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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S
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O Inspedort—Jotâ Joaquim d'/fImet.âa Rihctro.
1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
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O Escrivão,—Emilio João■ Valdetaro. 0 InspecLcr. —José Joctqum d’áhneiâa Wfetro.
1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
■ÍSe|iarísé&» eásiseeisl iBás íerrás puM3ea5.
íílm. e Exm. Sr.—Em oíficio do ti do mez do fevereiro findo sob o ;m- moro gi ordenou-me V. Ei. que até o fim do que nos rege prestasse ú V. Ex um reíaioriQ cifcumstaneiado sobre todos es iiejocios que correm por esta repartição à meu cargo. Cumprindo a ordem de V, Ei lenho a amum de significará V. Ex. que alem das informações em requerimentos sobro Compras de terras, vistos nas rehções de despezas com medições, estradas o mais obras mandadas fazer nas colonias de Santa ízabei e Santa Leopoí- dma, diarias aos respectivos colonos, que ainda as percebem, e nos recibos sobre ordenados egratificações dos director.es, administradores etc, poucas
eousas tem corrido por esta repartição, tâoreeen teme ate i rtstall ada, toda ■ via d o!Ias falia rei por sua ordem ei ng indo -ine ás informações que á respeito um forão submíaistradas- '
'Repartição especial das terras.
Foi elía creada, como V. Es. sabe, pelo decreto n.° 1,758 de 36 de abril de 1635 com os seguintes empregados.—Um delegado, um amanuense, um .porteiro, servindo de archivista, alem do procurador fiscal da thesourarfe, que Hie é annexo, e foi defini ti va mente installada em de dezembro do ■auao passado; dignando-se o Exm. Sr. vice-presidente por sua resolução de 16 (Taqualfe mez, nomear-me provisoriamente delegado em virtude da ■autho ris ação, que lhe fora dada pelo Exm, Sr. ex-Üíinistro cio Império datada de £4 de novembro daquelle mesmo anno, e desde o referido dia âü tem eíla trabalhado sem interrupção, e está colloeada na casa de minha re- .ztdencia na sala immediataao meu escriptorio de advogado, segundo com- nmniquei ao mesma Exm, Sr. vice-presidente, que approvou. Ba relação inclusa verá V. Ex. quaes osutensis, que ella presentemente tem, faltando . outros, gue requisitei, e ainda me não forão fornecidos.
■Juizes cominismrios e medições.
l)a relação, que me foi remettida pdo antecessor de V. Ex., achão-se -nomeados todos os juizes commissarios da província, e do oíficio que a acompanhou, bem coma das que tenho recebido de V. Ex. vê-se que elles ja prestarão juramento tendo o de ítapemirim funccionado, mas está hoje vago, como communiquei á V. Ex. em 11 de fevereiro proximo passado. Em vista do que, dirigi-ííies uma circular exigindo informações sobre ms
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t TERRAS PCÍ3LÍCAS.
írabídhos por elles feitos para habilitar-me á dizer á V. Ex. alguma coesa à respeito, e Wdos me responderão que nenhumas medições havião feito por não liiss terem sido requeridas, representando os de Guarapary (VLinhares a falta de agrimensor. 0 da cidade purém até hoje nada respondeu,, não obstante dirigir-lhe ainda em 6 d-1 corrente segundo oííicio, declarando-me por essa occasiào que não reconhecia em- mim superioridade para. pedir-lhe essas informações, e que ia solicitar esclarecimentos de V. Ex,„ (jtie se dignara de ruim rir-me meia mais díáer, senão, que riesfev repartição sú consta, que elleje o de Itapemirim e Benevente fizerão cada um duas medições de legiiimações e revalidações: as feitas por este pertencentes á D. I h o m a z i a. Tãvares da Fonseca* Xavier, e=Franeisco de S a 11 es Cor cheiro; e as. p >r aquelíe á José Claúdiode Freitas, e Domingos Josè de-Freitas, seus filhas e netos á margem, do rio—Santa 35-a r i m — a n n ex o s n mm á, o uir as, a s íymes todas devolvi informadas em 3 do mez findo á V. Ex. que imas reenviou em 28 do mesmo para passar aos dons primaras os respectivos titules de legitimação, o que ainda se não fez por não haver recebido a fórmula aara ellas, designada* no^ 9 do artigo.B,0 do regulamento de 30 de jaueiro de I Soi e § g 5 e 6 do artigo ihdo outro regulamento de 24 dg abri) da :n esmo anuo, e os segundos para remeítelHos ao respectivo juiz commissa- rm, afim de fazerjimtar aos processos os títulos primitivos de aequisicões,, ;Hü í os rmn.elli,,e logo que os receber os transmülirei á V. Ex„
Qbmpra e concernes da lerras. '
Difrereníes roquerimontes, oíficios, e despachos de V. Ex. tenho recebido* u-esse sentido para informar, uns feitos á Sua Magestade, e outros á V.Ex. e iodos elles tem sido cumpridos, e por em quanto só Josè d'Almeida Trancoso e Pedro Tabachi, éque, em-virtude do convite qne íiverão para uiírar em ajustes sobre o preço que lhes convihhmdar por cada braça quadrada, comparecerão declarandb, que á umreal somente, db que dei; parte á V, Ex. em 7 do mez findo e S do corrente. Dentre os que o governo imperial em avisos de 29 e 31 do mez proximo passado mandou vender á real a braça, es tá c o m pr e h en di ilo ode Trancoso,, que realisou- no diâ 2o na thesou- raria a compra, como tâmbera communiquei áT. Ex no dia seguinte. Os demais, a saber,.o commendador Reginaldo-.Gbmes dos Santos, o tenente coronel Bernardino da Costa Sarmento e.Tosé Gonsalves Espíndola, á quem nemetti copiados referidos avisos,.até esta data nada me responderão, ex- capto o ultimo, que declarou, que por esse preço lhe não convinha: disso- mestno inteirei á V- Ex.
Pelo engenheiro da província o-Dr. Pedro Cláudio Sbiilb fórão medidos por ordem, do governo imperial em virtude de requisições particulares Á ter-
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ÀPPEXSO • 3
íonos, a saber; um de meia legua em quadro no sertão do—Páu Amarello— tia freguezia de Cariacica pedida peto capitão Manoel Ribeiro Coutmho Mascarenhas, a qual teve lugar de há- 1:5 de outubro do mwio preterito, e diz o engenheiro, que o terreno ó bastante montanhoso, e tem muitos rochedos; que a terra é soffrivel e tem abundaucia de aguas e excedentes cai- xoeiro¶ assentamento de maquinas, Não consta desta repartição se fora ou iiao realísada a compra dessa terreno: O segundo também de meia legua em.quadro no sertão denominado—Santa Crur—-ctetricto de Manga- rahy, pedido pelo tenente coronel Bernardino da Costa Sarmento; ecomoiii- forma o dito engenheiro, esse terreno é mais accidentado e penháscoso,- que o l.° não é porem tão abundante do serapilheira, como aquelle, ma$: em muitos lugares d bastante secco e cheio de laquâras; foi medido de 15 áüide novembro findo. O que ha sobre olle fica dito á cima, 0 terceiro, que foi medido de 3f de janeiro á 6 de fevereiro do corrente-anuo» nos limites da freguesia da Vi arma com Cariacica junto ao no Fôrma ti passando- pelo morro—ifègíos-—, è de 800 braças, bem que não ficarão quadradas, por o terreno á isso senão- prestar, e encontrar-se-com uma- das linhas da meia legua de terras Fequeridas pelo dito capitão Mascarenhas. Este d o terreno pedido, e já comprado peh> dito Trancoso, e- reune, como informa-o engenheiro, algumas-vantagens comparativa mente aos deus anteriores sobre a- qualidade das terras; O í.° finalmenteèm-pedidb-pelo referido Pedro Tabachi, que é também de meia legua quadrada, sito no-dl sírio to de Nova Almeida jtintóaorio—Fundão—, eteve lugar essa medição- de* IR á d 8 de- te verei ro proximo passado:
Tabachi porem ainda não realisou a compra, e o engenlieiro diz a respeito d’este terreno o seguinte: « O terreno á excedente,, pouco montanhoso, d tem a grande vantagem de ofiereeer muita facilidade de vias de com muni- cação, não só pela proximidadéde rio de Villa Nova. como tãobem pelo rim Piraqno merim,, que conduz ao- porto da villa de Santa Cruz. Estou mesmo persuadido de que, se esta localidade fosse a maistempo conhecida, telha sido a I a escolhida para assento de uma colunia, e hoje ainda ha uma- rasão mais forte para isso, e é, ofiereeer elle, além: d’aqnellas du-as vias de communicação, umaterceira que é a-esfrada de Santa- Thereza.» O que diz o engenheiro, é o que tenho ouvidò-d muita gente conhecedora do lugar o ao mesmo Tabachi, Com. estas i medições-fez se a despeza dè rs. 682^800, como consta da conta-a preseníàda pelò-mesmo engenheiro.
Terras registradas.
Dos livros existentes n’esta repartição pertencentes ás freguezias d’esta cidade, Espírito Santo, Gariáeica, Ytanna, Queimado, Serra, Nova Almeida, Santa Cruz, Linhares, Guarapary e Benevente consta estarem^registra-
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4 TETUUS PlRLICAS.
dos 3, \ 63 terrenos, íaKnnlo ain ia os das freguezias de Carapiuá, São Jía- theus s Barra do mesmo nome. Xéaimni d’osses registros es lá feito, como doveríão, pois notão-se rdeiles mais, ou menos irregularidades, por exemplo, a falta de declaração do dia, mez, a anuo, ern que forão os lilulos apresentados para serão registrados, como num d a o aviso de 17 de janeiro de 185o, a do termo de encerram mto dos mesmos, como determina o aviso circular de 23 deoutubru dc 1833, a da declaração de ter havido multados ouüão ado dia, em que principiou, e em que acabou o registro, excsplo os das iraguezias d’estu cidade, Cariacica, QueimuLte Gaara pary, que tem mais ou menos essa term o c deci a rações; notando-se de mais no de Caria- cica uma grande quantidade de termos em iodados, e raspados sem rasai- ves cconi ussign atura e rubrica ao mesmo tempo esi um só registro.
Depois que lórão recebí íns essas livros só compareceu ivesta repartição p ira registrar os terrenos de suas fazendas o desembargador José Ferreira éiQüto, oqualporulo tel-lo feito no tempo e p rasos marcados, foi multado na.quantia de conto n «ín coe ala mG réis em conformidade do referido ;nt- ■so circular do 22 de outubro do a uno üado; d'essa multa recorreu e!le para V. £x., 2 cm resultado foi abíolvidu pelas rasões, que allegara: o que consta do olíleio de V. Es de 5 do mez lindo soh o n.° 29.
Dos registros feitos na fieguezia d'esLa ei tade vejo qu : existem ainda alguns terrenos p:\ra registrar-se, e nenhuma providepcia ã respeito posso Limar por não achar disposição no .regulam mio de 39 de janeiro de 1857, que é isso rne autorise. s nem mesmo em aviso algum expedido pela repartição geral das terras.
Esta falta estando como que prevenida pelo aviso de 40 de fevereiro do 43377que manda aos vigários romeüer a lista dos que deixarão de r-egi.s- irar seus íerranôs, ou posses de qualquer natureza que seja, nenhum residido tem produzido, por que um só dos vigários fez essa remessa.
Para remediar esse mal para o futuro parecia-me conveniente tomar-se òguma providencia a respeito, por exemplo, que só impozesss a obrigação, is quando qualquer tivesse da vender, trocar, ou doar algum terreno seo, izer incorporar, sob pena de iiullidade, á respectiva escripíura ou papel :C troca ou doação, a certidão do registro delis passada pela repartição das irras, da mesma sorte que se pratica, em taes casos, corrí a sisa. í)’esta redida resullarjfèp duas vantagens, a |,‘o íiol cumprimento da lei: a 2/ a cuia proveniente das multas por falta d )s registros no tempo competente.
.Cüionia de Sanía Jzahel.
Data a sua existência do armo de 18i-7; tem hoje pordirector o nage- beiro Adalberto Jaha, cuja nomeação foi era %% de agosto do armo passa- ü; está íaiobem incumbido de medir os prasos pertencentes â mesma colo-
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APPEKSO. O
nia.e a fazer apromptar outras obras. Está situada na lati tu d; meridional do 21 gráus e 16 minutes, e aa .longitude Occidental de 44 grãos e 35 mamilos.
Pela informação que d’elle recebí e teuhuá vista, conhece-se que a cole- ma vai prosperando, como o permittem a fertilidade do terreno -e a força de cada um dos donos dos p rasos. Podia a sua prosperidade ser maior, ou apresentar maior -dèsánvolvi mento, attenden do-se para o tempo eiii que es- dá creada; porem atfribuee direetor esta falta á não ter tido (!*: principio uma direcção ou administração regular, a acrescendo á isso terem recaindo etu mlgumas fa mi 1 i as- m ais 4le mm do í e p or o c ca-si ã o de -su cees são, que por ifalti?. de braços cultivaTiores, ainda estão sem amanho algum, e --servem se - miente para augmentar a extensão e difficultar o seu progresso, v Prodiiz elia ammalmenle 2,000 arrobas de eoffií, e esse pouco rendime!i- íto explica a falta de methodo e direcção, que nota o direetor: esse caffe é íconsumido parte na mesma colonia, e o mais vendid© natreguezia de Viart- ma e idesta cidade: tãobem fabrica-se ali alguma farinha, que por ser em pequena quantidade é lá mesmo consumida: o mesmo-resultado se obser- rva com o mílhq, e feijão e os demais geueros alimentícios.
Consta ser o pessoal de 374 almas, e destas 160 são adultos e crianças: .apozar desse numero tão crescido, diz o diredor que não frequenta a aula -de-l/' letras ura só menino! 11 O "bem conhecido zelo e interesse que V. Ex. -tem apresentado pelo bem d’es(a província, é o maior garante, de que V. Ex. não deixará de tomar alguma providencia, para-que cesse essa inércia dos paes dos meninos, e quiçá do déleixo do professor, pois d i-relação que o mesmo direetor apresentou-me, conhece-se existirem 92 meninos de 6 á 'â 2 annos em estado de aprender nesse numero entrão-tãobem as meninas, sobre' quem entendo dever estender-se o beneficio, por serem suas vantagens de evidente intuição..
A igreja Catholica mandada construir pelo governo para os referidos co- doms não esta ainda ultimada, nem tamberna dos Evangélicos e a casa do seu pastor, e como essas obras são feitas por esses mesmos pastores, á quem -são entregues directa mente, nada posso dizer sobreellas por nada constar n’esta repartição, e nem o direetor me saber expliear. Queixa-se elle dafab sta de casa para si e sua família, por estar morando em um pequeno quarto que alugou á um colono :ísto certamente se não compadece com a posição que elle ali oecupa, êÇsobre o que V. Ex. me permiííirá que eu chame a sua attenção, pois que ó digno de particular menção:pelo zelo, probidade e iuteresseque tem mqslrado no desempenho de sua commissão. Reconhe- «cendo elle pélo exame á que procedeu, que a antiga estrada da colonia era -bastante encommoda detrauzitar-se principalmente do meioparao fim, por der de subir-se e deseer-se enormes montanhas, difficultando assim, quer a -communieação dos colonos que mor a vão nessa altura, quer o transporte de seus generos, emprehendeo melhoral-ae o propozao governo, que appro-
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íV, TCTíKAS PUIUJCvS.
; 3 m - ca r to - uoll», emi c i 111 u- le>-s e as s i n- x: u V i s as vantagens; e pnratriK mappa que elle mostrou-ni' uessa obra, ;t nova estrada encurtou a antiga* cm um.» hora pdo.mnosdí viagem, aí) n da grande vantagem ile facilitar » transito e transporte por n io t u: uoeessr:li Lí d; .vibirern^se o descerem-se-' essas montanhas, estaa luj í prn notas- extensão com* a largura
de 10 palrnis, ale n d • úOd outras-,-.que por emq ua 11 to -de mas o m-s r He d pplnns de largura;-estrada? qqe diz o director espara concluir atém G;n do corrente ibozsco » o que terá de dfepaiiltir-sa -d-Hi!>3rHt §#0^300!:calcul a n - do o seu custo total-eus--rs. I :->5 1*001, e c-rn-o opte está feito ;~assinv como o >m odespoi lid i co nm m- lição de vários prasos, tem-se gasto a quantia de rs. 1:í‘20dodO dV Í3- de desenhco -d> an-íio-passado «ate o-ÍIut-do mez qus acabou.
R es tã o ain iá -por ma íid-se outros p rasos, assim xo mo outras estradas por" iazer-se, como sejão a de São Pedro d'Mcantaf;T, que atravessa a colonia? para facilitar a co nmsnicaçáo dèstãcomm província de Mfnás; e as pon- í i> do rio.fucú, sendõ mní^dèllas-nasvesinhaneas dó—€líapéü—para estabelecer a comnianicação fraueu com -a’ eslradá- dãqueíla província, cujo ore voento ain la-uãopdJé o director verificar pop falta dê uma canôa para son lar a profiro iidãdd ddlle 11 ’ e s sa adiri r a., CdneluÍd;ís essas obras, parece- m? que se terá conseguido o que a li • sto -tempo se- dSseja,:isto é a comimi- ni cação de ambas as províncias a -descida das boiadas e mais" objectos, quero tsütuem o com mor cio nmqmdlas imm-idiações, .expie são tOvados ao Rio- d* Janeiro, s outros* lugares por- falfa dessas estrada e-pontes mormente quando a coloniaíÒF-se estendendom’êssa direcção-.
Pelas relações que-temiapresentado o diVector mesta-repartição, vê-se - que !.e:n-se despendido com-ms colonos-, que a i n d a * p orce be m - d i a r i a s, de janeiro ao ukinndo mez findo, u-quantia dd rs. â:2Hl£>oOÍ}, importando a? q ie eile tem reedud i, quer como engenheiro, quer como encarregado des*-- sjçiá trabalhos e medições na de: rs: TodgfOOO.
Co temia de Santa Lcopoldina, ..
0 i! \ a sua existência de março de 1 837: esteve administrada por umsu- - p-irinfenh ite a lí 31 d) fevereiro próxima passado, dia em que foi por V. í:x. de ui Ui do, por estar para elhí já nomeadoo díreGtorMr. Henrique d’Il-' librs pelo taníecessor d 3 V. E\. on virtude de autorisacáo dd ExmcSr. ex- Ministro do Império Márquez de -Olinda^e pala mi nu ciosa-informação que dd dita director teihom-vistav eunesmo dSs que- colhí da encarregado-das-• obras rfessa colonia-o capiPão Antonio Eernandes- d'Andrade, promette alie - iin futuro lisongeirp-,. não só pela fertilidade do terreno ;e sua collocação, como porque em geral- os- colonos são trabalhadores, e estar ellá collocada- isn terrenos menos montanhosos, que.os da dei Santa Izabel.
