainenh» da todos os aisunpíps nio podião guardar eò n fidelidade a jnmnoiia doí precedente* ad- tniüisíiafll^das oí dens do Govcí no e das decisões da Presidência Entendi que devia pôr teimo aos oCsíaeulos com que a Sepaiíiçao esEv a lutlando e pata que intentasse fazei o bastava a eonsidonuSo da impor taníe ía refaque compele ás Secretarias das Pí csidsncias Dividindo o serviço, encarregando-o a -2 Secções e collosando á testa da cada it ma dttíias um chefe iutelligeu [O c-oin a rigorosa obrigaçiio não só da minutai o expediente lelalivo áos üego cios que lhe inui nlnáo mas tumbsin de informai de facto s de direito sobid muitos d esses negociou, par ecsu-mo que conseguiría melhoragco isidoravelmenle Poi sdo modo os chefes dc Secção sos sorssubordinado;, ao mesmo tempo que se Hiu.it!atião e iiiãooonliecendoa legislação especial dos ministérios cujos ncgocios eião dezignadosàs sujs secçõos, podsriào mais facilmente conservar a memória dos procedentes em referencia à cspoeialidaderjus lhas eempetia Erão como qno ontros tantos ai cimos que se creavão senão infa Uiveis poique o esquecí mento é da contigancia humana ao mono:, bastante lembrados para qu.) auxiliassem com eiiieacia á administração, facilitando o serviço o que ante íioinaent* não acontecia Foi estem expediente que tomei urrando da authoi iiacão que a Àsssemblía nis confsrio pw&t lei n 8 dodV Julho do anuo passado A experiencia me tinbo mostrado a inutilidade do emprego de oficiai maior n uma secretaria cujo pessoal era limitado o cujos trabalhos n5o exigião um auxiliai ou intei media iio entre o chefe de i epas Urdi o c os demais empregados Em abono damieín opinião íaiiavamlém de expeiiencia pMpria.o juizo de al guns Previdentes de Pi júneia que nas icfui mas das respectivas secretarias sup1 piimirão ãqusllé lugar Dhiiii a ídselução que tomei de stipprimir aqueile emprego que se achava vago des do o dia anno passado em qmqa bem do serviço publico, ti vo de exonerar JoséMarssilino Pereira de Vasconcollo> que o exercia, applicándo o ordenado que lhe cabia ao pagamento de dous praticantes lugares qm cieci su jeitando-nis aojuizo da Assemblóa Provincia! No regulam nto expedido em virtude da aulhorjsação que me foi concedida nãd innoveí porque em Ea! assnmpto a innovaçio é impoisivete todo o merecí mento està em appdicaj ás cii mm Maneias da pr ovincia aqui 11 j (pie a pratica e experiência iadicflo que lhe seja isalmcnte applieavel I O xne-o pioposito foi mareai de um modo olaio e sucointo,.as obrigações dos gniprsgados, os ieqaisitos deaplidão as penasdiscipüiiiiies,os recursos contia essa* psess as questões relativas ãos vencimentos o licencas, n'uma palavra os diieitos ê dôveies e espseíalments promover o melhoramento do serviço crcandcf ecçOD-j e attfibiiíníb aos seuv í hefosmiidid js qm po; exigirem esto Io e dozen Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — &7 — volvimentó das facilidades intelleetuEies.os farião mais illuslrados e coín mais eíè- vado merecimento do qua o deque calligraphos ou do maehinas de copiar. Não vos direfqus por este modo tenha conseguido de um momento para outro vencer a velha rotina e defeitos inveterados,mas é certo que prezentemente á Repartição está em caminho de ter um possoal mais habilitado. Os chefes de sec- çõo applicão-se ao trabalho e com elle vão adquirindo iastrueção e pratica illus- trada do serviço e a mocidade que substituiu aos antigos empregados mostra- se. dezejos-a de üeompanhar a era de progresso que se abrio para a Repartição. Prezenternente a secretaria compõe-se dos seguintes empregados além do Secretario. 2 1 .«* Officiaes servindo de chefes de sêcçEo. 3 Í.°Dito archivista. 2 2.Ditos. ^ 2 Amanuenses. 2 Praticantes, 3 Continuo, i Porteiro. Emdaiá de íide Agosto do anno passado tive de ápòzentaro t.„ (jfficiat Manoel Antonio Vidas Boas qne em junta niadioa foi declarado incapaz do serviço éem ã de Agosto procedí do níesmo modo paracotn o amanuense Francisco Ribeiro das Chagas a quem em ât de Julho do mesmo anno nomeara para o cargo dc 21 o.Ticial. Cumpro um dever asseguraudo-vd3 que eoni a apozeiitariá de ambos, perdeu a Repartição empregados assíduos, honestos é zelosos. Em 31 de Julho foi nomeado o 2.° offieial Mánoel Coíreia de Lírio para 6 cargo de \.6 offieial chefedo secção.Esta empregado serve como ofliciãl de gabinete da Presidência pelo qtie tem recebido uma gratificação nunca excedente a 40§ rs. meosaes. A escolha qiia delle fiz para um liigar de confiança foi inteiraniénte acertada c a experieneiá de úm anno tem confirmado as informações que a respeito dh seu zelo e honestidade recebido meo antecessor o Exni. Sr. I>r. João dá Costa Lima e Castro; Circuoispccto, zeloso no cumprimento dos seus deveres, sempre assiduo ao trabalho, animado dos melhores dèzejos de acertar, tal tem sido o seu procedimento durante todo o tempo da minha adiiiidistração. Em virtude dasapòzenladorios dò i.° offieial Manoel Árítrtríiò YillasBôás e do 2.n Francisco Ribeiro das Chagas, nomeei para substituií-os, not.° cargo em data de Í9 de Agosto, Manoel Augusto da Silveira,e no segundd Fraticisco Pínto de Siqueira em 23 de Setembro,e para amanuenses José Pinto Aleixo o José Bar- boza Pereira Espindola. Sondo esto mais tarde cxhcinefade a seo podido nomeei para substiíüi-So em 21 de Março d esto anno José Gonçalves S;ragá quo exercera o cargo de continuo desde o dia 3 do Novembro do anno passado, em substituição a José Pinto Sizirti-' bra iguaimenle exbonerado a seo podido em 5 de Novembro do mesmo anno, e posterior.nente ode praticante para que fora nomeado em 23 de Dezembro. Em 2.i dc Fevereiro destej anuo, nomeei para um dos iügares de praticante qu3 vagara por aqueile tacto, Manoel Thoniaz de Paiva, e para o outro Joaquim Correia de Lirio. em data <:ic2V de;M&n;o deste r no o. Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital Relatorio - Jose Fernades da Costa Pereira Jr - Pres. da Provincia do ES - 1862 — 98 — Devo nesla occasiáo testem unhar-vos o chefe da je patino tem procedido como empregado leal e honesto Senhores membros da Assen hléa í egisi ativa L. Faço votos sinceros para que as vossas deliberares sejão tSo acertadas quanto acredito que são paírioticos os sentimentos que vos aoimi;o Pidatfo da presidência da provincia do Espirito Santo em 25 de Maio de 1S63 Joíi fei uavdi s da Losta iVremr Junior Victeíia, Typ d'dmedo.--l§G2t Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - Biblioteca Digital

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