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21/05/1658: Carta para a Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo
A VM. é presente o caso que succedeu na Parahiba [Paraíba], e como o excesso de aquelles homens matarem seu Capitão é tão digno de todo o castigo: sem embargo de eu mandar um ajudante com 25 soldados a prender os delinqüentes: me pareceu enviar a VM. com esta a memória delles, e de seus signaes, para, que se o Ajudante os não alcançar e elles se haverem retirado para essa Capitania faça VM. toda a diligencia possível por os prender, e remetter presos em ferros com boa guarda a este porto; ficando VM. advertido que todos os culpados por qualquer crime que forem a essa Capitania VM. os prenda, e remetta a esta praça, e sabendo que nella está algum que nessa esteja criminoso, me avise VM. com as devassas, ou querelas que deles houver, para aqui se lhes dar o castigo que merecerem, porque de não haver cuidado algum de prenderem umas praças os delinqüentes das outras, resulta atreverem-se a commeter os crimes em umas, e a passear livremente em outras, sem respeito algum das justiças: cujo medo era razão os abstivesse, tanto de cair nas culpas, como de apparecer diante dos Ministros, ou officiaes que os dissimulam. E porque esta matéria é de tanta importancia para a conservação dessa Capitania e boa administração da justiça, porque fio de seu zelo se hevará nella muito como deve a suas mesmas obrigações.
Guarde Deus a VM. Bahia e Maio 21 de 1658. Francisco Barreto.