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Ámxso. 1
Kstá ella situada, corno diz o director, em u na ético da do rio—Santa M;P ria—entre â gráus e i minutos delongilude, e 19 grátis, 37 minutos e á segundos de latitude, e tem de extensão 2 léguas: uma na direcção de Lesta ámeste,' eoutra de sulánorte. Aquella primeira linha está occupada pelos 'Hw'colonos, e-a â^xwlos que -víerão-uo - depois: seu» terrenos, e sua riqueza varião segundo a sua maior ou menor fértil ídfidée a" vegetação das mat- tâs e condicções-da 1 oca í id a dè r s â©' pr opr í os para cal lí, canoa, mârnena mandioca,^milho, feijão batatas etc; etc, : :
RHódhs estes genéros dèplantáções b^mâior ou menor qtraníidàde, so-- Uresabíndo o primeiros que prometté este anuo alguma colhei tá. Os primei*' ms prasosy que estão nlaquelía primeiradínha são pouco ferteis, pelo que” os respectivoscotÔnos-derão quê supportaras consoqusneias-dív suíricsteri- lídade: o contrário porem acontece como os situados na linha dc norte sul, que sãoísrtéis^e os quems-pessuem^stã&diastánte-satisfeftos, como cr declararão.-
Setenta e Ires são as tamilias, qae-povoâmesta colônia,' saudl a popula* ção total dé 3o9%lmas :messe numero etóríto22ÔraduUos e crianças, sendo" 10 já nascidos depois que aqnbchegarão; frequentarão- á-aula de íletras o anno passadôl^" meninosy entretanto que este antro sòd â-èque- estão matriculados, epara obviar esse mal pede o director uma providência. 0 que 1 dice á este respeito quamlodratei da colonia dc Santa Izabel; V. Ex. me pyrmittirá que appHque á está por estarem-emr idfcnticas circunstâncias. Reclama o director, como medida necessária, segundo testemunhou e foi informado, a retirada ou expulsão dos colonos-^VelkerrpBrix, LusténbalÊí Büsch e Eechrs por immoraesy- raaos e preguiçosos’, párã''exemplo e mora- ’
]idade dós-mais Consta desse relatorio, que o colono Jacob, filho dè José: Cadiente estáb serviço particular da Francisco-“de AmõrimdVíáchadcí, pelo ’ que reside fóra dá colonia, que o colono Seijaché ’ dô a dôe Tagábü n do-por ’ esta cidaderque os colonos Pajunh e Heidinon pedem "cada um q)afã'seu8 - filhos João eCarlos/que são maiores de 2í%nnosj ura práso; que 1 % '*cólc- nos não tem os seus completos, faltando-lhes mãiS de metade pque 'tòdòsms^ colonos, com excepção dg mui poucos, tem piantádé já bastan tm ea ffe,.e tam- bem mamona, bananeiras,.limoeiros, canna, batalas -edifférentes- ligumes■ para suas subsistencias, eqá colhem algum frueto dôssas^plfeteçôesã Apresenta o mesmo director iMereiites’ medidas,, quê1 julga necessárias para a boa regularidade, disciplina; mugnientoa e *prosperidadé dà1 colonia, accrescentando, que disso mesmo já informou á- Yá Ex^á^querm apresentou um’ iguaF relatorio, ao ^que entregou n^éstã-re partição, ao* qual me1 redro para não-tomar mais extenso o-presente, reservando-me para'em’tempo competente-, e quandó assim o exigirem as circumstancias da colonia, levadas apj conhecimento -de V. Ex. e forem por elle directamente reclamadas.
Pelo mappa e reláções que me.apresentou o dito administrador, capitão
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o TEIUUS ri'EjLÍCAS.
An lrade, cujo eargv axerem d isd-t 18 de seh n Vo do mm ím h 20 do corr «lie, em que fui exo lerado, segund > p píw^rij^ção $8 X. &x. de mesma data, fez elle cn a os colono,-: saissos emídufm’;, pie communicãn os presos crestes com os dos metí*; serviço, em queiem estado desde que para lá foi até o fim do me-z ultimo, assim como muitas outras obras, a saber— quarenta e oito pnofiltipos de oito pilotos th laiguni e cumpriniento total de 17.2 braças, pp importância de rs. hOÍSpKif; diíiVnmíes estradas com a largura, umas de oito palmos, noutras de d, contou d > ,> lota ’ do 12,808 bnças, que importarão em rs. 5:331 d>320, e m tis .unuv casa em Bragança para a arrecadação da botica com 30 paíqros de cumpri mept > e 21 de lar- g ira. Ado faço especial -ipencpo do seu iírqtoríe, [ior vir engfobado na feria apr ‘sentada pelo mesipo adumbstrodjF do qr/. d<* janeiro na imporuqicía de um conto seiscentos eipeuentíi e seis mil sd&eeiilus e sessenta réis.
Importarão as diarías dos colonos em todo .esse hmnn em quatorze contos seiscentos oitenta e do tis mil, nove eentps ,e trinta e cinco réis, e a des- [i v.a total n'estes sete mez°s em vinte um eouLos, sessenta e dons mil oito centos e cineoenta cinco réis.
Às gratificações que tem sido pagas ao administrador, ao superintendente até 21 de fevereiro] e ao director, á e mtar du I.? çh janeiro ao ultimo dó m adindo, importarão eie seiscentos quarenta .e cipeo mi! quinlieutos e setenta e cinco réis,
Âldeamento imperial Affónsino^
Não posso precisar a época, em que foi elle creado par falta de esclnreçj- meutos; e sobre o seu estado, sjsqúaníu yeiq de dizer-mo u Exm. dirmfur geral em oiljeio que Hoje mesmo recebi. Este aldenmetjLto compmiJia-se an- tigameute de 90 indíos, e hoje apenas de 20 e tantos, por que uns tem fugido, e c litros tem sido seduzidos, e eu sem poder dar providenciai energica.s a respeito par que depende isso de força ode despesas G qddeamento está em (L ecadeticia, e julgo que de pouca duração será, .se o diigpo administrador da provincia não laiioarsua allenep xommtdle lia poucosdias fugirão alguns iudios. e os que ficarão não querem trabalhar: o director os anima, porem não pode forcai-os, enern mes no convem, por que séria arriscar sua vida: pedio elle-a Exm." presidência duas praças, que julgo deverão ser profícuas, se essolbereip-se soldadps uiorigerados, pojs que essas praças virão dar força ao director, e os iuiiçs terão mais respeito e se dedicarão ao trabalho. Esta franca exposição, qu Viteral mente para. aqui transcrevo, confirma o que abaixo digo sobre o abhemento do rio l)oceT
AiJenmento da Jlio Dore.
iSTão posso dizer a V. Ex. d :sde quando data a sua exisfonçia. Teve elle por director desde 31 de maio d o a n n o pa s s o do a té 2 0 do c o r r e n íe á José Erancisco de Barcellos Silva-: oompava se elle, conforme me declarou 0:
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AÍTENSO 9
mcz passado, em fazer derrubadas, ranchos e plantações, e em acolher at- grnls indígenas qué lhe a parecí ao. Pèrrnitta-mè V, Èx. fazèr aqéi uma In- géirá Obsérváçãcr, é veni a ser, que sé ui a preseáçàde um religioso hiissfò- háriõ; hem este, iiein aígúra ou tf o aldéamento terá verdádêirá éxistehciá; á rifes coiitiaiiarãò á sér áma fábula é uni sorvedouro de ávuítadas quantias; e V, Ev. Bem conhece quántóé espinhosa a missão dâ Cathéquese, poiè á experiência tem rMstrado que só ó religioso écápaz de conseguiréssè importante ftm; já porséucaráctér, já pélá prática é Conhecimento dos dogmas da nossa Sàhta Religião para poder por meio d'ella é dos seus exemplos infundir nos ânimos dós irtdigéiiás, Mó âóó deséjó da associação, senãó táMbem a hécessidádé dé abàndonáf essá Vida errante eirí ei igios a, ém qué Vivem; , .
Por hàó tér-rriô ò di tei director prestado ás irifórmáçóési qué lhe liavia pedido désde fèvereiro, náda mais pósso ádiantár, porqúe tambeih náda coná- iá h-éstá repartição; :
Pãssòu a éxercèr esse cargo 0 capitão ArítóhioFernandes de Atidrade.qus servia de administrador ria cõloriia dé Santa Léópoldina; como consta do tiáéhciOrtadô óíílciode V; Ex. dé 20dó éórrérité.
São estas as informações, qué teiiho a honra dé pãssar áü niãós de V: Ex; não sendo mais explicito ém cádã üm dós différerítes óbjectós pelas ra- iòós qde iicão expostas:—Deus guarde a Vi Éx.-^Repartição especial dás téfras publicas ria cidade da Viétofia eni 29 de abril de 1859,—Ilím. eExm; Sr. Dr. Pedro Leão Velloso, Digníssimo presidente da província.
Jòséde Mello e Carvalho.—Delegado interino da mesma repartição;
■ ■ — -
keiaçaô dós ülènsis pertencentes á repartição das terrasí
■ Duas mexas grandes torradas para escrever;
Dotís álmaríõs dé amarello envernisados.
Urriá escrévãuínha de latão.
Uma thesqbrá para aparáir papel.
« Faca demarfírm « Raspadeira de é « Estojo com compassos ètc. éfm Duas regüás dèj a carandá.
Um eàpanádor,. ,
Uma éáixádò folha para dliféiást
Seis cádétrás de palhinha: r
Cineá livros para registros dá correspondência:
í>ous djtos para juráíiiento é multas.
Dous ditos pára registro das terras. . , , , . t
RepàrtiÇãO espdciáí das terras pubíicàs liá cidade dá Victoria cm 20 de abril de 1850. , , . _ f , _ l ,
D dWermdii iníetino:—'José âü Mbllu c Cmi-olho.
" ;í
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Provincia do E.S.
ALDEAMENTO DE ÍNDIOS,
: ; IHi.n. éIÍvííi. Sr.—Em cumprimentoao oilicio de V. Es. de 9 doniez findo, que tive a honra de receber, passo a expor o que ha respeito á indiòs nesta primi ncÍ3. _ : :
Existem 2 tribns Purís e Bolocados, são inimigos e se giierreão Os Puris quasi'todos failào a mesma linguagem, osBoíocudos porém que são divididos em diílerentes ordens difíerem em linguagem. : ’
Àntigamerite liouverão duas grandes aldeias,numa em Benevente com m_iis de 6,000 almas e outra em Nova Almeida com mais de 8,000.
Esses imlios erão da raça Puri fbrão cathequísados pelos jesuitas e instruídos na nossa religião, e grandes serviços prestárão. El-Rei deo a cada húnia dessas aldeias huma sesrnaria de 6 léguas de testada, porem depois da exliúcção dos jesuitas, entrárão esses indios no pleno goso dos direitos de cidadão brazileiro, tanto que muitos forão nomeados pelos corregedores, juiies ordinários, procuradores etc, etc. Logo que esses indios forão empregados no serviço activo da milícia, em destacamentos, e em trabalhos de estradas sem que nada percebessem,principiarão a afugentarem-se para as prm meias limitróphes, e afinal á poucos íicárão reduzidos.
Oin.ndo se a brio a estrada para Minas foi encontrada humaorda de Puris restante dos destroçados pelos Botocudos habitantes da margem sul do rio Doce é temíveis por serem autropophagos. Os JEtoto.cudos em continua luta com os'Puris forão ganhando terreno, e chegárão a lançar os Puris pára a margem dorióltabapoanna limite desta província corão do Rio de Janeiro, distancia seguramente de 40 léguas. A yista de tantas barbaridades praticadas pelos Botocndos necessário foi rebateí-os e grande mortandade sof- Frérãp, assim ficarão muito reduzidos e esses, timoratos regressarão para o Mlio Doce onde ainda hoje existe humaou 2ordas, cultiYãopoucc, cassão e pescãq; eviíão comminiicaçãu com os civilisados.
Da parte Norte do Bio Doce consta-me existirem duas ordas mui fortes e numerosas, oãò querem largar a habitação das matas: algumas vezes sabem liús na villa de Linhares, ahi se lhe tem dado roupa e comida, por pouco se demorão, quasi sempre só apparecem de 20 a 30 indios.
Mais ao N. jána comarca deS. Malheus ha differentes tribus dos mesmos Botocudíís.iestes porem já estão relacionados com os fazendeiros a quem trabalhâo em derrubadas; quando saem dos inatos trazem mel, cestos e courós. Estes mesmos indios já forão chamados a hum aldeamento que se ereoumo logar denominado Birjrica, aonde estiverão pouco tempo apesar do desvelo do directçr Puríirio dos San[os Lisboa, porém é deesperar que a proporçãò que os habitantes daquelle lugar forem se entranhando para os certões ja algum tanto familiarisados, ellés completamente abandonarão as matas. : , :
Os i ndios Puris açcossados peíós Botocudos e ré ceio sos dclles, sujeitarão- se a üm aldeamentoqne nudempodapresidência do Exm.Sr. conselheiro Pedreira esíabelecep-sc no quartel denominado Barcellos, porém indo eu percorrer a estrada até a divisa de Minas (Bio de José redro— ou Quartel do Príncipe) os indios me üzerão yer que ahi, a terra não era boa,e que não
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- AIDEAMEMu DE fNMns.
in ni eaçinapontarão-me como Sugar ex-crilente as uiVcriras rio rio Cns- ItíUd, ivaiulitíctífidd ser exacto u que «lies um informavao mau Iri logo lo- i r xTan.lcs demlvidas, <• aii sé estehtdoceu n a Ideam eh to, hoje denominado Itiijierial Aííotisi.ii(i, havia o noueouiais ou menos o<) pessoas. Fez-se logo moinho, oi a i ia, forno, huma coto prida ca mira de casas, e huma em separado para o direclor e paiol. As colhei tas entrarão a haver com abundan- ria, porque em verdade uàoé possível haver-:terra mais fértil;muito abundante de caca, e assim riviao ôs índios satisfeitos, (i governo geralsõ d"S- Ittnidiaroiri: roupír, ferramenta e medicamentos, e o numero de indios che- gouá yodc todas as idade.. Os direetures entrarão a abusar, relaxar e a p- rderem a força-moral e por isso necessário foi demi iv uns. e nomear mi- troí, ô certo é que um bom direclor jamais me foipossivél achar. Appareceu Fr. Bento, de Gênova que se ntfereoeu para direclor, dei párte ao goverio, que approvoti; á principio dava eíle esperanças de huma boa administração, p< sto m idade estava forte, bem podia encaminhar os indios a iinssa santa religião, para o que mandei arranjar um altar decente ecoin'tudõVos preparos pa^a celebrar missa, porém iiifelizmeute enganei- me emii Fr. Uesito porque em pouco tempo que alli esteve causou a ruína do aldeámeríto, principiou por trancar os mau ti meu tos, dar rações peque- tiaVv privar ás mulheres de estarem coni ós seus chamados maridos: queria (pie fali asse cóúibna pronuncia quando lhes ensinava a doutrina, e áié chégríu ã niaitrajal-os cmu pancadas; assim tratados unirão-se e iugí- íáò para o inato lévaiiíío féiramenta, ler.içóns, e tudò que poderão apanhar, c sòticaráo no alheamento 18a -^0 indios. Necessário foi demitir-se o pa- ííreeuibfnèiar-se outro direclor, que nada fez, se não ao seu interesse, íiida o: Exin. Sr. Gatão antecessor dó V. Ex., a quem acompanhei, -aó aldea- niento, demitiõ essè direclor e nomeado o actuaí Manoel Pereira de Faria, que também poueò tem mito, eomludo dá esperanças e está bem recom- mendádo para dar todas as providencias a tirar os indios da mata, e au- táorisei a faser ás despesos indispensáveis, bem como encarreguei a hum Manoel Marianíio que já foi diredor,he mateiro e falia língua dós mesmos irulios. Á pouco tempo ehtregüei fase»da com aburidancia para serem ve»-, tidòs ds indios, e para os que viessem do mato, louça, ferramenta e bestas arreadás pá rã Vmn d uzir os mantimentos, porqüeo aldeamento ficou des- fálrado com a retirada dos imlios; e ndééssario foi comprar feijão, milho, farinha è porcos, o que encarreguei ao capitão José Yicirá Machado, fazendeiro abastado e de probidade, morador 4 léguas distante do aldea mento, e riada presèhtemente terá faltado ao mesmo alheamento; disto ainda o mes- lito capitão;:não apresentou conta. .
O aFdeaóÀerito tenai algum gado que se comprou para a puxada de madeiras pára a consírucçãó das casas, ^ndo eu ao aldea mento elevando um padre para baptisar os que qúizessém tive de ser padrinho de muitos e nesia occasião dei «ma vitela a eaáa um dos afilhados, e estas tem produzido estando b, numero hoje, já a 40 ou oG cabeças. . : . ■
'À^hra térü.se: feito alguma plantação de feijão, milho, mandioca, e arroz, porem em pequena escale porque os qué trahalhão são poucos.
Hè'dé suirima necessidade que o govínto Imperial quanto antes mande iriedir a porção de terreno que deve pertencer ao aldeamento, que no meu entender deverá ser nuncaítòénos de-Heguas,- porque embora não progrida 0 aldeamento, fica um terreno o melhor possível para Uma colonia. Os posseiros que antrgam^nteestavão a grande distanciado aldeamento hoje vão se aproximando, o que he para receiàr eme faz pedir a V. Ex. o alcançar do governo Imperial a medição do terreno que deve pertencer ao dito aldeamento.
Devo discr mais a V. Ex. que nas margens do rio Itabapoanna do lada
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APPENSO. 2
ÍV, «sta provi11 oia, na altura das cabecairas dó rio Muqui «vistam
du i5 br! is dó indios P uris .que-a penas de tempo em tempo npparecem em aignma tii/.enda i ou3.1); uma dessas ordas eu pude conseguir tirar 16 possuas e dro homens, mulheres, ecrianças,: que dépois de os Vestir e tratai os c > o muito agrado enviei ao Exm presidente então o Sr. conselheiro P« lreira queos fêz seguir para o Àldeamento Imperial AÍTonsi»<>, porem eia viagem o cabo José Vcnancio que os conduzia, entrou a tratar mal aos índios, que aproveitando a otxasião em que o dito cabo dormia o matou e as mais 2 pessoas que acompanhavão; fugirãoe consta-me que atravessaria ó rio Ifapemirím esc recolherão as cabeceiras do rio Miiqui. Muita» pessoas tem se oíTerecido para tirai-os do raato, mediante uma gratificação por cabeça . porem até agora não se tem effectuado. Será grande serviço se Y.í.i. providenciar a respeito. O numero destes indios constaser de 200.;
' -São estes os esclarecimentos que presentemente posso dar a V. Ei.
