Referência

[Da ponta do rio Doce ate os Abrolhos]. [Escala ca 1:590 000]. 1 mapa: manuscrito, tinta sépia com aguadas amarelas; 30,00 x 43,00cm. In [Atlas da costa do Brasil]. [ca. 1646]. Caixa 2: Fol. n.°12. - Autoria Desconhecida. Pert.: Biblioteca Nacional de Portugal. Disponível em: . Acesso em: .

Link Original

https://purl.pt/23778

Créditos

Biblioteca Nacional de Portugal

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Este mapa encontra-se no [Atlas da costa do Brasil], cuja autoria é de João Teixeira Albernaz, o Velho. Ele é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo. A obra está na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.

Junto com o mapa, há a seguinte descrição:

Da Ponta do rio doce ate os Abrolhos que estaõ em altura de 18 graos he toda a terra despouoada e na costa não porto nem rio de consideração. Entre os Abrolhos e a terra há hum canal que tem de fundo dose braças por onde podem passar naos da India.

Os topônimos presentes no mapa são:

  1. Aqui comeca a Capitania de Porto Seguro para o norte
  2. rio doce
  3. rio corovripe
  4. rio [?] Peruipe
  5. rio Picuipe
  6. rio das caravelas
  7. Ponta de Agasuýpe
  8. Canal por onde podem passar naos da India
  9. Abrolhos
  10. Ilhas de Santa Barbora

A obra de 1646, portanto, é relativamente diferente das anteriores, feitas na mesma década. Por estarem dentro da própria carta, sua descrição é reduzida, mas ainda traz informações relevantes.

Na descrição, encontramos, novamente, a informação de que esta é uma “terra despovoada” e que ali não há nem “porto nem rio de consideração”. Vimos durante todo o trabalho que, de fato, essa é uma região de difícil acesso para os portugueses, por causa da presença dos botocudos. O motivo para o mapa, então, além de completar o mapeamento da costa, é apresentar os Abrolhos e o canal descoberto entre o continente e suas principais ilhas. Segundo o cartógrafo, este canal “tem de fundo dose braças por onde podem passar naos da India”.

Assim como os outros mapas dessa obra, este aqui é bastante simplificado, quando comparado aos mapas anteriores de Albernaz. Feito com um traço simples, sem cores e sem maior cuidado com a representação, parece ainda incompleto, pela falta de dados na escala de léguas. Os próprios Abrolhos parecem ter menos destaque aqui.

Entretanto, os mapas fazem parte do conjunto produzido por Albernaz. Como afirmei no início do capítulo, as obras de Albernaz, o Velho, são conhecidas pela quantidade de informações, elementos marítimos e também pelas fortalezas, espalhadas por toda a costa. São um exemplo da importância da proteção da colônia em uma época de conflitos para Portugal.

Nesta obra, este mapa é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo, como pode ser visto abaixo. Cada um deles é acompanhado de uma página com uma descrição do mapa. Clique para acessar informações de cada um:

 

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