09/05/1678: Registro de uma carta de Sua Alteza por que manda se dê todo necessário conteúdo nela ao administrador das minas Dom Rodrigo de Castelo branco, e . . . 300$000 de ajuda de custo e 150$000 réis para o Tenente-General Jorge Soares de Macedo

Referência

DOCUMENTOS Históricos. Registo de Provisões da Casa da Moeda da Bahia, 1783-1793, Registo de Cartas Régias, 1678-1684. Vol. LXXXII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional. 1948, p.270-273. Disponível em: . Acesso em: .

Créditos

Acervo Biblioteca Nacional

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09/05/1678: Registro de uma carta de Sua Alteza por que manda se dê todo necessário conteúdo nela ao administrador das minas Dom Rodrigo de Castelo branco, e . . . 300$000 de ajuda de custo e 150$000 réis para o Tenente-General Jorge Soares de Macedo

Roque da Costa Barreto. Amigo. Eu o Príncipe vos envio muito saudar. Por ter resolvido que o Administrador General Dom Rodrigo de Castelo branco e o Tenente-General Jorge Soares de Macedo fossem desta para a o Rio de Janeiro para averiguação da prata de Paranaguá e do ouro que se diz haver naquele distrito e que depois da diligência feita nas partes que leh parecer desvanecendo-se, sem acharem minas, por última resolução minha façam a jornada a S. Paulo e dai às serras de Sarabaçú com as ordens que levam minhas aonde é opinião comum haver prata, e naquela parte fazer a mesma diligência. E para este negócio se obrar como convém a meu serviço vos ordeno e mando deis toda ajuda e favor para que Dom Rodrigo e Jorge Soares partam a esta diligência com a brevidade possível e lhes mandareis dar toda a ferramenta que pedirem e o mais que lhes forem necessários dos meus armazéns. E juntamente há de levar Jorge Soares cinquenta infantes daqueles que parecerem mais capazes deste serviço e sempre será melhor que sejam sertanejos, aos quais se há de continuar seu socorro como se estivesse nesta praça pelos efeitos por onde ali são pagos e aos oficiais de Guerra, Justiça e Fazenda da repartição do sul passareis ordens além das mercês que levam para que assistam com tudo o que fôr necessário aos ditos dando-lhes toda ajuda e favor para o bom efeito deste negócio e os oficiais da Fazenda e Câmaras que empreguem à ordem do dito administrador todos os efeitos pertencentes ao dote de Inglaterra e Holanda, digo, Inglaterra e paz de Holanda assim os atrasados com os que forem correndo, enquanto o dito administrador geral estiver ocupado na dita diligência daquelas partes, como também todos os mais efeitos pertencentes a minha Fazenda que não estiverem aplicados ao sustento dos presídios e tudo o que assim entregarem aos oficiais deste recebimento com conhecimentos em forma ao tesoureiro do dito administrador geral com vista neles posta por ele será levantada e com toda entrega que os ditos oficiais fizerem. E sereis advertido de ordenares que todos os oficiais de Guerra, Justiça e Fazenda dêem cumprimento às ordens que o dito administrador passar a Jorge Soares como Tenente-General para melhor efeito do meu serviço e a um e outro ordenareis ao provedor-mor de minha Fazenda lhes mande assistir com seus soldados desde o dia que se embarcarem dessa praça e deste em diante há de vencer o Administrador Geral Dom Rodrigo de Castelo Branco quarenta mil réis por mês e o Tenente-General Jorge soares de Macedo vinte seis mil réis e porque aqui se não pode ajustar quanto há de vencer o tesoureiro que hão de levar nem o escrivão de seu cargo, atendendo-se a viagem que fazem e ao custo dos usuais daquela parte designareis o sôldo que vos parecer respectivamente ao que levam o administrador e o Tenente-General, porquanto estes ofícios de escrivão e tesoureiro há de nomear o administrador-geral na forma de suas instruções, todos estes soldos se hão de pagar pela consignação do contrato das baleias como tenho ordenado e ao administrador-geral Dom Rodrigo se lhe dê de ajuda de custo trezentos mil réis e ao Tenente-General Jorge Soares e Macedo cento e cinquenta mil réis pelo mesmo rendimento e a seus oficiais que julgardes conveniente para seu apresto, passando as ordens necessárias ao provedor-mor de minha Fazenda. E porque é forçoso valerem-se dos índios que nas capitanias do sul há de minha administração e pares da companhia ordenareis se lhes dêem aqueles que forem necessários e aqueles que os padres da companhia derem fareis que sejam os mais hábeis para este serviço, sem embargo de assim o mandar escrever ao seu provincial e ao reitor do Colégio do Rio de Janeiro, e por se entender o quanto é necessário que de uma vez se consiga o efeito que pretende destas minas ou o desengano de as não haver para isso vos encomendo ponhais todo cuidado na execução do que por esta vos ordeno. Escrita em Lisboa a vinte e oito de outubro de 1677. Príncipe. O Conde de Val de Reis. Para o Mestre de Campo, General do Estado do brasil.

Registou-se em 9 de maio de 1678 e torna ao dito Governador João Dias da Costa. Em 9 de maio de 1678 se passou, mandado que se registou no livro de 15 dêles, para se pagar ao administrador-geral das minhas Dom Rodrigo os . . 300$000 que por esta carta em frente lhe manda dar Sua Alteza de ajuda de custo. Costa. E outro no mesmo dia registado no mesmo livro à folhas 8 para se pagar ao Tenente-General Jorge Soares de Macedo cento e cinquenta mil réis de que pela dita carta em frente e para constar fiz esta verba. Bahia, maio de 1678. Costa.

 
Fabio Paiva Reis
Fabio Paiva Reis
Fabio é capixaba, natural de Vitória. Historiador, fez doutorado na Universidade do Minho, em Portugal, e se especializou em História do Espírito Santo Colonial. Fundou este site em 2015 e, no ano seguinte, foi premiado no edital de Educação Patrimonial da Secretaria do Estado da Cultura do Espírito Santo. Hoje é professor de História no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus São Mateus.

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