Deus guarde.—ítapomirim 42 de março de 1859.—111 m. eExrn. Sr.Dr. Pedro Leão Velloso, Digníssimo presidente; da província.
Barão (k Itapemirim, direetor geral dos índios aldeados da pròvincta.
EM 22 DE DE£EMBRG18o8,
Lista dos indios do Aldeamento Imperial djfonsiiu)*
1 i— Camilló—casado—Idade— 40—annos,
^1—Gathárina—casada—idade—36—annos.
3. —Verônica—filha—idade—10—annos.
4. _Miqmlma—filha—idade—8—annos,
5. João Paulo—lilho—idade—7—annos.
<5t_Paulo—casado—idade——annos.
7.—Clara—casada—idade—38—annos.
è .—Pedro—filho—ídado—cnnos J
9.—Marianno—casado—idade—00—annos.
40.—Paula—casada—idade—40—annos.
AIPedro—casado—idade—22—annos,
42.—Maria Oronk—casada-^ida de—-16—annos,
13. - Inocencio—casado—idade—24 -annos. {
14. —Maria Domingas—casada—idade—18—annos.
15. ■—Serafim—cá sado—idade—69 —annos.
16. —Maria ima—casada—idade—49—annos.
17. —Joaquim Pereira—casado—idade—30—annos.
18. —Cárolina—casada—idade—2o—annos.
19. — Joaquim—íil lio-—idade—6—annos.
20. —EmiM—filha—idade—2—ahnos.
21. —Maria Camilía—solteira—idade—28 annos.
22. -—Francisco Pereira—solteira—idade—11—annos,
23. —Thomé—casado—jidade—70—annos.
24. —Desideria—cega—casada—idade—46—annos.
2o .—Manoel flori—sol teiro—idade—27—anu os,'
26. —Máríí RutÍ—solteira—idade—24—annos..
27. —Crispim—filho—idade—1 — anno.
28. —Joaquim Capixaba—solteiro—idade—Í8—annos.
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estradas e Rios,
Min. oExm. Sr.-riem comprimento da ordem que V. Ex. dígnoti-sedi-; rigir-me tenho a honra de1 apresentar o parecer relativo ao estado, èrrt qué se achão as vias de comaiunicáçâo n’esta província-.
Estradas;
0 estado incompleto, nu, para melhor dizer, àpérias priiícipíadm dás grandes vias de cüuirmmicução qué necessita o desenvolvimento material dVstaprovincia, resumé-se iio seguinte-
1 > Estrada de Itapfumrim á proviricia de Mirias Geráes, passando peloá f
Ãrraiáes do Cachoéiró e (íó Alegre. ■ : - l
Encarregado por portaria d-; i3 dé janeiro do atino p; p, daíriSpecÇão dá dita estrada; reccnheci que bra a menos imperfeita de todas.as que existem; fcomo o declarei no parecer que éxisíe na secretaria da presidência. „
A importanóia sempre crescente do Arraial do Cachoeiro que tem hoje . iim movimento commerúiá! excedente a oí)0 contos-, crescerá tanto mais quanto a estrada para Minas chegar á ser tramitavel em todas as estaçõeã , do anno; o eonnnercio de transito d’este lugar interessa especialmente umá ■; parté do nascente de Minas, e por isso dá direito a espetar uma inteira re- . biprocidàde dé sácriiicios para levar o alinha mento d’esta estrada a um es- 1 tado de perfeita e segura viabilidade nas duas províncias. Do Cachoeiro ad mar, o rió Itapemirim é inleiramente navegavel, em quailto á estrada fica intransitável rm oçcasiãcodas enchentes; o que contribue muito para dimi- -- huir a importância comméreial, já decadente, da vilía de Itapemirim. riÃá mudain-às que exige o alinhamento aótnal achão-se indicadas no parecer dé que tenho faliadoi . ;
gri Salvo algumas picadás, péla mór parte sem transito possível por orá;
de Minas n esta direcção,
9. í> rio itaúnas qu j divide esta provinciã com a da Bahia lerá a siiã utilidade para os transpm tes, no momento em que os terrenos provimos principiarem a povoar-se. '
: (humusio.
Resumimi^o mêu pensamento snlne as vias de comtnunicações ifestft provinciã, tenho n boiira propor a V. hv,
1Rara as estradas: ; .
Que seja estudado <> syslémá completo que apresentei; as plantais, nivel- la mantos e ornamentos sendo feitos pára o transito de carros; as curvas não podendo ter menos de 39 braças de raioj as deeliv idades nunca excedendo a 7 por rt/°, a largura sendo de |(P com derrubadas lateraes de ,20 palmeis de cada lado para secar o terreno
2." Rara 09 rios:
Que sejào explorados os rios de que faltei, Wdttfandoás ptahüs com as indicações r dativas a rapidez* altura e volume das aguas; indicandó todos os- obstáculos qué ifelies existem; e o mesmo tftibalhó sérido dirigido áos affíueutesL
Observar-se-hii especialmentpj nos projectos dó melhoramentos que cortar voltas para diminuir as distancias conduza uma velocidade superior das agoas, o q;te á impossível aceitar aqui, visto as excessivas diOerenças de uivei que existem entre as cabeceiras e as barráSj óo pequeno cumprimento do' curso (Testes rios Os melhoramentos devem ser dirigidos Cspeóiál - tnente «obrea limpeza e adestruição de obstáculos artiliciaes, eãígunsna- luraes, que seja pndiibido as derrubadas nas margens mesmas dos rios tio fim manter o regimera das agoas, e que os moradores d1 estas mesmas margens sejào obrigados ã manter limpo de qualquer obstaòulo artificial 0 leito dos rios;
Em final que introduzido o uso de barcas feitas de pránchões com fuh- do chato, que com menor altura dhigoa levão cargas maiores ao systeinàdás ■barcas quilladas ü respeito dasquaas encontra-se já penúria de arvores capazes de fornecer canôas de 60 a 80 ar lobas, este systenia sendo applicddo b navegação nos rios unicamente* . ,
Observarei de mais que todos est ;s estudos, de cuja execução dependé ém grandfe parte o desenvolvimento material d’esta provinciã, fornecerão também os elementos necessários para a confecção d’nma carta topographí- cá completa d’esta província, . _ ,
Seria diíbcnltuoso appreseotar ti ma classificação da impoHaricia relativa d’éstes trabalhos; calculando sobre o estado da inferioridade produetiva dâ comarca da capital, julgo ser esta que merece os primeiros estudos; serh por isso deixar sem conservação o que já existe feito tias duas outras comarcas. :
Osrelatoríos fornecidos pelas camarás municipáes etn resRosta á portaria n.b fn de 3 de novembro p. p. dão os conhecimentos detalhados dasné- eessidades deçada localidade isoladamente; os relatórios dirigidos á assem- bléa provincial pelos Exrns. Srs. Luiz Pedreira do Couto Perraz em 1847 Jíd- sá Bonifácio Nascentes d'AzambUja em 5 S62l José Francisco de Andrade o Almeida Monjardim em 1858 esclareceu a importantíssima questão dds obras pubticãs, que infeiizmenteáté hoje continua achar-se sempre no mesmo estado da atrazamento, restiltado dóvido á falta d’um plailo geral á seguir invariável mente e á insufflciencia dos. recursos provinciaeá.
Taes são as observações qiie tenho de levar a alta appreciação de V, Éx.—Deus guarde a Y. Ex —íllni. e Éxm. St. br. Pedro Leão Velloso, dignissimo presidente d'esta provinciã. .
E i de la j/íírhmenx —Engenl miro civil d‘esta provinciã.
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illtm eExm. Sr.-—.A subida; e duplicada honra, que me eabe em ser o primeiroá dirigir a instracção publica d’esta província pela lionrosissima con‘lança d#Y. Es,, devera de ter o seu muito custo, e alto preço; e devera -de ser este pago logo ao receber de tão elevada tarefa; tal preço ê eoin ef- feitü a cmpreza sobre maneira arclua, que me foi ao mesmo tempo commel- tida, da confecção de um relatorio sobre o estado geral da insírucçâo n’esta .prov iudu com indicação ;especial das suas necessidades e vícios, e dos meios de satisfazei as, e sanai-os; e isso dhmproviso, vem deparar para di. rigir-mt; com. um trabalho ao menos estatístico dé antecessor, e nem um quadro acabado das-esehòlas, e pois quanto menos um esboço qualquer dã historia do ensino; e sem poder soccorrer-me a trabalho meu proprio, atfonto o1 nenhum tempo, de que dídaa minha nomeação para tal cargo.
Nó entretanto certas informações dos professores primários, que meforão por V. Es. fornecidas, e que seeomplelão por sua mesma deficiência; a noticia mais circunstanciada.sobre o iyceu ministrada pelo seu ex-dtreefor, o Sr I)r. João Elimaco de Alvarenga Rangel; as visitas que tenho feito a este estabelecimento, em cujos registros parece-me ter lido toda a sua historia; assim como asque fizásesçholasd’esta capital, e alguma outra por fora, animarão- mé á elaborar o relatorio, que passo d pôr sob olhos de Y, Ex. a quem Reos guarde.
Viçloria,edirecloriada.instrueção publica da província do Espirito Santo 'ÍÊ de maio de 1659, : "
lilm, éExm. Sr, presidente da mesma província,
João dos Santos Neves.
; E’ muito para lastimar oestado, em que se acha a instrucção publica ,4’es.ta prpymda. eójo nome até parecería indicar o maior baptismo de luz.
E ainda,se pelas altas administrações,e representações da província nada houvessc sido frito, neúhúm máo symptòma se íeria nisto revelado; e ao contrario só muita necessidade'havèriá á prover, muita divida á pagar, e muitas forcas ricas :dáseiva de um vigor virgem d fecundar; e nem algum desar restaria á província, porque ninguém se instruo a si mesmo de principio, ou antes ninguém é principio de si mesmo; no Cultivo da intelligenda
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2 INSTRUCÇÃO FüEÜCA.
Etrrjos gormen^a 03 semeadores vem de fora, sem qu2 s-5 Ih os torneça, ella nada produzirá de fructo.
Mas iníaliziiimíe não tem sido assim; os podaras da província te n in- contestaveltnsisííü alguma cousa feito pela instrucção d’ella; e moitas, e muitas cadeiras primarias tem ereado; um lyceo foi fundado com uma serie completa dos estados, que preparão para as academias; com a eschala do easiiu secua lario inteira para que qualquer podesse por ella subir ao eiv sino superior, listes benefícios porém em vez de serem utilisados, e procurados, bem pelo contrario a iustmceão desce espautosameute; o lyceo, que- logo no anuo da sua iustaílação, que data apenas de o annos,: contou 90 aluamos, e que jà ao aano passado perdeu 3 cadeiras por falta de disci- plios, acha-se tio corrente anuo reiusidoá íè estudantes, e em todo seu período deeiisteucia un só moça u to form m para ás academias.
Issarevela, ou o maior desamor ás letras, esó umacuriosidadeinesqiib riha d’espirito, que s& aborrece, e esfria eu n o tr<*eto delías; ou o maior desapego, e desinteresse pela tnais nubre causa do um povo, e nesie ainda mais uma reaegaçao até do seu baptismo, uma como apostasia: out então, que tem ba vido viciosinherentesao ensino, nas doutrinas, ou nos professares, que tem afugentado os discípulos: vicios, que seria preciso com o maior empenho extirpar, e cortar, ante*que lavrem raizes, que minem até os alicerces um estabelecimento tãomsperaneosa em sei.- principio; e tão i.vecisssari.0. em. Iodos os tempos a um povo, que aspira aura faturo.
lio entretanto, como :ne pareça mais natural, e maisdogieo, que em as- su:npt9:ddasU;uoçãog:irals3 comece-pela primaria, e ainda menos por tocar a todos, d'f.que por ser a base, a raiz. de toda outra, á que natural- rnente precede; sendo assim começar jnstanierite pelo começo, e fugir á irts- vqrsão,por isso deito porora o Ivceo*áque-reservo umart. muito cspe-’ ciai. e pasío ariustrucçãu primaria ou elementar .
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Ejísino panuaio,
A ijisirucglo,: e educação do povo é o- maior negocio dos tempos modernos; ella éo complemento, a forca, e a substituição mesma do dominio limitado, e, permitta-se-sia dizer, impotente das legislações^ •müà lex sme ntoribm,. nellaestá a solução dos mais diffici.es problemas: sociaesg é o restabelecimento do liomçmna liiiba deseudestino, isto ér guiando-se pela ■ intelligSncia, e-assim por si mesmo, pela consciência dos seiisdireitos e deveres; ó como quea rcdcmpçào ou emancipação do dominio das trevas. Efoi em verdade is to, de que se quiz fazer argumento Omni potente o Verbo» Supremo, que baixou de Deos para o- homem; isto» é, deque a- palavra, o> •suri.rj, ,a doutrina, o ensino ó que completa, melhora e salvam homem-
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APPEXSOi
Isídb assim e:ii gorai,: na 13 partícula r.n üíí 1193 systimi de govurnis livres.
P.-mrqiisahfi riria h á Vi-se b?P en dmrn, e Ias tfii 1, e não per a a por prácipiciòsé desvios 0 rama do: prograss >, é do mister que seja ella guiada, à ltíz de uma razão ese!atv;r,i;h. for.mr poisa razto, d espirito pu- bl CO: é o; primeiro dever, em íaes sy stemas de governo. Aid onde 0 povo tem Üma-partè principal na direcção de soas destinos, è preciso antes de tudo dluslral-o; afim de que elie não converta em instrumentos de mal ode trevas7os seus mais preciosos direitos.
Era quanto isto não for, não haverá censura seria á levantar-se ^cortír a um governo, que dirigisse a opinião, ábem delia mesma,a muitos, se nã >■ a todos os respeitos; ou impedisse de vagarem os maiores interesses ás cegas, e ao acaso,ou illudidos pela astúcia, ou ser vi Iria dos.» pela força, de quem só tem o:s seus interesses á enchergar, e nenhuns deverásá cumprir: A só responsabilidade dos governos em taes casos é não- dirigir para o bem, justificando a sua intervenção: porque.então, seria para vedar ao cidadão do abuso do que é seu, abusar p poder do que mm ó seu, deum der posito sagrado. : :
A imiea censura em tal caso está em entre ter-se uma tal situação,em'não prepararrse. e. apressar-se.o momeplo, em que opgvonão. precise de, tu- tellã, e use por 'si das.suas faculdades e direitos.
Forãosem duvida aquel las considerações, que indusirão o legislador canst. ádarjgratiiitpaensÍiiQ;primario,e á firmar por ;mais,este titulola obrigação-á todos de .aprender: porque se.o estaiori obrigado' á ensinar, devem dsjiaverdiscipiilps^e se alguém tivesse 0 direito de recusar este ensino, todos 0 teriao, © assim tal obrigação e os seus altos fins serião nullos.
E com efTeito, oquese terá á QPpor a uma. tal obrigação? pobreza? por isso se dáo ensino;de graça.- ^
Liberdade? mas não hacoacçia na doação dã v c iri ade ira líber dad e, q uai S a-emancipação,dos precoficíitos,:e cta .cegueira, que tolhe .todos os passos,- e nois toda ,a bem entendida 1 i borda de; e do mais fu n es to-, e degradante dos jugos, 0 dá ignorância-, pelo'eusí q 0c pelai 11 u> tr ação■ da’ consciência dos seus deveres, do valor dos seus direitos, e dos-seus verdadeiros interesses.
O F a inslrutcào-do povo nem ê uma idéia,e: uma conquistados tempos modernos; 0: que adies pertence ó 6 sen aperféiçóamento.
A necassidadedàmsinoao povo foi sempre de tal maneira sentida por toda? as sociedades 0 era todos os tempos, que a historia nol-o apresenta cul-1 ti va do desde os antigos, e. sábios Persas, e pela engenhosa Grécia: em Athe- nas ensina Vão aos meninos a ler, e a escrever; e depois a gramatica,a poesia e a musica ; & com uma tal educação como podería deixar de- :ser este 0 povo mais esthetico, que jàuiais tenha existido?
.\a Italia, antes mesmo do Rmna, na mysteriosae prisca Ftruria, de uma civiiisação tão adiantada, quanto, o originai, e desconhecida, havia já es- eholas para a mocidade.
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S
4 IKSTItUCÇÃÓ PUBLÍCA.
Em Roma minca ssos magistrado; olhíirão com mdííTerenea para as esclidlas, em que se davào aos filhai do povo o. conhecimentos elementares, e á lmgoa n iaióaál; e ao contrario tal importância ligava ella ao ensino popular, quê se uai a va èseholas mnriicipaes pelas suas conquistas; era o meio cíVpássar paraleííaso espirito nacional, e fie conservai-as: até em toda casa de Ho nano rico hayia eschoias, em que pedagogos iostniiao aos a mshuoa m da íu ao povo não data de hem tem; tó javin, se aos tampas m );Í3rn >; se iflo deva a creação das esc bolas publicai, se íiie pede nu ilo,: repita, a purfboio d ella-* também o povo, que nm a;ir -s >u?o - í. que nem se dí amsiíhrila, qtn min faz ;smj o que antiguidade fez, retrolralie-se muito para traz do passado ; e pois uo liada. ; : ’
k educa cio da mocidade ri o cultivo do futurnnle um povo; cum povo sem futuro, éum povo morto, quenãri ri com e[leito miis nada. .
