No dia 14 de fevereiro, terça-feira que vem, defenderei minha tese de doutorado na Universidade do Minho, em Braga, Portugal. Aluno do doutoramento em História, na especialidade de História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa, ingressei no programa da universidade portuguesa no final do ano de 2011 com o objetivo de estudar mapas históricos do nosso estado.

Com a tese intitulada As representações cartográficas da Capitania do Espírito Santo no século XVII e sob a orientação do professor António Manuel Clemente Lázaro, tive como objetivo apresentar e analisar, pela primeira vez, os mais antigos mapas da Capitania do Espírito Santo, desde o mais antigo, feito por Luís Teixeira, ca. 1586, até o mapa presente no Zee-Atlas, holandês, ca. 1680.

Entre as questões principais que orientaram esta investigação estão:

  • Qual era a importância da cartografia no império português moderno?
  • Como se deu o reconhecimento e mapeamento da costa do Brasil e da capitania do Espírito Santo nos séculos XVI e XVII?
  • O que se sabia sobre a capitania então?
  • Como portugueses, holandeses e europeus em geral enxergavam o Espírito Santo?

A dissertação é dividida em cinco capítulos:

  1. O primeiro discute a evolução da cartografia moderna e sua importância no descobrimento e reconhecimento da América portuguesa.
  2. O segundo capítulo apresenta os mapas mais antigos da Capitania do Espírito Santo, no contexto da União Ibérica e valorização do Brasil dentro do império português.
  3. O capítulo três explora lendas coloniais e a presença religiosa no Espírito Santo nos mais importantes atlas do cosmógrafo João Teixeira Albernas I.
  4. No quarto são apresentados os mapas que concluíram o mapeamento de toda a costa do Espírito Santo, em um período de Restauração portuguesa.
  5. O último capítulo explora os atlas de Albernas II e apresenta os resultados dessa campanha de mapeamento do Espírito Santo que durou cerca de um século.

Aproveito para já deixar meus agradecimentos a todos aqueles que estiveram comigo, de alguma forma, nos últimos anos, e acompanharam minha saga para pesquisar, analisar e escrever esta tese, que eu acredito que será importante para todos os pesquisadores interessados na história do Espírito Santo colonial. Agradeço principalmente:

  • Ao meu orientador, António Manuel Clemente Lázaro, por todo o interesse e apoio antes mesmo de me candidatar ao doutoramento, mas principalmente durante o curso.
  • Aos meus pais, cujo apoio e ajuda foram essenciais durante minha estadia em Portugal, e ao meu irmão e minha cunhada.
  • À minha esposa, que me pediu em casamento quando morávamos em países diferentes e que esteve ao meu lado durante toda a produção da dissertação.
  • Aos meus sogros, meu cunhado e concunhada, pela amizade, apoio e tudo o mais.
  • A Diogo Pasuch, Sergio Denicoli e Miguel Gravato, amigos e colegas da universidade com quem tive o prazer de dividir o apartamento e o dia a dia enquanto morei em Braga e com quem discuti sobre minha dissertação diversas vezes.
  • Aos demais amigos brasileiros e portugueses que conheci durante essa experiência única: Alexandre Almeida, Raphael Marinho, Mário Camarão, Marília França; Marina Denicoli, Carlos Alberto Tourinho, Ana Carmen e suas filhas Mariana e Clara, Chalini Barros, Odete Almerinda, Carla Gomes, Júlia Lemos e Paulo Alves.
  • Aos professores Francisco Mendes e Helena Carvalho, da Universidade do Minho, e João Carlos Garcia, da Universidade do Porto, que me receberam com carinho, me convidaram para participar de bons momentos e fizeram com que eu me sentisse acolhido tão distante de casa.
  • Aos colegas do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, que me incentivaram desde o começo da pesquisa e abriram as portas para diversas oportunidades nos últimos anos.
  • Aos amigos da graduação e do mestrado Francesco Suanno Neto, Luciana Silveira, Tiago Onofre, Karulliny Siqueira, Carol Soares, Bebel Medal, Rafael Dias, Marcelo Fonseca e Cícero Barbosa, com quem tive bons momentos e boas conversas de lá para cá.
  • Aos velhos amigos, do dia a dia, pela companhia: Eder Benevides, Mariana Nascimento, Udayam Bassul, Eder Sallez e muitos mais.

Informações sobre a defesa da tese:

Doutorando: Fabio Paiva Reis
Tese de Doutorado: As representações cartográficas da Capitania do Espírito Santo no século XVII
Instituição: Universidade do Minho
Data: 14/02/2017
Horário: 14:30
Local: Auditório da Universidade do Minho, Braga, Portugal

Fabio Paiva Reis
Fabio Paiva Reis
Fabio é capixaba, natural de Vitória. Historiador, fez doutorado na Universidade do Minho, em Portugal, e se especializou em História do Espírito Santo Colonial. Fundou este site em 2015 e, no ano seguinte, foi premiado no edital de Educação Patrimonial da Secretaria do Estado da Cultura do Espírito Santo. Hoje é professor de História no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus São Mateus.

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