: Â inslruceãb gratuita porém limita-se ao que é slricta mente uec^ssario, para que se tenha consciência d >s seus actos, dos seus direitos, é deveres: c não sé anleá mercê, e á descripção dos outros; c uma divida estreita,dix Victor Cuusm, do paiz para c uh seus filhos, e deve ser assaz extensa para fazer um home ri de quem a receber, c assaz circuuscripta p ira podir ser ■ realiz ida por to li p trte Üod lo pare n esto beneficio nada mais deve o estado aos pobres; dar-lhes mais, seria prqii Jical-os até; além do tempo, que perderião e n estudos, que não são p ira eíles, se os poem ainda fora íTat- mosphefa, cm que tem «lies do viver; e se lhes desperta o gosto por uma, viíla, á qüs não p ml ra altlngir, fazendo-os só aborrecer a sua. '
.Eiitre esfiferisinn todavia, e o secundário ainda ha ura termo medio; porque ha uma sorte de homens, que não podendo, e nem devendo chegar aos e fados secuadarips, lhes ó de mjsier comtudõ saber alguma eouza-de mais, do que aquellas noções giráes, e eoui nuns; taes são õs artistas, que ne- (f essitòo para seavantajarem nos seus ofilcios, dos elementos da geometria pratica, do desenho linear, e de moções fie pfiisiea, sem o que pão se for-
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APPENS.O. 5
mão artistas. E.attenáendoaisto foi ,o ensino primário subdividido na França em superior, e inferior.,
K foi lambem .por isso, que quando ou vias cadeiras primarias desta pro vinc.ia divididas em classe, eaquellas colincadas nas cidades e-
nas villas populosas, ondejusíameotc se crião os artistas; á priori suppuz, que taes cadeiras ensinassem mais. qne as outras, a prestassem alguns conhecimentos espeda.es aos moços, que se destinassem às ar (es; e exprimisse m de algtmia furma aqueila feliz distineçãp.. ,
Ma» logo: depois vi, que não se - ratava da cathegoria do.ensint das cadeiras*, mas-sim da.C9thegcria dos lugares, em que as coílocorão; e que era lambem aqui a consagração desse sy» torna tão fatal, e .injusto de dar menos a quem soflre mais pela mesma causa; de turma que o empregado, que nàotem o» com modos, o as.facilidades das cidades, e yé-seau contrario acercado de privações de todo genero íòra dellas, deye çon tentar-se com muito-menos. .
Sei qne.se pretexta, que nas cidades ás escholas afiluetn maior nmne.ru do meninos; mas aliíos diseipulos concorrem pur si mesmos, sem esforço dos professores;.porquenas cidades ha mais costume e julga -se haver mais necessidade de aprender; em quanto,que os mestres de fçra .precisão, por exforços de zcdo, que devem ser animados, fazer uma como violencm ávo- tade inerte dos pais, pelo aproveita mento sensível, o evidente dos meninos.
E demais não haja engano, o mais crescido numero de discípulos nenhum,ou pouco mais trabalhoacarretaao professor, e ao contrario esii- nmla-lhcogosto, havendo um raelhodo regular d’ensmp; e que trabalho houvesse, seria infinita mente inferior ao que tem um; mestre de fóra com osse limitado numero mesmo de meninos, para limpai-os dos ínnumeros , vjeios d’educação, quetrazem ellcs das casas. Etanto não ê razão seria essa diílbrença db trabalho, que qualquer professor preferiría uma cadeira m. cidade ainda com menos honorário.
Da-se ainda como razão, serem as cadeiras de d-a classe regidas pòr homens menos habilitados: mas isso b um grande mal, que urge curar, e não alimentar: ahi por fóiaprincipalnumíe devem ensinar homens, que o sai- bão fazer; epo&aquélia mesma razão supradiía; porque ;ha mais vícios a corrigir na educação domestica: ora como seéneonírarão homens ídoneos, que se queirao prestar á tarefa tão ardua, é"'tão mal paga?
Sd osqaenehhumaihabilitaçãotenhão, que as vezes para mais nada ídrváo,-sequererãoá-isto prestar, . -
De balde se proporia, corno eorrecíivoá desigualdade estabelecer eutran- das,eíazer,dasum,elhp;Fes cadeiras prêmio aos qüe mais, e melhqr h ouves 7 ■ sem -servido;^mas-isso aeabaentão até com a rasãóde menor habilitação -para.as outras; pois que podem vira reger es'as; e depois 0 numero das cadeiras de ir** classe é müiío limiíado, para que podeSse animar a esperança, e ser u ,n direito para todos, e não umaburla para ,a maior parte,
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6 INSTUUCClO PÚIÍIJCA.
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A visto d estas consid cações, é meu pareceTyqüe se acabe com a taí dis- üiicç to d! cadeiras d? 1 " c 2.‘ classe; o se nivelem os se os vencini -ritos; pnncipalrnenteseeãías tomarem sobre st uma tarefa, á que tenho couíián- çt se prestando comprosor: éqiie mais abai xo apontarei:
E éihfirn é iiidis pensa vel, se algum interesse ha pelo ensino ifo;st» prür víftcia, q:r-, quando qualquer trabalhador, qualquer serventodeoiífeio gii- mm 2ó'h>:) d > salario, que cá té o minim í pára a vida acímrlrurn proles sor- não tenha apenas 680 reis, pordia; isto é. queoprcfesontdomw. continue* a passar1 como o ihais vil dos empregos de horoémr e1 que ao professor não- seja preciso recorrer a outra Offiiifxieão para prover ávida. F assimacomo poder-se alédmpór-lheá. a tbsemineiá rigoroso das normas-do ensino? :■ *
Se a provinoiá iròotivesse outro meir* pant occorrcr a essa necessidade, eu aconselha riu/ que se recorresse á suppressão de algumas cadeiras menos iricessariasipimqire antes ter alguma consaboa.do que tudo máo.
Sobre o marcha do ensino nas escolas, basta visitaras aulas publicas h’òs- ía cidade- para avaliar até onde terá etlé descido- ohipelo centro:Bü aqui observei- qitè os nVeniinqs' depois de í, e*í armos na escola apenas Mo,- mai rsemião: e só un» no fim dTesté termo coriteçrrva a grammatiea; nenhum eortheceíidó as regras dá ortograpbia: notei ainda qt» os meninos escreviuo- uma s<> vez pérsemaua na escola; sendo* eoaitiufo-obrigados à trazerem por dia copiada de casa nina lição de quaTi juer livro-, sem modelu algum,; tendo pois desubjeitar o modelo, que raras vezes viu», ao> seo-hídètoeiemoU^ rceçào, epóríántoviétoso dc lodo dia,: 1 ; ' *
: )o ca lie-cismo, ou da doutrina, ouvi eu roeuinos apenas começandorecitarem longas páginbs para decorarem, cóm os rnaís adiantados; ou antes qnasi tudo, ou fudo quanto estes já sabem, se é que sabem, porque repeó te o o qrre trin monitor diz com uni caíbeeismo sob os olhos; sem applicaçãò r ,-guTárdbs methodos, que ahi só pcoctmvo-combinar, quando sáo inconciliáveis. ’ :
Aritbmetica se pretende ensinar cm? taes- escólas* por um compêndio d’eji« sino secundário, Besout!
Km summn c preciso, que íenhâe muita habilidade os meninos d'io;a província para não fiCarem inutiüsados çom íal forma d’eiisino; para não ficarem nãó instruídos. ma sW u idos; e pois c preciso não eriar á perder meninos táes.
IVesias observardes eu colligt, que o ensino primário nesta província esíá abaixo de zero; è um ensino negativo, que sem dar nada, ou dando poiíco, gasta, e estraga muito,' ’
Alem de muitas outras rasões, como falta de uma regra uniforme na direcção" do errimd rescofaív nà Ordem dos estudos à fazer, que não ps deito ao capiisb’dós mestres; e fôila de compêndios appropriados; entendo, que princ i pábneri to tem cotícomdó para aquelle estado das escolas o uso, adopi- tado nesta província de só haver aula uma vez ao dia.
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APPiiVSíl. 7
N’íísía cidade o nas ytllas grandes eu não yejo razío, qm auctnrise um ia! costume; em alguns logares p<>r fora, nulo os meninos vem de.longas distancias, será su onde eu o tolerarei; mais aiu Ia nhi, pretendo aproveitar damiaueira, porque depois o direi,, o resto do tempo do professor; e liei de regular nhi o ensino de uma forma especial.
A não justificai-a tal ras..o, contra aquellà pratica protesta até o bóm senso; o trabalho, áppliração do menino sdove sempre madir-se pola capacidade das suas faculdades-: ora é iiupossivel; que um , menino .depois de d horas dei trabalho aturado não esteja fatigado; e por tanto o mais -on.tí perdido para elle, cm o perderá por- uma d is tensão evcessivá de faculdades tem ms,, que estalarão; em quanto que se depois dás dIres horas houvesse um de&cunso suHioíente, o menino voltaria refeito para o trabalho; e pode- ria ainda aproveitar tres horas n’este mesmo dia;-isto está .indicando atáà pratica das cidades mais adiantadas., ,
Pu pretendo daras escolas um regimento áhterno, que a&uniformise, e • ] regulariseo seo enián» por maneira, que umasi sir.vão de norma pratica, j d’estimulo, ou de; vergonha, e condem nação ás outrass, que. de! le se- desl isem;;. | isto é, que*u mas sírvão ás-outras d oi fo r ma,i q u e, toda s si r vão a o. e ns i n o: pa - \
ra a realisação disto porem será- preciso dispor de maiores meios, sendo ne* i cessaria a consignação pela assemhléa iprovinciafide uraaverba> especial, i ) para reforma, e siTviçmda instrucçào pnblica.i.
Está província conta 37: eseólas publieas,qne forão frequentadas no anuo, passado- por. Odft abmntos, não estándâ neste numero incluídos os de 3 cscólaSi que deixarão-de remeüer asiliátas-delles; qmdeudo-sepor tanto com à maior-segnrança elevar-se aqnellè numero a \ ,030 . 0 numero dosulum- n9s de cada eseól a, d>em eomo; a sua; situação vem determinadas nounappa
numero .1... -- : ; .
No presente anm* nenhuniadnformação dos professores hòuve ainda sobre o tiumero-dos que coricorrerãot as-suas respectivas;! aulas. 7 ríb anno- de !8‘>:7.o numero d’esc!iolares; de que hou-ve noticia foi 773,-- não havendo deiS eseólasy quci ainda1 avaliadas pelos-que* frequentarão as mesmas no anno seguinte dão-o numero de 92; preíazendo.o total :de:868; rmmaro inferior ao doütnno T ■ co n que p k tantas razões cia mais subida ordem, devem ser traia ias n Q ás c ibmias; eqtri.ieipãlmento p a r n 5 e professor priúi trio' dárqueü n colortia se m • qiieívará lá pouca assi-' duidade dos filhos dos cola aos à es c u! a ,u lf ri b ui ml i ki, á que. os pais os desviavam d'élla'parasmipregal-os na csihúra, e colheita; acceítaudo o facto, c.i procurava ;e:n -irtini mesm > outras1 razões para explical-o, pois que me parecia impassível, que gente que., n ío 6 estúpida, oein- selvagem, e que gusa em g rzáld ts vantagens ata! leitura, preferissem o interesse do. serviço de cri a nea s; rp te é itéu ti ti m\ aó de seu ensino; quando pouco:;depois muitos.C0v louos sé riil queisarãõ iia irregularidade dó costumes do professor; o qu^ motivava a sua desconfiança, e os seos escruptiíosó ■
ísto recUi :u ;tái rgentémen te, não digo, á p« u i çã o d’esseprnfésso r;. dequem. mesmo não sou capa/: de a armar taes cansas, visão como não tive tempo de coníirmal-as; masai sua mudança dasse lugar,. pára salvar os escrupu los d’aqa-drab Ktgeutu: assim coai >, que para as c ihmi i> s/jáo só notnea- dos professoras de reconhecida móndidade e eircJtnspecéãopqúe saibão eóo - quistar a ennüençrdos : Colou os ;: ivspeiía r a > si ias crençase; não. .esca mia lizarns seus costumes; e também que soja reco: i1 m en dad o, a os di r ee to r e s respeclivos qa:: orden ou aos■ pais da rião disSrahirem os liilins das-escolas para qualquer outro serviço. Quanto ás outras colunias da província nada se i. de p á rtic u! a f ' st j!j re a’ rua r c h á d > ensino uóiias: creio pare n Htçs serão absolutamente applicavéis dtómoiisi.ierações,’que sobre a d * lição expostas.'
Q nuthéro dos-meninos, que nasoivLnias leia frequentado as escolas uíé 0 anuo pfoximo passado vai’ marcado nó quadro geral,
fóVSLVO PílfM-táfO d .ts KM VAS.
■ Em toda esta província apenas h i. 3 escólas onhlicas parã meniüas: Ena o.apital, on i •dia mnis ílii:;is 'pári.tCuíarés, sendo destas mn.t dirigida por professor; 1 em ftapemiri n, e 1 o:u S. Malheus, ambas desprovidas: e esí.a por ter sido a sua professora removida para nsia cidade.
Be forma que fóra d*estés pontos, em qn isi a totalidade dá província s ípuíheró ainda considerada coisa, sem direitos como o homem; é ainda a
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áTPENSO. ‘B •
«escrava, que não.-se podería sentará mesa:dainiclfigeneia,«o® oseu-senhor. Mas,q,uando.a ra u 1 her. e r a; t i da rpessa conta, :e nosfogares- aonde ainda o é: ao menos depois «é assenlão etlas é os restos do banquete !h>s pertence; apalparem netiios resto*. nadslhesnahe: aa -i#n cão ds; espirito.- ■; : _
3ir«se-liiaáí;pista’de .ura tal faeto:, que- a; mulher fem quasitoda-esta pren vi n e i a: nase& s eW; es p jeito,1 e h; qu é é maiíj triste,1 ?se.pi coração,, que precisa tatnbeis. muito;do, cultivo;-;ravs a- mui h er s em espirito,—e sem eoraeão—só ii a d e -pr od lí z irh orne a s: d a ssaespeeie, e^peissena-espirito, ;e sem éoradão:; a rauíheraweravavsáproduzírá itom-m s ■ ser: vi se hs e rá ve s; é éújne sucoode, e tem s oecadido èo r»: to dó s m povo*, qae a ira tão, e leis tratado assim: è o (Castigo providetteial, e just"* imposto a quérn as eseravisa.
\ mulher- hade* sempre ser a lor, de queo homem é-o:frueio mas flor fcaido raais preciosa, porque sabe, <»u pode reproduzir-se:-e -por iss-a tanto: mais'se perdetím-perdelcac- uuistambern, ;que fructosódará a:#or r« ai traía- da. e esquecida;-e-para- ® qualiiuttea sorrir-se «tu:rato dchiz? Se der Muri tos, serão peeeos, '
E’ preciso por tanto, se querem-se formar; b o ra eus h -es ta=- proví acia ,01 ã o -es fueeerem-se completa mente as mulheres, ,
Sei, que a província não tem ainda os meios suflicien-tes para poder -erear tantas escolas para meninas, quantas para meninos; mas ha una meio mais ; írtoil de repartir ea.ni elias os benefícios ôfferecidõsá estes, e á;não retini J-os \ sob o mesmo professor; por que seria isto procurar um mal maior para evi. i íar um menor; mas escolher uma senhora, que saiba cozer, e de reconhe- ei;1a honesíifladégarhhíilla; pêló-vígarío Óa fr éguézia:pélo inspector da íns- írucção local, pelo presidente da camara, e autoridade do logar; a qual lbes serrirá de: mestra d é cos tu rás; eoi cuja’ casa as menina.s se reunissemrtodos os dias; e onde o mestre, que segundo os esíykridã província, que justi- cão-sé’pfetáS longas distaneias ahí pelo centro, só dá uma tez no dia lição , aos diseipufêiqliiht à tarde, á casa, que lhe devedlcár prcrirnia da mestra, cessando por tanto a rasãoda distancia, rjuè até mil Ha somente em respeito aos meninos, para leccionar ãs meninas; eóm isto preenche ráelíe as duas vezes,-q ué do ve explicar por dia para ter um trabalho igual ao das escolas, da cidade ú a ssi mJnioreecr um estipencho tambem iguali fíTiio caso de se nã'i rtril i sa r ó: nivelam eh t o, dar-s e - lhe-h iáJu ma gra ti fica ç ã o de iOO^OÒO rs. por um trabalho agradavel.
Á:mestra podería perceber um honorário médico, de i ÜOriOOD rs, por e\,fKár prestar a casa, e o ensino de costuras ás meninas; hlem dò interesse das ibésmàs' costuras, á que terá ella todo direito; podendo iam hem receber dos pais rechírlViHudámenle abastados um preço de convenção; nada porém, sob péha determinada', de pais pobns: 'além disto a cónlinuação de bons
)
serviços lhe podería dar direito á nma pensão vitalícia,
E assim cbm^dílSiOQóri-s; multiplicados por 20, ou 30
província daria uffi pasio notíiveí no enes
có las de me-
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iPEEXSO.. §
escrave: que uãq,-se pod eri a. son lar.á mesa da i mel ]í geri eia, to® o sen senhor, > Mas quando a mulher era tida rtessa conta, -;e nos logares: aonde ainda o é: \ ao menos depois se as sen tão ellas e os restos 4o banquete lhes pertence-; aqniipar,em ueiw.os restes:, mída lhes cabe; na refeição do espirito v ■ ■ __ livr^se-feia â,visíadeum lal fácto, que a: mulher ern quasi toda- esía pro- vincia’nase6 sem,espidít>, e ó qye ümaiíp triste,-sem coração,. que precisa1 1 a mb em -muito, - dei e u Itk ô; ©as a; mi ilh e rs ma e s piritó e s nm coração—só
badefroduzirbosmensaia sifla espeeie, e^ms-seraeespiritei o sem coratão;
& m u i he r : e ser a m só; p rod n z i r à homens: servis,; e, es craves; ú 4 que succede, e tem sue cedido com todos os povos; que a tra tão, e dem tratado as si mr ; e o- Bustigo provide&eial, e juste imposto a quem as escravisa. ;
A mulher haèí^e-mpre^er a flor, de que o homem óoífrueto:; más íior Saído mais preciosa, porque sabe, mi pode reproduzisse;-e pai1 isso tanto mais se .perde eínò perdel-a;: mas. ta ra hem, -que fruetosdará a flor maltratada, e'esquecida; ;o -para: *a? qual u-ui.i-ca sorrir-se um raioucMiiz? Se derfria^ tos, serão peecos,
IV preciso por tanto, se querem-se formar homens mesta proviaciamâo es rueeerem-se completa mente as mulheres* . ;
Sei, que « prsvinçia não tem ainda os meios subí cientes para poder -crear ; Mntasescóías para meninas, quantas para meninos; mas h« ism meio mais í fácil de repartir eora ellas os beneüeios offereeidos á estes, eé;nãoreunil-Os í soh o mesmo professor; por que seria isto procurar um mal maior para evi. 1 íar um menor; mas escolher uma senhora, que saiba cozer, e de recon.he- oi do mmesíidãrléhgafántida pelo: vigário drfcèguéziá;pelo 'ínspeétor dã iíis- / trucção local, pelo presidente da camara, e autoridade do logar; a qual lhes [ servirá de mestra decosíuras; em cuja casa1 ás raeninos se ronnissem todos5 os diiís; e onde o mestre, que segundo os estyiosdá província; que justiV o.io sé peia.s longas distancias ahi pelo centro; só dáuma vez no dia lição aos discípulos; hiráà tarde, á eàsá, que lhe devo ficar próxima da mestra,' i cessando por tanto á rasão da distancia, q 11 ea te m i U1 a: s omerile em respei- ; t o a os - mnainos, ? pata lecciona r a s m ch i iias;: cóm isto pres nclierá el!e as duas \ vezes, que deve explicar1 por dia pata ter uni trabalho igual ao das escolas, J da cidade e assim itierec^r nrn estípcndio também igual,j'E no caso de se não rfiã Usar e; hivelara e 01 o, Ví ar-s e -1 h e - hi au ma gr a ti íl ea ç ã o de ÍQOV'000 rs. por um trabalho agradavel.
Az mesíia poãèria: perceber um honorário módico, de:!QteípOOQ rs. pór ex,pOr prestara; cásá, e ó ensino de costuras ásménihas; idem do interesse das mesmas costuras, á que terá éila todo direito; podendo também receber dos páisdecodhèciâámeute abástadòs um preço décónVénçãó; nada porem, snb pena determinada, de pais pobres: aiem disto a continuação de bons serviços lhe póderia dar direito á uma pensão vitálicia. : :
E assim com'200^000 rs. multiplicados por 20, ou ÜO escolas de me-
ninas;isto Ópcomd-i-òií-fid)0B^ a prbvincía daria uni passo notayél no eh-"
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lKSTHCCGiO' PUDLtC.t.
sino escolar, avantajar-so-hia á muitas no que respeita a educação, das mé- nmas, e repararia uma falia, e tinia injustiça, que de outra fôrma a dçshon- rarãô sempre.
-Não devo encerrar es! eaftigo sém'fazer meneãj. honrosa da distincta pro fessora d;; meninas, I). Maria da Poréinmíidb- Uibeiroiest» senhora. que >e- d;t ao ensino por pura vocação, é som nenhum interesse, couta nteste atino, IS discípulos, que são felizes em terem sido a d mi Ilidas ã um ensino íào fctmi:. ú dedicação.de tal mestra, eu nóo vejo com efteito, senão um preço diga*-»; e~ è a gloria, que lhe resulta do seo nobre desinteresse; e ueser quem paceco- ter m(dhoccainprehendido,e melhor executar p ensino primaria nesta. ci dade . ,
A professora publica d'esta cidade só agora achou aceomodaçãO'paFaq>(o der estreiar no seo ensino. ; , :
Depois.,do- anuottelSiio não consta omi nero de alumnas.,. que tem frequentado a escóla publica da cidade,atóaquelle armo o seu.numero .veia notado no mappa n.° '
Sobre as eseólas de fora nunca nada constou .
Ensino secúsdarío.
O.ensino: secun lario n*esía província 0 exelúsivaments5 ministrado peís tl ida sua pimcara, e par lauto nó seii d-istinó; qm ha tielle vioios capilaes; qüe;Jbá ntjlíelavrado mn- Lstii muito m irtal, qu t o levou tão rapídriin mK e tão cheio de vicia aos paroxismos.1
Ora no: uutcri d d'e>t > estabelecí mérito não è q if> estão d >futo, e o vicio, porque eu oacinu, o umtod is b actyinio,' com modo, decente, contendo quatro salas pard o ensino muito stiiíi dentes; uma secretaria espaçosa; e tendo a bibliotliecá próxima.
O vicio portanto é todo moral; e esse só pó le provir, ou de falta dós mestres, bu de falia dá discípulos; mas atíribuir a taltaabsoluta de discípulos, quando lodis as condições os convidassem ao ensino, sarialançar o mais triste desar, irrogar a mais feia injuria aos homens d’esta -província: e depois á isto se oppoem como um argumento irrespondível-os 90 alumnos do 1anuo do Lycèo, registrados nos seus proprios annaes; a isto se óppõe afíluencía de alumnos para aulas particulares* leecionadas pólo mesmo professor do Lyccü.
K nem se poderá também seria mente atíríbuir o abandono *db Lycèo áo exigúo preço da matricula, par que os estudantes pormuito mais procuram a particulares; e em parte alguma achou-se mais barato nunca o ensino secundário.,
E' preciso pois ver alguma eousa da párte de algii m mestre.... é á lógica,coma se vè,e puramente a lógica,-que lhe peie umá tál explicação disto.
À directorra julga unidos seos primeiros deveres estudar nccuradamcn - le taes causas; e protesta d’esde lego removei-as, quaesquer que ellas sejam; e -pois por esse lado não haverá mais embaraços á procura do Lycèo.
Mas alem de dirigií-o e d ’ exp u rga t-n d os- vi c i os, que possa por ventura ter .ali o ensino, é possível e preciso dur-lííe mais interesse, para animar a sua procura. Para isto, me quer parecer, que muito eonaorreria, conferir uai -diploma, on tituld de honrâ em acto solemncvao moço,wque fosse ap- provadomas matérias de todíís as cadeiras; excepto musica; dipldma, que alem dá honra, quelhe fosse inherente, lhe ddssa prefereneía absoluta aos lugares* provinciaes*, e especialrheníe aos do Lycèo, e do ensino em geral.
Eu aconselharia,, que se estatuísse.também a sua prefereneia para os postos da guardá aaaipnal; e cargos dei policia, que não fossem servidos por bacharéis em direito;? e em geral para os cargos que pedissem maiores habilitações; isso teria a vantagem de animar d’ititeresseo ensino, de dotara provincia de mais homens* instruídos, e os cargos de melhores empregados.
E creio que seria sufficíente, para que o ensino do Lycèo fosse por alguns procurado como interesso: e è o que bastaria para que fosse procurado por outros como necessidade de não perder a superioridade, que a sua condição lhes parecería marcar
Tudo isto porem seria para formar o gosto pelo estudo secundário; mas o destino especial d’èste é a instrucção superior; o fim principal, que tinha
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12 INSTRÜCÇÃO PUBLICA,
etn vista a província oderec an t o-o, foi habilitar filhos seus.pa.rá ell.a; e tonto sc propunha a tal, que consignou 2:i-90^:rs, a 2 moços, que a ella se propuzesseai. .
iVo entretanto a um convite tão generoso,a um tamanhobeneficio, á uma tal honra, a um rje.U- no tã > pUriolie >,p ir i q i; llj; 1;vaut undesobre ella uma tal vergonha, serviço que etia paga co.n u n tão yaiitnfpso: preço, ni rs cisem ainda aeudto;é um façto este, qne o to íu I ■ ser aenvÓLuduaias outra; pro- uncias!
E’ certo porem que paru colher um tal-hannbeío, cru preciso passar pelo íiVceo: a. gloria p >is d Mim tal facto, pode o:i tocar ao Eyctk> só, ou a prn~ vincia toda; disputem. -
Aí ss feliz :n mlç aí o ia ha ii n meio de acomodai-os: e é dizer que assim foi bom; p srque, .[a .mtnaira por pie est;mt deoralado nquolje.beneficio, poiíia cuhjr nas mãos. de quem o naa po:lesse aproveitar, e perdería, a província al-vn do in lis o smi diniviro. ' '
E’preciso portanto, que isso se torne co no u ti incentivo íiVnnlaeho, <:• d:ri la par io l.y a* i; ju • seja elkvp* o oíeivc ico no uni prêmio aos s,eos dons estudantes mais ,di .Lio et os; que.deüe precisem, para continuarem no ensino superior.
A' isto pnruri jÁ semão presta a orgamsnção dos estudos no Lyeèo, qoo n sl.a paria íam' eip re rnirn 'ou. '
Ven dura dggeqmetria, garithmetíçaindi.ppnsavms, a qualquer ramo rhi casino supanor foi ah >h ío: sei. qn * honve jinrh .isspm rasã1 de m i achar ahmvaos; njas esta rnsio milila .tarnbmp. contra outras, e ossini s min preciso suprimil. as .tanio-' n; a* d 'pois to las as outra-, aohss p >r nviis concom- das que fossem seriam co.iioinuL ás sem aqueíia;. sdm.a qual .mão tia espora n ;a de ensihÓ süpef mr.
Era ranYdio, á meo ver., m ah v appimado. nfm acan ir com ãqumtã cá; ri ura.ho n Vm a a!g:i na j i: r i Ia msà-is tria par mil V'.de' níu n inirr mas do- L Tminar, qu*vi u Ví unv v dí sói pulos, ó p lii hão teu I < u ; 1; < fazer opfníeS- s ir, nh;Í:í' p ve •!> vi t; ■ < além d 'Va m' i: 11 seria um mfi-srn.a uma oh ira; isuluzir o óiéteuadõ tio professiu'; eentão (f;ir-íne uma gratificação, qüé iguala "sé, fui e.vVt des-e o que bojéperci>bi\s depois'íié ícr élie ;mi jVrío numéiay de alunínós;istò sfifvifia para uniíkair os inte-rassAs dn professor cpui os in terersis d > Lvr. '* v o da .prnviiicia, elle assim se havia dn esfvçãr por onsiri ar T,latino dYiisinar em nosso paiz arethcrica, én não vejo inconveniente, Pm que o estudante, cjue no estudo d’esta lingoa é obrigadõ áppninder tropos, ligurás, d Iodas as flores da fethoriCa; conheces-e desde logo o seu vaioí-, ^ á disfiiiguil as nos clássicos; quanto a constructura e partes dos íiisãirstSs oratorios, em Cícero, que è um clássico muito usado no ensino ríp Lfuíuij com umá pequena noção* ou explicação previa elle ás appre- claria, t .... .
A cádilira súppritríida de rheíoricá seria substituída, por urila que tivesse por objeção aperfeiçoar o ensino primário, depar comei ensino dos me- iltudos; que fosse como um Cs[udo normal pata áquellds que se quizessem dodicafaoprofessoradb. : _
Ou Irá idéia éu nUtro sobre o mel hora Mento do hyeêo;' e seria dar-lhe lambem condições de internato1 como está, elle apenas convida aos moradores desta cidade* que são os menos azados para procurarem o séo ensino; ficando desherdados os tíoíios lugares da pitívincia; quando é certo, ijue.fóradella é que se aClião os fazendeiros, os grandes lavradores, epro - p neta ri Os, b o aléns de maiores meios, que necessariamente pfocurarião o internato do Lycèo pârá eduCaCão deseusíÍlhos;vistdnão háver collegio algum na provincia. _
É havería ainda outra Vantagem qisto, e seria pelo feginieüs á que estivessem sempre subméttidosos moços, faiel-os conlrahir costumes proprios áçuUurá daslefrass . v ,
E BB quér parecer, que nem ba veria muito a gastar; com uma casa, que sè tomasse, eprepárasse para tal destino; com o subiidio de um director, que deveria ser üm dos mestres ccni i!ma gratificação; más obrigado á mofar no iniefilato; e com os sabrios de alguns serventes; e creio, qbe estás despçzas, d quaesquef qüe se fizessem, serião largamente f eçafeidas ao me- hos pelo fiiíüro. Alem de que não é desperdício, e antes bem entendida economia, tentar çom pouco rehaver d muito* que se tem perdido, e que áiudá se podefia^erder. ; ,
Conseguido tal melhoramento o inspector das escólas resigbiaria a tíírec- fpria do í.ycéo, tendo somente sobre elle altá inspecção, domo sobre todo d ensino na provinCia; devendo por tanto ser mais propriamente cliamadoins- peeíor. ou director geral dos estudos, do que simplesmente dás esCMás*
CiUEiais dè lItím.
Sa bem que ed não faca edro Conl os abili-l.atinistás, d renedonariosy (’/ e. Muito pelo Contrario reconíteçá, que o latim é a vefdadeira etmVp, e não a falsa das Versões, do mundo antigo, de que com eífeito forâo os Romanos os Senhores; e que se não fofa pof tão bello, e maravilhoso, áo menus devera interessar a iodo homem debpirito, como’a prova do quanto imlle capaz ainda des ajudado do clarão da verdadeira fé: o quanto tem elle em Si mesmo dé grandioso, de suhlime, e d edí v i n o;e coní'o o tiítinfo estádio',á'qutí pode por si mesmo elíegar: Com effeitdquando Koirfa toCavá ao seu óccaso, aeelamando o império, esse erepuseubIMIhanle, e ensanguentado; fàiáVá
no oriente nma outra civílisãeão. '
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j*j Allmlo ao espirito do sec. 18, que chegou até a renderverdadéiro, e'exclusivo cuíln a antiguidade, culto levado até o fanatismo, e o delirio de re- suscitr-íhe até as formulas por mais nu ac lir o nicas; e de fundir em ídolo a própria rasàd. ..
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■H mniccMo 1’l’iíuca.
li ain la íia dmeiite, qué en sinta, que n Latim éesse «Io, talvez sagrado- paru s ;r resp atado, qui preu1 : antiguidade com a nova íira; rmntudo, e por tudo isso mesmq éu não sou i Inlatru do làliui, ou uãu u considero como sciemiu de vida, que Lodo homem dm a rotilmberi
Para o hoimin, que precise de ver a soiãncia em tódos os seOsliomoníesí primeiro liado bus< &l-aimst;u biientc; álitiguidàrle, e a elitive ÜVstii d-n Ia- tini; ali ou a ninguém íiade «siíIraiiti«r^ un tia ile euíciidm o liíthm lia Intérpretes, dir-se-há; mas etila,t,; para que. estudamos tãmHimi ás lii1goas. viVílsq que tem ainda mais intiorpfctesíüii! poisqíiamh* antiguidade se fefuude ttidá em urna só iiugoa para secoiumunieafeom tdo-co;b ternos nós rébusar tamanha honra, esse itiimtúisn favur, e eedermul-a n interpretes? Para casligo nosso, muitas cousãs sé nãü dizem a iníerpndPs, e muitas èoúsas mais uào se iiilerpretão. _ , ,
Para o homem, porem qtte tardio dé limita f-sé ao campo estreito da Vida, para que lhe servirá o latim? domo serviría uma cháve, que nada tivesse que abrir; ou um elo que nada tivesse â preíider; para riíareár-se, e a mão que a tivesse. _
Masé preciso o laliííi, dir-se há, para melhtír eorjhecdr a ridssa lingoa; que qualquer deve sabei a bem. . _
lí’ com eífeito incontestável, que o latim é uma das veias abundantes da nossa Iiugoa; mas se lbra de myster para sabel-a, conhecer todas as ãuàá fontes, e veiasj então ninguém a sabería* .
Para mim a grande vantagem do latim, équeelíd é conto uní noviciado para a vida do espirito: não é como o ensino das outras liiigcfàs, que cifra-se n’urn exercício de memória; n’aque11a com a memória vão de tal maneira á paro discerni uento, e a intelligencia, que um bello espirito ríãcf duvidai! chamar o lati n a geometria dos meninos. ,
Quanto a mim, apezar de saber da repugnância invencível de algüni eminente espirito1 ao latim, o que eu explico pela irregularidade do ensino d’esta lingoá; entendo que pelo seu estudo de latim em menino se pode fu- turisar da cabeça deU.n honiem;e animaí-o,dii desanimai -o para as letras;
E parece até um predestinio, que a íirigoa, que preside a regeneração dos espíritos nas crenças, seja a que presida a illus tração dos espíritos nas sciencias.
Seja o corollario d’esías observações perguntar, de qUe por tanto servem as cadeiras de latim—isoladas em S. MatheuS, eBénevente, e Serra? Se não para começo do ensirto secundário, de nadá; se o são, eritão como o seo prosegnimésito tem de sern’eSta cidade;qüaia rasão de não vireolos estudantes mais cedo, e de aqui principiarem desde o latim? _
Ora com o proçhiçto d’eétas treS cadeiras, com o das outras supprimidas no ensino secundário, para àsqüaes ã pfovincia se jütgaya com recursos; e de quea dèápezanão é portanto nova, eao contrario até idêntica no destino; não se consegui ri a fundar um internato muito esperançoso? Ao menos eu nutro esta fe, ....
Victoría, edirecloria da instrucção publica 16 de maio de 1859.
■João do$ Santos NeúéSí ■
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III ui. e ti u. Sr. --Em cumprimento da ordem de V, Ex, endereçada em oüicio u.“3 de 2o ilefevereiro do cor/ente atino, em que pede um rela- loriucircumstLmciado do estado do Lycèo a meu cargo, dos progressos obtidos desde sua Creação e com mappas que demonstrem a frequência de suas aulas desde aquella época, indicando as causas que por ventura tenbào concorrido para que a instituição não tenha pro luzido os ÍVuctos que se espe- raváo, c os meios que me pareção poder neuíralisal-as e melhorar o esta- befecímenl), vou ua mesma ordem das evigencias do oílicio satisfazer a V. Ek!
íí Lycèo da Vicioria creado pela lei n." 4 de 24 de judio de 1843, alterado pelas friso.'1 9 de 24 de julho de 1854, n ° 1 de 23 de junho e n.° 24 de 24 de julho de 1838, e regido em conformidade do regulamento de 31 de março de 1854, foi ínstallado no dia 25 Li abril do mesmo anuo debaixo da minha direcção, tendo providas somente as cadeiras de pltilosophia, aríthmetica—algebra—e geometria, latim, musica e franeez, cujo professor só obteve provimento no finyjjyanno.
iVestfi primeiro anno entrarão ,jI indivíduos.
Ifestes forão matriculados 6 em philosophia; 15 em geometria; 6 em franeez; ti em latim e 10 um musica: os onlros são vindos das aulas publicas então existentes. O numero de 90 que figura no mappa provêm de frequentarem muitos mais do uma aula. Deixárão de comparecer durante o anuo 13 alumnos eforão examinados a opprovados em philosophia 3; em latim 4; era geometria 3; eem franeez 1, que antes de matricular-se tinha feito este estudo em particular.
O mappa n.° 1 demonstra o que fica referido.
O anno de 1855 começou com 47 estudantes, que por terem muitos frequentado mais dc uma aula figurão o n.™ de 79, a saber; em pbilosopjiía 4 matriculados e 3 dos approvados no anno anterior; em latim 6 matriculados e 29 vindos dos anuas anteriores; em geometria 6; em franeez 2; em musica 3 matriculados neste anno e 29 vindos do anno anterior D'estes deixarão de comparecer no decurso do anno 19 alumnos, e furão examinados e approvados em philosophia 1 e em geometria 2.
O mappa n.° 2 demonstra o que foi expandido.
:fu anno de 1856 o rmmero real dos estudantes do Lycêo foi de 48, que, pela mesma razão de frequentarem muitos mais de uma aula, representãó o numero de 73, a saber: 2 em geometria; h em rhetorica, os quaes, por ter sido separada esta cadeira da de latim a que estava unida, por disposição daleí provincial em sessão de 1856, e dispensado pela presidência o seu professor sem ter sido provida em tempo, deixárão de concluir o anno; 7 em franeez, aos quaes se unirão mais 2 do anno anterior; 7 em latim a que se unirão mais 25 dos annos anteriores; e 6 em musica a que se juntá- rão mais 20 dos annes anteriores. Deixárão de comparecer no decurso dó anno 19 alumnos e forão approvados em franeez 5, em latim 3 e em musica 4.
O mappa n." 3 resume o que fica explicado.
fr'o principio do anno de 1857 existião nas aulas do Lycèo 39 alumnos,
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i\sr:tu::t‘An ruüuev.
qui. pebi mis nn razão já nuitas va/e.s repetida ii■- fr-i |adularam imilns mais d 1 ir m uuiu, nppai eco n sob o nu h-t > d ■*. 58, a saber. um pliilusiqtliia 2 matriculados e 2 ouvinte» íj!i ; nao pruiendendo a\nniin;ir-se ililxarão i!e requerer in ilricula; 2 ein geogi aphni, qua antas de concluir o cioso abanei màrão a aul i, umpnr [cr si [o provi lona cadmin i!e lati nula vi Ua da Seira, e n outro por im paliai mio que mu é desconhecido, 9 cm ('ram ez a que se ajuntirio 5 do aunn anterior, íi em latim a qm se nnirà" 24 dos nnuos notei iores; e i cm musica que eom I que continuarão tios a mios anlerim cs p irlazmn o numero de 8. I):d íárào de rompas eeer durante o anuo 1 6, e foi ãmjxa mi nados e np panados em franeez 8, e em lutirn 3.
O m ippi n.u4 confirma u que fica expendido.
ÍVo anuo de 1858, onde appaiece m lis visivel a decadência do Lycèo da Vicíoria, abi ri o-se as aulas cnm 13 estudantes, os quaas parecem ser 15 no m ippa por terem,. 1 fioquaiiLn to a aula de. piiilosophia e de rbeturiea, e ou!roa di gemnitila e ge igraphin. .Neste anno frequentarão piiilosophia 1 in livtd m m itriculado e 1 eo uo ouvinte, que n;io ponde ser admitlido sob a matricula do anno anterior, comoquiz, porserannuo o curso d’esla aula, Este a abandonou sem concluir o curso, p ir ser provido professor de latim d1* Ümevente, Erequentárão geographia e historia 1 matriculado no tempo or lin iria a 1, qsu sen I i admitli In cuuio ouvinte foi depois por despacho da presid meia etnmmdo, levando-se, em conta corno matricula d'eaía aula a que havia pago imroo <■ s!li 1 inte da geometria; em geometria 1, que, por faÜecer c professar desta aula e ter d!a sido siipprimida pela lei n.°1 de 21 de junho de 1858, não cmir-luio o curso; 1 em rheíorica, que, por ter sido lambem supprimida peda mesma lei esta cadeira, deixou igual mente de concluir o curso, 8 em latim vindos das aiinos anteriores; eem musica 1, que não compareceu. ----- ..
Forão examinados e approvados 1 em philosophia e % em geographia e historia.
0 mappa numero 5 demonstra o que fica exposto.
No aimo corrente de 1853 entrarão apenas, 1 em franeez, 1 em latim e-1 em musica, e continuarão 5 em latim vindos dos a mios anteriores. Do mappa ri,“ 6 verá V. Ex. a demonstração dn estado aetual do Lvcèo neste anuo de 1859. * "
E’ digno de lamentar-se o pneo aproveitamento dos estudantes de latim, pois que o mais adiantado, que já linha principiado a estudar grammatíca latina antes da installação dn Lvcèo, apenas se exercita na 1selecla; e dos outros, tres que forão matriculados em 1856 e 1 em 1857, ainda agora estão dando as linguagens.
Creio que não se póde aUrifmira falta de adiantamento d’estes estudantes se não ás causas que em s çgiimento ponderarei á V. Ex.; por que em verdade o professor (Festa aula 6 assaz habilitado e intelligente na matéria que ensina. Não sei mesmo a que possa atlribuir a sua despovoação, sendo
quentão. Persuado-me que o desanimo dos pais pelo pouco adiantamento > dos filhos, mai, para que os mesmos país teem sem duvida concorrido pela sua negligencia; a admissão talvez de algum professor pouco da confiança d’elles; o pagamento de um pequeno imposto qiie pouco pode produzir de renda provincial; e a facilidade com que se leem dado empregos públicos edo magistério a muitos meninos que apenas teem começado a traduzir a 1.“ sejeeta, a outros que a.inda não teem chegado á traducção, e a alguns que nem as portas das aulas maiores jamais cruzárão, têern sido, no men entender, as prinçipaes causas d esta notável deserção.
Entretanto não perco inteiramente o amimo ao ponto de acreditar que o Lycêo possa inteiramente eahir. A. confiança, que tenho em uma aula de
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AITÈVSO. 3
gnni n 11 i!: i lati 11 que foi ha p tu do provida n i vil Ia d i Serra, e d’ond'; viera )jà í esto lautos cm tal adiantamento, que em u;n íiitno se h;d) litárão in Ljmèo p iru ser : n appntvadus; o a evislfiicia da atila particular do l)r. Orliíi o t í; bem si.d » h diilila L >s muitos meninos em gramnintica purtugue- z i, d >; íjitaes já u n fm este atum matriçulad > na aula da francez d este estão '.Ir.cinienlo, e que pramette para o anuo seguinte muitos outros Imbili- l;iii )>, nutrem em mim a esperança de que as aulas maiores, para as quaes n'mimava no presente anuo concorrentes, devem ser para o futuro frequenta t ii, supprida a falta de estudantes da aula de grammalica latina do Lycéo, que devia ser a fonte que fornacesse aluamos habilitados para as outras, pe] i d i villj di Serra, cujo professor asseverou-me que no' íim d’este anuo= d <; ví; dar prompíos alguns de seus aluirmos, e pelado I)r. Orliz que tam- be n espera aproinptar outros. ■
l)t que li ca ex pendido já V, Ex. vé que em lugar de progressos tem tido- o Lycéo da Yácloria uma notável decadência. Cumpre por tanto indicar as causas (jtieme parece terem concorrido para este lametiíavel resultado n’u- nn província que não conta algum oulrô estabelecimento d’esta ordenx; e aqui nio me afastarei do que lenho em diíferéaíes occasiões levado á presença da presidência em oiíicios, de outubro e novembro de 1835, de 29 de agosto de 1857, de 3 de janeiro e de 1o de novembro de 1858, que forão publicados em o n.° 92 do Correia da Victona do 1.° de dntembro de 1858.
A insuííi ciência do regulamento por que ora se rege este estabelecimento, e a falta de estatutos que armem o director com a força necessária para chamar á ordem os estudantes assim por sua pouca applicação como pelas faltas inriumeraveis de frequência, que ordinariamente comettem, é a 1 .* das causas que me parece concorrerem para o atrazo do Lycéo da Victoria.
A o regimen pratico das aulas primarias da província, onde se não preyarão os meninos com os conhecimentos necessários da grammaticapor- iugueza; ou a falta da creação de uma a ida publica incumbida d’este ensino, aíimde poderem ser admiti idos á matricula no Lycéo de confornlida-' de com o art. 8.° do seu regulamento.
A 3/ c a falta de uma educação moral, que diminua aos meninos a liberdade de se entregarem a divertimentos excessivos, por qne possão ser dístrà- bidos daapdiieaçào ao estudo, e que os disponha com hábitos proprios paj' ra o trabalho intellectual sempre incompatível coma molleza ecouía agitação extraordinária dos a (Tactos e d!*s paixões. _
A í." a faciliiade Com que seadmittem a empregos públicos c do magistério mancobos tirados do Lycéo logo no principio dos seus estudos, e outros sem se terem nem mesmo alistado nas aulas.
Á o.* o desanimo e fada de gosto para o estudo das letras pãlo pensamento de que ellas lhes não são precisaspara serem promovidos a empregos públicos. —' h Aproveitando agora da liberdade, com que dignou-se V. Ex. honrar-me em o seu odicio supramencionado, deemittir omeujuizo sobre os meios de neutralizar as cauzasda decadência do Lycéo da Anelaria, terminarei o presente relatorio expendaudo as minhas opiniões a respeito,
Creio indispensável, Kxm. Sr., a reforma do regulamenfode Sl de março de I<3-34 no sentido de armara presidência e o director da força necessária para reprimir os abusos dos estudantes, asfaltas continuadas de frequência e a pouca applicação. Creio igualmente indispensável a existência de uns estatutos que regulem as altribuicões do director e dos professores, as obrigações d>stes e dos estudantes, ea policia do estabelecimento, a fim de evitarem-se os abiisos dos primeiros e o excesso de liberdade dos segundos. Esta emprezu fui jà por mim intentada e dei os primeiros passos requisitando da presidência em d nus oflieios alguns estatutos ou regulamentos
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
4 isímtLifçÃo remiex.
dosesl.iiboleeimenfoslíf!ovários de mifr is pr.i\in :i s-;, piri scviren lj casco aos estatuto* d’esle Lvcào, e p ir que até hoje .ü nao reiebi, íinui este serviço pnralysndo.
E\ tainha :i nreassaria alguma disposição legislativa criando n<> lycêo u na aula d > grumnutícn portiigtKim ou incumbindo aos professores pri- in trios d ■ ensinal-a, eoutras disposições qo i norimi » a excessiva líbeida- d ’ dos ■ nancabos, afim da não perdera n o f,e npo do ?s’u lo com pass-dos a Imras i ripi oprias e cnm o emprego de diverti muitos alem des precisos á dís- í rareio com que podem recobrar as forcas do espirito quando cm içado e que acorda n a vigilância dos país de fa adias s-obte a eduoem morai do smis liihos e sobre os abus >s que estes <; > n uatte n de demorarem-se por m lito tampo fora de suas casas, e por isso de não empregarem o preciso ao estudo de sons lições.
M dlo aproveitará também uma acurada circiimspecção na escolha dos profess res. E'mister que estes reunão á sua capacidade iníelleclual uma moral provada; que nao sajào excessiva mente irritáveis e rigorosos, para não assustarem os méniaosnem distrahirem a sua atlenção; que sejãn moderados, constantes, e assiduusnas íuucções do seu magistério, afim de tira rem proveito das suas licõ^s. :
Convirá também abolir o p-lqirmo imposto exigido para matricula, por qni\ servindo este a fechar a portá do Lycêo aos mancebos pobres, eomõ a eípiriencia o tem mostrado, em pouco accrescenta a renda publica!
E’ finalmoute de su.m na nec issidade que se não deem empregos públicos a moços que não tiverem adquirido pelo estudo a mstruceâo necessária: neste estimu-lo ponho sobre tudo a minha maior confiança, por que estou persuadido que a pratica de se darem os empregos publieos e do magistério da instrucção pri liaria á muitos itiertmos que apenas traduzião no Lycêo a 1 .“seleeíaea outros qne não aprenderão mais do que mal as primeiras letras, tem sido o motivo principal na mocidade do desprezo e pouco gosto que apparéce de instruir-se, e por isso também da deserção do Lycêo.
Se estes meios não forem efficazes para preservar o Lycêo da queda que o ameaça, tenho por certo que será estadnfalíivel e inevitável.
Secretaria do Lycêo 24 de março de 18o9.
hão Cltmaco d’Àíoarcnga Rangel.—Director do Lycêo
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CJLJnAttÀS AKVJVVCIPAES.
CamarabéS. Mathebs.
tiifor.ü i és temor pora cão, que em seu município1 he müi tiecessaria a conclusão da cadeia, a limpa eesgotosda estrada dos Comboyos pela quál se eimmnnica com- o: município* da Barra, e o calçamento da- praça d;o: porto,* Este calçamento lié orçado o.n d-ous contos de réis, e a1 limpa da estrade1 em 150$ rs. . . : :
Também precisa do'limpa a! estrada denominada—Tira Chiada—, e col- íocar-se nélía uma ponte, que se orca etn 600$.
üutra ponte na estrada Pedreirína, outra na estrada- que vai ter á' Cerejeira, e limpa d’esta, avaliada em 300$ rs.
No municipio existem cerca de K05 estabelecimentos agrícolas, é índus- triaes, sendo 15:2 fabricas-de fazer farinha de mandioca, 48 de manipular ealTé, duas serrarias-, uma fabrica de fazer assucar e aguardente, e duas olarias de tijolo, e telhas, sendo nove fabricas movidas por agua, e todas as- mais-por animaes.* Nesses estabelecimentosempregão-se perto de 2:800 indivíduos livres e escravos.
Os priucipaes ramos de produéeão e exportação são a farinha de mandioca, e o caílc;—e o Rio de Janeiro o-principal centro das relações còmmer- cíaes.
Existem tres rios no municipio1—o de S. Matheüs, navegaveí desde sua foz até o porto da cidrde (perto de oitoleguas] por embarcações de 10 palmos de pontal; —3 do dito porto até o sitio—Jacarandá—[ires 1 éguas) dáj transito a embarcações de oito palmos dé calado,- e desse1 sitio para cima só he navegaveí por canoas. Os rios—Marirícá,— e Preto—, conííuentes do— S. Mathens—, achão-se obstruídos; o primeiro he navegaveí quasi quatro léguas, a contar da embocadura, ed’ahi até a lagóa da—Barra Secca,— donde tem sua origem, acha-se inteiramente fechadoi-^o segundo, isto he1' o rio Preto-, acha-se de todo ohstru-ida.
Camaka da barra de S. Mítheiís.
Rela tão os membros desta1 corporação, que necessita o- de Casa par’a as suas sessões, e: igualmente dé cadeia, mrstéres que se fazem em casas de aluguel,- carecidas das convenientes acconimod ações. Necessita também de reparo a ponte sabre o rio Pixibas, e remoção dos*aBerros do mangue pro- ximo; E de ser concluído o cemitefiOv [
Lembrão também a conveniência dé abrir-se uma estrada para Minas,
O principal ramo de producção do municipio he õ éaffé, e a mandioca:— e a centrai isa cão der suas relações se faz no Rio dé Janeiro, e também na Bahia.
Üs estabelecimentos existentes são apenas agrícolas, alguns bem montados, tanto pelou." de braços, como pela natureza dos motores.
Os rios do municipio são—O da villa, cuja foz he na barra, e quehe navegável em grande extensão pare m b ar a cações, <$ u e demandem até doze pal-
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3 CA MAU AS M CMC) PAES.
ni03:1’í»gi-ia.—Os co afluentesdi!lle,Maririeii,e.S. Atina, este navpgavo! somente porciinòas, e aquelle por embarcações atèsl2 palmes,na distancia de cinco léguas. O de S. Domingos, de pequena extensão, é navegável poi* canoas,
O de Itaúnas.que nasCe no Guaxíndiba, navegável mu iO palmos de agua, e tendo por confluentes o Angelim, e o rio do sul. Todos precisão de li uh pa mais ou menos. Alguns riachos existem ao norte de Itaiíims. que necés-1 si tão de exploração para serem canal isados, o que a consegui i‘-s(}, facilitaria o transporte dos generos para o tiieí'cadü de Uaúuass e tião para d Mucury, que he menos animado.
GAMara Dr Linhares.
A estrada que eomtnunica este município còm as povoac9es da Marra, d de Aguiar, necessita de sérios reparos, mormente na ponte e pufitííhoes da ultima. ' t _
A estrada particular, que se tem tornado publica, õ (pie se dirige
fada margem leste do rio e lago de—.1 uparanan —até a fazenda de S. Emi- ia, necessita de melhoramentos, ede ser encurtada.
iluma estrada existe, que se conimunica com o municipió de 5. Cruz, feita á expensas do cidadão Rafael Pereira de Carvalho:começa do lügãr—1 Retiro—nos sertões d’aqueile municipió* e chega ás cabeceiras do iago de—1 Aguiar—Facilita esta estrada a commünicação pelo interior das terras entre os dous municípios;—Acaraara municipal lembra de vantagem fazer-se também pelo centro a comtnuiiicaçãocom a cidade de S.Matheus.oquerecq-1 hhece como facil de alcançar, partindo a estrada do 1 ago—Juparanan grande. _
ínsta a ca toara municipal pela abertura de um canâl, que communique o /fio Roce.
Não existem estabelecimentos agrícolas ou industriaes dignos de mert- —ás proibidos que são colhidos-nas duas fabricas de assucar existentes, sem pequenasJavouras, são consumidos no proprio município.,
Gamar a‘dê Santa CrcZ .
Precisa de ser reparado o assoalho da ponte do rio—Preto—Na estrada do liltorál necessita-se de üma ponte sobre o rio—Sahy—E no Caminho, que se dirige ao centro do municipió, precisa-se de pontes no—Esteiro Grande—, e no—Mocoratá. , .
As estradas, que ficão á margem dos rios—Piraqueaçú.—e Piraque-iíít- rim—, precisão de melhoramento.
Ò commércio he feito para o Rio de Janeiro, sendo os píincipaes pro- duetos d’exportação assucar, caffá, cereaes, e madeiras.
Existem \k fábricas de assucar, e 6 de aguardente, em que se empregão mais de 300 pessoas—ena lavra da mandioca, milho, feijão, caffé, e arroz seempregão mais de 600 pessoas. Não ha criação de auirnaes.
Os rios, cuja foz he na barra, são apenas dous; um, o Piraqueãçú, toma o rumo de noroeste, e o outro, o Pi ra que-mi rim, toma O rumo de sudoeste, e são navegáveis ern grande distancia a tá as cachoeiras;
Outro rio aehomihádõ—Riácho—iíè navegavel por canoas.
Gamara de Nota Almeida.
Esta municipalidade lembra a necessidade de uma ponte sobrtío rioTim- ísá, a outra sobre o rio Novo, na estrada que communica o ímmíCÍpio com
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AITEVSÕ. 3
avillada Surra;—uma ponte sobre o rioJacarahipe na ostrada, que pelo liünral cumiminica com a Victoria; e íiualmente a limpa da estrada do Pari.
Dous rios, Sauanhae Fundão, entrecortão omunicipio; suas nascentes não se podem determinar, mas reunindo-se nas—Duas boccas—,vao de- saguar lio oceano, formando a barra da villa, A navegação de taus rios- faz-se em canoas por espaço de dez legoas.
Existem vinte estabelecimentos agrícolas, enf qtfer se empregão 400 braços captivos, el(Í0 livres, sendo o ramo d o p r'odu cçíf o ,-a gua rde nte, ass u c a r ,■ feijão, milho, cdífi, e farinha, cujo mercado he dirigido para a capital da província.
: Camara da Serra.
4 cama r a dCsta viííri lembra como de mui imperiosa necessidade o1 melhoramento da estrada, que da viíla se diriga para o porto tfu Urra, que1 se acha intransitável, já pelos muitos atoleiroa, e já pela rélucfancia de’ alguns proprietários, que não se pfestão a limpar1 ás testadas1 desuas fazendas. ; . :
Reclama também a conservação' e melhoraroeíitoda nova' estrada, de Sv Theresa.que se dirige aCüiaihé, e a1 de Csioába:'—o melhoramento da ladeira de Joaquim Pinto, o esgoto do rio do-^Estivado,
Pio município apenas existe o rio Santa Maria,' pois o pequeno rio denomina d o — N ovo—além de obstruído, tem íãtí pequeno fundo, que não eífe- rece navegação para canoas. . _ ^
Os principaes ramos de producção do niuincipio são—assaCar, ca fie, milho, mandioca, e arroz, *
Cavíará Da VictoDÜj
Informa esta corporação, que se acha iritráUsitaveía estrada de'S. Pedro d’Alcantara atò o Aldeamento Imperial Afio nsin o, fat ta ndo-Ih e todos os pon- tilhões,e tendo grandes atoleiros. . .
iYecessita de concerto a ponte da estrada áe Santa Ízabeí, assim como que se levante outra em Víanna, e Jacaruabaem substituição dá denominada do—Hospital,—que foi dCmolMaj
Subre o rio Mangara hy sãò necessárias diversas potiíes, ihclUsivameute uma no canal do—Una, outra nc campo Ribeiro, outra no—ACá—, outra no rãhal Crnbíxá, eoutra no porto da Cachoeira. . ,
Neeessitao de repares urgentes as estradas daLádeifa gratide Uo dislricto de Cariacieu, e ade Boapaba para Mangárahy eCachoeira. (
Existem os riosde Jucu, e Santa Maria, sobre os quaes se despejão Vários braços de outros rios, navegavais para Cariadca, Passagem, e Camarão.
Existem muitos estábeleçimentosagricolasjsendqos mais notaveis:em café,é assuear o dos herdeiros de Sebastião Vieira Máchado—odo tenente coro nel Porquato Martins de Aráuio Malta—J os e Freire de Andrade.—-Francisco Coelho de Mello,- Mariano de Souia Machado, —llomingos José de, Freitas.—Manoel Caetano Simões,—Manoel Píiines Pereira do Amaral,—tenente coronel Rernardino da Costa Sarmento.—José Cláudio de Freitas.—Jcsé Rodrigues da Costa Sarmento.—João Pinto CáÍdmFa,-^e!JuslimaúQ Martins M ei rei 1 es. ;
Gamara Do Ésriiuío Saxtõ.
Segundo participa a camará municipali;sé achão etii múo estado as estradas de todo ú fflunieipio; Com especialidade a geral, que segue para 'as villas do sul:
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£ cavuíus iir imií’Aes.
O unico riu navegavel, que existe no município, !te o jueú, em que se necessita urna ponte para d nr passa gun aos via minutes. No pequeno' rio da Costa, que desagua no mar junto ao monte—Morerm—precisa se lambem de uma ponte para os moradores, e para aquelles, quij em tempo de enchentes, busc-ão as villasdosul, evice-versa.
Sendo todos os moradores dados á pesca* apenas existe unia fabrica de assacar, da propriedade de Manoel da Rocha Pimentei.
ntTilí,tt:ART.
Diz a camara municipal) que a falta de fracos concorre para que d pro- ducçào agricula de seu município sej ’ escassa, e apenas suflieienfe para o consumo, entretanto que um te: ço de sua população se emprega na pesca do mar alto, e enseadas.
Apenas existem cinco fabricas d’aguardente ti assuear, em que se emprega o perto de 60 braços.
O centro das relações commeràaeshe o Rio de Janeira.
À estrada á beira-mar, que comamnica o municipio com as viíías de Be- nevente, e Espirito Santo cuiiser va-se em bom estado; —as centraes porém uâo prestão franca communicação pdas lortuósidadas, e estreitesa. Necessita de concertos a ponte du Una, c jjos pegões se achão esburacados, e os pranchões arruinados.
Os rios sio—o de Guarapnrv, que presta franca navegação a embarcações de qualquer lob? em distancia de. meia legua; o Engenho Velho, que vai encontrar su as aguas com as que tem sua naseente nos cachoeiras das serra do mesmo nome —ojnboty, que tem sua origem nos cachoeiras das serras de Aldeia Velha;—o rio Aldeia Velha, que segue até a povoação do mesmo nome, e onde desagua o canal do Aleixo, todos navegavais em distancia sem pre menor de legua, e conservando-se em bom estado.
Os rios do Una e Perocào sào de puuca consideração.
Beneyekte.
Vão vierão informações.
ITAPEMIRIM.
« ;
Informa a camara municipal, que a estrada, quesegue da villa para o dtstricto do Cachoeira pelo lado ao sul, tendo de extensão perto de seis léguas, ed’ahi para Minas na distancia de vinteleguas, necessita deprompíos reparos, e de uma ponte sqbreo vallão—Uancha; e outra sobre o vallào— Souza; ao atravessar as fazendas de Morro Secco, e S. Bartholomeu.
: A estrada do Morabé. para o Siri, a do rio Muqui para a villa pelo brejo dos Patos necessita de melhoramentos, bem como a parte, que fica entre as fasendas do Gato e Colheres na estrada do lado do norte,que pelas margens do rió Itapemiririi segue para o centro, em que não se gastará mais de rs. âOffiftOOO. :
Necessita de uma ponte o rio Piabanha, cujadespeza chegaria a 600$, e outra sobre o rio Muqui, em que se despendería 1:300$ rs. ■<
Considera a camara municipal como de vital interesse o melhoramento da barra, para o que julgâ precisa á quantia de 60a 80:000$ rs.
O rio Itapemirim presta navegação no espaço de sete léguas até a primeira cachoeira, He seu confluente o rio—Muqui,—que permitte navegação em igual distancia á canoas de pequeno porte, sendo facil prestar maior utili-
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AFPENSO. O
■dade. se em seushníhorauimtns so pudesse despender até 4:00(1$ rs. Sãn tributários do ítapornirim, masnãosão navegareis, os rios Castello, Píaba- ttha, e Novo. Eslé ullim 1 t hm ir-s i-Uia navegarei em distancia maior de 6 léguas,com vantagens raaas para o districto ds Pi uma, se fossa doso bstrnidn, O rio lUibapoãnna, que serve de divisa dtsta província com a do Rio de Janeiro, he navegável até as cachoeiras,em distancia de dez léguas,e são seus eonílentes o fio Preto, e Mu pii rio sul. ’
Etístená 17 fabricas de assüear & aguardente, sondo sois movidas a vapor, e muitas fáze.id is da calVi. A. ca ui ara Calcula o producto nos últimos ires annos em 15) a 2'KMOJ arrobai d\i is.io.tr, n irus’ a 3:5JO pipas dbiguardente^e u caífé em 130,000 arrobas.
É:dra/;l~ó do oficio da caiara rn nkipiLle Luúirèxdó di de imrp dê 1853,
He este ó verdadeiro lugar, euiqué cabe á camara tratar da cornmuni • cação do Rio Doce Comboios por via de hura canal, que partindo dd Rio Doce no lugar que fica fronteiro a [lha das Freteiras, se dirija às cabeceiras do rio dos Comboios, ou vice-versa.—Não ó graride o terreno qtie há entre os dous rios; e der-naisjá sãoabi conhecidos alguns lagos, que provavelmente sé communicão: no emtanto logo a mui curta distancia* n’a- quelie logar, ha o primeiro lago que íica mui próximo á margem do Rtd Doce-Note-se que ri’este ponto, e em tempo de enchentes, sahio do Rio Docc huma canoa tripulada,efui dar sem embaraços ao Rio dos Gomboios- Este rio desagua no rio do campo do Riacho, e pouco acima da barra dd Riacho: suás nascentes vem por ssra duvidados higos ditos; o rio acompanha ocostãodapráiado mar, & segue, porém imiiío sujo,e in transi lavei, a huma distancia incrível, e sempre a rumo de Leste mais quarta menos quarta. No Rio Doce. 0 acima da suáfoz, no lugar denominado Regencia, desagua o Rio Preto, o qual seguindo paralelos quasi áo Rio Doca, chega á lugar desconhecido ainda; porém o certo, e inegável he que este rio nascá dos mesmos lagos, d’ondenasceodos Comboios, e queá agua dhimbos è em tudo semelhante: é mui possível qüe possa se embarcar no Rio Preto, é sahir-se no Riacho, e vice-versa: huma seria exploração n’ésíes logáres demonstrará o certo; Â’ camara orça de 400 a 30Q$O0Ò rs. a quantia preciza para exploração deste logar afim de qtiese descubra a communicação dos Rios Preto, e Comboios, ono ponto mais oportuno para o canal: qualquer das duas cousas é de manifesto interesse e vantagem para os municípios de Santa Cruz, e Linhares e mndnie deste, bastando lembrar-se de que, por vias flnvíaes, e marítimas pódo este município ter suas relações cOinmer- ciaes directas com a praça da capital da Província.—^inão attenderem-se ás ponderações feitas sobre os melhoramentos para a livre navegação interna , è externa, é esta providencia a única que pó de concorrer desde já pára todò o engrandecimento do Rio Doce, e pelo qual a camara muito se desvella para quess realise, epara que, em seu, e cm nomeado município,. ella roga toda a sabedoria, justiça, e equidade do goverhOjde V. Ex. e dos dhssem- bléa Legislativa Provincial, e sobre tudo ás dó Gbvqnao Geral, a cuja presença não pode chegar esta palpitante necessidade dVsía.parte dó I mpério fs Vb Es. se não dignar tomai-a sob sua alta protecção,
Ilirp. é F.xm. Sr.—Em cumprimento ao olíicíd n." 6 de !S demarco p, p. a camara tem a honra de informar o seguinte. Quanto ao primeiro qui- sitò—De^de que tempo principiou o comrrierçi© cóm u proiinciadeMinás?
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«AMARAS VI ü-\ II. IP A ES.
O com mareio data da inauguração da antiga povoarão, o que se de o no aniio do 180 Ü, sendo governa dor da província Anionio Pires da SiUa Pt tidos.
Quanto au segou do—Se vai augmeulando, ou diffi unindo, v em que proporção? Em principio foi avultad» ó eonunercio; purèm hoje tem diminuído sensivelmente. Ainda á alguns anãos pàssadòs era 6-ire.-, rente; po- çhn dl então para cá foi diminúind c comtudo anuos: ha que augmenta porém nuiipa como principiou; ó décrescimenté é provm el mente mais de .206 por ?/c!, . .
Quanto ao terceiro —Quaès os prodwctos, suas qualidades; e quaes os que levào èna retorno?—Tonei iih o, carnes de pufeo; e Vaca, linguiças1<[ue.i- jos, rapaduras, fumo, aves, seboHas; alhos. No íõnia viãgemlévão saí, algum vinho, tílòitça. Qsprincipaes e mais a voltados genèrosque ira sem os mineiros são: tótièinho é carnes': Iodos ós mais gaucros è èin pouca abunda ncia. A quantidade annual du toucmho e carne quelràáeia é iüd arrobas do t.“, e do 2v° dftoíl a 66 arrobas. Não Yalèa pena (aliar na quantidade dos outros gêneros, mas tanto ósles, como aqòellès não ehegào para ó con* sumam. ,
.Quanto, àò quarto—De qite localidade são esses Mineiros que alíi1 tem vindo?—De CuiiHhes — Antonio Dias,—dos Ferros; — do Nak—de Joa-; nesia,—Sasstihy grande, e pequeno,—e outros pontos da província comd da Imperial, Mariaima, eSabarà; porém estes vem como indagadores e não negociantes. , .
Quanto aó quinto —Quaès as embarcações de que uzao, n qual o porto de etubar<|uè?—Uzãode canoas grandes, o quelevàu (algumas poucas] 100 é mais àlquéirés dé sal além das miudezas, isto qtiantó as maiores, as menores conduzem de 60 a 80 alqueires pouco mais e pouco menos; sendo o porto désta villà o do embarque; porém é para notar-se què as canoas éni què veem mui raras veses ehegào a esta villa; estas freào na—Figueira—■ ãCiiiiá do Suandiíc ahi Fasem huns batelões mal coosiruídos de um páõ ruolé vha mado barriguda, em consequência da sua configuração, edo qual ie sérVé à casca* nestes batelões se transpòrtão com risco paro está villa-, aoivV; lomão canoas e mandão a aquélle porito pará transpor as cargas:an- tigáuieute tomavão estesoccorÇo no quartel de—Porto de Souza,—pará' áli hiàó por terra. Quando regressão chegão as canoas aíá o Guandu, é ahi-'1 varão as cargas, e seguem sua viageim _
Quanto ao sèxto—Que tempo gestão na descida, e subida do riú?—A cama ra não póde responder com precisão: mas aiíiança a V, Ex. quê a descida não excede de 8 a ÍSdias, ea subida de um, dons, e tres niezés: dependem as boas e más viagens, das circunstancias do Uio-Doce quando étfl sêu.éstãdpmòruial, efóra uelle; e.quaudo a enchente é grande consomem móis tempo; porque algumas vezes è preciso parar a viagem, que todo díá é feita com excessiva morosidade segundo o costume a qbe se dévão dé seguir viãgetn alto dia, e ammchareno-se muito cedo: os canoeiros d'aqui,sè estivessem habituados, faziào as viagens tal vez em a metadedó tempo. ,
Quanto áo sétimo—Quaes os embaraços que se üppoem ão desenvolvimento desse commercio, é meios de reuioveí-os?—Apesar dos obstáculos que encontrão os Mineiros üa viagem, varando canoas, e cargas riVjuollós pontos ern qiie a navegação .é mais difílcil, e perigos i, com tudo sená regular essa rhèsràa navegação, se nesta Villa encontrassem sempre sál mi abunda ncia, e miais geiieros em que negocião; porém infelizmiente tem viu- » do, tem sé demorado, e seguido sem os géiieros qne lhes são précisos;sendo esta a principal causa do atraso dè talcommefcio. .
Èm arinos qué há aqui abundancia de saí, os mineiros árrrtstão todos os perigos é apresentão-se nesta villa, e ê então mais fiare&ceníéú cómmercin.
A carriara eni seu oííicío n.09 de 28 deste rnez e armo, lemibra a maneira mais appropriada, a seti ver, para minorarem-se aqúellés obstáculos,sendo
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APPE-XSO.
j> ir ■ d for; 130 qm is -l ns g »v um ih d is províncias limiírophes se auxiliem nritu immte; sondo porii d p ira ti Har què a maior parte aos estorvos se aehio tia província decidas-, eque prima pião da foz do [tio Manuassü: n ista provi.tcia é livro a navegáçáo-, e sem perigos desde a foz do [tio Doce ateu—Porto de Souza-: --d'ahi ao tal Mamiassií é que existem as decantadas Escadinhás, hum dos muitos obstáculos qiie existem.
Este ndstãcal í f.icil d rate s*. re noví, lima vez que 0 Exm. governo concorra p tfá a créaçã» de qualquer um estabelecimento util no extremo da província-, que lí Cá â 36d braeás, para baixo da, barra do Mãrmassu: defronto deste tio, e em linha oféiqna fica a Uhâ—Natívida le~pertencente a Minas, A cansa qoe também Concorro para o decrescimento do eom- mircio Min uri), é Como disse, a falta ne sal nesta villa, e isto prcnèm úá p mea navegação externa porque a barra d tímida-, e nem os proprietários dos navios podein segurar Silas propriedades senão sob grande porcento- gemí e muito custa a apparecer um navio para fretar-se; e quando se ólri tem algum é por um fabuloso frete-, a que desanima inteira mente, e não convida a aventuras. _ ;
Para se removerem estes tão prejudiciaes acontecimentos, è rigoroso, dever-, é indispensável, é a condição sinc cjim nada se pode alcançar o Cuidar - se seria, C promptamente deu nV-lhorarn-mtnsda Barra do Rio Dóce, pres- iaudo-se-lhes touos os auxílios deque precisa, .
A Camara não púdo aprofundar esta tão importar!fé qOéstãò porque nenhum conhecim mlu tem dhirle marítima, e por isso ella chama a attenção de V, Ex. para 0 relatorio feito pelo finado engenheiro Luiz d'Arlincourt,quc se acha a folhas lõO do folheto—Ensaio sobre a historia e estatística desta Provinciã—por José Marcei li no Pereira de Yasconcdlos- ou aliás as providencias apontadas por esta camara em sua exposição de 11 de janeiro deste amio em o Ti rio n. I. Aco n nnnicaçto dos rios Doce e Comboios por via de üm canal-,e de que irachm a camara em seu relatorio de 28 deste mez, eanriít sob n, 9, tão bem concorrerá e 11 grande parte para 0 engrandeeiiaento Mineiro, é utesan il'ontro qual, interno e externo- porquê os genèros de im- pvrtaçã ' e exportação po le n sercondszidosém Canoas apprcpriadas pata éstj m ticipij, e pára a cl Lio, e por consequência paia os portos intermediários-. , . , .
Por estafórma presume âcamara haver cumprido Com ais ordens, em principio enumeradas, e quando, por infelicidade', épor sua insuficiência, não agrade a V Ex. sua exposição*, resta supphcara V. Ex. toda a induí- gmeia, no convicção de qúi tudo 0 que a camara fáz <5 sempre com íntimo desejo, de acertar po cumprimento de seüs deveres. .
Deus guarde a V. Ex, por muitos annos.-^Salla da Gamara Münicipáí na viíla de Linhares em sessão de 29 de Março de 18-59,
íllm. e Et 111. Sr. Dn Pedro Leão Vélíozo-, Digníssimo presidente desta previu ei a;
Carlos iXogneirada Gainà.
Cru mist o de Paulo Calmou Roqueira áu Gamâ, elodo Filippv (k JÍmetda Calmou-,
Antimio José dv Moraes t-lau cs-,
João Jose Marra! i
Vi?'. 3^
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
APPENSO IV*
jíiim. -e Exm. Sr.-— Co m mis s ion a dos por V. Ex. em da ia de d de nuvrço iiiUiüio para que,, examinando ._.s regalam extern que deterrninão o modo c<^ ino se faz a arrecadação, fiscal is ação, administração e contabilidade das rendas provinciaes, nas diflerentes estações incumbidas desses ramos de serviço publico, informemos a V. Ex, se algumas faltas tem havido que mr- reção ser reparadas,, ou deponha o eoníra os respectivos .empregados; se o pessoal existente, á vista üo trabalho, é sufíi ciente ou excedente as ma • sidades do serviço.; e indiquemos quanto nos occorrer em beneficio da íls- íCiriisaçào dos diãheiros provinciaes, tendo em .consideração as cimmsi.cn- ;cias peculiares da província, afina de habilitar-se E. Ex, a ímhdar as reformas que pareção convenientes; cabemos hoje a honra de expormos á V. Ex. o resultado de semelhante eommissão, de uma maneira que provavelmente não poderá bem corresponder ao interesse que V. !Ex. teve em v.sta; Já por queas obrigações, que nos prendem no exercício dos .empregos que .occupamos nbsta .província., cão permittirão nos distrdair eminvestigacoes, se não devidymeute precisas, ao menos não -tão superficiaes; .como ainda porque sentimos-nos dístituidos das habilitares com que V. Ex. nos considerou para um trabalho de tanta monta; todavia contamos que essa falta não será tão sensível para satisfazer oalcaneede qye é capaz a.es clareei d 3 Inlelligençia de que V. Ex. é dotado.
Arrecadação das renras.
Este ramo de ser.viço.é desempenhado, na capi|al por uma estação anna- ■>xa á administração central, composta de um 1qm escripturarios e „dqis gugrilas; e nos diflerentes pontas da província por duas recehedorias, ,e .pnze agencias, aguelías compostas de um.administrador e um escrivão, ,e estas de ãm só indivíduo, sem qus Leuhã0,reg.ulamen10s e in^trucções es- pecíaes, regendo-se sorqente pelos que toção á arrecadação dos diversos .artigos de renda a seu cargo.
A arrecadação dos impostos directos parece-nos mão s. \áda disto porem existe, li müumln-se o promotor fiscal a dar n seo parecer sobre p v piano numero de questões, organisar semestral mente uma relação das execuções pendentes no juiso, redusir a termo um limitadíssimo numero de fianças, porque a maior parte está sendo exclusiva mente tomada pelas rocebetlorias, que não as podem irem devem fiscalisar, recn- nhecend;) a idoneidade dos nadares, prineipaimente na arrematarão de rendas do municipio, que a li inde\idame?i!e se tem feito, desde que 'essa repartição foi msiallada, sem intervenção dhiquslle promotor fiscal.
Árjüi nns c&be uoíar com. admiração que fosse encarregada a arrecadarão da melhor parto das rendas drr província a um iudividuo que nãoprestou fiança alguma e nem por seos bens garantia ao prorapto pagamento de qualquer alcance em que fosse encontrado. Assim como este outros arrecadadores ou responsáveis ftmecienão sem que estejão afiançados; outros dem fiadores ríe diTTícíI execução, peÍd;nia'reJáçã6, b lacunas dai rfspfdi- >v os ter mós do fiança.
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6 AFPEXSO.
e mstrueçóos espcciaes ás estações subalternas encarregadas da arrecadação das réndás, uuifòr-nisah Èo-as do que fòr possível, segundo as localidades érri cf iiè se achãò estabelecidas; quase separe da repartição central a re- cèbeiloria que àlifimeeioaa. còUocán lo-a odie põssà exercer uma íiseali- saçfio immedlacta sobre os despachos marítimos; quéparaòs empregos da lio va reparti caó centrai se m irquem vencimentos que proporcionem um pessoal idôneo; què secorrijao ós de feitos que aílectàò os regulamentos concernentes a arrecadação das rendas próvinciaes, rnaxitne nd qáe respeita a cobrança dos direitos de exportação de gêneros è escravos pára fóra da provinçiá; è finàlménte qde senão poupe algum saçrificio do cofre provincial àlim de acautelar os seos interesses mais Victaes; esò não èolloqua nà posição de um negdcianiè avarento, que por furtar-sé á dèspèzás com bòhs guarda-livros e uni éscríptorio regular, vem a privar-se de niaidres interesses, e muitas vezes de toda a sua fortunas. Dando por terminada a ex- pozição que nos compromettemos fazer aV, Ex. acerca do objecto dacom- mlssãoqué nos foi confiada, péiHnàosa V. Ex. toda à indulgência pelas inaumetás faltas em que necessariamente incorremos; attenías ás razões que já em principio apresentámoè; íicando V. Ex. èonvencido de qué senão nos favorecérão os meios de que deveriamos dispor para bem cumorir o nosso dever, tivemos, ccrntudo.o maior interesse a satisfazel-a dé úm modo que nos não desmerecèsse da honrosa escolha que recebemos:
Deosguardea V. Ex. '
Cidade da Victoria 7de maio de 1859.
< : ^ . , t ; 4 * ,
lllm. eExm. Sr. Dr. Pedro ieão Vellozo, prezidenie desta província.
Ywmte âe Mello JVanderlcy Maciel Pinheiro.
3o$ê Camiüo Ferreira Rebello,
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Orfaméflto al-a Iteceita S^a^viasvÍRl
paira ffl esteve leSar ale t §
íí
1
lirtS:
| RÉNOmNÀÇAÕ MS RENDAS
A
,1835
iMÕMíADA EM
1537 | 1808
. ORÇADA | PARA
1869 '
1/
3 por „/" do vnlor de todos os generos áecultur3 exportados pata fora da província, cumpre Rendendo couros, toucinho e íat taruga, e cobrando-se do algodão manuladuiado pelo que contiver em bruto a sabei :
!
i -
]
Assuear . , , . ...............................................................
6:632.5768
4: í 145302
; 5:9795337
5:6815000
Caie . ■. . . . . : . ,..................................
12: j 7':-1 i'.;
30:8325310
26 8945830
29 9745000
Algodão i x . i ■.
1335674
1395148
1295172
1335000
Aguardente i i . , ... .... .
3405600
■s 035790
3385186
3405000
Couros i . . ■ - i . . , .
OTlgl 58
1915040
1775040
í725000
Miunças , > . : . . . i ..... ... .
10:9495910
22:6585095
13,1005263
16:25-35000
Melaço ............................................................... . , ...
5
5
5300
5
Toucinho . .*i,*i . i...,. .li
425600
9560!)
5
265000
Taftarugai i ...... . i . . - . ■ .
5
5
5
5
; *.•
10 por da madeira que também se exportar para fora da província.
5:8675788
7:2325477
8 6345047
7:343500(1
3."
Décimas dos prédios urbanos em todas as cidades e villas . . .
9265974
1:0185137
1:0975633
1:3355000 :
L*
Scilo de heranças e legados ...................................................................
10:4705330
6 0705940
11:0415331
12:1665000 ’
O.’ 6 0
6 por „/°de siza sobre a venda de escravos. . : . . Taxa anmial sobre a venda d’agu ardente, c licores fortes, cobrando-se dos
9:3015174
10:5275992
14:8085760
13:7015000 1
7.°
armazéns SOqüÜO rs ,das tavernas 205000 rs. edasquiíandas 1 ü,qrs Imposto sobre os engenhes que iabricãoaguardente, cobrando-se das Iabri-
4:8325000
3:0905000
4:8455000 ■
5:0905000 i
cas de vapor 305 rs , das de agua 20® rs. c das de anima es i 0® rs
6315609
3815300
6605000
6805000 .
i 8.»
9.*
Taxa de passagem de rios por pontes eonsLrnidas á ensta da fazenda provincial. ...... . ...
Imposto de í 0® rs sobre as cazas em que se vende polvora, munição e ar-
5
5
5
!
8 ;
10
mamento . . ............................ . . ,
Dito de 10 0^ rs s obr^ ca d a e scv avo qu o sa i r d s p r ov i c ci a p s er ven ã i d o em qualquer outra, ou eme ibr rendido, trocado, doado, ou dado em
2005COO
8050 0O
3305000
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pagamento de ílivida para o mesmo fim . . . . ...
2:000-5000
7005000
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11
12
Emolumentos da secretaria do governo, e estações provínciaes . . Emolumentos da secretaria do bvcéo,o saber 4$ rs por matricula d’cslu-
3775000
193593,3
5035062
3795000 -
13
dante, 2$ rs. por certificado d’exame, e i® is per qualquer certidão ■10 por „/° do valor do ordenado de «m anuo por aposentadoria de qual-
485000
425000
315000
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quer empregado provincial ou municipal , . ...
5
5
5
14
10 por do valor das lotações dos ofílcios de justiça ....
335038
5
5
.335090
IO
Novos c velhos direitos dos empregos provínciaes, e municipaes , ,
5
5
3751 2
265000 |
; 16
i
Bens do evento . ............................ .
5
5
5
5 ■
17
Multas por infracção de leis e regulamentos . . .....
105746
1825279
655030
Ri>5í)00 !
18
19
Divida activa provincial ...
Metade da divida anterior ao 1 " dc julho de 1830 . , . ,
7114101
0225009
5
2;È06ç-8U
■I 2225000
go
21
KepoziçGes e restituições . . ; + * . , , Alcances da recebsdorss qg rendas* qu quaesquer rmtnis responsáveis
S815ÍO0
7835737
1 0995335
9235001)
por dinheiros provínciaes .... ............................
5
2:8335633
I *
1 íl 2:83.3.»uao |
J
56:6005880
94:3235788
j 93:81452 75
j 100 !8050ü0 jj
Secretaria da Presidência da província do Espirito Sardo em 17 de Maio de i8o3
.Oh Âníoriio Rodrigues âe Siwza, hrcmdão, Secutíme da Fiuunda.
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
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Orçamento tia l)esp.esüProTiii«lal para oexercicio (fie IS60,
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Secretario da Província.
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1859-05-25 Relatorio Pedro Leao Velloso Presidente da Província do E.S.
ííltn. e ívmi. Sr.—Em oTicio ds '2lG do passado deferoma V. Ex ,q;jo tiós informamos sobre a bíblíothéca. publica desta cidade, declarando o ediíieio em que estàcolloeada, st; é fra picsiíad u e por quantos indivíduos annnalmente, numero das obras que possuo, <■; sou estado, c o mais que nos oceorrcr a proposito do referi d o estabelecimento.
Em resposta somos a dizer o seguinte: 0 .cidadão Br az ila Costa Rabin, residente no Rio de Janeiro,nãose esquecendo da provir:cia que o vio nascer,e desejando sem duvida o seu progresso intellectual, leve a feliz lembrança de oífereeer aosseus compro vi ucianos 400 volumes entre livros encadernados, Brocha dos, e folhetos demais ou menos importância,para servirem de núcleo a umabibliolheca publica;e chegando essaoffcrta aeconhecimento do iilustrado ex-p residente o Sr.Evaristo Ladisláoje Silva,logo este aconselnoua sua aceitação, e em 21 de março de 1833 nomeou os cidadãos bacharel José Ca - itúlio Ferreira Rebollo, Br. José .Joaquim Ro lrigues,e João SUslaquias dos Santos e Azevedu para comporem a commissão.que deveria promover e realizar aquella lembrança. A. commissão deu principio aos seus: trabalhos entendendo-se iminediatamente com aquelle generozo ofierento, para que fossem remei'idos os referidos 490 volumes, que aqui chegando tiverão o conveniente destino. O primeiro dos supraditos membros abrio uma subscrip- ção entre algumas pessoas desta capital e fora delia, e obteve mais alguns volumes, bem como a quantia de 120^300, restando a receber a de 39.$ de um assignanteqjucfalloceo antes depaga-la —Outras providencias mais forão dadas,até que retirando-se o membro Br. José Joaquim Rodrigues, teve de ser substituído pelo Reverendo bacharel João Climaco d’Alvarenga Rangel,que de boa vontade se prestou a concorrer para effeclividade de tão util estabelecimento.
Retirando-se o Sr. Br. Evaristo foi succedido na presidência pelo Sr. Br. Sebastião Machado Nunes, a quem coube a gloria deins- iallar a bíbliotheca. publica no dia 16 de julho de 1855 em uma das salas do respectivo palacio, que para este fim zelozamente mandára preparar, dncoraudo-a com moveis emprestados,porque então, assim como ainda hoje, o estabelecimento ruão possuía mais do. que uma excellente meza grande, e uma pequena meza ordinaria. S.Ex., assim como o seo antecessor, pedio á assembléa legislativa provincial algum auxilio pecuniário para este nascente estabelecimento litterario, e na lei do orçamento de 1854 foi votada a insignificante quantia de !00$rs., igual a que também ofòrana de1853, as quaos.bem como o produeto da dita subscripção, —então 100.fe000,prefizer ao adeS00itt>rs, que foi entregue ao membro João Malaquias dos Santos
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•V JÍÍÜLiüI ['ift.Ai
r- rj, bim t -ir-Mí’0 inr b signa eão dós s ms eo sipanheirns,— Ue hoje a- {ii u' i i| h■ si é 11ui; o ;l 3 u > no s 3 11 (p >f1 d ir' tti t tom se quer nina. es- r\ni ■,')-! b sojoo amnlioioni i ís as nvdb>res obras q te possua, as-qnaes* s1;; b o ü |w pum.) u-um mu.êmmniu sfes:; uentmsíj larído.— Falleceo o rnem fe-, :.j.]ts3i*vi:t de (.hesiumb t, e ainda ninguém ídi nomeado para süüsíí- í ibl-r Flie e'n:; > i i e > um ar b H >>!- de diversas qualidades para mandar lazer uma o a da ts estantes, embora tus-e-ite; mas i teor assim puderãu se? feites n -ir falia d bife h ti vo para pagamento ãi mão d’obra. Esse lhesouretro em tida prcsteu cnuí is da. quautíad; í.) )~ rs. reeeinuados cotes prtníte i ivs, e díspois db bUeeivi-nd tbsp eólica viuva remaüuiMtos- uma nota das ulhmas despesasepae-quasi absortorão não su o -sníifô da C/V, mas lambem
0 pro bioio-dii sbísmprãuque posienonuoide lhe foiuint regue pelo mens-: bra quê a obteve; ileandb «punas o saído de fe^iKlfeqiie tedste em*poder df*- membro Alvarenga Ríuigeh Em poder dfí membro Hbbelio evi-stea quatihu d 1 iiOíÃ-rs, d-maUvo intim t mente recebido do fazendeiro Jesó Barhãsa Mei- vdbs, bssascontes,assím como as oceorreneias tnlmonluwias, e nuees- s; l.s bs ■( f j esteb derim mio, hão sido levadas á presença- dessa iíxns.* jjrosb tbneiu, quo telvo-z por íhíu de automação,: nenhum remedio tem podido &oi a essas necessidades, que adiante de novo [liendo-noremos.
!ía poucos dias os actunos membros qitererão applkmr a -pequena quantia .que rada mm bmmiu- si,á íatdura de uma'ostente psuaraasuuunal reme- dlõr-so este palpitante necessidade, porem li verão o qsezar deu tece bar a noticia íla nilua das binas para esse ■fim (.L-slinadas, as quaos convem que V.
]• \ qn mio antes as íuju le vender em haste publica perante a thcsoura - ria oruvincbd, mr-comu uielbnr entender, em urdeai st sab.ar-sc pouco no perigo de-perder-se indo. \ tehum-as e-kiiileá dhlugm' a que os livros esim iáii pusS-us cm desorílenv sobre as uve/as, e até mesmo peló- chão,—pois' bald tdadem stde at firrutmtçbts que por vez.es oU temos feito—, iuc-onvc- que lambe u íeat concorrido para a feita de um iuventerio, ou cala-
1 n 1 i egular—-iend) luivido u-n itiCOinolelo em poder do membro síaía- q-tias, (nas qui: não foi ttiteordrüdo depois do blteeimoute.
iloomiiiobeí isusmos agora a responder acadu um dos quesifos íb oí!fe ;ie V 1 'i-:
lUiiin.» aíí i{U6 íU/ú vulhicada a bililto! imu,
ibiblioíSujoifei installa;fe mtmma sala dj sagmtdbpaviíuenlo depalacío ;\o angulo do sul e oeste, pf>réinco:n a remoção do Lyceu para ahi o, suas imuiediaçõos do m esiuo pavimento do primeiro, passou ella para uma s a I a. ru i.; u; h‘ , íb n n a da por do i s q u a r to s, e u ja p are de divis nr i a foi demolid ó', nu visiidiauea da repai ííçõo do Correio, sendo a entrada commuüi a. um e * mh‘o esiabeleeimonto.
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Âf-PÊissn. 3 :
íhévidim qm f> equentão a btblw.lbem..
Abibliolheoa byavpouco é frequentado; o que sem duvida é devido a‘o desarranjo e íi qu'! estão os livros, e principalmeníe á falta de e t l n para quem ali qirizer ler. — àleoi disto não tendo o estabclocimémoumemv pregadivseu costuma estar quasi sempre fech tdo, —18*36, e de diversas íolbás diários, ou periódicas, eni cuúiprimento de ordem que tivemos dó antecessor dé V, Ex,, afunde serem encadernadas em volumes razoaveis.
O estado das obras encadernadas não pode ser bom, sendo,como são, as mexas e o chão a melhor estante delia*.: todavia algumas baque ainda são bem aproveitáveis. ‘
Eis ludoquanlo podemos informar sobre as perguntas de Y. Ex, restando nos acrescentar em geral o que julgamos a bem deste estabelecimento, ou antes ás* suas- mais urgentes necessidades.. :
A. primeira é uma pessoa habilitada para servir dobibllolbecarío, aquém- se pagará uma-gratificação razóavcl, podendo! a* nomeação recahir cm ak guia em pregado publico,para desto tnodo sé lhe arbitrar pelo novo cucar*' 50, vencimentos compatíveis comas finanças da província—0 visto já veiv ?er elle um outro ordenado.
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4 ÜIBUOTHEC.l.
A segunda envolve a. acqmsioào de diversos objeetos, a saber 2 estantes envidraçarias com 1H palmos de altura, e 10 cie largura; ;U5 cadeiras de braços, 1 mraza para o bibUolbeearin, com iodos os uíencilios de escriptu- ração; 'í ann a rio para arehivo; ! r< rs poleiro; 1 escada rodante. e õOr.b rs. annualnaente para expediente o dospezas eveutuaes—. o que tudo orçamos etívptu a ultima pareelln ] em rs. 4o0$>Ü00.
A terceira e ullima por ora 6 que V. V.\. se digne dirigir-se às sociedades scientificas e liderarias do império, ab governo imperial, aos Srs. presidentes das provínciasm ás respectivas íypograpbias pedindo-lhes que remetia o a esta biblíothecaumi exemplar de cada uma de suas publicações oí- íiciaesou particulares, e folhas semanaes ou dia rins.
Temos concluído,e V. Ex. se dignará de perdoar a imperfeição do nosso trabalho.—-Deus guarde a Y. Ex.—Cidade da Vi floria em f> de abril de .JS59.—Illm. o Eym. Sr Doutor Pedro ígião Telloso, presidente desta província.
João Clinuico d'.tfparetHju Rmigoí.
JoM Cauttilo Fwy-çirtt íkhello.
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